Hoje, 14 de novembro, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, e na luta contra essa doença, o Conselho Federal de Medicina (CFM), publicou parecer favorável, no último dia 01 de novembro, que autoriza a realização da cirurgia bariátrica para diabéticos com obesidade leve. Agora, pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 30 e 34,9, podem se submeter ao procedimento para tratar a diabetes do tipo 2.
De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França essa decisão foi positiva para pacientes, que mesmo não tendo uma obesidade grave, já se submeteram a tratamentos clínicos com medicamentos e mudanças no estilo de vida e não conseguiram controlar ou sanar a doença. “ Agora, com a liberação da cirurgia da obesidade, isso pode ocorrer”, salienta.
O parecer do CFM classifica a cirurgia como de alta complexidade, necessitando de equipes multidisciplinares experientes e hospitais de grande porte para a sua realização. Os métodos a serem utilizados são reconhecidos e estabelecidos há anos pelo CFM que são o by-pass gástrico e a gastrectomia vertical (Sleeve). Esse novo parecer restringe a operação para abusadores de álcool, pacientes dependentes químicos, depressivos graves com ou sem ideação suicida e também para pessoas com doenças mentais e que sejam aconselhadas pelo psiquiatra a não realizar o procedimento.
Sobre a Diabetes- Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
A grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.
A Diabetes Tipo 1 tem como principais sintomas sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento.
A Diabetes Tipo 2 se destaca pela sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros – podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma. Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física.