Crítica literária: Sombra e nada mais

*Por Paulo Caldas

A originalidade se impõe em “Sombria” lançamento da escritora Bernadete Bruto.  É um abraço ao insólito e cenas do incomum brotam da escrita com o envolvimentodo protagonista e a própria sombra. O clima é de ame ou deixe, e, ao longo da leitura, ambos discutem a relação.

Sombra e proprietário curtem uma intimidade incômoda, afinal estão lado a lado desde o despertar ao relax na espera do sono. Na troca de farpas, ambos se acendem em ameaças e lamentos.

– Por mim ela não sairia da parede, vive imitando o que eu faço, grudada nas minhas pernas a cada passo do andar. “Pior é você, zombando da minha fragilidade, apela e apaga a luz, mas eu volto, afinal, ninguém vive sem mim”.

“Sombria”, conforme concebeu a autora, assume momentos de ironia e cinismo, é severa e rude, altiva e resolvida, malcriada e insolente, protestapor ter direitos limitados, implica e desafia.

 O conteúdo de texto corrido e história em quadrinhos têm ilustrações da própria Bernadete, projeto visual de André Bruto, impressão primorosa (em papel couchê) da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). Os exemplares podem ser adquiridos na Cultura Nordestina, Rua Luiz Guimarães, 555, Poço da Panela, Recife, fone WA 55 81 98113-7126.

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