Dezembro Laranja reforça prevenção do câncer de pele

  Imunoterapia é um dos tratamentos indicados para o tumor mais frequente no Brasil e no mundo

Com a chegada de dezembro, destaca-se a Campanha Nacional de Prevenção contra o Câncer de Pele, que designa o mês com a cor laranja. Atualmente, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse subtipo representa 33% de todos os diagnósticos dessa doença no Brasil, consolidando-se como o mais prevalente no país. A estimativa é de aproximadamente 185 mil novos casos a cada ano, no período do triênio 2023-2025. Em Pernambuco, espera-se o diagnóstico de 5.200 casos apenas neste ano.

A origem da doença está associada ao crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, organizando-se em camadas. Os tumores podem ser classificados como melanoma, originado nas células produtoras de melanina, a substância determinante da cor da pele, sendo mais frequente em adultos de pele clara; e não melanoma, mais comum no Brasil, respondendo por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país, variando de acordo com a área e o tipo celular afetado.

Sintomas e prevenção

Os principais sintomas do câncer de pele são o surgimento de manchas que coçam ou sangram, sinais que mudam de tamanho, formato e cor e feridas que não cicatrizam em quatro semanas.

A melhor forma para combater a doença é a prevenção, principalmente, por meio da proteção aos raios ultravioletas, evitando a exposição prolongada ao sol, especialmente entre às 10h e 16h. “Além disso, é recomendado utilizar roupas adequadas, chapéu e óculos escuros”, acrescenta Diogo Sales, oncologista da Multihemo Oncoclínicas.

Eficiência e menos toxicidade

Para tratar o câncer de pele, além das conhecidas quimioterapia, radioterapia e procedimentos cirúrgicos, novas formas de tratamento foram incorporadas nos últimos anos, como é o caso da imunoterapia, que vem se mostrando bastante eficaz. Essa opção refere-se a um conjunto de terapias que desbloqueiam o sistema imunológico do paciente para conter o avanço de tumores, podendo ser administrada isoladamente ou combinada a outras terapias.

“A imunoterapia faz com que o organismo volte a enxergar as células cancerígenas como maléficas, matando somente elas, diferente da quimioterapia, que mata todas as células que se multiplicam rápido, sejam elas cancerígenas ou não. Por causa desse fortalecimento do sistema imunológico que ela gera, a imunoterapia vem apresentando melhores taxas de sobrevida, mesmo em casos de doenças metastáticas. E tudo isso com menor toxicidade”, explica Diogo.

Reação do corpo

A forma mais comum e eficaz desse tratamento, consiste em sequências de medicamentos que removem os freios do sistema imunológico, permitindo o ataque às células tumorais. Além disso, há diferentes remédios que compartilham os mesmos princípios e mecanismos de ação, com efeitos colaterais bem parecidos entre eles, e que são feitos através de aplicações endovenosas a cada 2 a 6 semanas.

Os principais medicamentos são os inibidores da proteína PD-1, como o pembrolizumab e o nivolumab. A PD-1 é responsável por impedir que as células T (do sistema imunológico) ataquem outras células do organismo. Ao bloquear a PD-1, os medicamentos aumentam a resposta imunológica do organismo contra as células de melanoma, reduzindo o tamanho dos tumores. Outra opção é o inibidor de CTLA-4, que é uma proteína que ajuda a manter as células T sob controle. O ipilimumab age bloqueando a ação do CTLA-4 e fortalecendo, assim, a ação do corpo contra as células de melanoma.

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