Arquivos Cultura E História - Página 298 De 383 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Uma investigação de Marcelo Silveira e Cristina Huggins sobre a memória

No próximo dia 2 de maio, o artista Marcelo Silveira e pesquisadora Cristina Huggins lançam, às 19h, o livro Ouvi dizer…, na Torre Malakoff. A publicação, patrocinada pelo Funcultura, marca a conclusão de uma sequência de projetos interligados que vêm sendo desenvolvidos pelos dois desde 2013. Trata-se de uma documentação simbólica dos dois projetos anteriores (Você lembra da Escada da Felicidade? e Nomes), que têm como fio condutor a memória e que se relacionam com a comunidade do Alto do Cruzeiro, em Gravatá, onde Marcelo mantém um ateliê há mais de 30 anos. O livro, cujos exemplares terão capas feitas num processo manual de encadernação, por um grupo de pessoas da região, terá tiragem reduzida e será distribuído para instituições culturais e educacionais. Além do lançamento da publicação, os artistas organizaram uma mostra, que fica em cartaz até 27 de maio, também intitulada de Ouvi dizer…, na qual apresentam – pela primeira vez ao público recifense – um recorte do que foi produzido nos dois projetos anteriores. A ideia é transformar o espaço expositivo no próprio livro. “A exposição seria o esqueleto e a vestimenta seria o livro”, pontua Cristina Huggins. Você se lembra da Escada da Felicidade? Foi o ponto de partida de todo esse processo. O projeto, ligado à área de arte e patrimônio e patrocinado pelo Iphan, tinha como objetivo reavivar a história da escadaria construída, em 1953, com o intuito de facilitar o acesso ao Alto do Cruzeiro. Os autores procuraram ouvir moradores que haviam presenciado a construção da escadaria e outros que tiveram um contato mais recente com ela. A todos foi feita a mesma pergunta: “Você se lembra da Escada da Felicidade?”. A proposta era discutir a acessibilidade das pessoas ao patrimônio. O patrimônio é delas? É do estado? Como eles percebem isso? Por que quando elas se aborrecem com o estado, muitas vezes, expõem seu descontentamento destruindo o patrimônio? A partir dessas respostas, Marcelo e Cristina produziram uma série de lambe-lambes que foram espalhados pela comunidade do Alto do Cruzeiro, algumas serigrafias, e um grande painel de madeira articulado com as fotos e depoimentos dos 12 entrevistados. Esse material foi exibido no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, entre maio e junho de 2014, e, em Gravatá, por meio de totens, em vários pontos da cidade; em ações educativas, em escolas do município, e atingiu a culminância em uma noite expositiva, no Bar do Biu, no Alto do Cruzeiro. Mas a riqueza dos depoimentos e das histórias que eles descobriram no Alto do Cruzeiro os empurrou a levar adiante o trabalho. “Muitas vezes nós passávamos uma tarde inteira conversando com as pessoas, colhendo informações e, só ao final, é que elas realmente respondiam às nossas perguntas”, conta Cristina Huggins. A partir desses elementos, a dupla deu seguimento ao trabalho, agora com Nomes, que se iniciou ainda em 2014. Quando da construção da Escada da Felicidade, cada um dos 365 degraus ganhou um nome, grafado nele. Eram nomes de pessoas da cidade, pessoas “ilustres”, que haviam ajudado na construção da escadaria. “Me parece que esses nomes eram colocados por ordem de importância, os mais importantes comoo do padre e o do prefeito, estavam lá no topo. Mas nossa questão era: que nomes são esses, que “ilustres” são esses que não frequentam a escada, que não usam a escada?”, pontua Marcelo Silveira. A dupla voltou a ouvir os moradores, entender porque alguns amavam a escada e outros a detestavam; recolheu material iconográfico, fotos antigas e realizou novas fotos do lugar. “A gente queria colocar o Alto do Cruzeiro no mapa. Ao longo da sua história não foi dada a devida importância ao local. Paulo Bruscky já havia feito uma performance, em 1979, intitulada Via Crucis, na qual ele subia a escadaria lendo nome por nome”, explica Marcelo. A partir do material coletado, eles discutiram como essas informações poderiam chegar ao público e decidiram por uma escultura constituída por caixas de madeira, inspiradas nos relicários. Quando aberta, cada uma das caixas exibe fotos pessoais e documentais, em sépia. Organizadas em conjunto, e observadas de cima, as caixas formam uma espécie de escada. Em Você se lembra da Escada da Felicidade?, os artistas discutiam a memória e o patrimônio, já em Nomes buscaram um debate sobre a memória afetiva, um vínculo com uma memória mais individual. Juntos, os dois trabalhos, formam uma documentação simbólica dessas relações da memória. Após a temporada no Recife, a dupla pretende levar a mostra Ouvi dizer… a Gravatá. A parceria entre Marcelo Silveira e Cristina Huggins começou há alguns anos. Inicialmente, ela o auxiliava na produção de alguns textos e em trabalhos que passavam por um viés de pesquisa. “Porém, quando da elaboração da obra Zoom, um múltiplo que me foi solicitado pelo MAM de São Paulo, em 2011, o papel de Cristina cresceu, deixando de ser uma assistência, e passando a ser de autoria conjunta”, pontua o artista. Desde então, já são cinco projetos em coautoria. “O que faz essa dupla funcionar é a complementaridade, a riqueza da conversa, da troca da informação, do diálogo. Isso não é fácil de encontrar”, conclui o artista. SERVIÇO Ouvi dizer… Autores: Marcelo Silveira e Cristina Huggins Lançamento do livro e abertura da exposição, 2 de maio de 2018, 19h Visitação da mostra, de 2 a 27 de maio de 2018 Torre Malakoff Praça do Arsenal, s/n – Recife-PE Terça a sexta, das 10h às 17h. Sábado, das15h às 18h. Domingo, das 15h às 19h.  

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Semana Manuel Bandeira celebra os 132 anos do poeta modernista

Uma década. 3.500 pessoas alcançadas. E uma série de ações em torno da obra de Manuel Bandeira. É com esse espírito festivo que o Espaço Pasárgada, equipamento cultural gerenciado pela Secult-PE/Fundarpe, promove, entre os dias 16 e 20 de abril, a 10ª edição da Semana Manuel Bandeira. O evento, que já está incorporado ao calendário cultural da cidade, marca as comemorações do aniversário do modernista, patrono do Espaço Pasárgada (antiga casa de seu avô e onde Bandeira passou parte da infância), e visa despertar o interesse do público pela literatura e também pela vasta obra do poeta. Neste ano, a Semana Manuel Bandeira tem como tema Belo Belo, e na programação estão previstas, além da presença de artistas e escritores convidados, várias atividades educativas e culturais em torno da poesia. “Cada dia de atividade será regido por um verso de Bandeira. A ideia é valorizar vários aspectos de sua obra e, ao trazer artistas de outras áreas, como a música e o teatro, evidenciar como seu lirismo se resvala nas mais diversas linguagens artísticas”, adianta Marília Mendes, gestora do equipamento cultural. Segundo ela, “este é um período importante para o espaço, uma vez que, além de celebrar os 132 anos de aniversário de Manuel Bandeira, reafirma a missão do Pasárgada em divulgar a cultura literária pernambucana”. Divulgação As atividades começam na segunda (16) e na terça-feira (17), com uma série de visitas guiadas ao Espaço Pasárgada, agendadas previamente com as escolas da rede pública e privada do Estado. Para a Presidente da Fundarpe, Márcia Souto, “o evento ao longo desses últimos 10 anos tem reverenciado o legado de Bandeira, com uma programação de qualidade, que, articulada com a rede escolar, com poetas contemporâneos e também artistas de outras linguagens, revela a intenção da nossa gestão em ocupar/valorizar cada vez mais os equipamentos culturais e espaços da cidade”. Na quarta-feira (18), às 15h, haverá o lançamento do livro O Brasil nas Crônicas de Manuel Bandeira (André Cervinskis), e a mesa temática Bandeira e a Cidade, com pesquisadores André Cervinskis, Ângelo Monteiro e Maria José Luna. Já às 19h, terá um bate-papo entre Daniela Galdino (BA, poeta, performer e docente da UNEB) e Cida Pedrosa (PE, poeta e performer) sobre as Desobediências na gira do mundo: poesia erótica escrita por mulheres. Otávio de Souza O grupo Bacantes de Poesia, formado por Anaclaudia Vieira, Daniella Miranda, Eduardo Godoy e Fernanda Spíndola, também marcará presença na programação, com a performance “Belo Belo, meu Belo”, que acontecerá na quinta-feira (19), às 19h. Nesse mesmo dia, às 20h, o músico e pesquisador Lucas Oliveira apresenta o espetáculo poético-musical Bandeira de Canções, em que mescla canções populares com poemas de Manuel Bandeira. No último dia, sexta-feira (20), às 19h, haverá Sarau Belo, Belas! – Das Sardas de Adalgisa à Saliva de Bela, que reunirá as poetisas Ana Rosa Wanderley, Bel Puã, Luna Vitrolira e Patrícia Naia em torno dos poemas em que Bandeira louva as mulheres. O encontro terá intervenção musical de VJ Craw. Confira abaixo a programação completa da 10ª Semana Manuel Bandeira, que é inteiramente gratuita: 10ª SEMANA MANUEL BANDEIRA De 16 a 20 de abril | Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 – Boa Vista | Recife) Terça-feira (17) A água da fonte escondida 9h – Visita guiada ao Espaço Pasárgada com escolas 15h – Visita guiada ao Espaço Pasárgada com escolas Quarta-feira (18) A volta ao mundo só num barquinho de vela 15h – Lançamento do livro “O Brasil nas Crônicas de Manuel Bandeira”, de autoria André Cervinskis, e uma conversa temática “Bandeira e a Cidade”, com pesquisadores André Cervinskis, Ângelo Monteiro e Maria José Luna 19h – Desobediências na gira do mundo: poesia erótica escrita por mulheres – bate-papo com Daniela Galdino (BA, poeta, performer e docente da UNEB) e Cida Pedrosa (PE, poeta e performer) Quinta-feira (19) Belo Belo, meu Belo 15h – Visita guiada ao Espaço Pasárgada com escolas 19h – Belo Belo, meu Belo: performance do grupo Bacantes de Poesia (com Anaclaudia Vieira, Daniella Miranda, Eduardo Godoy e Fernanda Spíndola) 20h – Bandeira de Canções: apresentação poético-musical da obra de Bandeira com Lucas Oliveira (músico e pesquisador) Sexta-feira (20) Belo, Belas! 19h – Sarau Belo, Belas! – Das Sardas de Adalgisa à Saliva de Bela. Participação de Ana Rosa Wanderley, Bel Puã, Luna Vitrolira e Patrícia Naia, e intervenção musical de VJ Craw.

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Insipiente ou incipiente?

Mesmo que você não saiba de que estamos falando, nestes tempos em que vivemos responder a tal pergunta é fácil. Muito fácil. Basta consultar um dos bons dicionários existentes como o Aulete, o Aurélio, o Houaiss ou o Michaelis. Se, no entanto, a mesma pergunta fosse feita em fins dos anos 1700 e meados dos anos 1800, você consultaria o Dicionário Moraes, como ficou conhecido o Dicionário da Língua Portuguesa elaborado pelo carioca Antônio de Moraes e Silva, o primeiro dicionário de português feito por um brasileiro. Como você vai ver, a história vem de longe. O Vocabulário Latino e Português, alentada obra em oito volumes, mais dois tomos suplementares, era publicada em Lisboa, entre os anos 1712 e 1721. Décadas após a morte do autor – o padre Rafael Bluteau – Antônio de Moraes e Silva reciclou o seu conteúdo, adotando-o como base para lançar o primeiro Dicionário da Língua Portuguesa. De pronto, foi suprimido o escalafobético título “Vocabulario Portuguez e Latino, Aulico, Anatomico, Architectonico, Bellico, Botanico, Brasilico, Comico, Critico, Chimico, Dogmatico, Dialectico, Dendrologico, Eclesiastico, Etymologico, Fructifero, Geographico, Geometrico, Gnomonico, Hydrographico, Homonymico, Hierologico, Ichtyologico, Indico, Isagogico, Laconico, Liturgico, Lithologico, Medico, Musico, Meteorologico, Nautico, Numerico, Neoterico, Ortographico, Optico, Ornithologico, Poetico, Philologico, Pharmaceutico, Quidditativo, Qualitativo, Quantitativo, Rethorico, Rustico, Romano, Symbolico, Synonimico, Syllabico, Theologico, Terapeutico, Technologico, Uranologico, Xenophonico e Zoologico”, abonado com exemplos dos melhores escritores portugueses e latinos. Criterioso, deu à obra o nome completo de Diccionario da Lingua Portugueza Composto pelo Padre D. Rafael Bluteau, Reformado e Accrescentado por Antônio de Moraes e Silva. Apesar do cuidado quanto à autoria, no entanto, tratava-se de obra completamente diferente do “Vocabulário”, de maneira que, embora houvesse atribuído coautoria ao padre Rafael Bluteau, era o brasileiro o legítimo autor do primeiro “Dicionário”, tanto que levava o seu nome. Na edição seguinte, pois, ele assumiu a autoria plena da obra, cuja qualidade foi reconhecida não só no Brasil, mas também em Portugal. A propósito, para os especialistas o Moraes marcou o início da lexicografia portuguesa moderna, origem e fundamento de “toda a genealogia lexicográfica desenvolvida ao longo dos últimos 200 anos, além de fator de integração entre Brasil e Portugal”. No transcorrer de dois séculos, ele foi reeditado inúmeras vezes, tornando-se sinônimo de “dicionário” em português. Basta dizer que até Machado de Assis chegou a usar em suas crônicas “o Moraes” com o sentido de “o dicionário”. A décima edição do Dicionário Moraes, publicada entre 1948 e 1958, ocupou 12 grossos volumes, totalizando 12 mil páginas em que definia mais de 300 mil palavras que faziam dele o maior dicionário da língua portuguesa da época. Concluída sua obra mais importante, então, em torno de 1802, Moraes e Silva veio para Pernambuco, onde se dedicou à advocacia e à lavoura da cana-de-açúcar, na Muribeca, hoje distrito de Jaboatão dos Guararapes. Aqui ele ficou eternamente, sepultado que foi em abril de 1824. Ah… quanto ao significado das perguntas do começo desta conversa, insipiente é quem não tem saber, que não é sapiente, pois, enquanto incipiente é o mesmo que principiante, inexperiente. Quem afirma é o Aulete, um dos mais respeitados dicionários da atualidade. Como foi o Moraes. *Por Marcelo Alcoforado

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Terça-feira de espetáculo e jogo no Teatro de Santa Isabel

Terça-feira é dia de Teatrando!, num dos mais imponentes e importantes equipamentos culturais do país. A partir das 15h, o Teatro de Santa Isabel convida o público para mais um dia de programação do projeto de educação patrimonial idealizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, com execução do Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e patrocínio do Santander, através da Lei Rouanet. Será oferecida na tarde da próxima terça-feira (17), a quinta sessão do Teatro Jogo Proscenium!, um passeio dramatizado e gamificado pelas histórias e dependências do equipamento, gerido pela Prefeitura do Recife. A visita é gratuita e tem duração média de duas horas. O enredo, que mistura ficção, história e jogo, é conduzido por um enxuto, mas preciso elenco, formado por pelos atores Alexandre Sampaio, Bruna Luiza Barros, Douglas Duan, Ellis Regina, Kadydja Erlen, Luciana Lemos, Paulo de Pontes e Rafael Dyon. O roteiro é de Analice Croccia, Célio Pontes e Quiercles Santana e a direção geral leva as assinaturas dos dois últimos: Célio Pontes e Quiercles Santana. A visita espetáculo transporta os inscritos para dentro da história do teatro e convida para uma aventura pelas dependências e mistérios do equipamento, propondo desafios para os participantes resolverem, divididos em três times, intercalando o jogo com cenas e esquetes, que ora comovem ora fazem rir. O Proscenium! é gratuito e a indicação etária é para todos os públicos, dos 10 anos em diante. Os interessados devem realizar inscrição prévia pelos telefones 3355-3323 ou 3355-3324. O projeto segue em cartaz até o próximo mês de agosto.

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Literatura independente é tema de encontro na Livraria Leitura

Dificuldades e perspectivas da cena literária recifense estarão em pauta, no próximo dia 28 de abril, a partir das 16h, na Livraria Leitura do Shopping Tacaruna. A roda de diálogos é promovida pelos estudantes do curso de Jornalismo da Faculdade dos Guararapes, dentro da disciplina de Assessoria de Comunicação, e tem como objetivo sensibilizar o público para a valorização e consumo de produtos literários locais. Participam do encontro os escritores Ágatha Félix e Décio Gomes, o jornalista e editor da revista eletrônica O Grito!, Fernando de Albuquerque e a pesquisadora e professora universitária Gabriela Araújo, além de blogueiros e youtubers literários. Durante o evento haverá sorteio das obras dos autores. A entrada é gratuita. O mercado literário independente, tema central do encontro, é uma porta de entrada essencial para os aspirantes a escritores. Porém, incluir-se neste ambiente não é tarefa fácil. Afinal, os autores independentes precisam trabalhar não só na criação da história, mas na revisão, divulgação e até mesmo no contato com o público desejado. SERVIÇO: O quê? Roda de Diálogos sobre Literatura Independente Quando? Dia 28 de abril (sábado) às 16h Onde? Livraria Leitura do Shopping Tacaruna Entrada gratuita. Sorteio de livros. Informações: (81) 99610-4501 (Filipe Almeida). (81) 984718286 (Renato Almeida).  

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Recital gratuito encerra a semana dedicada ao choro no Conservatório

Nesta segunda-feira (16), a orquestra Matéria Prima recebe convidados num recital que marca o encerramento da semana em comemoração ao Dia Nacional do Choro, promovida pelo Conservatório Pernambucano de Música. Eles apresentam clássicos do gênero genuinamente brasileiro. O evento homenageia os 100 anos do bandolinista Jacob do Bandolim, um dos ícones do estilo e é aberto ao público, a partir das 19h30, no auditório Cussy de Almeida. Entre os convidados a compor o espetáculo, professores das oficinas instrumentais e de canto promovidas na sede da escola de música, e também grandes nomes da cena pernambucana, a exemplo de Beto do Bandolim, Moema Macedo e Lucas Cesar. “Estamos muito felizes com a repercussão e a participação do público tanto no show do conjunto Época de Ouro, no Santa Isabel, quanto nas oficinas. Esperamos uma bela plateia no show de encerramento. É uma oportunidade de apreciar esse ritmo genuinamente brasileiro e prestigiar bons músicos que temos no Estado”, destaca a gerente geral do Conservatório, Roseane Hazin. Formada em 2009, a orquestra Matéria Prima surgiu a partir do desejo de apresentar a jovens estudantes e amantes da música um repertório agradável e tipicamente brasileiro, por meio da junção do erudito com o popular. Ela reúne 11 integrantes. São eles: Arthur Philipe e Dalva Torres (canto), Júnior Teles (pandeiro), Rafael Marques (bandolim), Mauricio Cezar (piano e direção musical), Mozart Ramos (flauta), Augusto Silva (bateria), Marquinhos FM (baixo), Bozó (violão de 7 cordas), Adilson Bandeira (sax e clarinete), Roque Neto (trompete) e Elci (trombone). No show desta segunda, apresentará repertório de clássicos do choro, em especial de Jacob do Bandolim, um dos mestres do gênero. SERVIÇO ENCERRAMENTO DO DIA NACIONAL DO CHORO DO CPM – 16/4, às 19h30, no Auditório Cussy de Almeida, no Conservatório Pernambucano de Música – Av. João de Barros, Santo Amaro. Aberto ao público. Informações: 3183-3400.  

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Mercado da Encruzilhada recebe a Feira Livre do Poço neste sábado (14)

O sábado (14) promete ser animado no Mercado da Encruzilhada, no bairro de mesmo nome, Zona Norte do Recife. O equipamento volta a receber a Feira Livre do Poço, projeto de iniciativa não governamental, que busca diversificar os atrativos e os produtos comercializados no mercado, levando mais cultura e serviços aos frequentadores. O Grupo Regente Joaquim e o DJ Rogobó animam a tarde com forró e brasilidades. No espaço reservado para a montagem da feira, que acontece das 10h às 18h, o público vai encontrar barracas com produtos alimentícios diversificados, que estarão disponíveis para venda e que se somam às opções já existentes nos boxes do mercado. Serão 30 expositores, com bancas de alimentos – inclusive com opções saudáveis – e bancas com artigos de moda, acessórios, jardinagem, literatura e artes. A Feira Livre do Poço também comercializa pequenas mudas de temperos e ervas, um incremento a mais que levará mais sabor para as receitas. A Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) também estará na feira, com estrutura exclusiva e venda promocional de livros. NOVOS BOXES – Em novembro, foi inaugurada a nova alameda de alimentação, com três novos boxes no Mercado da Encruzilhada. Os novos empreendimentos são: padaria e pizzaria, pastelaria e um bar com cervejas artesanais e uma beer cave. Essa é mais uma ação da Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Serviços Urbanos (Csurb), para atrair o público e melhorar a experiência do recifense com os mercados públicos. Desde 2014, foram investidos mais de R$ 530 mil na melhoria do equipamento. A abertura dos novos empreendimentos foi possível graças a um ordenamento feito no interior do mercado. A Csurb tem trabalhado para promover uma ampla requalificação dos mercados públicos da cidade. O Mercado da Encruzilhada recebeu nova pintura em toda a fachada, em parceria com a Iquine, além de ter os banheiros externos totalmente reestruturados.  

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Fim de semana com programação cultural, turística e ecológica

A programação do fim de semana está garantida nos equipamentos públicos da Prefeitura do Recife. Nestes sábado (14) e domingo (15), serão oferecidas diversas atividades gratuitas para quem estiver em busca de lazer, informação, práticas esportivas a céu aberto ou orientações sobre como cuidar melhor do planeta. Para despertar o artista que habita cada recifense, a Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, vai oferecer a oficina gratuita de práticas artísticas, neste sábado, a partir das 17h. As vagas são limitadas e gratuitas e as inscrições serão realizadas na hora. No sábado, das 14h às 20h, e no domingo, das 15h às 19h, o público pode ainda visitar a exposição Cativa [A natureza da natureza], da artista Flora Assumpção, que discute a relação do homem com o meio ambiente, criando dentro da galeria um impressionante ecossistema de geometrias feitas de refugo industrial que, ora forjando o mar, ora a floresta, parecem vida. No Paço do Frevo, localizado no Recife Antigo, o sábado será dedicado aos estudos sobre o gênero musical embaixador da cultura pernambucana. Das 15h às 17h, será realizado o primeiro Observatório do Frevo do ano, com o tema “Corpografias: Diálogos entre frevo e caboclinho escritos no corpo que dança”. Participarão da discussão o presidente do Caboclinho 7 Flexas do Recife, Paulinho 7 Flexas, além de Jaflis Nascimento, professor e pesquisador do frevo, com mediação de Márcia Feijó. O evento é gratuito e aberto ao público. O Paço estará aberto para visitação no sábado e domingo, das 14h às 18h. No Museu Murillo La Grecca, a exposição em cartaz no fim de semana é a ítalo-brasileira Percursos Introspectivos da Alma, com curadoria da artista plástica Eugenia Harten. A mostra é a quinta iniciativa de um projeto de intercâmbio cultural entre o Brasil e Itália, que já promoveu, desde 2015, exposições no Recife, em Milão, em Búzios e em Caravaggio. Estão ainda em cartaz no museu as exposições Orquestra Fantasia, da artista pernambucana Isabela Stampanoni, que conta com um acervo de obras construídas e improvisadas pela artista a partir de instrumentos musicais antigos e usados, evocando a plasticidade do som; e Um artista de Outro Tempo, acervo permanente do museu, dedicada ao pintor e patrono do equipamento, Murillo La Grecca. E nem é preciso entrar no Murillo para consumir arte. Colorida estratégia de reforço do diálogo entre a instituição e a idade, o Projeto Fachadas estampa a face principal do prédio com diferentes temas e traços, sistematicamente renovados. A pintura que está em cartaz no momento leva a assinatura do artista recifense França Bonzaion. O equipamento cultural abre no sábado (14), das15h às 18h. O domingo (15) será o útlimo dia da exposição intitulada Olinda nos quatro cantos do mundo — e no coração de Aloísio Magalhães, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM). A mostra é formada por 11 litogravuras do álbum Olinda, derradeira empreitada do artista que batiza o museu, produzidas em 1981. As obras fazem parte da coleção do MAMAM. O horário de visitação no sábado (14) e no domingo (15) é das 13h às 17h. Para quem preferir passear pela história da cidade, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer oferece dois roteiros gratuitos do Projeto Olha! Recife neste fim de semana. No sábado, o passeio será de catamarã e percorrerá a região central da cidade, contornando o conjunto arquitetônico e paisagístico que margeia o rio e atravessando pontes, manguezais e a região portuária, para testemunhar o encontro do rio com o mar, a barreira de arrecifes que protege o porto e a transformação por que vem passando o bairro e os armazéns, dando lugar a espaços de cultura, gastronomia e lazer. No domingo, os participantes do Olha!Recife a pé terão a oportunidade de realizar um tour guiado dentro do Teatro de Santa Isabel, Patrimônio Histórico e Artístico Nacional projetado pelo engenheiro francês Louis Léger. As inscrições devem ser feitas a partir das 9 horas desta sexta-feira (13), pelo sitewww.olharecife.com.br. Outra possibilidade é aproveitar o fim de semana para aprender como semear o verde Recife afora, com asoficinas de compostagem que serão oferecidas no sábado e no domingo, em comemoração ao Dia Nacional de Conservação do Solo, no Jardim Botânico e no Econúcleo Jaqueira, equipamentos geridos pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife. Gratuitas, as atividades vão mostrar como se pode transformar o material orgânico que iria para o lixo em adubo natural, para enriquecer o solo de jardins, hortas e plantas, substituindo produtos químicos. No Econúcleo Jaqueira, as oficinas acontecem nos dois dias, pela manhã e à tarde, para 30 participantes. Já no Jardim Botânico, a atividade será realizada apenas no domingo, às 10h30, com 20 vagas. As inscrições devem ser feitas in loco, nos dias de oficina. Várias outras atividades foram programadas para celebrar a data. Confira a programação completa:   ECONÚCLEO JAQUEIRA Sábado – 14/04 09h – Apresentação do espaço com fantoches + Trilha Ambiental + Vemicompostagem 10h – Sala de ECOinteratividade: jogos digitais + Exibição de curtas ambientais + roda de conversa 11h – Vivência ambiental: ECOletando que preservamos 14h – Sala de ECOinteratividade: jogos digitais 15h – Trilha ambiental + vermicompostagem 16h – Terra e vida: oficina de mudas   Domingo – 15/04 09h – Grupo de meditação Sahaja Yoga 10h – O meio que se conta: “Senhor Baobá” 11h – Terra e vida: oficina sensorial com plantas medicinais 14h – Oficina de Vermicompostagem 15h – Patrulha da natureza + trilha ambiental + caça ao tesouro 16h – Com pet ao meio: Oficina de percussão com garrafa PET   JARDIM BOTÂNICO Sábado – 14|04 09h – Vivências ambientais “Faço parte desse lugar” 11h – Cine ambiental: mostra de vídeos 13h30 – Vivências ambientais “Faço parte desse lugar” 15h30 – O som ao redor: vivências ambientais musicais   Domingo – 15/04 09h – Caminhada Ecológica: descobrindo as árvores do Jardim 10h30 – Oficina de compostagem, no auditório, com o biólogo Jefferson Maciel 10h30 – Resíduo nos eixos: oficina de malabares, no econúcleo 13h30 – Acolhimento com música

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Amor proibido de Nassau e uma cortesã no Marco Camarotti

O romance entre o governador de Pernambuco durante o Brasil holandês e uma cortesã no cais do porto do Recife é pano de fundo para narrar os amores impossíveis da boemia do século XVII. Ana de Ferro, Rainha dos Tanoeiros do Recife volta a se apresentar em no teatro Marco Camarotti/SESC Santo Amaro nos dias 28 e 29 de abril, sábado e domingo, ás 20h. Inspirada no poema de Vital Correia Araújo e em pesquisas do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, a carioca Miriam Halfim criou um texto histórico com lampejos de ficção apresentando personagens reais em situações possíveis de terem acontecido. A encenação do pernambucano Emanuel David D’ Lúcard busca criar uma ponte entre os séculos XVII e XXI, elencando perspectivas sobre gênero, religião e racismo. Disposto numa forma de passarela, a direção insere o público na cena na busca de uma reflexão social. Separando homens e mulheres para conseguir tal feito. O espetáculo traz em seu corpo imagético elementos cênicos de época; figurinos, cenários e adereços construídos com materiais, texturas e composições contemporâneas. Assim também segue o trabalho dos atores que mesclam com momentos realistas e simbólicos numa dinâmica de graphic novel. Desde sua chegada em Recife, Ana de Ferro causa alvoroço nas normas da colônia, quando vem da Europa travestida de homem. Na capital pernambucana compra Zambi, um escravo, mas logo o declara amigo. Forma parceria com outra cortesã, Maria Cabelo de Fogo, e abre um dos bordéis mais frequentados na Rua dos Tanoeiros. Por um ato de racismo, ente Zambi e o mestre do presídio, Maurício de Nassau vive uma apaixonante e breve história de amor com Ana. Já Maria tem que reviver os tormentos do passado num reencontro doloroso, enquanto ecos de Palmares convidam Zambi para o quilombo. A peça conta com uma trilha sonora contemporânea que traz releituras de músicas que vão desde Edith Piaf a Reginaldo Rossi, passando por obras como Hallelujah e Assum Preto. “É um espetáculo que trata de amores impossíveis, que busca desconstruir o estereótipo dos que vivem nas margens sociais, expondo a humanidade latente por meio dos sentimentos mais profundos. É um espetáculo que propões reflexões de períodos tão distantes, mas que passam pelos mesmos paradigmas sociais.” Pontua D’Lúcard sobre a encenação.   Serviço: Peça: Ana de Ferro, Rainha dos Tanoeiros do Recife Local: Teatro Marco Camarotti/SESC Santo Amaro, Rua Treze de Maio, 455, Santo Amaro – Recife-PE Datas: 28 e 29 de abril, sábado e domingo. Horário: 20h Duração: 80 min Ingresso: Inteira R$:40.00 e meia:R$:20.00 Informações: 3216-1728 // 99536-4746 // 98705-1571 // 99646-7828

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Documentário sobre Frei Damião começa a ser filmado em São Lourenço da Mata

Uma pequena casa, típica das milhares que existem na zona rural nordestina, é o ponto de partida para a transposição às telas da história de um dos mais importantes religiosos que o Brasil já conheceu. A partir de hoje, têm início as filmagens do documentário Frei Damião – O Santo do Nordeste. O começo da produção em campo se dá no povoado de Barro, em São Lourenço da Mata. A equipe do longa metragem produzido pelo Fábrica Estúdios, com roteiro de Nadehzda Bezerra e direção de Deby Brennand, vai passar três dias filmando em São Lourenço da Mata, entre 12 e 16 deste mês. O filme será rodado até maio de 2018 em três Estados nordestinos (Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) e também em Bozzano, terra natal do beato na Itália, com previsão de conclusão até o fim de 2018. Além de entrevistas e imagens inéditas de arquivo, Frei Damião – O Santo do Nordeste apresentará dramatizações de eventos marcantes na vida O roteiro do filme partiu das pesquisas realizadas pelo atual secretário de Cultura, Turismo, Juventude e Esportes de São Lourenço da Mata, Jairo Chaves, para a sua dissertação de mestrado. “Frei Damião não é só um religioso; ele é um ícone da cultura nordestina. Um peregrino que desbravou os sertões levando esperança a milhares de pessoas”, explica Chaves. Frei Damião nasceu na Itália, em 5 de novembro de 1898, na cidade de Bozzano, e faleceu no Recife, em 31 de maio de 1997. Ele chegou ao Brasil na década de 1930 e se tornou um mito popular ao cruzar o Nordeste nas Santas Missões.

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