O Banco central decidiu por um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e demonstrou que ainda não encerrou o o ciclo de queda da taxa de juros iniciada em outubro de 2016, após 11 recuos consecutivos. A decisão tomada nesta quarta-feira (21/03) faz com que a taxa básica de juros da economia brasileira diminua de 6,75% para 6,50% ao ano, atingindo uma nova mínima histórica. Na avaliação do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o novo recuo e as possíveis quedas adicionais trazem ainda mais estímulo à economia, que vem se recuperando de forma lenta.
“O espaço para uma nova queda na taxa de juros acontece porque a inflação segue controlada e as expectativas em relação ao seu futuro estão ancoradas em patamares abaixo da meta”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. “Além disso, a recuperação econômica em curso se dá de uma forma muito lenta, afastando possibilidade de pressão inflacionária mais à frente.”
Para Pellizzaro, o Banco Central sinalizou continuidade do ciclo de expansão monetária, mas sem abandonar a dependência de novos dados. “A princípio, há espaço para novas quedas, mas se os dados voltarem a surpreender, um interrupção na próxima reunião pode acontecer”, afirma o presidente.
“Além da queda, a boa notícia é que as taxas de juros devem se manter em patamar baixo até pelo menos o final deste ano. “É importante ponderar, no entanto, que o cenário político e a necessidade de ajustes fiscais atuam como risco a este cenário.”