Quem já não disse “estou fazendo dieta” pelo menos uma vez na vida? Infelizmente, muitas destas dietas utilizadas pela população, em geral, e divulgadas nas redes sociais, não refletem o verdadeiro sentido desta palavra. “Dieta” tem origem no latim diaeta, que vem do grego “díaita”, que significa modo de vida. Em outras palavras, fazer dieta significa mudar o estilo de vida em relação aos alimentos consumidos.
Um estudo publicado recentemente na Revista de Nutrição (Braga et al, 2019), realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, identificaram déficits significativos de nutrientes nas dietas da moda publicadas em sites e blogs. Nestas, estavam inclusas as famosas low-carb, jejum intermitente e dieta sem glúten.
De acordo com a gestora de Nutrição da Universidade Salgado de Oliveira, Ana Ferrer Soares, a busca incessante pelos protótipos de corpo ideal desvirtua o conceito do que se considera um corpo saudável, desconsiderando a saúde do indivíduo e fazendo das dietas da moda verdadeiros milagres que induzem a ilusões de emagrecimento rápido e sem sacrifício. “Uma dieta equilibrada necessita de harmonia entre macronutrientes que são os carboidratos, proteínas e gorduras, e os micronutrientes que são as vitaminas e minerais, fibras alimentares e compostos bioativos”, explica.
Pessoas que fazem dieta low-carb geralmente excedem na quantidade de proteína, podendo provocar lesões renais, e na quantidade de gorduras saturadas que podem desencadear doenças cardiovasculares. Já no jejum intermitente, passam por períodos de jejum que não condizem com o objetivo a ser atingido. Quando fazem dieta sem glúten, escolhem alimentos industrializados ao invés de aderirem à dieta baseada em alimentos naturais. “Estes três tipos de dietas são e devem ser usadas, porém no momento certo e com a prescrição de um Nutricionista. A utilização errada de tais dietas provoca o inevitável efeito sanfona, comumente observado em quem “vive” de dieta, e assim a obesidade torna-se mais difícil de ser controlada”, comenta.
Por falar em obesidade, essa doença ainda atinge a maioria da população brasileira, sendo reconhecida como uma doença inflamatória crônica de baixo grau. Ela desencadeia uma série de respostas inflamatórias que cursam com o aparecimento de doenças crônicas como Diabetes, Doenças Cardiovasculares e Síndrome Metabólica. Por isso, são recomendados compostos bioativos que atuam reduzindo esta resposta inflamatória e assim auxiliam no processo de emagrecimento e na prevenção de muitas doenças.
Entre os compostos mais frequentes estão o resveratrol (uvas e vinho tinto), curcumina (cúrcuma longa, açafrão da terra), quercetina (frutas cítricas, cebola e maça), tirosol (azeite de oliva), licopeno (tomate, melancia e goiaba), gingerol (gengibre), indol-3-carbinol e sulforafano (brócolis, couve-flor), campferol (tomate), apigenina (hortaliças e própolis), luteolina (chás, frutas e hortaliças), catequinas (chá verde), ácido elágico (romã) e capsaicina (pimenta vermelha).
Mas, para saber a dieta ideal é preciso orientação de um nutricionista, profissional capacitado que vai identificar a necessidade de suplementação nutricional e utilização de alimentos funcionais com compostos bioativos essenciais e específicos para cada caso. Pensando nisso, a Universidade Salgado de Oliveira disponibiliza atendimento gratuito em seu ambulatório de nutrição, de segunda a quinta das 8h às 12h e das 14h às 18h. As marcações podem ser feitas de segunda a sexta, das 12h às 14h, pelo número 81 3797 9007. O atendimento é realizado pelos alunos do curso, sob orientação de professores nutricionistas capacitados para garantir o melhor atendimento ao público.
SERVIÇO:
Universidade Salgado de Oliveira
Ambulatório de Nutrição
Endereço: Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2169 – Imbiribeira – Sala 19, Térreo
Atendimento: de segunda a quinta, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Os interessados devem agendar a consulta pelo telefone (81) 3797 9007, de segunda a sexta, das 12h às 14h.