Um dos principais centros de inovação do país, o CESAR completa 22 anos hoje (14). Nessas duas décadas de existência, o instituto expandiu e agora, além da sede no Recife e regionais em Curitiba, Manaus e Sorocaba, estuda a sua chegada em outras cidades. “A ideia é levar o melhor modelo de negócio dentro das frentes em que atuamos – Empreendedorismo, Educação e Engenharia&Design – para diferentes localidades. Nesse tempo, deixamos de ser apenas uma organização para nos tornarmos um movimento socioeconômico que utiliza a inovação para mudar o Brasil”, diz Sérgio Cavalcante, superintendente do CESAR.
Com um portfólio que contempla clientes como Motorola, Samsung, HP, LG, Sonae Sierra Brasil e Gemalto, o faturamento do CESAR em 2017 foi de R$ 84 milhões e a previsão é que 2018 encerre com um crescimento real de 15%, três vezes mais que o mercado nacional de Tecnologia da Informação no último ano. Diante dos bons resultados, um dos principais investimentos anunciados pelo instituto para este ano é em educação. “Já temos cursos rodando em ensino superior, pós-graduação, extensão e mestrado. Agora queremos completar a atuação em todas as frentes, do ensino médio até o doutorado”, conta Cavalcante.
Protagonismo
Com cursos de graduação, especialização, mestrado (considerado pela CAPES o melhor curso do país na categoria Ciência da Computação) e, em breve, doutorado, a CESAR School, escola de inovação do instituto, ganha cada vez mais protagonismo. “A ideia é que a gente forme profissionais que aprendam com quem está dentro desse ecossistema”, refere-se Cavalcante ao grande número de funcionários e parceiros do centro de inovação que são professores da CESAR School.
Internet das Coisas sem barreiras
Estima-se que, de 2020 a 2025, as soluções em Internet das Coisas (IoT) vão gerar impacto de US$ 7,3 trilhões em negócios. Para disseminar o conhecimento sobre a IoT no Brasil, o CESAR faz parte da Câmara de Internet das Coisas, que reúne representantes do governo, setor produtivo, universidades e centros de pesquisa para discutir temas como privacidade de dados, segurança das informações, regulação, fomento ao desenvolvimento de soluções e formação de capital humano.
Segundo Cavalcante, o CESAR é o único a desenvolver uma metaplataforma que faz com que as soluções de IoT conversem entre si. “Desenvolvemos o KNoT, solução capaz de interconectar as plataformas de IoT já existentes para que, por exemplo, um sistema de iluminação doméstico converse com um carro conectado e acenda as luzes ao perceber que o veículo do proprietário do imóvel se aproxima. Isso faz com que o usuário final adquira preços menores dos que os praticados, além de desfrutar de funcionalidades até então inexistentes por falta de comunicação entre as soluções disponíveis no mercado”, explica.
Na mira das startups
Para ampliar a eficiência de geração de startups, o instituto também criou, em parceria com o SEBRAE, a Plataforma Integrada de Geração de Startups (PIGS), que vem concentrando seus trabalhos em levantar oportunidades na área de construção civil. Atuando nas fases de identificação das oportunidades de inovação e nas práticas de exploração, o PIGS é dividido em três fases, explica o executivo.
“Na primeira, chamada de “observação”, a meta é identificar oportunidades em segmentos de mercado ou cadeias de valor específicas. Em seguida, será feita a fase de “experimentação”, onde são realizadas atividades de exploração e prototipação. Por fim, é a hora da “aceleração”, onde será utilizada a metodologia desenvolvida e testada pelo CESAR. Nesta etapa final, as startups contam com acompanhamento estruturado, em mentorias, capital, consultorias especializadas e conexões”, finaliza.