Cervejas artesanais são o mais novo segmento promissor da economia pernambucana. Para apresentar um panorama desse mercado, representantes do setor participaram, em novembro passado, da reunião da Rede Gestão (grupo composto por empresas prestadoras de serviço técnicos especializados). Uma novidade anunciada durante a reunião é que a Revista Algomais lançará o primeiro Guia do Cervejeiro Artesanal Pernambucano na edição de janeiro.
A palestra foi realizada pelo diretor da DeBron Thomé Calmon. Ao comparar números do mercado norte-americano com o brasileiro, Calmon mostrou que o consumo tem ainda muito a crescer por aqui. “Nos Estados Unidos o mercado de cervejas artesanais cresceu 16,6% no ano passado e alcançou 12,3% no market share. No Brasil a participação está entre 0,7% e 1%”, afirma.
O diretor da DeBron indicou que o segmento tem avançado nos últimos anos no País. Só entre 2015 e 2016 o crescimento foi de 40%, mesmo em meio à crise . Ele projeta que as cervejas artesanais no Brasil devem alcançar 2% do market share até o ano de 2020. Perspectiva que traz oportunidades para Pernambuco, que está se consolidando como maior polo de cervejas artesanais do Nordeste. No Estado foram registradas 21 microcervejarias em apenas dois anos e meio. Em um ano a capacidade produtiva de cervejas artesanais no Estado subiu 85%. “As cervejarias foram criadas no ápice da crise. Foi um dos ramos que não caiu em recessão e está em franca expansão”, afirmou Filipe Magalhães, cervejeiro da Babylon e presidente da recém-criada Associação Pernambucana de Cervejas Artesanais (Apecerva), que nasceu para fortalecer os players do segmento. Outro fator ressaltado pelos empresários é o apoio do poder público estadual e municipal para o fortalecimento dessa cadeia produtiva. Também esteve no evento o diretor da cervejaria Capunga, Dante Peló Júnior.
Confira na próxima edição da Algomais uma matéria especial sobre o segmento, que virá com o Guia do Cervejeiro Artesanal Pernambucano.