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Confiança do empresário do comércio de Pernambuco cai pelo 6º mês

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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Pernambuco apresentou o menor valor no mês de maio, desde agosto do ano passado, com o índice de 108,2 pontos. O recorte local realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) apontou que pela primeira vez em 8 meses, o indicador estadual se situou abaixo do nacional, que marcou 108,8 pontos. Uma redução de 4,5% ante o mês anterior e queda de 2,9% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Ao comparar o acumulado em 12 meses entre Pernambuco e Brasil há uma leve vantagem de 1,9% do Estado. 

Para o mês de maio, o ICEC destaca que os empresários dos grupos de semiduráveis (roupas e calçados) e duráveis (geladeira, máquina de lavar, fogão, etc) estão pessimistas em relação às condições atuais da economia brasileira. Além disso, 64% dos comerciantes de bens duráveis (geladeiras, fogões, máquinas de lavar e televisões) afirmam que as condições atuais do setor pioraram um pouco ou pioraram muito. Esse pessimismo pode ser um reflexo da influência tanto da inflação dos eletrodomésticos como da taxa básica de juros do Banco Central no consumo. Os bens duráveis, cujos preços são mais elevados, pesam mais no orçamento das famílias, requerendo, por isso, o acesso a modalidades de parcelamento das compras (sobretudo crediários e cartão de crédito). 

Ocorre que, atualmente, a taxa básica de juros da economia, a Selic, está cotada em 13,75% pelo Banco Central, balizando taxas de juros aos consumidores mais elevadas. O contexto se torna ainda menos favorável pelo fato da inflação dos eletrodomésticos (7,1%), medida pelo acumulado dos últimos doze meses através do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), haver superado a média estadual (3,5%) e nacional (4,1%) do IPCA no mesmo período. Não por acaso cerca de cinco em cada dez comerciantes de bens duráveis afirmaram ter expectativa de investimentos menores nos próximos meses. 

“Os dados do Boletim Focus desta semana revelaram um suspiro quando tratamos de inflação, com uma queda para o patamar de 5,8% ao final de 2023 e um avanço de 1,2% no PIB, quando comparado ao ano anterior. Logo, é provável que esse cenário de pessimismo se reverta, acaso, nos próximos meses, ocorra um recuo sustentado da inflação e a taxa de juros comece a ceder”, afirma o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima. 

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