O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou queda de 20% nos desembolsos entre janeiro e outubro de 2017, se comparado ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a instituição, foram R$ 55,1 bilhões liberados. O valor de aprovações somou R$ 54,4 bilhões, o que representou redução de 13% entre janeiro e outubro de 2017. Nos últimos 12 meses, as aprovações registraram R$ 71,1 bilhões (-21%) e os desembolsos, R$ 74,4 bilhões (-25%).
As micro, pequenas e médias empresas representaram 42,9% dos desembolsos entre janeiro e outubro de 2017 realizados pelo banco. De acordo com a instituição, foram R$ 23,6 bilhões liberados para o segmento, o que manteve a trajetória crescente na participação desses tipos de empresas nas liberações da instituição no período.
Energia e agropecuária
O segmento de energia elétrica recebeu R$ 10,1 bilhões e teve crescimento de 43%, com participação de 18,6% nos desembolsos. Quando se refere a aprovações, o total para o setor chega a R$ 12,1 bilhões. Isso representa crescimento de 182% de janeiro a outubro de 2017.
Com o total de R$ 11,7 bilhões, a agropecuária ficou com 21,3% dos desembolsos até outubro deste ano. O valor representa crescimento de 9%, se comparado com o mesmo período de 2016. Em relação aos últimos 12 meses, o crescimento aumenta para 14%, com o total de R$ 14,8 bilhões desembolsados entre novembro de 2016 e outubro de 2017.
Financiamento de máquinas
O BNDES informou que a linha Finame, destinada aos financiamentos de máquinas e equipamentos, atingiu R$ 16 bilhões nos dez primeiros meses do ano, tendo alta de 11% em relação a 2016. Já nos últimos 12 meses, houve desembolsos de R$ 19,2 bilhões. O banco destacou que a Finame “pode ser vista como importante termômetro da atividade econômica e projeta crescimento, uma vez que as aprovações, última etapa antes da contratação e desembolso, alcançaram R$ 18,2 bilhões, de janeiro a outubro de 2017, expansão de 25% na comparação com o mesmo período de 2016”.
A linha de financiamento BNDES Giro, que é utilizada pelas empresas que necessitam de capital de giro, teve alta de 252% em relação aos dez meses de 2016, com um total de R$ 5,5 bilhões em 2017. No acumulado em 12 meses, os desembolsos atingiram R$ 6,6 bilhões, o que representa elevação de 211%, se comparado aos 12 meses entre novembro de 2016 e outubro de 2017.
Desembolsos por região
Na distribuição regional dos recursos liberados pelo BNDES, o Nordeste chamou atenção com crescimento de 19% em desembolsos: R$ 10,1 bilhões. Mas quando se analisa as aprovações (R$ 10,2 bilhões), o percentual de crescimento é 117%, entre janeiro e outubro. Já em outras regiões houve quedas. No Norte, ficou em -9%; Centro-Oeste em -12%; o Sul em -21%, e a mais relevante foi no Sudeste de – 33%. A região Sul, no entanto, apresentou crescimento de 3% nas aprovações feitas este ano: R$ 14,8 bilhões.
Houve queda ainda nas consultas, que são a primeira fase da análise do crédito. Entre janeiro e outubro de 2017, elas somaram R$ 81,5 bilhões, ou seja, 14% menos que no mesmo período de 2016. O banco destacou, que apesar disso, “as curvas das demais fases da operação permanecem na mesma trajetória observada nos meses anteriores”.
Outro recuo foi notado nos enquadramentos de operações do BNDES, que são a fase de acolhimento dos pedidos de financiamento. O total chegou a R$ 73,4 bilhões, entre janeiro e outubro de 2017, 11% menor que o mesmo período do ano anterior. O percentual aumenta quando se verifica o desempenho nos últimos 12 meses. Neste período, os enquadramentos alcançaram R$ 89,8 bilhões, sendo 17% menor que o registrado entre novembro de 2016 e outubro de 2017.
(Agência Brasil)