Cresce o número de profissionais em busca de migração de carreira em TI – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Cresce o número de profissionais em busca de migração de carreira em TI

Pessoas desempregadas e em busca de migração de carreira são as que mais apostam em cursos voltados para uma nova profissão em tecnologia

Com um mercado de trabalho cada vez mais flexível e volátil, muitas empresas têm adotado projetos que visam a retenção de profissionais, além de ações para atrair e capacitar novos talentos. Hoje em dia, a transição de carreira é vista como algo muito mais natural, que independe de idade, por exemplo, onde as pessoas lidam muito melhor com as possíveis mudanças, sendo capazes de entenderem que as escolhas profissionais do passado podem ser alteradas ao longo dos anos, em busca de trajetórias de sucesso, que ao mesmo tempo, gerem satisfação a longo prazo.

A boa notícia para o mercado de tecnologia é que 78% dos profissionais que atuam em outras áreas querem iniciar uma nova carreira em TI, como afirma um estudo feito pela Alura. E esse movimento ficou bem claro durante a seleção do último Programa de Formação da Orange Juice, comunidade tech patrocinada pela multinacional brasileira FCamara, criada com o intuito de guiar, ajudar e incentivar iniciantes ou amantes da área. O programa é uma iniciativa para treinar e contratar quem está no início da trajetória em tecnologia.

Desde o início do projeto, em 2017, houve um aumento considerável de pessoas desempregadas ou em migração de carreira entre os inscritos. Em 2021, por exemplo, esses números representavam 40% e 47%, respectivamente; na última edição, 65% dos inscritos estavam desempregados e 60% em migração de carreira.

“Os dados enfatizam o fato de muitas pessoas estarem insatisfeitas com o trabalho atual, mas também mostra que o mercado de tecnologia está ganhando espaço com diversos tipos de atuação, além de estar disposto a abraçar as pessoas. É um mercado em crescimento acelerado, com um boom de oportunidades. Quem se qualifica, tem um campo enorme de atuação para explorar”, pontua Joel Backschat, CIO da FCamara e fundador da Orange Juice.

Juntas, a Orange Juice e a FCamara têm realizado ações importantes no desenvolvimento de profissionais para o segmento. Dentre os selecionados do programa deste ano, 80% estavam desempregados e 55% em migração de carreira, o que reafirma a iniciativa de ambas no fomento a essa transição. “Para participar, não é necessário ter ensino superior, por exemplo, o que de fato ajuda a abrir muitas portas para profissionais que gostariam de entrar no setor e tiveram menos oportunidades na sua história”, explica o CIO.

O programa existe há sete anos e bateu recorde de inscrições em sua última edição, realizada entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Houve um aumento de 37% de inscritos em relação à edição de 2022, totalizando mais de 13 mil pessoas.

Diversidade e inclusão

A comunidade Orange Juice tem como meta diversificar o perfil dos candidatos, com intuito de atrair pessoas de todas as regiões do Brasil, gerando também processos mais inclusivos no que diz respeito a raça, gênero, orientação sexual e deficiência. “Tivemos um aumento no número de inscritos dos grupos afirmativos, assim como no processo de contratação. Dessa vez, tivemos pessoas de todos os estados brasileiros se candidatando. Só do Nordeste, foram 25% entre os contratados”, complementa Joel.

Os participantes da ação da Orange Juice passam primeiro por um processo seletivo e, caso sejam aprovados, começam a fase de formação, que é remunerada e têm a possibilidade de efetivação. “Nosso programa é eficiente naquilo que propõe e beneficia não só os participantes, mas nós também. Hoje, podemos dizer que já formamos 600 pessoas, todas muito bem colocadas no mercado de trabalho, algumas que se tornaram C-Levels de grandes empresas, inclusive. Só na FCamara, temos sete desses executivos de senioridade, ou seja, construir essa lapidação do zero e ajudá-las em todos os processos é muito importante para nós, que temos esse senso de comunidade e estamos no centro de um ecossistema envolvendo grandes nomes”, conclui Backschat.

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