Organização no início do segundo semestre é essencial para enfrentar as despesas de início de ano com mais tranquilidade
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78% dos brasileiros estão endividados. Com a chegada do segundo semestre, o planejamento financeiro se torna fundamental para evitar entrar nessa estatística. A economista e professora da Estácio Rita Pedrosa ressalta que, “planejar com antecedência é essencial para evitar dores de cabeça no início do ano”, principalmente diante das despesas sazonais como IPTU, IPVA e materiais escolares.
Para começar, o primeiro passo é listar todas as despesas previstas, desde impostos e faturas de cartão de crédito até gastos escolares. Com esses dados em mãos, é possível estabelecer um orçamento realista, categorizando as saídas e determinando prazos para pagamento. “Cultivar uma reserva financeira facilita o pagamento à vista e proporciona maior tranquilidade para lidar com as finanças no início do ano”, orienta Rita Pedrosa, reforçando a importância de uma reserva para quitar despesas com desconto.
Além disso, especialistas sugerem alternativas para otimizar a renda, como a venda de itens não utilizados ou a prestação de serviços extras. O 13º salário também pode ser utilizado para quitar parte das dívidas, mas, segundo Rita, essa renda extra “deve ser usada com sabedoria e não como solução para outras despesas não planejadas”, garantindo maior controle financeiro.
Por fim, a escolha entre pagar à vista ou parcelar deve ser cuidadosamente analisada. Quando há descontos significativos no pagamento integral, essa opção pode ser mais vantajosa, mas, em alguns casos, parcelar pode ser a melhor escolha para manter a liquidez.