Pesquisa revela também desigualdades por idade, raça e gênero no mercado de trabalho
A taxa de desemprego no Brasil subiu em 12 das 27 unidades da federação no primeiro trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE. Pernambuco lidera com o maior índice nacional, registrando 11,6%, acima da média brasileira de 8,8%. O Piauí teve a maior variação, saltando de 7,5% para 10,2%, seguido por Amazonas, Pará e Ceará.
Por outro lado, Santa Catarina (3%) e Rondônia (3,1%) mantiveram os menores índices de desocupação, estáveis em relação ao trimestre anterior. Já na comparação anual, seis estados apresentaram queda na taxa, como Bahia, Espírito Santo e São Paulo. A taxa nacional, divulgada anteriormente, foi de 7%, a mais baixa para um primeiro trimestre desde o início da série histórica em 2012.
O levantamento também mostra disparidades estruturais. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o desemprego chega a 14,9% — o dobro da média nacional. Entre adolescentes de 14 a 17 anos, a taxa salta para 26,4%. Mulheres enfrentam mais dificuldades (8,7%) que os homens (5,7%), e pretos e pardos seguem em desvantagem frente aos brancos (8,4% e 8%, contra 5,6%, respectivamente).
No quesito escolaridade, quem tem ensino médio incompleto registra o pior desempenho, com taxa de 11,4%. Já aqueles com ensino superior completo apresentam as menores taxas (3,9%). O rendimento médio real mensal cresceu apenas em três estados no trimestre, com destaque para o Rio de Janeiro (6,8%) e Santa Catarina (5,8%).