Arquivos Cultura E História - Página 134 De 370 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Um Sertão diferente pelo olhar de Fred Jordão

O fotógrafo pernambucano Fred Jordão abre, nesta quinta-feira (dia 4 de novembro), às 19h, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda-PE, a sua mais nova exposição. “SERTÃO” apresenta uma visão diferente do estereótipo de terra seca e rachada com carcaças de bichos mortos e pobreza gritante. Imagens de uma região verdejante, ancorada nas chuvas, e apontando para as transformações por que passa este território tão presente no imaginário coletivo. Para o artista, o Sertão do século XXI reúne não só a idealização de um espaço consagrado pela literatura regionalista como o território das ausências e reconhecido repositório de tradições e guardião de saberes, mas também um Sertão Contemporâneo e conectado com o mundo globalizado. “Vejo o Sertão como um território repleto de inquietações e ebulições. As transformações que vêm acontecendo nas últimas décadas criaram camadas distintas – o velho e o novo, o moderno e o arcaico convivem numa simbiose original. O Sertão permanece tradicional e ao mesmo tempo desperta moderno”, resume Jordão. Fruto de um trabalho que vem sendo construído desde a década de 90, a exposição inclui fotografias do livro Sertão Verde – Paisagens (publicado em 2012), do documentário Sertão Século 21 (em produção), além de sucessivas viagens e pesquisas desenvolvidas pelo autor durante os últimos 25 anos. Sertão é composta por 110 fotografias, em formatos variados e impressas em canvas. Arqueologia Contemporânea, Cartografia, Sertão Verde e Retratos são os Espaços/Ensaios que fazem parte da expografia desta que é a oitava mostra do fotógrafo. Ele publicou vários livros, entre eles, o “RECIFE”, finalista do Prêmio Jabuti 2020. A exposição no mais novo espaço cultural de Olinda conta com audiodescrição da Com Acessibilidade Comunicacional e respeitará todos os protocolos de segurança sanitária estabelecidos pelas autoridades governamentais para eventos culturais. O design de exposição e peças gráficas são de autoria de Carla Gama e as ampliações fotográficas foram feitas no Atelier de Impressão. A produção executiva do projeto é de Maria Rosa Maia. “Sertão” segue em cartaz até o dia 4 de fevereiro de 2022 e tem o patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco, através do Funcultura e conta com o apoio da Cepe Editora (@cepeeditora) e do Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, por meio da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco – Adepe (@agenciaadepe), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (@sdecpe). O horário de visitação vai de terça a domingo das 9h às 17h. O Autor Com formação em jornalismo, Fred Jordão conheceu o Sertão no final da década de 80 quando atuou em alguns dos principais veículos de comunicação do País. As pautas, via de regra, eram todas relacionadas à seca, à fome, e à miséria. “O interesse da mídia, era sempre pelos estereótipos que representavam a seca no sertão”. Foi nos anos 1990, durante as filmagens do Longa Metragem Baile Perfumado e em trabalhos de documentação técnica para Codevasf e Articulação do Semi-árido-ASA, que começou a despertar para os ciclos de chuva no Sertão, descobrindo uma região repletas de vida e riquezas. Por vários anos percorreu a região do Semi-árido nordestino, do Piauí a Bahia, sempre durante os períodos de chuva. Foi também durante estas longas viagens que compreendeu as mudanças que a chegada da eletrificação rural proporcionava nos lugares mais remotos. “Primeiro a geladeira, depois a televisão e por fim a internet. Em menos de 20 anos, o sertão inteiro se conectou com a modernidade, criando um encontro inusitado entre o arcaico e o contemporâneo. O vaqueiro encourado tangendo o gado numa motocicleta sintetiza esse novo sertão. O celular, a camisa do Barcelona, o tênis da Nike, o cabelo descolorido. Não há porteiras que separem estes sertões.” Durante as viagens, Jordão resolveu reler os clássicos do regionalismo, Graciliano, Raquel de Queiroz, José Lins do Rego, Euclides e Ariano. Repassando a história do Sertão pelas letras, pelo cinema do cangaço, os retirantes de Portinari, e as músicas de Luiz Gonzaga. “Que sertão era aquele de gente saudável e feliz, que não fazia parte daquele enredo consagrado do sertão de pedra, pau e poeira?” questionava-se. Em 2012, Jordão editou o livro Sertão Verde – Paisagens, com texto de Xico Sá, amigo pessoal de quem recebeu o livro “A Invenção do Nordeste”, do professor Durval Muniz de Albuquerque Jr. “Foi uma grande descoberta. Estava tudo sintetizado ali, de uma forma extraordinária. A cristalização de um estereótipo que já não corresponde à realidade atual. O sertão é outro e poucas pessoas sabem disso”. Sertão Verde mostra, de forma sutil, estas contradições. A partir de então, continuou a fotografar o sertão com os olhos atentos a este momento de transformações. Atualmente, além da exposição em cartaz, desenvolve mais uma parte deste projeto com o documentário Sertão Século 21, com depoimentos de sertanejos sobre que sertão é este que desabrocha no novo século. “Sertão”, por Fred Jordão Abertura: 4 de Novembro de 2021 Hora: 19h Local: Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, Largo do Varadouro, Olinda-PE. Horário de visitação: Terça a domingo das 9h às 17h. Instagram do autor: @fredvjordao

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Cepe lança Mônica Silveira: Histórias de uma repórter de TV

Há 35 anos atuando como repórter da TV Globo de Pernambuco, a jornalista Mônica Silveira assina Histórias de uma repórter de TV. Espécie de autobiografia editada pela Cepe, a obra de 352 páginas será lançada dia 03 de novembro, nas lojas da Cepe e no site www.cepe.com.br/lojacepe. Estimulada por seus filhos - Pedro e Marina -, Mônica escreveu o livro durante as férias de julho de 2020, quando teve que abdicar de viajar por causa da covid. “Meus filhos me incentivaram: ‘vai, mãe, você gosta tanto de escrever’. Então comecei. Curti tanto que me dedicava a essa atividade das 6h30 às 20h”, conta Mônica. O que mais lhe tomou tempo, segundo ela, foi a cuidadosa pesquisa de datas e nomes citados no livro, além da busca e seleção da grande quantidade de fotografias que compõem a obra. “Quem gosta de jornalismo e da cultura pernambucana vai poder saborear bastante essa prosa”, declara o editor da Cepe, Diogo Guedes. Voltado para jornalistas, estudantes da área e curiosos, o livro expõe situações de bastidores de reportagens feitas pela jornalista, sobre os mais diversos assuntos. A autora recheou a narrativa com lições preciosas sobre a profissão a qual dedicou a vida, e que por isso mesmo se entrelaça com sua trajetória pessoal. “Acho que acontece na vida de todo jornalista: muitas vezes, o dia parece virar de cabeça para baixo por causa das pautas que surgem do nada”, escreve Mônica. Sem seguir ordem cronológica, a jornalista vai narrando, a cada capítulo, como surgiram, se desenvolveram e chegaram ao fim matérias relevantes dessa jornada. “Escolhi as reportagens que mais me marcaram, um critério que é pergunta frequente nas palestras que ministro. Também contei com a ajuda de meus colegas de redação, que me clarearam fatos importantes dos quais eu não me recordava. Quis ainda mostrar a evolução da Globo de Pernambuco e da tecnologia”, revela a jornalista, que trabalha na emissora desde 1986. “Poucos jornalistas contaram como Mônica a história dessa nossa terra — na alegria e na tristeza”, diz o jornalista Gerson Camarotti, no prefácio do livro. Em seguida, Gerson, que foi aluno de Mônica quando ela ensinava na Universidade Católica de Pernambuco, completa: “A maior das lições foi mesmo essa paixão pela profissão. Paixão que permanece até hoje e que estimula quem está ao seu lado e quem assiste suas reportagens, mesmo à distância.”, declara o hoje colunista de política do portal G1. Uma dessas reportagens difíceis de fazer foi a cobertura da morte do ex-governador Eduardo Campos, em 2014. “Cheguei em casa aos pedaços. Foi impossível conciliar o sono. Aquele pesadelo dominava minha mente”, recorda a repórter. Outro momento triste ocorreu em 1988. “Durante um treinamento em um campo de instrução do Exército, na Região Metropolitana do Recife, a explosão em um depósito de armamento e munição feriu gravemente seis soldados. O que parecia camiseta molhada era a pele queimada soltando do corpo. Fui cobrir o enterro, no Cemitério de Santo Amaro, no Recife. Havia honras militares. Um colega dele estava encarregado do toque de silêncio antes de o caixão descer no túmulo. Ele começou a soprar. Não conseguiu. De repente, jogou, com toda a força, a corneta no chão. Desatei a chorar. Aquela imagem está pregada na minha memória para sempre”, lembra. Para lidar com situações como essas, Mônica aprendeu a dose certa de não envolvimento e sensibilidade. “Não sei em que momento da vida de repórter tratei de desenvolver em mim um mecanismo de ‘não choro’. Mais ainda: ‘não envolvimento completo’. Entendi que, em situações muito tristes, se eu me envolvesse como minha mente mandava, não faria o que estava ali para fazer. Mas também não poderia ser insensível”, ensina. Mas o jornalismo também se faz com pautas leves. “Em 1996, fiz uma reportagem sobre como escolher e conservar ovos. Nem imaginava que eles escondiam tantos segredos”. Os editores do Jornal Nacional gostaram tanto que pediram a Mônica mais vídeos com aquela linguagem. “Fui convidada a bater um papo com a equipe do principal jornal da TV brasileira. Mooooorta de nervosa”, relata Mônica. Seu gosto por pautas culturais, principalmente sobre cinema, a levou a Cruzeiro do Nordeste, no sertão pernambucano, em 1998, para registrar o lançamento do filme Central do Brasil. “A equipe do diretor Walter Salles transformou um lugarejo mínimo e sem qualquer charme - à luz de olhos distraídos - no cenário de uma parte enorme do filme que quase trouxe um Oscar para o Brasil”, recorda a jornalista. Pelo fato de ter a imagem projetada na TV diariamente, Mônica é reconhecida pelo público que a encontra em alguma pauta, nas ruas, pede autógrafo e selfies. No livro ela conta como lida com isso no dia a dia. “São eles (os telespectadores) que justificam cada dia da nossa vida profissional. Mas, também, são pessoas que tendem a glamourizar vidas sem glamour”, escreve Mônica, que confessa não curtir a exibição. “Escolhi ser jornalista, e não ser conhecida ou famosa. Claro que gosto de ser reconhecida. Mas ainda não cheguei ao nível de maturidade necessário para ficar 100% confortável com isso”, reconhece a jornalista, que conta já ter virado meme, em 2007, quando apresentava o ne1 e uma haste fina de metal caiu na sua cabeça. “Durante anos, se digitasse meu nome num buscador tipo o Google, a primeira coisa que aparecia era o vídeo daquele episódio. Eu ficava muito chateada com isso. Parecia que nada mais que eu houvesse realizado na vida teria mais relevância que aquilo”, desabafa a jornalista. Mas a internet, e principalmente as redes sociais, se tornaram grandes amigas do jornalismo. “Há um aliado fortíssimo do jornalismo, nesse tempo: o vídeo colaborativo. O flagrante da barragem sangrando a 100 quilômetros do Recife, do acidente gravíssimo na estrada, do galpão em chamas, tudo chega em instantes à redação através de mensagens de WhatsApp. Cada telespectador terminou se tornando um repórter. Mas lutamos contra as fake news, que chegam misturadas às notícias de verdade. Nem sempre é fácil separar o fato do fake. Sigamos firmes.”, reflete

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Dia Nacional do Livro é celebrado com lançamento de dois concursos pela Fundaj

Despertar o interesse pela leitura é criar conexões com culturas, histórias e identidades. Neste Dia Nacional do Livro, celebrado sexta-feira (29 de outubro), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da Biblioteca Blanche Knopf, vinculada à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), preparou uma programação especial para os apaixonados por leitura. As atividades serão na Sala de Leitura Nilo Pereira, no campus Derby, a partir das 9h. Na ocasião, serão anunciados dois concursos promovidos pela Fundaj. Um deles é o Concurso Literário Novos Escritores, destinado a jovens de 18 a 25 anos residentes em um dos nove estados da região Nordeste e que nunca tenham publicado suas obras por meios impressos e/ou digitais. Os participantes podem produzir o texto com temática livre, mas dentro do gênero de conto. “É com muita alegria que lançamos um concurso que vai brindar a arte da escrita e a todos aqueles que mantêm a nossa literatura viva. Neste 29 de outubro lembramos que é contando e recontando histórias que preservamos nossa cultura, identidade e memória”, celebra o presidente da Fundaj, Antônio Campos. O outro certame lançado será o Concurso de Redação para Jovens Leitores/Escritores. Será direcionado para alunos do Ensino Fundamental II de escolas públicas da Região Metropolitana do Recife que tenham até 15 anos. Os participantes devem submeter suas redações com o tema "A leitura e a escrita na minha vida", contando sobre a influência dos livros em suas formações. Os 25 melhores trabalhos de cada certame serão reunidos em uma coletânea própria e publicados pela Editora Massangana. Cada autor ganhará três exemplares e outras premiações que estarão especificadas nos editais, que serão publicados no dia 16 de novembro de 2021. Já a entrega dos prêmios está prevista para o dia 15 de fevereiro de 2022. “Acho que é um grande presente que a Fundação Joaquim Nabuco, por meio da Biblioteca Blanche Knopf, está dando para leitores, escritores e estudantes neste Dia Nacional do Livro. Os jovens escritores terão a oportunidade de ter seus livros publicados e ainda é uma possibilidade para os estudantes ampliarem suas habilidades por meio da leitura e da produção de textos”, destaca a coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf, Nadja Tenório Pernambucano. Durante a manhã do Dia Nacional do Livro, os alunos da Escola Municipal do Coque participarão da oficina de livrinhos pop-up na Sala de Leitura Nilo Pereira. A oficina será preparada pelos educadores do Museu do Homem do Nordeste e ensinará passo a passo como eles podem criar os livros em 3D, com imagens que “saltam” das páginas durante a leitura, que fica mais dinâmica, divertida e atrativa. A programação conta ainda com uma apresentação da Literatrupe. O grupo apresentará para o público a história da evolução do livro e o poema musical “A morte do Touro Mão de Pau”, de autoria de Ariano Suassuna, uma das maiores referências do Nordeste na literatura brasileira. “A Veia e o Macaco”, do compositor Braguinha, será transformado em teatro de bonecos para as crianças para finalizar a comemoração. Serviço Dia Nacional do Livro Fundaj Data: 29 de outubro Horário: 9h às 11h30 Sala de Leitura Nilo Pereira, Campus Derby

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Instituto Histórico de Olinda celebra 200 anos da ascenção de Gervário Pires

*Por Rafael Dantas O Instituto Histórico de Olinda (IHO), presidido pelo historiador George Cabral, celebra os 200 anos da ascenção de Gervário Pires em um evento hoje, a partir das 19h30, na sua sede. A solenidade, que será presencial, marca ainda os 70 anos de instauração do próprio IHO. O evento integra o conjunto de ações que fazem referência ao bicentenário da Junta de Goiana e da Convenção de Beberibe, a revolução de 1821 que expulsou o último governador português de Pernambuco um ano antes da Independência do Brasil. Na ocasião acontecerá também o lançamento da 6ª edição da Revista Marim dos Caetés. O Instituto Histórico de Olinda fica na Av. Liberdade, 214, no Carmo, na cidade de Olinda. Para participar da solenidade é obrigatório o uso de máscaras. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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A cultura perde mais um artista para a Covid-19

*Por Caio Mateus Pessoa, especial para a Revista Algomais O cantor, músico, cartunista, desenhista Lailson faleceu ontem (26). De acordo com informações da filha Isabela Cavalcanti, a morte foi causada por complicações do Coronavírus. Lailson era conhecido como cartunista dos jornais do Recife, mas também contribuiu com o Pasquim e a versão brasileira da MAD. No entanto, Holanda tinha outra paixão, a música. Ele gravou com Lula Côrtes o disco “Satwa”, em 1973. Em entrevista para a Algomais, em junho deste ano, Lailson disse que o tempo que morou nos Estados Unidos o inspirou quando via a capa dos artistas e ele mesmo realizou a arte do disco com Lula. Ainda segundo o artista, a música era uma namorada que parecia ir e voltar, mas ela sempre estava ali presente. A psicodelia daquela época não lotava os teatros e muitos dos artistas faziam “arte pela arte”, não como forma de produto. Ainda na entrevista, ele falou da sua participação na Feira Experimental de Nova Jerusalém que foi um grande marco para a psicodelia pernambucana nos anos de 1970. Esta última declaração de Lailson foi para falar de um parceiro e contemporâneo da psicodelia pernambucana da década de 70, Flaviola. Só neste ano, já somam três grandes nomes deste gênero que faleceram em decorrência da Covid-19: Lailson de Holanda, Flaviola e Paulo Raphael (guitarrista do Ave Sangria e de Alceu Valença). *Caio Mateus Pessoa é jornalista

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Quem foi Gervásio Pires e por que lembrar dele na data de hoje?

*Por Rafael Dantas Há exatos 200 anos, no dia 26 de outubro de 1821, acontecia na Igreja da Sé, em Olinda, a eleição para escolher Gervásio Pires Ferreira como novo governador de Pernambuco. Diferente da ampla participação popular dos pleitos atuais, aquele processo tinha a presença de representantes das diversas câmaras que já funcionavam naquela época no Estado e com religiosos de várias vilas, o que já era uma revolução para um período de lideranças indicadas pelo príncipe regente Dom João VI. O eleito substituiu o militar Luiz do Rego Barreto, o último português que governou Pernambuco, tendo sido imposto ao Estado logo após a Revolução Pernambucana de 1817. No ano de 1821, após um embate com os revolucionários da Junta de Goiana, o português ficou isolado e assinou a Convenção de Beberibe que abriu caminho para o processo eleitoral. Gervásio Pires tinha sido um dos negociadores enviados pelo próprio Luiz do Rego para se chegar a um acordo que encerraria os dias do governador português em Pernambuco. O militar, por sinal, ficou no Estado até a data dessa eleição, partindo para Lisboa após a escolha do novo governante. Descendente de portugueses, Gervásio Pires nasceu no Recife, viajou para estudar em Portugal e se tornou comerciante, a princípio em Coimbra e depois de volta à Pernambuco. No Recife, ele participou ativamente da Revolução Pernambucana de 1817, sofrendo as consequências após a derrota justamente para Luiz do Rego Barreto, enviado na época para reprimir o movimento. "Gervásio Pires foi designado presidente do Erário, em substituição a Cruz Cabugá, e eleito para o conselho de governo ao lado de Morais Silva e de Antônio Carlos de Andrada e Silva. Durante as rebeliões que sucederam, Gervásio foi preso e enviado para a Bahia, onde permaneceu durante quatro anos. Liberado pela anistia, concedida pela corte, voltou ao Recife. Decidido a não falar, só se comunicava através de bilhetes. Permaneceu cauteloso administrando os seus bens", afirma Dilva Frazão, no artigo Gervásio Pires Ferreira, Revolucionário brasileiro. Em 1821, após eleito, governou pernambuco por quase um ano apenas. Naquele momento havia uma disputa no País entre aqueles que defendiam a ligação com Portugal e aqueles que estavam ao lado de Dom Pedro I no movimento independentista, que foi deflagrado quase um ano depois, em 7 de setembro de 2021. Na prática, Pernambuco já estava livre de Portugal desde a assinatura da Convenção de Beberibe em 5 de outubro de 1821 e consolidara o governo eleito localmente em 26 de outubro. Durante a sua gestão, Gervásio Pires não se posiciona em favor de um lado ou outro, criando uma certa insatisfação em ambas as correntes da época. O historiador George Cabral, presidente do Instituto Histórico de Olinda, considera que ele foi uma liderança em favor dos interesses de Pernambuco não foi plenamente compreendida. "O desejo de Gervásio era que a autonomia política e administrativa de Pernambuco ficasse garantida em um texto constitucional respeitado pelos poderes. Nesse sentido, relutou em aderir ao chamado do príncipe Pedro de Alcântara (futuro Pedro I), porque acreditava que as Cortes de Lisboa poderiam garantir uma melhor situação de autonomia para Pernambuco. Essa percepção de Gervásio foi vista pelos seus críticos como uma forma de indecisão, ou mesmo de covardia. Depois de quase um ano de governo, em agosto de 1822, ficou claro para Gervásio que as Cortes de Lisboa pretendiam anular os avanços concedidos ao Brasil durante a presença de Dom João VI, o que significava reduzir o papel das províncias brasileiras a meras colônias novamente. Ele então aderiu ao Rio de Janeiro, mas já era tarde demais. A incompreensão sobre o jogo político que se desenhava na triangulação Lisboa – Recife – Rio de Janeiro e os ressentimentos de senhores de engenho e parte das tropas levaram à deposição da Junta de Gervásio em setembro de 1822", afirmou George Cabral. Gervásio foi eleito como presidente da então Junta Provisória do Governo de Pernambuco. Integravam essa junta ainda: Felippe Nery Ferreira, Bento José da Costa, Antônio José Victoriano Borges, Joaquim José de Miranda, Manoel Inácio de Carvalho e Laurentino Antônio Moreira de Carvalho, esse como secretário. Gervásio leva um golpe quase um ano após o início do seu mandato, quando passa a governar o Estado a Junta dos Matutos, um nome em referência às origens rurais dos seus componentes. "Com o Grito do Ipiranga em 7 de setembro de 1822, o movimento pró-José Bonifácio ganhou força entre as importantes famílias pernambucanas Albuquerque e Cavalcanti e, com a ajuda da força militar carioca, o governo de Gervásio foi derrubado no dia 16. Uma nova junta foi criada, e com o passar do tempo apelidada de Governo dos Matutos por ter em sua formação apenas proprietários rurais e nenhum comerciante urbano. O acontecimento marcou a adesão oficial de Pernambuco ao projeto de independência brasileiro", afirmou Marcus Carvalho, no artigo Golpe e formação da Junta dos Matutos - Pernambuco. Após a queda do seu governo e passar um novo período preso, Gervário volta a participar da vida política estadual como deputado e posteriormente como conselheiro do governo provincial. Ele vem a falecer em 1836, no Recife. Seu sepultamento ocorreu na Igreja Nossa Senhora do Rosário da Boa Vista. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) . . REFERÊNCIAS CARVALHO, Marcus J. M. de. O Outro Lado da Independência: Quilombolas, Negros e Pardos em Pernambuco (Brazil), 1817-23. Luso-brazilian Review, v. 43, n. 1, p.1-30. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/4490641?amp;read-now=1&seq=24&seq=22#page_scan_tab_contents>. Acesso em: 14 jul. 2019. DANTAS, Rafael. 1821: Como Pernambuco se libertou de Portugal antes do Brasil? Revista Algomais, Recife. 5 de outubro de 2021. Disponível em: <https://revista.algomais.com/cultura/1821-como-pernambuco-se-libertou-de-portugal-antes-do-brasil>. Acesso em: 15 de outubro de 2021. FRAZÃO, Diva. Gervásio Pires Ferreia. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/gervasio_pires_ferreira/>. Acesso em 20 de outubro de 2021.

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Sexta tem estreia nacional de Violivoz no Teatro Guararapes

Duas vozes e dois violões de épocas diferentes, mas com raízes muito parecidas. Sertanejos de estados vizinhos, o pernambucano Geraldo Azevedo e o paraibano Chico César trazem o acento nordestino em seus cancioneiros, que se misturam pela primeira vez no show "Violivoz". Mais que uma cantoria, o novo projeto é um grande encontro desses dois cantautores da música brasileira. A estreia da turnê, adiada em mais de um ano por conta da pandemia da Covid-19, agora tem data certa para acontecer: dia 29 de outubro, no Recife, marcando a retomada dos espetáculos no Teatro Guararapes - para então seguir pelas principais capitais brasileiras. "Violivoz é mais que um show pra mim. É como se fosse uma espécie de portal em que entro para realizar meus sonhos de adolescente do sertão paraibano. Geraldo Azevedo é um mestre que me dá a oportunidade desse encontro", conta Chico. "Tão importante quanto tentar aprender algumas de suas canções, que o público de todo o Brasil canta aos brados, é observá-lo abrir-se para apreender as minhas e nos misturarmo-nos. A minha música deriva incondicionalmente da dele. Não seria de outra maneira", finaliza. A admiração e o respeito que Geraldo Azevedo e Chico César têm um pelo outro tornam-se evidentes quando eles se encontram para tocar e falar de música. Os ensaios para a nova turnê têm sido de pura diversão e cumplicidade - o que, com certeza, vai se refletir no palco. "Tenho grande admiração por esse artista e por essa pessoa linda que é Chico César. Os primeiros encontros que tivemos para os ensaios foram surpreendentes e eu confirmei o grande músico que ele é. Nossa interação no palco vai ser fantástica, porque nós dois gostamos muito de tocar. Adoro a música de Chico e vejo que ele também tem uma relação muito grande com o meu trabalho", comenta Geraldo. BILHETES - Os ingressos podem ser adquiridos no site Eventim e na bilheteria do teatro. Os tíquetes comprados para a data inicial do espetáculo, 29 de maio de 2020, seguem válidos, sem necessidade de troca. O show atenderá às medidas de segurança estabelecidas pelo governo local e seguirá todos os protocolos em vigor na data de sua realização. Conforme decreto estadual, é obrigatório o uso de máscara e a apresentação do comprovante de vacinação com esquema vacinal completo (para 10% do público, apresentar certificado da 1a dose + PCR ou antígeno). SERVIÇO Geraldo Azevedo e Chico César em "Violivoz" Dia 29 de outubro (sexta-feira), às 21h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: 81. 3182-8020 Ingressos: Plateia: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia) Balcão: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia) À venda no site Eventim e na bilheteria do teatro

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Segunda edição da Fiarc movimenta o mercado de arte e cultura em Olinda

Promover o fortalecimento da cultura e o trabalho de pequenos artesãos de várias regiões do Estado. Este é o objetivo da segunda edição da Feira Itinerante de Artesanato e Cultura (Fiarc), que acontece de 04 a 07 de novembro, na Praça do Carmo, em Olinda e que tem como homenageado este ano, Miguel Braga que coordenou o concurso Miss Pernambuco por mais de vinte anos. Miguel faleceu em maio desse ano, vítima da Covid-19. O evento contará com a presença da miss Pernambuco 2015, Sayonara Veras que é natural de Olinda. A entrada é gratuita e quem desejar pode contribuir levando dois quilos de alimentos não perecíveis que serão doados ao Núcleo de Apoio à Criança com Câncer ( Naac). De acordo com os organizadores do evento, Karlus Demétrius e Catharina Honório, a Fiarc terá mais de setenta expositores e um público circulante estimado em mais de 3.500 pessoas, nos quatro dias de feira, devendo movimentar algo próximo de R$ 800 mil. "Também teremos oficinas de artesanatos, palestras, arte popular e religiosa, espaço sustentável, praça de alimentação e área de brinquedos infláveis com Tablado conto e te conto, espaço para contadores de histórias e poetas. Nosso objetivo é sempre de incentivar a cultura e a leitura de crianças, jovens e adultos", informaram os empresários Karlus Demétrius da Conexão K e Catharina Honório da Diferentte, empresas responsáveis pelo evento. Ainda segundo Karlus Demétrius, a feira também contará com espaço para exposições de fotos de olinda e de bonecos gigantes, e seguirá toda a orientação, assim como os protocolos de higiene e sanitização, exigidos pelo Governo do Estado. Os interessados em adquirir estandes, podem obter mais informações pelo número: (81)99759-3939

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Narrativas Impuras marca o centenário do Modernismo brasileiro

Da Cepe Em alusão ao centenário do Modernismo no Brasil, comemorado em 2022, o selo Pernambuco, da Cepe Editora, publica Narrativas Impuras, livro de ensaios da professora da Universidade Federal de Minas Gerais Eneida Maria de Souza. A escritora é considerada uma das maiores autoridades em Mário de Andrade. O escritor é um dos principais nomes do movimento marcado pela Semana de Arte Moderna de 1922 e autor de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. A live de lançamento do livro será no próximo dia 27, com um bate-papo entre a autora, o editor do selo Pernambuco, Schneider Carpeggiani; e a crítica literária Heloísa Buarque. O encontro acontece às 19h30 no canal da Cepe no YouTube. Narrativas impuras terá ainda lançamento presencial em Belo Horizonte, no dia 6 de novembro, às 11h, quando a autora estará na Livraria Quixote autografando seu nono livro, o primeiro pela Cepe. "Conheço as publicações da editora e admito que a crítica brasileira está muito bem representada pela edição de obras como as de Silviano Santiago, Wander Miranda, Italo Moriconi, entre outros", diz a autora, que enaltece o cuidado com a edição, o requinte da diagramação, a seriedade dos editores e a produção do Pernambuco, jornal literário da Cepe, editado pelo jornalista Schneider Carpeggiani. "Os ensaios de Narrativas impuras não mostram apenas a leitura sempre aguçada - e crítica, no principal sentido do termo -, de Eneida Maria de Souza, mas também várias facetas de uma trajetória essencial no campo dos estudos literários e culturais, abordando a obra de escritores como Mário de Andrade, Silviano Santiago, J.M. Coetzee e Jorge Luiz Borges, mas também fotografias, acervos e filmes", ressalta o editor da Cepe, Diogo Guedes. A distribuição dos ensaios em tópicos independentes é coerente com a variedade de temas estudados na publicação, que é dividida em quatro partes. O livro reúne uma seleção do que há de mais representativo na produção da autora durante sua trajetória acadêmica nos últimos 20 anos. Motivada pela curiosidade intelectual, Eneida pautou-se pela diversidade de interesses, mas prestigiou as análises da obra de Mário de Andrade como abertura para futuras reflexões. As outras partes contemplam sua tendência ao trabalho crítico de cultura, abarcando vários assuntos, mas mantendo a posição de questionamento do lugar interdisciplinar da crítica literária. Os demais ensaios refletem pesquisas como a crítica biográfica, pela abordagem de autores como Silviano Santiago e seu lugar pioneiro na introdução da literatura de natureza autoficcional, o que, segundo Eneida, é igualmente encontrado na atividade crítica do escritor. A última parte conduz a leitura para sua experiência como defensora da crítica autobiográfica e biográfica, com a inserção do autor como peça importante das reflexões. A relação da escritora com a obra de Mário de Andrade corresponde à maior parte de suas pesquisas, iniciada com a tese de doutorado, defendida em 1982 na Universidade de Paris VII, sobre Macunaíma. O trabalho resultou no livro A pedra mágica do discurso (1988). No correr dos anos, a autora passou a se interessar pela análise da obra ensaística e pela correspondência do modernista com os amigos escritores de Minas Gerais e do Brasil. "Me sinto muito próxima do empenho de Mário de Andrade em valorizar a cultura popular em suas mais variadas formas. Meu livro contém, em grande parte, textos que analisam obras literárias e de outra ordem, em que são discutidas questões acerca da cultura popular", enfatiza. De acordo com a professora, a data de 2022 representa muito para a cultura brasileira no que se refere à comemoração e à revisão do modernismo. Eneida salienta que a publicação de Narrativas impuras, neste momento, corresponde a essa comemoração, não só por se sentir muito vinculada aos princípios do modernismo como à sua revisão crítica. Eneida Souza integra um projeto interinstitucional chamado Minas mundo e o cosmopolitismo brasileiro, que está sendo desenvolvido há um ano por pesquisadores do Rio, São Paulo, Campinas e a Universidade de Princeton. Ela explica que o objetivo do projeto é o de apontar o lugar pioneiro de Minas Gerais na discussão sobre a relação entre metrópole e província, no sentido de desconstruir lugares hegemônicos de produção de saberes, pelo deslocamento e a relatividade interpretativa. "Estamos todos empenhados nessa reflexão, sendo que há ensaios no livro que discutem essa situação. A necessidade também de retomar manifestações artísticas que fogem um pouco dos valores instituídos pelo cânone", diz. SOBRE A AUTORA Eneida Maria de Souza é professora titular e emérita da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do CNPq. Autora, entre outros livros, de A pedra mágica do discurso, O século de Borges, Crítica cult, Pedro Nava, o risco da memória, Janelas indiscretas e Modernidade toda prosa, em coautoria com Marília Rothier Cardoso. É organizadora de Correspondência – Mário de Andrade & Henriqueta Lisboa, Prêmio Jabuti 2011. SERVIÇO Lançamento de Narrativas impuras Datas: Dia 27, às 19h30, live no canal da Cepe no Youtube, com a participação da autora, Eneida Maria de Souza; do editor do selo Pernambuco, Schneider Carpeggiani; e da crítica literária Heloísa Buarque. Dia 6 de novembro Narrativas impuras terá lançamento presencial em Belo Horizonte, às 11h, na Livraria Quixote Preço do livro: R$ 60,00 (livro impresso) e E-book: R$ 18,00

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Belchior é o tema da Sonora Coletiva de hoje

Da Fundaj Em outubro deste ano, o compositor e cantor cearense Belchior completaria 75 anos. Com uma das obras mais originais e instigantes da música popular brasileira, que nos legou canções clássicas como “Apenas um Rapaz Latino-Americano”, “Alucinação”, “Como os Nossos Pais”, “Velha Roupa Colorida”, “Coração Selvagem”, “Tudo Outra Vez”, “Galos, Noites e Quintais”, entre tantas, Belchior passou os últimos dez anos de sua vida recluso e praticamente como um andarilho. Longe dos holofotes do show business e da mídia, peregrinou pelo Uruguai e no Sul do país, onde faleceu em 2017. Lançar uma luz sobre os últimos anos desse artista ímpar da MPB levou a jornalista e escritora Chris Fuscaldo e o também jornalista e escritor Marcelo Bortoloti a trilharem os mesmos passos de Belchior e a escreverem o livro Viver é melhor que sonhar, lançado já durante a pandemia. O livro e a obra do compositor e cantor cearense serão abordados no próximo Sonora Coletiva, hoje (dia 21, quinta-feira), a partir das 19 horas. O bate-papo terá a participação mais que especial do músico pernambucano Juvenil Silva, que tem um projeto paralelo à sua carreira artística solo em torno da obra de Belchior, A Banda dos Corações Selvagens, criada em 2016. Segundo Chris Fuscaldo, o livro Viver é Melhor que Sonhar - Os últimos caminhos de Belchior (Ed. Sonora), escrito a quatro mãos com o também doutor em Literatura Marcelo Bortoloti, é um “road book e foi concebido enquanto seguíamos as paralelas que o artista percorreu e as pegadas que deixou”. Com ampla divulgação na mídia, o livro teve seus direitos vendidos para a Urca Filmes – que vai adaptar a história de Belchior para longa-metragem – e os autores assumiram a pesquisa na série “Procurando Belchior”, dirigida por Eduardo Albergaria e coprodução entre a Urca Filmes e o Canal Brasil. Com a participação especial de Juvenil Silva no bate-papo, o Sonora Coletiva terá a presença de um dos artistas mais profícuo da cena pós-Manguebeat no Recife. Com trabalho autoral que gerou os seus primeiros álbuns em mídias físicas e vários outros disponíveis nas plataformas digitais, além daqueles produzidos durante a pandemia e que podem ser adquiridos em suas redes sociais, Juvenil Silva lidera A Banda dos Corações Selvagens, criada ainda um ano antes da morte de Belchior. Com o projeto, Juvenil Silva já se apresentou no Recife e em outras cidades do país fazendo uma releitura original da obra do artista cearense com um groove mais roqueiro e psicodélico. SAIBA MAIS SONORA COLETIVA é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. SERVIÇO LIVE – Belchior. Viver é melhor que sonhar SONORA COLETIVA conversa com CHRIS FUSCALDO Participação Especial de JUVENIL SILVA 21 OUTUBRO (quinta-feira) - 19h - Canal do multiHlab no YouTube Participações - Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto (Fundaj)

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