*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais
D a Zona da Mata pernambucana são produzidos dois dos principais produtos de exporta- ção do Estado: derivados da cana-de-açúcar e os carros. A monocultura da região passou a dividir o protagonismo na última década com a indústria automotiva e também de alimentos. Enquanto no norte a aposta do crescimento econômico é no adensamento da cadeia produtiva conectada à Stellantis, no sul estão em andamento investimentos importantes no turismo de sol e mar.
Para o economista Sandro Prado, conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon), a recente industrialização da região é um fenômeno que contribui para reduzir o êxodo da juventude, mas o esforço pelo desenvolvimento da Zona da Mata deve ser ainda maior. “A região vem experimentando uma recente industrialização trazendo novas perspectivas através da diversificação das atividades produtivas, com destaque para o município de Goiana, porém ainda com uma empregabilidade aquém da necessária para reverter os altos índices de desemprego”.
Ele considera que a formação econômica da região atrelada à atividade canavieira deixou traços marcantes na sociedade e na economia, com alguns desafios que ainda não foram superados. “A crise do complexo sucroalcooleiro iniciada nos anos 90, bem como os efeitos negativos que a sazonalidade do setor trouxe para o mercado de trabalho, deixaram muitos problemas. A região ainda possui uma elevada escassez de alternativas econômicas capazes de gerar emprego e renda para o grande contingente populacional o que, ainda hoje, provoca uma migração contínua dos jovens para a Região Metropolitana de Recife e para outros Estados”.
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