A expectativa de contratação de funcionários subiu 3,9% em relação a dezembro de 2023, o que reforça a disposição das empresas em ampliar seus quadros de colaboradores
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) em Recife fechou 2024 com 116,3 pontos, refletindo um crescimento acumulado de 2,2% em relação a dezembro de 2023. Esse avanço destaca o otimismo dos empresários locais diante da recuperação gradual da economia e das expectativas favoráveis para o setor comercial.
Entre os indicadores analisados, o Índice de Condições Atuais apresentou um crescimento expressivo de 6,1% em 12 meses, impulsionado pela melhora de 10% na percepção atual do comércio. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio manteve-se acima de 148 pontos, evidenciando a confiança para 2025. Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) cresceu 1,3%, alcançando 109,1 pontos.
A intenção de contratação de funcionários também apresentou aumento de 3,9% em comparação a dezembro de 2023, atingindo 131,2 pontos. Esse dado reforça a disposição das empresas em expandir seus quadros de colaboradores, acompanhando os dados positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE, avalia positivamente os resultados: "O otimismo dos empresários vem sendo sustentado pelas melhores condições no comércio, especialmente no setor de bens não duráveis, como alimentos e bebidas, que continuam em alta demanda. Encerrar o ano com avanços consistentes nos índices demonstra que o setor continua apostando no crescimento e na recuperação da economia. O fortalecimento do mercado de trabalho e as expectativas positivas para 2025 serão fundamentais para manter essa trajetória".
Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, destaca as diferenças entre os segmentos: "O setor de não duráveis tem se distanciado em termos de confiança dos setores de semiduráveis e duráveis, mesmo com a alta de preços em itens como carnes e frutas. Ainda assim, os índices permanecem resilientes e acima de 100 pontos. No setor de duráveis, como varejistas de eletrodomésticos, a confiança ficou mais moderada, com um índice de 108".