Dia Internacional da Mulher: conheça profissão em que as mulheres são maioria - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Dia Internacional da Mulher: conheça profissão em que as mulheres são maioria

Rafael Dantas

Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A passagem da data faz a sociedade refletir sobre as principais lutas e conquistas das mulheres ao longo da história, como a igualdade de direitos e, sobretudo, a presença no mercado de trabalho. Atualmente é possível encontrar mulheres atuando em áreas onde antes predominavam os homens. Entretanto, ainda existem determinadas funções em que as mulheres são maioria e há pouco espaço para o público masculino.

Neste sentido, a lista de profissões é extensa. Há inúmeros exemplos que abrangem desde a área de saúde (técnicas de enfermagem, psicólogas, fonoaudiólogas, terapeutas), educação (professoras, bibliotecárias, recepcionistas, pedagogas), moda (costureira, modelos, produtoras de moda), estética (depiladoras, manicures, cabeleireiras) e cuidados em geral (empregadas domésticas, babás, cuidadoras de idosos). Uma profissão em que as mulheres desempenham com destaque é a de cerimonialista. Há as cerimonialistas de festas e eventos e as que atuam em cemitérios.

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No caso das cerimonialistas fúnebres, a sensibilidade feminina para lidar com clientes em processo de luto faz toda a diferença. “Não sei se consigo expressar todo o meu sentimento, no momento em que estou ao lado de pessoas enlutadas, no meio a tanta dor. Sinto uma paz interior que precisa ser dividida com aqueles que sofrem. Encontro palavras que muitas vezes não sei de onde vêm e quando vejo já estou sendo agradecida por elas”, destaca a cerimonialista fúnebre da Funerária, Cemitério e Crematório Morada da Paz, Marleide Freitas.

Antes de trabalhar no Morada da Paz, Marleide conta que tinha pouco conhecimento da profissão de cerimonialista fúnebre. “Em 2009 fui a uma cerimônia de cremação de um vizinho e, em 2016, à cremação de um cunhado, mas foi justamente em julho de 2019, no velório de uma amiga que, assistindo a homenagem da cerimonialista Luciana Trindade, hoje minha colega de trabalho e de função, fiquei emocionada e me vi naquele lugar. Não sabia explicar a sensação e no momento do sepultamento com mais algumas palavras dela, fiquei paralisada com tanto carinho dedicado aos familiares e amigos”, recorda.

Depois que começou a atuar como cerimonialista, ela ressalta que aprendeu várias lições e que a cada dia aprende mais uma. “Posso dizer que olhar no olho do enlutado e dizer ‘eu entendo a sua dor’ é algo muito forte para mim. Aprendi que não é saber da dor do outro, ninguém pode saber quanto e como o outro está sofrendo, mas é entender esse sofrimento”, fala. “Aprendi também que muitas vezes o silêncio fala mais que muitas palavras, que um olhar diz mais que um abraço e que a falta de um abraço (como nesses tempos da pandemia) pode deixar marcas para toda vida”, afirma.

A vida de Marleide Freitas mudou muito e sua visão de luto também. “Ainda vivo um luto que me faz muito triste, mas hoje consigo trabalhar esse luto de maneira mais tranquila, sei que ele faz parte da minha vida e do meu processo evolutivo como ser humano”, confessa. “O que me motiva a trabalhar é saber que alguém precisa ser cuidado, em especial naquele dia. É saber que você pode ajudar a transformar um dia de dor em um dia de boas lembranças e fazer pelo outro o que você gostaria que fizessem com você”, sentencia a cerimonialista fúnebre do Morada da Paz.

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