Crítica literária: Molhada até os ossos - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Crítica literária: Molhada até os ossos

Rafael Dantas

* Paulo Caldas

Nascida de verdades líquidas, benditas, diretas, intensas, sem cerimônias nem escusas, a poesia de Conceição Rodrigues desnuda opressores, os herdeiros do arcaico, e seus poemas castigam com rigor os parceiros do atraso.
Os versos pontiagudos espetam os escudeiros do preconceito, habitantes de antanho. Cada estrofe um rio que não faz curvas, águas turvadas de gosto ácido, livre de mordaças, afogam palavras dissimuladas por requintes etiquetados, falsa moralitude.

Assim, o clima inundado com o fel divino, descido das sete saias, é marcado por letras cáusticas, impressas por Cecita Rodrigues, escorre desde os cômodos atapetados, clareadas à luz de cristais, às moradas escurecidas da Ladeira de Pedra e do Beco do Barulho.

Molhada até os Ossos tem as orelhas assinadas por Thaís Sales e a produção da Patuá Editora. O projeto primoroso gráfico é assinado por Fabiana Fujita.

O livro pode ser adquirido pelo site
https://www.editorapatua.com.br/produto/162357/molhada-ate-os-ossos-de-conceicao-rodrigues

*Paulo Caldas é Escritor

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