Estudo global da Netwrix, divulgado com exclusividade pela Aiqon, revela vulnerabilidades e mudanças na postura das empresas frente ao avanço da inteligência artificial no crime cibernético
O avanço da Inteligência Artificial nas mãos de cibercriminosos está remodelando a segurança digital nas empresas. Segundo a edição 2025 do relatório Tendências em Cybersecurity Híbrida, da Netwrix — representada no Brasil com exclusividade pela Aiqon —, 37% das empresas globais já adaptaram suas arquiteturas de cibersegurança em resposta a ameaças impulsionadas por IA. O estudo ouviu 2.150 líderes de TI em 121 países, incluindo o Brasil.
Entre os principais riscos apontados, 30% dos entrevistados demonstram preocupação com a nova superfície de ataque criada pelos aplicativos de IA utilizados por seus próprios usuários. Além disso, 29% relatam dificuldades em manter a conformidade com normas de segurança, uma vez que auditores já exigem proteção específica contra ameaças de IA. “O cenário mostra uma cultura reativa, em que só se muda depois do ataque — o que afeta a imagem e os negócios”, alerta Thiago Felippe, CEO da Aiqon.
O levantamento também mostra que o crime cibernético se modernizou: estruturas criminosas já operam com equipes tecnológicas dedicadas, utilizando IA para desenvolver ataques mais sofisticados. Por outro lado, apenas 30% das empresas estão estudando soluções de cibersegurança com IA — e 9% afirmam que não adotarão esse caminho.
A relação entre segurança de dados e de identidade foi outro ponto de destaque. “Proteger dados sem proteger identidades é impossível, e vice-versa”, afirma Matheus Nascimento, diretor de operações da Aiqon. Diante dessa realidade, 42% dos CISOs afirmam que priorizariam investimentos em PAM (Privileged Access Management) e 37% em IGA (Identity Governance and Administration), se tivessem autonomia total nas decisões.
O relatório também revela que os ataques trazem prejuízos concretos: 43% das empresas afetadas tiveram de realizar investimentos emergenciais, 17% perderam vantagem competitiva, 15% pagaram multas e 13% perderam clientes. Para mitigar perdas, muitas têm recorrido a seguros cibernéticos — o que exige comprovação de maturidade digital, como o uso de MFA (72%), patch management (54%) e IAM (48%).
O phishing segue como a principal ameaça: 76% dos líderes de TI relatam sua predominância na nuvem e 69% em ambientes locais, reforçando o papel da IA na evolução dessa prática criminosa.