Arquivos Cultura E História - Página 134 De 371 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Tatuagem, da ideia até a montagem

Da Cepe A Cepe publica um livro fundamental para jovens cineastas e interessados na nova produção audiovisual brasileira: A invenção de Tatuagem. Ricamente ilustrado, o título aborda o processo criativo do cineasta pernambucano Hilton Lacerda, Tatuagem (2013), que em 2015 entrou para a lista da Associação Brasileira de Críticos de Cinema entre os 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos. A publicação é resultado de pesquisa feita pelos autores: Paulo Cunha, Marcos Santos e Georgia Cruz. Eles narram o processo criativo em todas as etapas do primeiro longa de Hilton, desde a ideia inicial até a montagem. O lançamento será no próximo dia 20, às 17h, no pátio térreo da Fundaj do Derby. O evento acontece logo após a exibição do filme, às 15h, na Sessão Cinemateca no Cinema da Fundação. A entrada é gratuita, mas terá limite de 100 espectadores na sala. A Fundaj adotará o protocolo anti-Covid. "A Cepe tem se interessado cada vez mais em abordar a produção audiovisual pernambucana no seu catálogo, e A invenção de Tatuagem faz parte desse caminho. É um livro que traz o efervescente processo criativo e as várias etapas de elaboração do longa de Hilton Lacerda, com um mergulho não só no filme como produto final, mas também nas pesquisas, discussões e histórias que fomentaram a obra", define o editor da Cepe, Diogo Guedes. Para quem não assistiu ao filme, Tatuagem conta o romance entre Clécio, líder de um grupo teatral, o Chão de Estrelas, e Fininha, um soldado do Exército brasileiro. A história se passa em Olinda, em 1978, nos primeiros anos da ditadura militar. No livro os autores contam que a obra faz referências afetivas ao grupo de teatro Vivencial, ao ator Pernalonga, ao pop-filósofo Jomard Muniz de Britto e ao diretor Guilherme Coelho. Quando ainda elaborava a ideia do longa, o cineasta chegou a pensar em fazer um filme baseado no romance Orgia, do escritor argentino Túlio Carella, que viveu no Recife nos anos 1960. Outra possibilidade era um documentário sobre o escritor Jomard Muniz de Britto, que segundo Hilton é o maior articulador entre a vida boêmia, marginal e a vida acadêmica. Numa conversa com o escritor João Silvério Trevisan, o diretor foi aconselhado a abordar ficcionalmente o universo do Vivencial, conhecido como o território da diferença na época em que existiu, ocupado por transformistas, favelados, gays e héteros, professores e estudantes universitários, militantes de esquerda e gente do povo. Uma vastidão humana e a oportunidade de contar várias histórias em uma só, abordar vários temas que vinha estudando, como sexualidade, contracultura, a importância do próprio Jomard num cenário de resistência e a vida recifense. Todo esse universo faz parte do livro, a força da prosa poética de Jomard no prefácio, a construção do argumento, a discussão cinematográfica sobre o âmbito do Super-8, enfim, um filme contemporâneo a partir da ótica passada. Os três autores leram diferentes tipos de tratamentos do roteiro, estudaram fotografias de cena, consultaram materiais da direção de arte, como cenografia, figurinos e adereços, assim como retornaram às obras que inspiraram o diretor: livros, filmes e histórias. A pesquisa foi realizada no campo dos programas de pós-graduação em comunicação e em design da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Diretor e roteirista de Tatuagem, Hilton Lacerda diz que o livro é uma janela interessante para compreender processos e escolhas e criar a sensação de proximidade na realização do filme. "Pessoalmente, e acredito que para todos que participaram do projeto, adiciono uma forte dose de paixão por ver as memórias eclodirem de maneira tão viva no livro. E isso nós precisamos muito: manter-nos atentos e provocadores, mesmo sob as nuvens cinzas que pairam sobre o nosso País", enfatiza. A invenção de Tatuagem é ricamente ilustrado, com fotos do diretor de fotografia Ivo Lopes, do fotógrafo Flávio Gusmão e do autor Marcos Santos, sem falar das imagens anteriores às filmagens que são de outros fotógrafos, como Ana Farache, que cedeu imagens do Vivencial. O projeto gráfico da designer Sandra Chacon, traz para o leitor a estética do filme. "A Cepe é provavelmente a única editora no Brasil com coragem para bancar uma edição dessas a preço acessível. O catálogo da Cepe demonstra um cuidado todo especial com o cinema feito em Pernambuco, publicando livros com roteiros e pesquisas relevantes", enfatiza Paulo Cunha, autor de Geneton - Viver de ver o verde mar (Cepe 2019), em coautoria com a jornalista e fotógrafa Ana Farache. O escritor tem ainda outro título pela Cepe, também com a abordagem do audiovisual, A aventura do Baile Perfumado: 20 anos depois (2016), escrito em parceria com a jornalista Amanda Mansur.

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Os novos baianos e os anos 1970 são temas do Sonora Coletiva

Acontecimentos políticos ocorridos no final dos anos 1960 e ao longo da década de 1970 marcaram a história do país pelo endurecimento da repressão imposta pelos militares. Sobretudo a partir da edição do AI-5, em 1968, que estabeleceu a censura e o fim das liberdades individuais e de manifestação política. Mas também entraram para a história como o ponto alto da contracultura a partir do surgimento do Tropicalismo e, na esteira do movimento, de muitos outros artistas e grupos musicais. Um dos grupos mais importantes criados na época foi o ‘Novos Baianos’, formado por Moraes Moreira, Galvão, Baby, Paulinho Boca de Cantor, Pepeu e outros grandes músicos. Com uma musicalidade original, que misturava samba, sons regionais e rock and roll, e uma atitude culturalmente transgressora, que flertava com o modo de vida dos hippies norte-americanos, os Novos Baianos criaram alguns dos álbuns mais cultuados da nossa MPB, a exemplo do clássico Acabou Chorare. E experimentaram na prática esse novo estilo de vida. Essa história será o tema do bate-papo com a produtora e escritora paulista Marília Aguiar, que participou ativamente da trajetória do grupo e a contou no delicioso livro ‘Cai na estrada com os Novos Baianos’, na hoje (dia 18/11), às 19h. O livro é um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2021 na categoria Biografia, Documentário e Reportagem. O novo episódio do Sonora será transmitido pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do Sonora Coletiva, vinculado à Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Participarão da conversa os editores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto. Segundo o diretor, autor e produtor Caco Hamburger, “as Novas e os Novos Baianos tiveram a coragem de quebrar paradigmas, de enfrentar a barra pesada da ditadura militar e ainda fazer música da mais alta qualidade que até hoje é referência. Marília viveu essa história com a mesma intensidade e paixão com que a recontou no seu primeiro livro”. Com o livro, destacam os editores do Sonora, Marília Aguiar deu outra dimensão ao protagonismo feminino na história dos Novos Baianos, até então praticamente resumido à presença de Baby Consuelo (hoje, do Brasil) no grupo. SERVIÇO LIVE – OS NOVOS BAIANOS E OS ANOS 1970 SONORA COLETIVA conversa com MARÍLIA AGUIAR Autora do livro ‘Caí na estrada com os Novos Baianos’ 18 NOVEMBRO (quinta-feira) - 19h - Canal do multiHlab no YouTube Participações - Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto (Fundaj)

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Circuito Aurora Instrumental retorna ao Teatro Arraial

O Circuito Aurora Instrumental volta ao palco do Teatro Arraial Ariano Suassuna, na Rua da Aurora, Centro do Recife, para uma nova temporada de concertos presenciais. Consolidado como um espaço de expressão da diversidade, tradição e renovação da música instrumental pernambucana, o festival retorna com uma edição de espetáculos inéditos para o público: o Aurora Convida. Grupos e artistas se apresentarão com instrumentistas convidados, encontros que possibilitarão criar novas sonoridades, dinâmicas e desafios, agregando diferentes linguagens. O evento, que foi contemplado pela seleção pública do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), vai promover oito concertos entre os dias 19 de novembro de 11 de dezembro, com programação às sextas-feiras e sábados, sempre a partir das 19h30. “O Aurora permanece com a proposta de valorizar os artistas de vanguarda da música instrumental assim como os jovens talentos de alta qualidade técnica, e que estão ativos em seus respectivos processos criativos”, explica o produtor executivo do Aurora Instrumental, Félix Aureliano, que ao lado de Gilú Amaral também é responsável pela idealização e curadoria do circuito. O Henrique Albino Quarteto abre a temporada de shows no dia 19. Liderado pelo talentoso compositor e multi-instrumentista Henrique Albino, o grupo vai tocar composições do disco recém-lançado “Música Tronxa”, trabalho que traz um novo conceito para analisar as músicas que unem a intuição e a matemática para gerar novas sensações e estéticas. É esperado do quarteto um show sofisticado de música instrumental, que terá como convidado o guitarrista e violonista Breno Lira. Professor do Conservatório Pernambucano de Música e do Centro de Educação Musical de Olinda, Breno é integrante da Orquestra do Maestro Duda, Treminhão e do Ave Sangria, e mestre em Música/Performance em Jazz pela Universidade de Aveiro (Portugal). Há um bom tempo na estrada, a Joinha’s Band vai mostrar seu repertório autoral, que mistura punk, hardcore, groove e free jazz. O trio de músicos excelentes, conhecido na cena instrumental underground de Recife, vai tocar ao lado do trompetista Márcio Oliveira, que apresenta no instrumento uma linguagem expressiva, regional e inovadora, e já lançou um disco solo e acompanhou artistas como Otto, Di Melo e Maestro Forró. Amigos e parceiros, eles vão mostrar uma interação sinérgica e intensa no palco do Aurora. Para quem sente saudades da música da Saracotia não pode perder a apresentação do grupo no Aurora. “Conhecida por ser uma banda de identidade própria, embora tenha influências do choro, forró e do jazz, Saracotia promete um show carregado de memórias afetivas e também com muita energia e uma sonoridade diferente, já que terá como convidado o incrível Cláudio Rabeca. Eles nunca tocaram juntos. Cláudio é um músico experiente, ele explora toda versatilidade da rabeca brasileira e mostra que pode tocar qualquer coisa com o instrumento”, explica o diretor artístico do Aurora, Gilú Amaral. Laís de Assis, que vem desenvolvendo uma linguagem singular e vibrante em relação a viola de dez cordas brasileira, apresentará ao público do Aurora um passeio sonoro pelo seu repertório autoral e por releituras das obras de grandes compositoras e compositores nordestinos. A artista terá como convidado especial o trombonista Nilsinho Amarante, referência nacional na linguagem do trombone para a música popular brasileira, com destaque para o frevo pernambucano. Já a Mabombe promete um show dançante e cheio de groove para esta edição do Aurora Convida. O grupo, que já está há 12 anos na estrada e dois discos gravados, tem como característica a experimentação sonora livre. A Mabombe vai dividir o palco com o multi-instrumentista Júnior do Jarro – pela primeira vez - abrindo ainda mais as possiblidades sonoras para o concerto. Experimental - O Aurora também abraça a música instrumental do interior do estado. De Garanhuns, o circuito trouxe o percussionista Nino Alves. Inventivo, intuitivo e criador de instrumentos musicais, Nino apresentará temas do seu show "ExperimentaSons" e também composições do repertório do seu convidado, o saxofonista, arranjador e compositor Parrô Melo, que é fundador da Orquestra Bomba do Hemetério. Muitas expectativas em torno desse show que vai unir a criatividade percussiva de Nino com a experiência musical de Parrô. Uma das apostas dos curadores é a Makamo Quinteto, formada por musicistas, compositoras, alunas e professoras do Conservatório Pernambucano de Música. O grupo lançou um EP neste ano e vai mostrar um repertório autoral, que passeia pelo frevo, forró, baião, choro, maracatu e ciranda, incluindo arranjos inéditos de novas composições. O grupo vai tocar com a percussionista Aishá Lourenço, veterana e dona de uma vivência musical amplificada, que agregará elementos eletro percussivos ao show. Será um encontro inédito, que deve elevar a potência sonora da Makamo. Encerramento – O concerto derradeiro desta temporada do Aurora será apresentado por Gilú Amaral e Rimas.INC (Clécio Rimas). Pode-se sintetizar a parceria entre o percussionista e o DJ e produtor como a música tecnológica e orgânica em perfeita harmonia, que mescla os instrumentos percussivos com as batidas eletrônicas da MPC – duas vertentes que estão em alta no mundo todo. A dupla vai mostrar um show essencialmente dançante, mas também experimental, misturando essas duas vertentes que serão reforçadas pelo convidado DeCo N., artista sonoro e compositor de música eletrônica. DeCo N é professor do curso de Tecnologia em Produção Fonográfica de Música Eletrônica da Universidade Anhembi Morumbi. SERVIÇO: Aurora Convida Período: às sextas-feiras e sábados, de 19 de novembro a 11 de dezembro de 2021. Horário: às 19h30 Local: Teatro Arraial Ariano Suassuna (Rua da Aurora, nº, Boa Vista, Recife – PE) Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Vendas: Bilheteria do Teatro Arraial (abre 1 hora antes do show) e no https://www.sympla.com.br/aurorainstrumental **PROGRAMAÇÃO AURORA CONVIDA** 19/11 – Henrique Albino Quarteto convida Breno Lira 20/11 - Joinha’s Band convida Márcio Oliveira 26/11 – Makamo Quinteto convida Aishá Lourenço 27/11 – Saracotia convida Cláudio Rabeca 03/12 – Mabombe convida Júnior do Jarro 04/12 – Laís de Assis convida Nilsinho Amarante 10/12 – Nino Alves convida Parrô Melo 11.12 – Gilú Amaral feat Rimas.INC convida Deco N

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As histórias e atrativos do Mercado Público de Garanhuns

*Por Caio Mateus Pessoa, especial para a Algomais O Mercado Público de Garanhuns 18 de Agosto comemora 54 anos de atividades. Fundado em 15 de novembro de 1967, o espaço é conhecido por oferecer a população produtos que os garanhuenses fornecem. Fora do Mercado, há um complexo que contém o Mercado Público de Farinha, feira livre, venda de artesanatos e o Beco do Fumo. O equipamento tem importância econômica, cultural e turística no Agreste Meridional. O Mercado 18 de Agosto foi fundado pelo então prefeito, Amílcar da Mota Valença, para oferecer aos produtores de carne e outros gêneros alimentícios um local para vender suas mercadorias. O nome do mercado tem a data da vitória de Valença nas eleições municipais de 1963. Naquele mesmo ano foi iniciada a construção do espaço como fala o historiador e pesquisador Cláudio Gonçalves. “Ao assumir o cargo em 15 de novembro de 1963, Amílcar da Mota Valença tinha em sua plataforma de governo a construção de duas obras de relevantes serviços para população: o mercado público e um colégio de grande porte para os estudantes garanhuenses. O local escolhido para construção pelo prefeito foram alguns antigos prédios onde funcionavam um pequeno mercado e o Empresa de Melhoramentos de Garanhuns (Serviços de Abastecimento de Água e Luz de Garanhuns – SAALG e atual Mercado de Farinha). Esses edifícios eram pertencentes ao município. Já a denominação Mercado Público Municipal 18 de Agosto, ou simplesmente Mercado 18 de agosto, foi uma escolha do próprio prefeito Amílcar da Mota Valença. A data foi marcante em sua vida política, o dia em que foi eleito prefeito de Garanhuns, 18 de agosto de 1963, derrotando o respeitável professor Petrônio Fernandes da Silva”. . . Atualmente o 18 de Agosto tem 163 boxes e destes 80% estão em funcionamento. Os clientes podem encontrar no local serviços e produtos como: lanchonete, carnes, roupas, sapatos, café, feijão, milho e etc. Tudo com preço popular. Givaldo Calado, Secretário de Turismo e genro do ex-prefeito Amílcar Valença complementa um dado histórico do espaço: “O Mercado 18 de Agosto tem uma história linda e exemplar que começa na Alemanha. De repente, um prefeito da nossa cidade estava naquele país a convite de seu governo, conhece mercados como o “18” e diz a si mesmo ou aos seus botões: 'Vou levar a ideia pra Garanhuns e, lá, vou construir um'. Foi assim que nasceu o que a gente boa de Garanhuns passou a chamar de 'Shopping de Garanhuns'. O prefeito da época, Amílcar da Mota Valença, notabilizou-se pelo muito que fez em sua cidade nas duas de suas gestões (1963 a 1968 e 1973 a 1977) , mas o '18' não saía de sua cabeça. Ele teria sido sua obra maior e futurista. Por certo, à posteridade” . Sobre o que comemorar no aniversário do Mercado, José Luís de Andrade, administrador do 18 de Agosto nos fala um pouco sobre o que esse equipamento significa para ele e relata como foi dirigir este local durante a pandemia. “Comemoramos nestes 54 anos de existência do Mercado 18 de Agosto o seu tradicional comércio em seus mais variados segmentos. E também seus comerciantes, alguns deles estão desde a fundação em 1967, demonstrando  dedicação e carinho pelo mercado, como é o caso de seu Né marchante, Zito Santos entre outros. Mesmo aqueles que não mais comercializam vez por outra estão visitando o mercado para matar a saudade. E também comemoramos o fato de boa parte da população durante essas cinco décadas preferir fazer suas compras no Mercado 18 de Agosto, esse estabelecimento comercial tão importante para a nossa cidade. Foi difícil, mas conseguimos administrar seguindo os protocolos e orientações da nossa prefeitura através da Secretaria da Saúde de Garanhuns e a Vigilância Sanitária”. Próximo dali tem Mercado Municipal de Farinha, antiga Empresa de Melhoramentos de Garanhuns. Em matéria da Revista Ilustração Brasileira de 1924, o prédio já existia e a reportagem ressaltava o esforço do coronel José d’Almeida Filho para Garanhuns ter o abastecimento de água, luz e telefone com linhas urbanas e rurais. Neste ano,  o Mercado de Farinha foi interditado pelas más condições estruturais e os feirantes que ali trabalhavam foram transferidos para o 18 de Agosto. No mesmo complexo também existe o icônico Beco do Fumo, local que de início vendia somente fumo de corda ou conhecido também como “fumo de Arapiraca”. É possível encontrar também neste local ervas medicinais, temperos de cozinha, lambedores, garrafadas, colheres de pau até artesanato. O Beco serviu também de inspiração para elaborar um documentário homônimo do local e que foi produzido pelos alunos dos Professores Wilson Freire e Tiago Lira, na oficina Memória do Lugar (Audiovisual), dentro da Programação do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. . . ESPERANDO POR UMA REFORMA Fora do 18 de Agosto tem uma feirinha onde é possível encontrar hortaliças, comidas típicas, café artesanal e até mel. Vendendo algum desses produtos há três anos, Betânia Lima vem de Miracica, Zona Rural de Garanhuns. Ela fala um pouco sobre a atuação da Prefeitura de Garanhuns e o potencial turístico que não é aproveitado. “Aqui já tivemos diversas conversas para algumas melhorias, mas ficou em promessas. A região daqui do Mercado 18 de Agosto poderia ter um olhar melhor das autoridades e enxergar aqui como um ponto turístico já que a gente tem coisas que os turistas gostam, mas até agora não vi mudanças por aqui.” . . Sobre a revitalização do Mercado 18 de Agosto, o secretário Givaldo Calado revela que há um planejamento dentro do poder municipal. “Temos, sim, um planejamento! O prefeito Sivaldo Albino conseguiu reunir um time muito bom, que conhece a sua cidade e que sabe dar o valor que ela merece, que sonha no dia a dia com seus encantos e, um deles, não tenham dúvida, é o '18'. O nosso gestor vive atrás de recursos para conferir à sua cidade as obras capazes de incrementar o turismo, fonte de geração de emprego e renda em todo o mundo, e nós estamos

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Museu de Poço Comprido celebra Semana da Consciência Negra

As comemorações alusivas ao Dia da Consciência Negra, no Museu Comunitário Poço Comprido, Zona Rural de Vicência, têm início a partir da próxima terça-feira (16), com encerramento oficial no dia 20. Este ano, a programação traz várias ações culturais, como oficinas, seminários, exibição de filmes, mostra gastronômica e apresentações de grupos de cultura popular. Desde 2008, o evento é realizado no local. A proposta é enaltecer a história e a produção dos artistas negros da região da Zona da Mata Norte, interior de Pernambuco. Este ano, o evento traz como tema: “Porque a arte nos faz viver e nos enche de esperança” - como forma, também, de celebrar a retomada das atividades culturais do museu, que ficou por quase dois anos sem atendimento ao público por conta da pandemia. Serão cinco dias de atividades, incluindo a primeira exposição permanente voltada à temática racial, que será instalada no museu, e também circulará por escolas da cidade. Trata-se da mostra “As memórias afro-brasileiras”, que busca retratar fatos vividos pela população negra no século XVI e XIX, na região do Vale do Sirigi, localizadas entre as cidades de Vicência (Mata Norte) e São Vicente Ferrér ( Agreste Setentrional). A iniciativa tem a curadoria dos professores, pesquisadores e produtores culturais, Joana D’ Arc Ribeiro e Uenes Gomes. Entre as atividades oferecidas estão as oficinas de artesanato da fibra da bananeira, ministrada pelas artesãs do Ponto de Cultura Poço Comprido; e também de dança-afro com o Mestre Meia-Noite. A primeira delas têm como público-alvo os idosos, e estudantes de escolas públicas da localidade. Na programação, uma diversidade de ritmos, sons, movimentos e artistas locais, regionais e internacional. Entre eles, o Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, Assisão e o Coco Raízes de Arcoverde, de cidades do Sertão pernambucano. Também participar o Maracatu Raízes de Pai Adão, do Recife, entre outros. Há, ainda, apresentação híbrida do grupo africano, Grupo Netos de Bandim da Guiné Bissau, da África, que promete abrilhantar a festividade. Entre as atividades, também está prevista a realização do Seminário: “Respeito não tem cor, tem consciência”. Encontro terá a participação especial de Vera Baroni, feminista e ativista negra dos direitos humanos. A iniciativa é realizada pela Prefeitura de Vicência, por meio da Secretaria de Assistência Social, com apoio da Associação Filhos de Vicência (AFAV). É necessário realizar inscrição (https://forms.gle/dF89ccmJuxe2EDtV8) Escolas, instituições sociais, culturais, entre outros, que quiserem aproveitar para conhecer o museu, vão poder contar com visitas guiadas. De terça-feira, 16 até o dia 17, é cobrado uma taxa social, de R$10. Na sexta-feira, 19, a visitação será gratuita. Para agendar, basta entrar em contato com a responsável Joana D’Arc Ribeiro pelo telefone: (81) 9 9798.7117. Além disso, o evento abre espaço para gastronomia local e regional, com com receitas, pratos e delícias da cozinha afro, de origem da Zona da Mata e região. O cardápio é assinado pela chef e consultora em gastronomia, Andrea Hunka. Produções artesanais, de artistas da cidade e do entorno, vão integrar as atividades culturais, durante os dias da programação, em uma feira de artesanato. Uma das novidades desta edição da festividade da Celebração da Consciência Negra, é atrair o público interessado em acampar no Museu Poço Comprido. Experiência que une conhecimento, cultura e turismo. Neste caso, é necessário pagar taxa de R$40, que equivale a cinco dias de atividades. Agendamento pode ser feito pelo telefone: (81) 9 9638.2471. Dia da Consciência Negra - é celebrado em todo o território nacional, dia 20 de novembro. Evento tem como objetivo lembrar às lutas do negro Zumbi dos Palmares, morto por lutar contra a escravidão no Nordeste. A programação tem como proposta refletir sobre a importância dos negros na sociedade, elecando o protagonsimo do povo afro-brasileiros, que ainda tem que conviver com o preconceito e violência racial. O Museu Poço Comprido é um equipamento cultural oitocentista e remanescente do século XVIII. Desde de 2004, quando foi restaurado, a Associação dos Filhos de Vicência (AFAV) tem feito a gestão do espaço, com articulação de captação de recursos, atuando nas ações de políticas culturais de ocupação cultural do museu. Graças ao empenho da comunidade local e de instituições parceiras, vem conseguindo manter-se conservado, possibilitando a participação popular através das formações e dos eventos de cultura popular, educação patrimonial e cultura negra. O museu também é ponto de cultura, ponto de memória, e tem registro no IBRAM. Em 2004, abriu as portas oficialmente para visitação turística, sendo um dos principais produtos turísticos da região da Mata Norte, divulgando a história da “civilização do açúcar” de forma internacional, onde anualmente recebe cerca de cinco mil visitantes, entre nacionais e internacionais. *<<<<< Programação >>>>>>*  Datas: 16 a 20 Oficina da fibra da bananeira com as mestras Cosminha, Cida e Mazé. Público-alvo: Grupo de idosos do Povoado de Borracha, Zona Rural de Vicência. 17/11 - Quarta -feira Seminário: “Respeito não tem cor, tem consciência”. Apresentação  de Vera Baroni, feminista e ativista negra dos direitos humanos. Local: Auditório Frei Caneca, instalado dentro do Museu Poço Comprido. Horário: 9h 18/11 - Quinta-feira Encontro Afro Mirim Horário: 13h30 Público-alvo: Alunos da Creche Maria de Lourdes Monteiro, e do Centro Educacional Mãos de Luz, Vicência. 15h - Apresentação cultural Mamulengo Flor Mimosa, de Vicência. 19/11 - Sexta-feira 8h30 - Mostra Gastronômica afro-brasileira. 9h30 - Apresentação cultural Cacá Violeiro em um bate-papo “Discutindo racismo”, com  grupo “Sankofa” da Escola de Referência Padre Guedes, Vicência. 10h30: Seminário” As memórias afro-brasileiras do Vale do Siriji”. A mediação é da produtora cultural, Joana D’ Arc Ribeiro. Já a apresentação é do pesquisador, professor, Uenes Gomes. 12h30 - Entrega dos certificados do s cursos “Vale do Siriji e seus remanescentes engenhos de açúcar” e “Dança afro: identidade nossa” 15h - Visita guiada pelo Museu Comunitário Poço Comprido. 20h - Apresentação cultural do Maracatu Leão da Floresta de Vicência. 20h30 - Apresentação cultural híbrida do Grupo Cultural Netos de Bandin. 21h - Apresentação cultural do Coco Raízes de Arcoverde. 22h-  Apresentação cultural da Ciranda Bela Rosa, do Mestre Bi, de Nazaré da Mata. 20/11 - Sábado

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o bem vira longa uilma queiroz

III Fincar anuncia programação com filmes nacionais e internacionais

Festival realiza sua terceira edição de 19 a 28 de novembro. O público poderá assistir a 47 filmes gratuitamente através da plataforma online Embaúba Play. Via assessoria de imprensa. O Festival Internacional de Cinema de Realizadoras (Fincar) anuncia a programação de filmes da sua terceira edição. O festival disponibiliza ao público 47 filmes nacionais e internacionais, longas e curtas-metragens, divididos em três mostras não-competitivas. O III Fincar será realizado no formato online, de 19 a 28 de novembro, através da plataforma Embaúba Play. Toda a programação é de obras realizadas por mulheres cis e trans, travestis, pessoas não-binárias e trans-masculinas. Nas primeiras edições o festival exibiu filmes dirigidos por mulheres e em 2021 amplia a participação de pessoas com outras identidades de gênero. O III Fincar é realizado pela Vilarejo Filmes e tem incentivo do Funcultura, Secretaria de Cultura, Fundarpe, do Governo de Pernambuco. O festival conta com conselho político formado pelos coletivos Mulheres no Audiovisual Pernambuco (Mape) e Negritude do Audiovisual PE e pelo Fórum Itinerante de Cinema Negro  (FICINE).    PROGRAMAÇÃO - O III Fincar traz uma programação com produções audiovisuais contemporâneas e históricas com investigações estéticas não-hegemônicas. Da produção audiovisual brasileira, a programação reúne filmes da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Sergipe. Entre os estrangeiros, o festival conta com realizações da Argentina, China, Costa Rica, Cuba, França, Irã, México, Peru, República Dominicana, Turquia e coproduções Brasil-Colômbia, Brasil-EUA, Marrocos - França - Quatar. Pela primeira vez o Fincar fará debates com realizadoras estrangeiras. Os debates serão feitos através da plataforma Zoom, com transmissão ao vivo pelo Youtube. Integrantes da curadoria farão a mediação das conversas em torno dos filmes exibidos. “Um dos aspectos positivos do formato online é que nos proporciona encontros mesmo na distância geográfica. Outro aspecto é que os debates serão gravados e isso gera um arquivo importante sobre as produções audiovisuais e suas realizadoras. O maior exemplo disso é o debate da Mostra Olar que faremos com a realizadora cubana Gloria Rolando. Glória irá conversar conosco a partir de Cuba e a conversa ficará registrada e disponível na internet para pessoas que queiram se aprofundar no trabalho dela”, ressalta Maria Cardozo, diretora do Fincar. Na Mostra Fincar são disponibilizados 38 filmes nacionais e internacionais selecionados pela curadoria do festival, incluindo um programa infantil, com classificação livre. São oito longas e 30 curtas, que ficam disponíveis gratuitamente por 48h via streaming na Embaúba Play, possibilitando que o público faça sua sessão de cinema em casa no horário que preferir. É possível assistir ao festival facilmente, sem obrigatoriedade de cadastro prévio na plataforma. O acesso pode ser por Smart TV, notebook ou celular. Duas mostras especiais com filmes históricos completam a programação disponível na Embaúba Play. Na Mostra Olar - Observatório de Realizadoras Latino-Americanas, serão exibidos cinco obras raras dirigidas pelas cineastas negras e cubanas Sara Gómez  (1942 - 1974) e Glória Rolando, que constroem, a partir de suas experiências, uma cinematografia decolonial latino-americana. Os filmes de Sara Gómez foram cedidos pelo Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC). A curadoria é do Observatório de Realizadoras Latino-Americanas. Sara Gómez é realizadora negra precursora na América Latina e Gloria Rolando é uma referência na realização do cinema afrocubano desde a década de 1990.  “Selecionamos a partir destas duas cinematografias, obras que buscam construir pensamentos a respeito da racialidade em seu país, e que apesar das especificidades da história cubana, nos revelam as indissociáveis semelhanças na formação das sociedades da América Latina”, afirmam as curadoras da Mostra Olar, Cíntia Lima e Lílian de Alcântara, no texto do catálogo. Já a Mostra Mape difunde quatro filmes produzidos pelo Instituto SOS Corpo e a TV Viva na década de 80 e 90, tendo sido curada pelo coletivo Mulheres no Audiovisual de Pernambuco (Mape). "Para nós, revisitar as produções do SOS Corpo em parceria com a TV Viva é uma honra e ao mesmo tempo um dever. Os dois sentimentos se misturam porque estamos diante de um resgate de obras que compõem parte da memória da luta feminista em Pernambuco. Esperamos que o público divida conosco o encantamento em torno destes filmes, seja pelas imagens e marcantes da população brasileira, ou pela consciência de que a luta vem sendo travada há tantos anos”, assina o coletivo Mape. O catálogo do III Fincar, com textos sobre cada mostra, será disponibilizado em formato virtual para download gratuito no site do festival. CURADORIA - Para criar a sua mostra central, o Fincar formou um time de curadoria com Anti Ribeiro, Kalor Pacheco, Patrícia Yxapy, Emilly Guilherme, Luly Pinheiro e Maria Cardozo, que interagiram virtualmente durante o trabalho de seleção. Lully destaca a qualidade dos filmes diante do contexto de pandemia e da desestruturação das políticas públicas para o setor audiovisual: “A gente recebeu uma grande quantidade de filmes produzidos nesse último ano, nesse período pandêmico. Confesso que me surpreendi com a qualidade dos filmes, a qualidade inventiva mesmo de produzir ‘apesar de’. Pois me parece cada vez mais difícil, mais complicado produzir cinema hoje no Brasil”. O Fincar traz ainda “filmes fronteiriços, que bagunçam um pouco os nomes que dão para as linguagens, que transitam, misturam, recortam, fazem colagem entre as linguagens”, afirma Anti Ribeiro. A curadora Maria Cardozo ressalta que o Fincar também selecionou filmes de encontros como Pausa para o café (Brasil, Paraná, 2020, 5 min, Direção: Tamiris Tertuliano| Festival de Brasília e Festival do Rio), filmes sobre mulheres no trabalho como os curtas Pega-se facção (Brasil, Pernambuco, 2020, 13 min, Direção: Thaís Braga | Mostra Tiradentes) e Vila das mulheres pedreiras (Brasil, Pernambuco, 2019, 18 min, Direção: Nathália Machado), entre outros. Anti Ribeiro lembra ainda que algumas obras selecionadas contam com uma presença fantasmagórica. “Essa presença de uma estrutura que não se apresenta totalmente, mas que consegue ser sentida na atmosfera dos filmes. Três filmes que têm essa presença fantasmagórica e se apresentam em preto e branco são Per Capita (Brasil, Pernambuco, 2021, 15min14s | Festival de Gramado e Festival de Curtas de SP), de Lia Letícia;

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Festa Literária de Serra Talhada celebra o sertão e a cultura

As mais diversas linguagens artísticas estarão presentes na Festa Literária de Serra Talhada - FLIST, de 23 a 26 de novembro, na Estação do Forró do principal município da Mesorregião do sertão pernambucano. A quarta edição do evento reunirá literatura, música, dança, cinema e teatro em apresentações que vão transbordar os elementos culturais do sertão do estado, encantando moradores do local e turistas. A literatura estará na base da produção e vai transpassar toda a programação da FLIST, que já tem nomes como Ivanildo Vila Nova e Rogério Menezes confirmados. De acordo com Cleonice Maria, uma das coordenadoras do evento, a FLIST vai ser realizada de forma presencial e virtual, por meio dos sites da Fundação Cabras de Lampião e da Prefeitura de Serra Talhada. "O evento vai ser realizado nos horários da manhã, tarde e noite, e haverá higienização completa do ambiente nos intervalos entre uma sessão e outra”. Cleonice ressalta ainda que, com a pandemia da Covid-19, a FLIST seguirá as recomendações dos órgãos sanitários competentes. O encontro contará com diversas palestras, mesas de diálogos, conferências, contações de histórias, lançamentos de livros, além de apresentações com artistas de reconhecimento local e nacional. Jorge Filó, Marcos Godoy, Vera Ferreira, Anildomá Willans de Souza, Ferreira Júnior e Adriano Marcena, Clênio Sandes, Sebastião Dias, e Zé Carlos do Pajeú são alguns dos grandes nomes com participações já confirmadas no evento. A FLIST ainda abre espaço para os shows de Assisão, As Severinas, Jéssica Caitano e Coco Trupé de Arcoverde. Grupos de dança e teatro também estarão na programação como Filhos do Sol, Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, Cia. Artística Pajeú de Danças, Trupe Teatral Espantalho com A Peleja De Severo para Enganar A Morte, As Beatas do Pau Oco, O Casamento, A Chegada de Lampião no Inferno, Decripolou Totepou. Além disso, performances serão apresentadas durante todos os dias da festa. A Mesa de Glosa não pode faltar numa programação sertaneja que se preze e chega com uma trupe de grandes poetas. Já no Cine Clube Lampião, serão exibidos filmes produzidos na região, com artistas e técnicos do sertão. "A proposta é comunicar a percepção de que a criação, em suas diversas linguagens e interpretações, surge a partir da necessidade de soltar as amarras da realidade. Por meio do fazer artístico, a realidade é transformada e recriada. E, com isso, a natureza humana passa a ser vista em suas singularidades”, concluiu Cleonice Maria. Além de ser um ambiente para vivenciar a arte, a FLIST será um espaço de construção de políticas do livro, da leitura, da literatura e de bibliotecas, onde haverá momentos de escuta da sociedade e das entidades envolvidas com a área. A ideia dessa miscelânea artística é valorizar a cultura local, onde há tantos poetas que lidam com a literatura por meio da oralidade. A Secretaria Municipal de Educação irá disponibilizar um bônus para os professores adquirirem livros, como forma de incentivar os escritores e também de contribuir com a leitura e os estudos dos docentes. Durante o evento, a organização vai espalhar obras literárias pela cidade, com o mesmo objetivo, ou seja, de incentivar a leitura. Ao final, os livros deverão ser entregues na Biblioteca Pública Municipal Cecílio Tiburtino. A FLIST é uma produção da Fundação Cultural Cabras de Lampião, em parceria com a Prefeitura Municipal de Serra Talhada, com a Secretaria Municipal de Educação e com a Fundação Cultural de Serra Talhada. O evento tem incentivo do Funcultura, da Fundarpe, da Secretaria Estadual de Cultura e do Governo de Pernambuco. A programação completa da FLIST já está disponível nos sites: www.cabrasdelampiao.com.br e www.serratalhada.pe.gov.br .

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Exposição reaviva memória do escritor Maximiano Campos

No próximo dia 19 de novembro, às 17h, a Biblioteca Blanche Knopf, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), lança a exposição “O Domador de Sonhos: 80 anos de Maximiano Campos”. A montagem marca a celebração de aniversário de nascimento do autor do romance “Sem lei nem rei” (1968) e de diversas outras obras. Um perfil do escritor e contista Maximiano Campos (1941-1998) ocupará a Sala de Leitura Nilo Pereira, no Campus Derby, fazendo um passeio pela vida privada do escritor recifense e todos os seus 17 títulos publicados. Filho de Maximiano, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, recorda a trajetória do pai, saudado por Gilberto Freyre como “mestre na especialidade do conto”. “Em um tempo de vulgaridade artística que confunde talento com mercadoria, são poucos os que, como Maximiano, preservaram, na ficção e na poesia, a sua visão humanista primordial e digna, através da qual desenhou a vida”, acentua ao destacar uma vocação e postura humanista na obra do pai, além de uma divisão entre o divino e o humano. Na montagem, estarão diferentes edições das obras de Maximiano. “Haverá um destaque especial para aquelas cujas dedicatórias são especiais”, assinala a coordenadora da Biblioteca, Nadja Tenório Pernambucano. Fragmentos de contos, crônicas e de seus romances ganharão destaque nas paredes, ao lado da letra do frevo “Serpentina partida”, co-autoria com Arthur Lima Cavalcanti. Outro recurso utilizado será o audiovisual, em vídeos que reúnem depoimentos. Em julho de 2020, a Instituição recebeu a doação do acervo pessoal do escritor, com mais de 5 mil livros catalogados. Além da biblioteca do autor, estão também objetos, antigas comendas e outros arquivos. Para a coordenadora, muito além da homenagem, iniciativas como estas são um convite.“É uma oportunidade para conhecer esta importante coleção, que agora pertence à Fundação, e que está disponível ao público na visita aos nossos acervos”, reforça Nadja. Sobre o homenageado Maximiano Accioly Campos nasceu no Recife, em 19 de novembro de 1941. De acordo com Antônio Campos, ele começou a escrever muito cedo, desde os tempos do Colégio São João, onde fez os estudos secundários e abriu-se para o mundo do conhecimento e da literatura. Foi um dos expoentes da Geração 65 e um dos escritores que mais dialogou com Ariano Suassuna, tendo feito o posfácio da primeira edição da Pedra do Reino. Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco, Maximiano foi ao longo de sua vida cronista do Diario de Pernambuco e superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco. Entre janeiro de 1987 e dezembro de 1988, assumiu o cargo de secretário de Turismo, Cultura e Esportes do Governo de Pernambuco, durante a segunda gestão do governador Miguel Arraes. Do seu casamento com Ana Arraes, teve dois filhos: o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (1965-2014) e o advogado e escritor, atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos. Maximiano é autor de 17 livros, alguns publicados postumamente. Sua primeira obra “Sem lei nem rei” é também a mais conhecida. Ela narra uma briga entre coronéis do sertão e da zona da mata de Pernambuco. Depoimento Ex-superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, o escritor recifense Frederico Pernambucano de Mello conviveu com Maximiano Campos na própria Fundaj. Uma amizade iniciada na década de 70. “Max, como os amigos o chamavam nesta Casa, era homem das chamadas letras artísticas. Para ele, literatura não era apenas a arte da palavra. Era também cultura”, ressalta. “Cada um fala de seu tempo. No de Max, que foi também o meu, iniciado em 1972, quando éramos 80 servidores e passávamos de autarquia a fundação, o privilégio ia além do norte intelectual dado pessoalmente por Gilberto Freyre, gabinete aberto a cada fim de tarde para troca de ideias e sugestão de linhas de estudo, com aquele domínio de bruxo que Gilberto possuía sobre o tempo”, completa. Com bagagem de atividades significativas na vida cultural de Pernambuco, Maximiano visitava raízes, projeções, grandezas e misérias. “A sua saliência não despontou no deserto, coisa fácil de acontecer em razão do contraste fácil, deu-se em meio a uma constelação de talentos, o que é façanha. Que a biblioteca, ora apropriada, chame ao presente novos exames do que foi sua contribuição a esta Casa e à inteligência da região”, pontua Frederico. Serviço Exposição “O Domador de Sonhos: 80 anos de Maximiano Campos” Data: 19 de novembro Horário: 17h Local: Sala de Leitura Nilo Pereira Fundação Joaquim Nabuco — Campus Derby Entrada gratuita

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Morada da Paz patrocina publicação de livro sobre luto e saudade

Após o falecimento da avó, o ilustrador, jornalista e escritor Aureliano viu-se mergulhado no sentimento de saudade pela perda de uma pessoa tão querida e que era referência para ele e toda a família. Vivenciando esse processo de luto e em busca de entender melhor os sentimentos que estava processando, surgiu a obra “A viagem do barco azul”, permeada de ilustrações que concretizam a história de dona Noêmia, uma mulher potiguar simples, que tinha medo de morrer, mas que partiu de forma serena, deixando uma história digna de um livro. A publicação está sendo lançada neste mês de novembro, com patrocínio do Cemitério e Crematório Morada da Paz, uma empresa do Grupo Morada, e convida o leitor a navegar por um processo de despedida que transcende a dor e a saudade, transformando-a em arte. Aureliano descreve de forma poética a trajetória de sua avó. É um convite, também, a perceber que o processo de luto pode ter suas nuances. “No mês de setembro, ela despediu-se de nós, uma semana antes de completar 92 anos. Pensando em como sua vida foi inspiradora, escrevi sua história, sem muitas datas ou geografias, apenas com vontade de que as próximas gerações, como a da minha sobrinha, de 1 mês, pudessem entender o que essa figura representa”, explica. Dona Noêmia foi criada nos arredores de Assu/RN e cresceu como pessoa pela fé, resiliência e importantes conexões feitas ao longo da vida, pavimentando caminhos para os seus 10 filhos. De acordo com Aureliano, é preciso reconhecer a força feminina à frente das instituições, como a familiar. A D. Noêmia foi uma matriarca que, além de inspiração de vida, tornou-se inspiração de trabalho para ele. Para o escritor, a obra também tem a ver com cura. “Todo o meu processo de criação é ligado com autoconhecimento, autocompreensão. A minha forma de processar essa perda foi por meio da criação”, esclarece. Sempre que escreve, Aureliano pensa que o público que se interessaria pela escrita seria o mais abrangente possível. “Meu trabalho se baseia na simplicidade e acessibilidade para todos entenderem. O mais importante é a sensibilidade para apreciar a arte, seja qual for a idade”, continua. O livro conta com distribuição gratuita pelo Morada da Paz, mas também pode ser adquirido na loja do autor (http://oiaure.iluria.com). A história é contada por meio de textos verbais e não verbais, com bastante ilustração. “Considero crucial a ressignificação da morte. O óbito fecha com chave de ouro o processo da vida, mas, também, pode ser usado para celebrar a própria vida", conclui. O Morada da Paz viabilizou o trabalho de criação e a impressão da tiragem do livro, e a equipe de Psicologia do Luto da empresa contribuiu com conteúdo para o prefácio. “A viagem do barco azul” também está disponível para download em sua versão digital (https://bit.ly/barcoazul). Como desdobramento da programação de lançamento, será realizada uma live com o autor no dia 18 de novembro, a partir das 20h, nas redes sociais do Morada da Paz, com a participação da psicóloga do luto Beatriz Mendes e da jornalista e assessora de imprensa Marina Lino. Será um bate-papo para falar de saudade, processo criativo do livro, a vivência do luto e a parceria com o Morada.

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Instituto Ricardo Brennand promove curso sobre as crises contemporâneas

O Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, promove a partir do dia 23 de novembro o curso “As crises contemporâneas”, dentro do Curso de Extensão Formas do Olhar, com o Professor Dr. Peter Pál Palbert, que será 100% online. Nesta VII edição será abordo o contexto contemporâneo não apenas através do exaurimento provocado pelas crises diversas com as quais nos confrontamos como a pandemia, o fascismo, a depauperação, mas igualmente pelo esgotamento de um modelo de vida social, para não dizer – de uma civilização. O curso de extensão acontecerá em cinco encontros temáticos: 23/11 - Catástrofes; 30/11 -Biopolítica e necropolítica; 07/12 - Sociedade do controle; 14/12 -Sequestro do possível; 21/12 - A imaginação (micro)política. As inscrições estão abertas e custam R $150 (inteira) e R $75 (meia) e já podem ser feitas através do link: https://bitlybr.com/KIl5 . Mais informações pelo (81) 2121-0354 ou pelo e-mail: documenta@institutoricardobrennand.org.br Professor Dr. Peter Pál Palbert - É doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e graduado em filosofia pelas universidades de Paris-Sorbonne (Paris 4) e PUC/SP. Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e trabalha com a Filosofia Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: Deleuze, Foucault, tempo, loucura, subjetividade, biopolítica. Serviço: Instituto Ricardo Brennand – Alameda Antônio Brennand, Várzea. Curso de Extensão Formas do Olhar - As crises contemporâneas Horário: Das 14h às 17h. Datas: 23 e 30 de novembro e 7, 14 e 21 de dezembro. Valor da Inscrição: RS 150 (inteira) e R $75 (meia). As vagas são limitadas. Informações: 2121.0352 /0365

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