Segundo a Fecomércio-PE, em setembro o ICEC alcançou 125,8 pontos no estado de Pernambuco, registrando variação mensal de 3,3% em relação a agosto e variação anual de 10,8% em relação a setembro de 2021. O resultado deste mês alcançou pela primeira vez o patamar observado no início de 2020, antes da pandemia de Covid-19. O resultado é muito importante para a economia do estado, pois aponta que mesmo com as condições pouco favoráveis ao consumo os empresários do comércio ainda vislumbram boa movimentação no comércio com os eventos do quarto trimestre.
Pernambuco: Índice de Confiança do Empresário do Comércio, consolidado e componentes (valores em pontos) - setembro/2020 a setembro/2022
Fonte: CNC.
Quando se observa os componentes do indicador, verifica-se que a percepção sobre a situação atual avançou positivamente em 2,0% na comparação mensal e 13,2% na comparação anual, chegando a 107,9 pontos. Esse componente avança e paulatinamente se aproxima do patamar observado antes da pandemia, mesmo com os resultados do volume de vendas apurados pelo IBGE registrando queda considerável na atividade do comércio em 2022.
O componente que avalia as expectativas sobre os próximos meses também registrou variação positiva, de 5,9% na comparação com o mês imediatamente anterior e de 9,4% na comparação com mesmo mês de 2021. O resultado é reflexo de um avanço da proporção de empresários do comércio que esperam um ambiente “melhor” para a economia brasileira nos próximos meses, que era de 79,1% em agosto e chegou a 84,6% em setembro.
O componente que avalia as intenções dos empresários no curto prazo também oscilou positivamente em setembro, embora com variação muito pequena, saindo de 109,4 para 110,4 pontos. Não obstante o lento avanço, esse componente já se encontra em patamar superior ao observado antes da pandemia, quando alcançava 104,2 pontos. O resultado, segundo a pesquisa, vem refletindo a perspectiva de novos investimentos em estoque e ampliação das atividades, possivelmente influenciado pela expectativa sobre as vendas de final de ano.
Para os próximos meses, fica a expectativa do empresariado de que o otimismo expresso nos últimos meses se converta em melhores resultados para o varejo até o final do ano.