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Dia dos Pais deve movimentar R$ 183 milhões no comércio de Pernambuco em 2025

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Inflação em produtos tradicionais e alta no desemprego explicam retração nas vendas, segundo Fecomércio-PE

A expectativa para o Dia dos Pais 2025 no comércio pernambucano é de uma movimentação financeira de R$ 183 milhões, valor 2,3% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. A projeção, realizada pela Fecomércio-PE, considera o histórico da data, os preços atuais e os principais indicadores econômicos do estado, como inflação e taxa de ocupação. Mesmo sendo uma das datas mais relevantes para o varejo, o cenário econômico impõe desafios ao desempenho das vendas.

Segundo a entidade, o encarecimento de itens tradicionalmente procurados para a data, como roupas, calçados e relógios, tem influência direta sobre a retração. Em 12 meses até junho de 2025, os preços subiram 4,68% no vestuário, 3,03% em calçados e acessórios e 3,04% nos relógios. Presentes de maior valor agregado, como videogames, também sofreram forte alta, com inflação acumulada de 9,38% no período, dificultando o acesso por parte das famílias.

Outro fator de peso é o elevado índice de desemprego no estado. Pernambuco lidera o ranking nacional, com taxa de 11,6%, e a Região Metropolitana do Recife voltou a apresentar aumento após uma sequência de quedas. O agravamento das condições no mercado de trabalho reduz a renda disponível das famílias e, consequentemente, a capacidade de consumo no comércio local — especialmente em datas comemorativas como o Dia dos Pais.

Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, a data ainda representa uma oportunidade importante para o varejo, sobretudo nos centros urbanos. “O Dia dos Pais é uma oportunidade relevante para o varejo, sobretudo nos centros comerciais e lojas de rua. A data favorece o relacionamento com os consumidores, seja por meio de produtos com apelo afetivo, seja por condições promocionais. A ampliação dos canais de atendimento, inclusive digitais, pode ser estratégica para atrair novos públicos e ampliar as vendas”.

O economista da entidade, Rafael Lima, destaca o impacto do cenário macroeconômico sobre o comportamento do consumidor. “O valor estimado aponta para leve queda nas vendas em relação ao ano anterior, considerando a margem de variação estatística. O atual cenário, com taxa básica de juros ainda elevada e persistência do desemprego, limita a propensão das famílias ao consumo, especialmente diante das pressões inflacionárias sobre itens comumente adquiridos nesta data, como vestuário e calçados”.

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