Parceria foca em soluções digitais, sustentabilidade e inovação na Zona Franca de Manaus, sem repasse financeiro imediato
O centro de inovação CESAR e o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) firmaram um acordo de cooperação técnica para desenvolver projetos voltados à bioeconomia na região amazônica. O objetivo da parceria é transformar a Zona Franca de Manaus (ZFM) em uma plataforma de inovação sustentável, por meio de soluções tecnológicas aplicadas ao uso responsável da biodiversidade. A iniciativa marca um passo estratégico para interiorizar a inovação nos estados da Amazônia Ocidental e no Amapá, conectando ciência, tecnologia e floresta.
Segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Polo Industrial de Manaus, principal componente da ZFM, movimentou mais de R$ 204 bilhões em 2024 — um recorde impulsionado pelos setores de bens de informática, eletroeletrônicos e veículos de duas rodas. A nova cooperação entre CESAR e CBA, embora não envolva recursos financeiros diretos, abre espaço para projetos estruturantes com o envolvimento de agentes públicos, privados e comunitários.
“A Amazônia é estratégica para o futuro da inovação sustentável no Brasil. Esse acordo com o CBA nos permite colocar a tecnologia a serviço da floresta e das pessoas, conectando nosso conhecimento em soluções digitais com o potencial único da bioeconomia amazônica”, afirmou Lauro Elias Neto, diretor do CESAR. Com presença em Manaus há mais de uma década, o CESAR já atua com Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na ZFM e agora reforça sua atuação em áreas como rastreabilidade de insumos, sensores, inteligência artificial e plataformas digitais voltadas a comunidades locais.
A colaboração com o CBA também fortalece o ecossistema de bioeconomia da região, ampliando a conexão com centros de excelência em inovação no Brasil. “A parceria com o CESAR marca um passo importante para o fortalecimento da bioeconomia amazônica com base em tecnologia e inovação. A cooperação técnica vai permitir o desenvolvimento de soluções digitais e inovadoras para transformar a biodiversidade em conhecimento aplicado, produtos e negócios sustentáveis. Nosso objetivo é gerar valor a partir da floresta com ciência e, com essa aliança, ampliar a conexão entre o ecossistema de inovação amazônico e centros de excelência no Brasil”, destacou Márcio Miranda, diretor-geral do CBA.
A expectativa é que os primeiros projetos comecem a ser desenhados nos próximos meses, com foco em biotecnologia, tecnologias verdes e transformação digital de cadeias produtivas amazônicas. “Firmar essa cooperação com o CBA reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento regional e sustentável da Amazônia. Estamos falando de criar soluções que respeitam o território, geram valor e capacitam as comunidades e impulsionam uma nova economia baseada na biodiversidade”, concluiu Neto.