Cinema da UFPE realiza o Abril Indígena – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Cinema da UFPE realiza o Abril Indígena

(Da Ascom da UFPE)

No próximo dia 12, o Cinema da UFPE dá início às sessões do Abril Indígena. No mês em que se celebra o Dia dos Povos Indígenas, o Complexo de Convenções, Eventos e Entretenimento da UFPE promove ações para dar visibilidade a esta parcela da população, importante para a preservação e o fortalecimento da identidade brasileira. As sessões ocorrerão nos dias 12 e 13; 20; e finalizando, nos dias 26 e 27 deste mês, quando ocorrerá sessão do filme “Rama Pankararu”, de Pedro Sodré. Os ingressos gratuitos serão distribuídos na bilheteria do cinema uma hora antes das sessões.

Para a abertura, às 14h do dia 12, está programada sessão com as produções do Coletivo Fulni-ô de Cinema. Liderado por Hugo Fulni-ô, o coletivo tem o objetivo de fortalecer e salvaguardar, através da produção audiovisual, a cultura e as características Fulni-ô, preservando as riquezas da oralidade desvendadas através dos mais velhos, registrando o uso cotidiano da língua Yaathe. 

O Coletivo Fulni-ô de Cinema vem conquistando espaços no cenário do cinema brasileiro, já tendo participado e recebido diversos prêmios em estivais como o Cine Caatinga; Cine Curumim; Fest Cine e Festival de Cinema Indígena de Brasília. O coletivo já realizou diversas produções como “Yoonahle – As Palavras dos Fulni-ô”, “Ihiato -Narrativa dos Anciãos Fulni-ô”, “Xixiá – Mestre dos Cânticos Fulni-ô”. O coletivo também oferece oficinas de criação audiovisual indígena.

Programação

12/04 – 14h

Sessão de Abertura Coletivo Fulniô de Cinema

Thxleka fale comigo (15 min)
Sinopse: Apresenta o cotidiano de Txhleka e seu trabalho com as plantas medicinais. Sua adolescência foi trilhada pelo aprendizado da cura ancestral Fulni-ô. É um personagem com consciência da câmera, que fala com naturalidade aquilo que considera importante ser registrado. Explica seu trabalho com as ervas, pede licença para uma árvore para tirar um pedaço de sua raiz. Explica suas razões. Ele sabe que ela o ouve.

Guardiões de um tesouro linguístico (20 min)
Sinopse: Um filme realizado a partir da pesquisa de mestrado em linguística de mestrado de Hugo Fulni-ô. Está produção cinematográfica indígena, trás os velhos como os verdadeiros detentores dos saberes ancestrais e da língua materna Yaathe.

Xixiá mestre dos cânticos Fulni-ô (27 min)
Sinopse: De um sonho nos anos 70, nasce as cafurnas do povo Fulni-ô, cânticos na língua Yaathe, criadas e cantadas pelo mestre Abdon dos Santos. Este ancião é considerado um patrimônio vivo do povo indígena Fulni-ô, diante de seus ensinamentos, conseguiu compartilhar os saberes dos cânticos e formou outros mestres.

Mulheres Fulni-ô: tecendo histórias (16 min)
Sinopse: Documentário realizado durante o projeto cultural Expressão das Mulheres Fulni-o^. Mulheres Fulni-o^: tecendo história é um filme que retrata a memória e as práticas do tecer com a palha do coqueiro ouricuri, símbolo da língua Yaathe e de manutenção dos saberes do Povo Fulni-o^. Direção: Hugo Fulni-o^ e Rozzana Fulni-o^

13/04 – 17h

Martírio – Vincent Carelli (2017) – 140 min – DOC
12 anos
Vincent Carelli documenta, desde o nascimento do movimento na década de 1980, a grande marcha de reconquista dos territórios sagrados dos indígenas guarani-kaiowá e a sua insurgência pacífica e obstinada frente ao poderoso aparato do agronegócio.

20/04 – 17h

Tuã ingugu (olhos d’água) – Daniela Thomas (2019) – 11 min – DOC
14 anos
Na cosmogonia dos Kalapalo, etnia que vive no parque indígena do Xingu, a água é tão antiga quanto os humanos e é a fonte da vida. É dali que vem todo o sustento dos originários, seu alimento, sua bebida, seu banho, sua alegria. A ideia de usar a água como lixeira, de envenenar a água, é uma distopia. O cacique Faremá – da aldeia Caramujo, nas margens do rio Kuluene – conta sobre o nascimento da água e adverte sobre as consequências de desrespeitá-la.

As Hiper Mulheres – Leonardo Sette (2011) – 80 min – DOC
12 anos
No documentário As Hiper Mulheres, com receio de que sua esposa já idosa venha a falecer, um senhor de idade pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar mais uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que, de fato, sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.

26/04 – 17h

A Última Floresta – Luiz Bolognesi (2021) – 74 min – DOC
14 anos
O xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade, que fica localizada em um território Yanomani, isolado na Amazônia. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos. Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos.

27/04 – 17h

Rama Pankararu – Pedro Sodré (2023) – 98 min – Ficção
14 anos
Bia Pankararu arrecada fundos para a reconstrução de uma escola situada numa área indígena que foi destruída por um incêndio criminoso. Uma jovem jornalista carioca chega ao local para apurar os acontecimentos.

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