--> Arquivos Iperid - Página 4 de 11 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Iperid e Ibrei promovem 1º Seminário Diplomacia e Inovação

O Seminário Diplomacia e Inovação, transmitido pelo canal do Youtube da Algomais, marcou a primeira atividade conjunta do Iperid e do Ibrei. Marco Alves, fellow do Iperid, Maurízio Prazak, presidente do Ibrei, e Andrej Vasle, embaixador institucional do Ibrei para a Eslovênia, introduziram o seminário, destacando a intenção das instituições de fomentar discussões disruptivas sobre a diplomacia. "Uma das maiores barreiras para alçar voo no mercado internacional é a falta de conhecimento do mercado e das oportunidades. Esse evento está dentro dos objetivos do instituto, de promover o conhecimento e trazer informações sobre as relações diplomáticas e a inovação", afirmou Maurício Prazak em suas palavras de abertura. Gilberto Freyre Neto, Secretário Executivo de Relações Internacionais do Governo do Estado de Pernambuco foi o mediador do encontro virtual, que teve como palestrante Marcello Bressan, que é head de Inovação e Empreendedorismo em Iperid e professor da Cesar School. O conteúdo da íntegra do seminário está disponível abaixo.

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Diplomacia e Inovação em debate

O Ibrei e o Iperid promovem no dia 3 de novembro o painel "Diplomacia e Inovação", a partir das 19h. O evento acontecerá em formato virtual com participação de Marcello Bressan (Head de Inovação e Empreendedorismo do Iperid), André Faustino (gerente da Fundação Padre Anchieta) e mediação de Gilberto Freyre Neto (Secretário Executivo de Relações Internacionais do Governo de Pernambuco). Participam ainda da programação Rainier Michael (presidente do Iperid) e Andrej Vasle (Diretor do Anakan). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no link: https://bit.ly/evento_diplomacia_inovacao_ibrei_iperid

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Consulado do México celebra o "Altar de muertos"

O Consulado Mexicano, através da Cônsul Iara Dubeux, vai promover uma festa tradicional Mexicana, o Altar de Muertos, e convida a todos para a abertura; dia 3, as 16hs na Sala das Nações na Associação Comercial de Pernambuco (ACP). Origem do Dia dos Mortos A história da celebração pelo Dia dos Mortos no México é de origem indígena e já existe desde o tempo dos astecas e dos maias. Inicialmente, a comemoração era realizada durante todo o mês de agosto. Quando os colonizadores espanhóis chegaram, ficaram chocados com os rituais pagãos dos índios.

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Ciência política: uma proposta educativa

Por muitos anos o conhecimento científico produzido nas uni­versidades brasileiras se restringia apenas ao meio intelectual. A so­ciedade, por sua vez, ficava à mercê do “obscurantismo político”, lhes faltando luz para os orientar em suas tomadas de decisão. Esse com­portamento acabou por permitir a ascensão de políticos descompro­metidos com a sociedade e com a democracia, tendo seus objetivos e metas pautados nos interesses de parcela da população. Outra consequência desse comportamento foi o surgimento e a disseminação da máxima “política não se discute”.Ora, se somos chamados a votar periodicamente, como não devemos discutir questões políticas? Política pode ser discutida com embasamen­to teórico e empírico por qualquer cidadão interessado. Para isso, é necessário que o conhecimento esteja ao alcance de todos. Nesse sentido, o livro “Ciência Política: uma proposta educativa”, organizado pelos doutorandos em Ciência Política Pedro Nascimento (UFPE) e Ana Tereza Duarte (UFPE),elançado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), no seu primeiro volume, oferece uma excelente contribui­ção para estabelecer a ponte entre o conhecimento especializado e o debate político cidadão, tendo como principal objetivo contribuir com a disseminação da educação política no Brasil. Os capítulos que compõem esse volume têm como objetivo comum apresentar e mobilizar argumentos desenvolvidos, no âmbito da ciência política, sobre questões fundamentais do funcionamento da democracia, em linguagem e formato apropriados para a comunicação para o pú­blico mais amplo, interessado num debate político fundamentado e de qualidade. Nesse sentido, o volume cumpre o duplo propósito de siste­matizar o conhecimento especializado, ao mesmo tempo em que reduz as barreiras na comunicação entre especialistas e cidadãos, fomentando a educação política da população. Aliando profundidade do conhecimento e clareza e simplicidade na exposição, o presente volume representa uma contri­buição ímpar para o debate, leitura obrigatória tanto para o especialista quanto para o cidadão interessado em política. Em tempos de fake news, desinformação e atentados à democracia, faz-se necessário o incentivo à educação política. O livro será oficialmente lançado no dia 22/09, às 18:00H, na Livraria Jaqueira, localizada na Rua Madre de Deus, nº 110, Recife Antigo, e contará com a presença de professores, acadêmicos, pesquisadores e algumas autoridades do Estado.

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TRE-PE promove encontro com representantes dos consulados com sede no Recife

Corpo consular de Pernambuco conhecerá os preparativos para as Eleições 2022 (Do TRE-PE) O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desembargador André Guimarães, receberá os representantes dos consulados com sede no Recife para a apresentação das Eleições 2022 em Pernambuco. O encontro acontecerá na segunda-feira, dia 22/08, às 15h, na Sala de Sessões do TRE-PE. Foram convidados todos os representantes consulares e de escritórios de representação de países estrangeiros instalados na capital pernambucana, além de representantes de organizações públicas brasileiras e estrangeiras com atuação nas áreas de relações internacionais e diplomacia.

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Ecossistema de inovação

*Por Eduardo Carvalho, Senior Fellow e Head de Cidadania Global do IPERID Inovar é o processo de introduzir novas ideias, tecnologias e métodos para pessoas, empresas e nações. As inovações possibilitam resolução de problemas do mundo real e melhoria de produtividade, qualidade, competitividade. Também, qualidade de vida. Elas têm transformado o mundo e provoca necessidade de adaptação às mudanças cada vez mais intensas. O cultivo da inovação começa na família, com o estímulo à curiosidade da criança. Segue numa escola bem estruturada que tenha o papel de potencializar esse desenvolvimento, motivando os alunos a aprender a explorar, criar, liderar, empreender.  No mundo de incertezas em que desafios surgem com frequência, os alunos, desde a educação infantil, devem aprender a pensar de modo criativo, sistêmico e com senso crítico.  Precisam participar de redes internacionais e desenvolver soluções para os problemas locais e globais, como a fome, a mudança climática, desigualdades. Essencialmente, devem ser estimulados a colaborar com o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 e o combate à corrupção, cuja prática prejudica todos os itens dessa agenda.  Nesse contexto, é fundamental que os alunos sejam preparados para fazer perguntas inteligentes, questionando os sistemas e modelos existentes, inspirados a continuamente renovar e inovar.  Esse processo é viabilizado com educadores inovadores, que os preparem para trabalhar em profissões que ainda não existem, com capacidade para inspirá-los a aprender a aprender e desenvolver habilidades, inteligências e competências. No ambiente organizacional, Gerard Tellis, Jaideep Prbhu e Rajesh Chandy, autores do livro “Radical Innovation Across Nations”,  estudaram inovação em 759 empresas de 17 mercados e concluíram que a cultura de uma organização é o fator decisivo para inovações disruptivas.  Jay Rao, professor de MIT, e Joseph Weintraub, de Babson College, definiram que cultura de inovação fundamenta-se em : valores, propósito, missão, estratégias,  comportamentos, clima organizacional, recursos, ambiente, metodologias e processos, que estão relacionados de forma dinâmica. Esse conjunto requer líderes e empreendedores com mentalidades inovadoras que enxergam problemas como oportunidades e se cercam de pessoas criativas, para juntos criarem valor, mantendo a organização competitiva em qualquer que seja o cenário.  No ambiente macroeconômico, os Estados Unidos se posicionam na vanguarda dessa corrida inovadora, com mais da metade das patentes do mundo. Atribui-se essa sua vantagem competitiva, principalmente, ao fato de ter as melhores universidades do mundo  que  atraem talentos globais. São hubs de ecossistema de inovação, cercadas por empresas inovadoras. O ecossistema exposto é referência de nações inovadoras. O Brasil deve adotar para mudar a sua vocação de fornecedor de commodities para inovador.

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Diplomacia Francesa sob tensão

*Por Marco Alves Dia 2 de Junho, feito inédito os diplomatas franceses entraram em greve pela primeira vez em 20 anos. O movimento foi lançado a pedido de seis sindicatos e de um coletivo de 500 jovens diplomatas.Essa greve é uma resposta a reforma que o presidente Macron está querendo instaurar e que segundo os funcionários da categoria põe em risco a eficiência e o prestígio da diplomacia francesa e seu modelo. Muitos deles afirmam que “suas funções correm o risco de desaparecer”.Algo incrível, diplomatas de alta patente, embaixadores, diretores de regiões saíram do habitual “dever de reserva” e assumiram no Twitter o apoio ao movimento e muitos fizeram também greve, tais como o embaixador do Kuwait e o diretor dos assuntos políticos do Quai d’Orsay (nome dado ao ministério das relações exteriores na França).Desde o seu primeiro mandato o Macron está tentado reformar a chamada “alta função pública”, da qual fazem parte as carreiras diplomáticas. Essa nova reforma que o presidente quer implementar tem por objetivo de acabar com a especialização dos funcionários públicos e criar um novo corpo de administradores do Estado. Estes não estarão mais vinculados a uma administração específica, mas, pelo contrário, serão convidados a mudar regularmente ao longo de sua carreira. Com esses futuros funcionários “inter trocáveis” entraríamos então, de fato, no fim do corpo diplomático tal como ele existe até então e qualquer um poderá ser nomeado embaixador sem experiência prévia.A entrada progressiva da reforma até 2023 afetará em torno de 700 diplomatas e acabará com o cargo de ministro plenipotenciário (embaixador) e de conselheiro dos negócios estrangeiros.O presidente da comissão de relações exteriores do Senado, deu seu apoio aos diplomatas e muitos dos seus membros que devem transmitir recomendações sobre a reforma temem “um enfraquecimento da diplomacia francesa”.Porém mesmo se essa reforma foi o detonador, o mal estar e o descontentamento já está presente a muitos anos. O ministério está sim enfraquecido.De 2007 até 2019, ele viu diminuir de 10% o total das suas equipes, além de sofrer cortes importantes em seu orçamento. O orçamento de 2022 com um aumento de 12%, para chegar a 6 bilhões de euros, é inédito e tem motivo, já que este ano a França assumiu a presidência a União Europeia e onde seu dever de representação deve estar no auge.O ministério é responsável pela representação da França pelo mundo, pelo o apoio e a ajuda aos cidadãos franceses morando no exterior, pelo a divulgação e a promoção da língua e cultura francesa, e por último pela diplomacia económica. Ele é um centralizador do Hard Power (pelas suas representações diplomáticas no exterior) e Soft Power (por ser promotor da cultura francesa) por isso sua perda de influência é dramática. Temos por prova que o ex Ministro Jean-Luc Le Drian estava com pouco peso e, segundo algumas fontes anônimas da casa, também pouco caráter para se opor a reforma, quanto os primeiros esboços foram apresentados.Com a desvalorização da atuação do ministério, a França vem perdendo espaço internacional. Ela que era a segunda maior rede diplomática do mundo, passou a ficar em terceiro lugar, atrás da China e do Estados Unidos. Também perdeu espaço em vários países do continente Africano, para os Russos, como no Mali, na República Centrafricana e no Senegal, sem esqueceremos o seu recuo também no Oriente Médio. Os erros estratégicos dos presidentes sucessivos, conjuntamente com o alinhamento cada vez mais marcado com a política internacional americana e pela escolha de defender sempre uma “voz Europeia”, faz com que a França deixou de ter e precisar da “sua voz própria”.Esta reforma surge depois de dois anos muito tensos com a crise da Covid e a gestão dos expatriados franceses pelo mundo afora, a saída precipitada de Cabul e do Afeganistão, a guerra na Ucrânia e expulsão dos diplomatas russos. No total são cerca de 13 500 agentes (entre titulares, comissionados e recrutamentos locais) que compõe as equipes do ministério e todas elas se dizem cansadas e inquietas.A nova ministra oriunda do corpo diplomático, tenta reatar o diálogo com os sindicatos e representantes dos agentes, e garantir alguns compromissos ainda poucos claros que muito provavelmente não serão respeitados, já que o Presidente Macron tende a demonstrar que todas decisões que ele toma devem ser aplicadas tal e qual, mesmo deixando seus ministros e sua maioria parlamentar em dificuldade. Marco Alves é Fellow França do Iperid e responsavel da internacionalizaçao

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Japão concede apoio financeiro ao Instituto de Fígado e Transplantes de Pernambuco

O Consulado Geral do Japão no Recife, através do Programa de Assistência à Projetos Comunitários e Segurança Humana (APC), do Governo do Japão, concedeu ao Instituto de Fígado e Transplantes de Pernambuco uma doação de cerca de R$ 244 mil, que foram aplicadas na aquisição de um Videoduodenoscópio para a entidade. O instituto do Fígado e Transplantes de Pernambuco é uma associação com mais de 15 anos, e vem contribuindo por todos este anos para a melhoria da qualidade de vida das pessoas através do atendimento, prevenção e tratamento das doenças do aparelho digestivo. Atendem pacientes vindos todo o estado de Pernambuco e do Nordeste, bem como do Norte e Centro-oeste. O Programa APC oferece apoio à projetos propostos por organizações não governamentais e autoridades locais, e os projetos são recebidos durante o ano inteiro neste consulado. A Cerimônia de inauguração do Projeto de doação será realizada hoje no Instituto de Fígados e Transplantes de Pernambuco.

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Comunidade chinesa doa R$ 100 mil em produtos para as famílias atingidas pelas chuvas no Recife

Dois caminhões com alimentos e itens de limpeza e higiene pessoal foram entregues nesta quarta-feira na central logística de doações do Terminal Marítimo de Passageiros. Cônsul Geral da China, Yan Yuqing, também fez entrega simbólica no gabinete da vice-prefeita Isabella de Roldão (Da Prefeitura do Recife - Foto: Brenda Alcântara) Para contribuir com as ações de enfrentamento às consequências das chuvas que atingiram o Recife nos últimos dias, o Consulado Geral da China, junto à Associação da Comunidade Chinesa do Recife, à Associação Sino-Brasileira de Indústria e Comércio Exterior e a Associação dos Chineses de Guangdong fizeram uma doação de R$ 100 mil à Prefeitura do Recife em alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal, que serão distribuídos às famílias desalojadas e desabrigadas. Os itens foram entregues nesta quarta-feira de forma simbólica pela cônsul geral da China no Recife, a Sra. Yan Yuqing, e por representantes das demais instituições chinesas no gabinete da vice-prefeita Isabella de Roldão, que é coordenadora das Relações Internacionais da Prefeitura do Recife. Nesta mesma tarde, dois caminhões com os itens doados foram descarregados no Terminal Marítimo de Passageiros, que está funcionando como ponto de convergência logística e maior local oficial de arrecadação de donativos do município. “Em nome do prefeito João Campos e de todas e todos que têm atuado no apoio à nossa população, agradeço imensamente à comunidade chinesa por mais esse ato de solidariedade com o povo recifense. A China tem sido uma parceira importantíssima da nossa cidade, tanto do ponto de vista comercial quanto de ajuda humanitária em cenários de necessidade, como já ocorreu na pandemia, quando recebemos a doação de máscaras, álcool em gel e outros insumos. Toda ajuda é bem-vinda nesse momento de união para restabelecer nossas comunidades”, destaca a vice-prefeita Isabella de Roldão. Já a cônsul Yan Yuqing ressaltou que a comunidade chinesa compartilha com os recifenses o mesmo sentimento de consternação pelas grandes perdas de vida e patrimônio. “Para nós da comunidade chinesa, o Recife é como se fosse a nossa segunda casa. Somos família! Foi uma satisfação poder arrecadar todo esse material de dois caminhões para o povo da cidade. Essa arrecadação vai continuar. Como diz o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, ‘O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas’. É dessa forma que iremos ultrapassar essa catástrofe e reconstruir o nosso lar”, disse. COMO DOAR Pessoas físicas ou jurídicas interessadas em participar do movimento solidário para doação de produtos ou serviços podem entrar em contato com Central de Arrecadação, por meio dos números (81) 98791-2705 e 3355-9412 ou enviar e-mail pelo endereço doacaorecifesolidario@gmail.com. Os produtos também podem ser entregues no edifício-sede da Prefeitura, na Av. Cais do Apolo; no Sítio Trindade, em Casa Amarela; no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, no Salão Paroquial da Igreja de Casa Forte, na Praça de Casa Forte, e no Terminal Marítimo de Passageiros, além de pontos de coleta situados nos shoppings Plaza, Recife, Tacaruna, Boa Vista e RioMar, nas lojas da rede Novo Atacarejo, da Drogaria São Paulo e dos supermercados Big de Casa Forte, da Avenida Caxangá, de Boa Viagem, na Avenida Recife e no Shopping Tacaruna. Os donativos podem ser entregues, ainda, nos Terminais de Passageiros de ônibus e na sede do Procon Recife, que fica na Boa Vista.

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Comunicação e Humanização na Saúde: O Antídoto Contra a Cegueira Afetiva

*Por Pedro Paulo Procópio É possível notar ao longo da história da Medicina, desde os remotos tempos de Hipócrates um olhar biocêntrico em torno dos tratamentos de saúde aos quais os indivíduos eram submetidos. Esse olhar, típico não apenas no campo médico, mas de diferentes segmentos da saúde, foi a regra por séculos. A preocupação com o corpo, com o órgão, com a doença, e não com o sujeito, no entanto, vem sendo pouco a pouco substituída por um comportamento mais humanizado. Um dos precursores desse movimento foi o médico estadunidense Patch Adams – criador de um alegre movimento em meio às paredes sem cor dos hospitais e à tristeza frequente nas diferentes alas. Patch Adams criou a palhaçoterapia na segunda metade do século XX e por meio do riso, do afeto e, sobretudo da comunicação, buscou acolher as crianças internadas, expandindo esse cuidado posteriormente a diferentes públicos. Seria no mínimo imprudente discutir humanização e comunicação em saúde e não citar Patch Adams, cujo movimento repercutiu tão positivamente na área médica, que ganhou inúmeros adeptos ao redor do mundo, chegou aos noticiários, além de ter ocupado as telas dos cinemas em 1998, causando comoção global com o filme “Patch Adams: O amor é contagioso”, protagonizado por Robin Williams e dirigido por Tom Shadyac.Conforme os estudiosos Carlos Campos e Izabel Rios no artigo científico “Qual o Guia de Comunicação na Consulta Médica é o Mais Adequado à Realidade Brasileira?” Publicado na Revista Brasileira de Educação Médica em 2018, é da década de 1990 o primeiro protocolo de comunicação médica da história. É graças a esse e a outros protocolos, que a comunidade médica e demais profissionais da saúde passam a estabelecer parâmetros comunicacionais capazes não só de facilitar a compreensão de pacientes e acompanhantes, mas sobretudo de elaborar escuta ativa, acolher e mesmo construir um elemento terapêutico dos mais valiosos. O Protocolo Calgary-Cambridge, criado em 1996, foi o pioneiro. Ainda em conformidade com Campos e Rios, o citado protocolo “nasceu” de um estudo conjunto desenvolvido pela docente de comunicação das faculdades de Medicina e Educação da universidade canadense de Calgary, Suzanne Kurtz e Jonathan Silverman, médico de família e diretor de estudos de comunicação na escola de Medicina de Cambridge, no Reino Unido. Depois do trabalho conjunto dos professores/pesquisadores, surgiram novos guias foram construídos em Portugal, o chamado “sete passos”, o MAAS Global 2000, na Holanda, o SEGUE nos EUA, dentre outros. Diferentes formatos de comunicação, mas um só propósito: o acolhimento ao paciente por meio de uma abordagem holística, de caráter biopsicossocial. Carlos Campos e Izabel Rios, defendem que um dos aspectos mais relevantes do citado protocolo pioneiro, ou seja, o Calgary-Cambridge, é a guinada do interesse médico (ou mesmo de outras áreas da saúde) para algo que vai além da doença física e se aproxima de aspectos aparentemente subjetivos; ignorados por séculos: o bem-estar do paciente. O referido bem-estar é uma preocupação que acompanha o próprio conceito de saúde preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já que de acordo com a entidade a saúde deve estar associada a um conjunto de fatores, envolvendo o bem-estar físico, mental e social. Diante de tais aspectos, em meio a uma sociedade com um ritmo cada vez mais acelerado de acesso à informação, de disputa por espaço no mercado de trabalho, além de uma eterna busca não só pela sobrevivência, mas também pela “conquista” de padrões os mais diversos, o indivíduo está mesmo envolto na “cegueira afetiva”, apontada pelo escritor e pesquisador Daniel Goleman, da Universidade de Harvard. É um universo no qual as pessoas tocam sem sentir, olham e não veem… Humanidade adoecida. Escuta terapêutica, olhar acolhedor, comunicação afetiva, eis os elementos que fazem da interação paciente profissional de saúde um espaço efetivo de cura e esperança: o verdadeiro antídoto contra a cegueira afetiva.

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