Consumo Das Famílias Recua No Recife Em Maio, Pressionado Por Emprego E Inflação - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Consumo das famílias recua no Recife em maio, pressionado por emprego e inflação

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Índice segue acima da linha do otimismo, mas mostra sinais de cautela diante do cenário econômico estadual

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do Recife caiu 0,6% em maio de 2025, alcançando 101,6 pontos, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com recorte local da Fecomércio-PE. Embora permaneça acima da linha dos 100 pontos — que marca o limite entre otimismo e pessimismo — o índice registra sua segunda queda consecutiva, refletindo um ambiente de maior incerteza para o consumo.

Entre os fatores que puxaram o resultado para baixo estão o recuo no nível de consumo atual (-2,6%), no acesso ao crédito (-1,8%) e na aquisição de bens duráveis (-3,6%). O único avanço relevante foi observado na percepção sobre a renda atual, com alta de 2,0%, ainda insuficiente para conter a tendência geral de acomodação.

A perda de dinamismo do mercado de trabalho tem afetado diretamente o humor das famílias. Em março, Pernambuco eliminou 3.478 empregos formais, acentuando a insegurança entre os trabalhadores, sobretudo os que recebem até 10 salários mínimos. A inflação, especialmente no grupo de alimentos e bebidas, também contribui para o aperto no orçamento familiar, com alta de 0,64% em abril e de 5,06% nos últimos 12 meses.

Apesar do cenário desafiador, o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, destaca a resiliência das famílias recifenses, que mantêm intenção de consumo moderadamente positiva. Já o economista Rafael Lima observa que, embora a confiança esteja em reavaliação, há possibilidade de reação nos próximos meses, caso haja melhora nas condições de trabalho, crédito e inflação.

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