Como economizar com os extras de final de ano? - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Como economizar com os extras de final de ano?

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Com a chegada do final de ano, a economia se prepara pra receber o décimo terceiro, serão injetados mais de R$ 214,6 bilhões de reais, pagos a 81 milhões de trabalhadores formais com uma massa salarial média de R$ 2.451,00, representando cerca de 3% do PIB nacional, este ano a população ainda tem a parcela do FGTS que foi liberado.

Tudo isso gera uma expectativa positiva quanto aos números do final de ano, segundo o índice Iflux, a quantidade de visitantes nos shoppings cresceu 5,3% em outubro na comparação com o mesmo período do ano passado, e na comparação com setembro deste ano também houve crescimento, de 1,5%.

Por outro lado, embora o consumo tenha melhorado, ainda é registrado cerca de 64,7% da população brasileira esta endividada, de acordo com a PEIC - pesquisa de endividamento do consumidor .

Segundo o economista e professor da Universo Recife, Edgard Leonardo, o grande problema é que quase 80% dessa dívida é do cartão de crédito, taxa de juros mais alta, seguida do cheque especial. “Esse cenário de endividamento se agrava com as festas de fim de ano que levam à compra de presentes, roupas novas e confraternizações resultando num gasto excessivo para quem já deve”, comenta.

De acordo com pesquisa recente, Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a maioria dos brasileiros não sabem dizer quanto ganham. Cerca de 45% dos entrevistados gastam mais do que o limite do orçamento e 32% admitem deixar de pagar alguma conta para comprar algo que desejam. Considerando aqueles que se endividaram por descontrole ou por conseguirem crédito fácil, 36% disseram que compraram porque se fossem esperar sobrar dinheiro, demorariam para conseguir. Outros 33% quiseram aproveitar as promoções oferecidas pelas lojas, levando-os a contrair gastos extras sem avaliar o orçamento.

“O ideal seria que essas pessoas endividadas aproveitassem, não só a entrada do décimo como a do FGTS, e tentassem quitar o endividamento com o cheque especial e o cartão para depois começar o ano organizando as finanças”, explica, acrescentando que o planejamento é a chave do negócio. Outra dica importante para não entrar na inadimplência ou, até mesmo, sair dela é fazer a lista do ingresso de receitas extras como o décimo, gratificações, premiações e abono de férias, para saber se há margem para novas despesas ou se elas são apenas suficientes para quitar as dívidas atuais.

Ainda de acordo com o economista, na empolgação do consumismo, típico da época, as pessoas tendem a esquecer que os rendimentos extras só ocorrem nesse período e não o ano inteiro. Portanto, é aconselhável evitar parcelamentos de compras, sobretudo porque o pagamento irá ocorrer nos meses seguintes, onde não mais existirão as rendas extras.

Confira as dicas para evitar a inadimplência:

1. não comprar por impulso: antes de comprar, analise se os bens ou serviços são extremamente necessários ou podem esperar uma nova oportunidade, onde certamente os preços estarão mais em conta, tais como: liquidações e saldões;
2. listar o ingresso de receitas: relacione as receitas extras, como décimo terceiro, gratificações, premiações, abono de férias etc. Verifique se há margem para novas despesas ou se elas são apenas suficientes para quitar as atuais;
3. antever 2017: na empolgação do consumismo, típico da época, as pessoas tendem a esquecer que os rendimentos extras só ocorrem nesse período e não o ano inteiro. Portanto, evite parcelamentos de compras, sobretudo porque o pagamento irá ocorrer nos meses seguintes, onde não mais existirão as rendas extras;
4. pesquisar preços: não adquirir o bem planejado na primeira loja, necessariamente. Visite outras concorrentes, principalmente se a compra for à vista;
5. pedir desconto: nessa época, há uma gama de produtos com preços elevados. Solicite descontos. Em alguns casos, esses já são aguardados até por quem comercializa;
6. poupar é fundamental: para começar a construir a independência financeira, comece a investir, em torno de 10% da renda disponível, em aplicações de curta liquidez, como caderneta de poupança

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