Laila Wajntraub
São Paulo, junho de 2022 – A comunicação é parte fundamental nas relações humanas, mas o nervosismo e a timidez podem atrapalhar a fala das pessoas, transformando esse processo simples em algo pouco natural e a ser superado. O fato é que, na vida, as pessoas sempre estão sujeitas a julgamentos e, com isso, algumas naturalmente se fecham em vez de tomar atitudes para enfrentar o problema.
Por meio da comunicação, ações como essa se tornam transparentes. Demonstrar esse sentimento é importante para que consigamos quebrar barreiras e nos aproximar das pessoas em lugares como o trabalho, a escola ou a faculdade. O nervosismo é um sentimento intrínseco do ser humano, mas claro que uns se sentem mais pressionados do que outros.
É normal ficar tenso em momentos importantes de nossas vidas. Mas, por meio de algumas atitudes, como exercícios respiratórios e o controle da saída de ar dos pulmões, é possível dominar esse nervosismo e usá-lo ao nosso favor em reuniões, apresentações e entrevistas. Tudo com o uso de uma comunicação simples e objetiva.
A empatia é a chave para desbloquear uma comunicação humanizada, sendo que a prática levará a perfeição – logo, treinar o que procura expressar, entender o outro lado, passa a ser melhor do que ser introvertido e robotizado. Outra parte importante nesse processo é o autoconhecimento. A partir do momento em que uma pessoa fechada percebe que não está sozinha nessa realidade e começa a entender que faz parte de um grupo com outras milhares, existe uma abertura para buscar melhorar essas habilidades sociais.
Por fim, vai uma dica de ouro: vale sempre apostar na simplicidade. Muitos preferem usar uma linguagem rebuscada em apresentações corporativas, por exemplo, o que acaba deixando o momento ainda mais nervoso. Por isso, o ideal é sempre atribuir simplicidade e clareza à fala. Aposte no básico. Seja objetivo. Se faça entender.
- Laila A. Wajntraub é fundadora e CEO do Clube da Fala, fonoaudióloga, professora de oratória, com uma vasta experiência com a identificação da comunicação agressiva e também não-violenta.