Todo o cloro utilizado nas estações de tratamento de água e de esgotos da Ilha de Fernando de Noronha será produzido agora a partir da água do mar. O cloro é o agente desinfetante utilizado na potabilização da água e desinfecção do esgoto. A iniciativa da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) é pioneira dentre as empresas estaduais de saneamento, e possibilitará uma produção de água limpa, sem o descarte de resíduos poluentes, além de maior segurança ambiental, tendo em vista que o sistema não utilizará mais suprimentos perigosos e nem haverá mais a necessidade de transportar e manusear produtos químicos na ilha. O cloro gerado a partir da água do mar também tem maior potencial bactericida, pois mantém o residual de cloro estável ao longo do transporte da água na rede de distribuição.
Hoje (30), os técnicos da Compesa concluíram a instalação do sistema gerador de cloro dentro da Estação de Tratamento de Água (ETA), que terá a capacidade de produzir até 26 quilos de cloro ativo, por dia. Esse volume é suficiente para suprir o consumo na ETA, no dessalinizador e nas Estações de Tratamento de Esgotos Cachorro e Boldró e representa uma economia de 20% dos custos da companhia com produtos químicos em Fernando de Noronha. “Vamos realizar um processo de geração da solução oxidante por eletrólise da salmoura, sendo que, ao invés de utilizar o cloreto de sódio (sal de cozinha), usaremos a água do mar injetada contínua e automaticamente em uma célula eletrolítica, onde ocorrerão as reações eletroquímicas para a conversão do cloreto de sódio em hipoclorito de sódio”, explica a especialista em Gestão de Controle da Qualidade da Compesa, Valderice Alves.
A aquisição do sistema gerador de cloro reafirma o compromisso ambiental de compatibilizar a atuação da Compesa para o desenvolvimento sustentável. “A empresa vem investindo constantemente em tecnologia de ponta e busca a inovação alinhada com diretrizes ambientais de adotar em todos os seus processos, produtos e serviços os princípios da produção mais limpa e de prevenção da poluição” pontua Valderice Alves, informando que o próximo passo da companhia será gerar o cloro a partir do rejeito do dessalinizador, trabalho que ainda está em fase de estudos.