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Cresce participação feminina em cargos de liderança

Rafael Dantas

A participação feminina no mercado de trabalho tem crescido nas últimas décadas. Em cenários predominantemente masculinos, como os cargos de liderança, as mulheres também têm marcado sua presença. A atuação delas no mundo corporativo cada vez mais forte é um motivo de comemoração neste março, mês dedicado às mulheres. De acordo com um estudo recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a presença de mulheres em cargos executivos é um dos fatores que contribui para o maior desempenho e lucratividade das empresas. De 75% das organizações empresariais que optaram por mulheres no comando, uma média de 5% a 20% obteve um aumento expressivo nos lucros.

Ainda segundo um estudo do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério da Economia, publicado no ano passado, a participação feminina em cargos de gestão cresce a cada ano. Dos 2,6 milhões de empregos nessas funções registrados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) em 2017, as mulheres somavam 1.143.821 vínculos empregatícios (43,8% do total).

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No Grupo Vila, empresa destaque no segmento funerário com atuação nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, o cenário é de espaço para o público feminino. Dos mais de 900 funcionários, cerca de 50% são mulheres. Algumas delas, inclusive, ocupam cargos estratégicos na empresa, como a diretoria de mercado, gerências de marketing e call centers. E não é só isso. Atualmente é possível encontrar mulheres que atuam em áreas onde antes predominava a presença masculina, como na tanatopraxia. Com talento, garra e proatividade, elas provam que são muito capazes.

Para a diretora de mercado do Grupo Vila, Vivianne Guimarães, há um preconceito de que existem profissões e ambientes de trabalho distintos para cada gênero. “Vivi essa realidade desde o início da minha carreira executiva. Desde o preconceito machista, até aquele que discrimina, por exemplo, a maternidade com uma visão equivocada de que mulheres que são ou desejam ser mães podem ter baixa produtividade e colocar a vida profissional em segundo plano, o que não é verdade. As empresas que mantém uma política de oportunidades para mulheres e consideram também seu crescimento pessoal e sua relação com a família terão nesses dois pontos um grande combustível profissional para essas colaboradoras que buscarão sempre se superarem na busca dos resultados”, afirma.

De acordo com ela, entre os desafios enfrentados por mulheres que ocupam cargos de gestão o primeiro e principal deles é nunca se deixar abalar, mantendo sempre sua autoconfiança. “Isso não quer dizer ser auto suficiente ou dona da verdade, muito pelo contrário, é preciso ter muita empatia, resiliência, escutar muito e ser humilde para ouvir todos aqueles que podem ensinar algo, desde aquelas pessoas mais simples até os mais graduados, ouvir críticas profissionais de forma aberta e, principalmente, saber separar essas críticas profissionais do lado pessoal”, alega. “É preciso ter contato com gente e não ficar atrás de nomes de cargos e computadores. É na ponta, conversando, vivenciando, participando do dia a dia do seu time que você pode entender as dificuldades, aprender com eles e se tornar uma líder de verdade. Líder que participa, contribui, desenvolve pessoas e as inspira”, reflete.

Vivianne fala que foi um desafio e tanto assumir a diretoria de mercado do Grupo Vila e responder por negócios de peso como as marcas Morada da Paz, Sempre Assistência Funeral e Vila Pet, hoje referência nacional e internacional no segmento funerário, presente nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. “Ainda mais porque esse cargo responde por uma tríade de áreas que juntas movem grande parte dos negócios do grupo: a área Comercial com cerca de 225 colaboradores, sendo esses 87% mulheres, o que muito me orgulha, o setor de Marketing com um desafio de inovação no segmento funerário que ainda tem pouquíssima visibilidade como negócio, mas que vem se consolidado cada vez mais no mercado mundial, e a Central de Atendimento ao Cliente, por onde passam todos os nossos atendimentos aos clientes e prospects”, destaca.

Todo esse desafio foi o que a motivou a mudar completamente o rumo da carreira profissional. Primeiro veio a surpresa ao receber um convite para atuar no ramo funerário, que despertou na diretora de mercado a curiosidade nativa, o desafio de mudar de estado e conciliar com a família, como também o encantamento com o propósito da empresa que é “mudar a maneira como as pessoas encaram a morte”. Isso foi ainda um grande desafio pessoal para Vivianne, pois até então, a morte era um tema do qual literalmente, fugia. “Quando recebi o convite para trabalhar no Grupo Vila achei estranho inicialmente, mas refleti que era uma empresa como outra qualquer e fui convidada para ir até a sede do Grupo em Natal e conhecer toda a operação. Saí de lá leve, despida daquele estereótipo preconceituoso e com muita vontade de fazer parte daquele time de colaboradores e gestores simples e felizes com o que fazem”, relata.

Vivianne Guimarães acredita que como mulher pode fazer um diferencial na gestão de empresa. “Entrei num grupo de diretoria formada só por homens. Não posso dizer que foi fácil, afinal além disso, todos estão na empresa há muitos anos e conhecem muito do negócio. Tive e tenho um importante apoio do meu líder, Ibsen Vila, diretor executivo e parte da família fundadora do Grupo Vila, que sempre me deixou muito à vontade e me incentivou a não ter filtro com minhas impressões iniciais sobre a empresa e sua atuação interna e externa, me incentivando sempre expô-las, já que eu vinha com um olhar novo. Ele me deu todo o suporte para mudarmos, complementarmos, construirmos cenários, processos e negócios novos que vêm trazendo os resultados esperados”, ressalta a diretora de mercado do Grupo Vila.

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