Nos próximos 10 anos, o avanço da inteligência artificial e da robotização nas empresas vai modificar profundamente o mercado de trabalho. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a relação entre o trabalho humano e aquele feito por máquinas e algoritmos, que hoje é de 71% para 29%, se inverterá para 58% e 42% até 2025. Outro estudo do fórum mostra que o rápido avanço da tecnologia pode eliminar cerca de 75 milhões de vagas em todo o mundo até 2022.
Diante desse cenário, surge a pergunta: como não perder o trabalho para robôs e algoritmos? Antes da resposta, é preciso entender que as habilidades socioemocionais serão as mais exigidas ao trabalhador no futuro. Não só para se adaptar às mudanças constantes geradas pela tecnologia, como também para uma atuação direcionada ao ser humano, já que a tecnologia fará o trabalho pesado e repetitivo.
Então, para não perder trabalho para as máquinas, o trabalhador deve desenvolver as habilidades que somente os humanos possuem. O estudo As Habilidades do Trabalhador do Futuro, feito pela consultoria Cartello, identificou as mais importantes:
Proatividade – Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a proatividade será uma das principais habilidades exigidas do trabalhador do futuro. Agir para prever situações antes que elas aconteçam e ter iniciativa para propor e liderar mudanças são características essenciais de um trabalhador proativo.
Autodidatismo – A educação tradicional não tem acompanhado a velocidade das mudanças tecnológicas. Por isso, o autodidata é aquele que complementa a sua formação com outras fontes de conhecimento. É aquele que observa as necessidades no trabalho e busca as próprias respostas. O conhecimento será mais importante do que um diploma.
Criatividade – Em um cenário de concorrência com as máquinas, ser criativo é outra qualidade que somente os humanos possuem. Observar, questionar, inventar, criar e desenvolver. Normalmente, trabalhadores proativos e autodidatas tendem a ser criativos na proposição de novas formas de pensar e na solução de problemas.
Resiliência – A capacidade de lidar com problemas e não desistir diante das primeiras dificuldades será um dos pilares emocionais do trabalhador do futuro. Até porque não adianta ser proativo, autodidata e criativo se não conseguir lidar com os obstáculos do caminho. Mas é preciso também saber o limite da resistência para evitar danos emocionais.
Responsividade – Em reforço à resiliência, é preciso ter a capacidade de responder de maneira adequada às novas situações. Como a mudança será uma constante daqui por diante por causa dos avanços tecnológicos, o trabalhador precisa desenvolver a habilidade de se ajustar rapidamente às novas exigências do mercado.
A lista das habilidades para o trabalhador não perder o trabalho para robôs e algoritmos continua na edição de novembro com: temperança, comprometimento, oratória, trabalho em equipe e administração do tempo.