Dia Nacional da Luta contra a endometriose é celebrado hoje (13)

Em 13 de março, é celebrado o Dia Nacional da Luta contra a Endometriose, uma doença benigna que acomete em média 10% das mulheres em idade fértil. O objetivo da data é chamar a atenção para o problema, divulgar ações preventivas e terapêuticas e orientar as portadoras da doença a buscarem o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que quase 180 milhões de mulheres enfrentam a endometriose no mundo. No Brasil, a doença atinge cerca de sete milhões de mulheres, o que corresponde a uma a cada dez brasileiras em idade reprodutiva.

A ginecologista e professora da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão, Helaine Rosenthal, explica que a endometriose é uma modificação no funcionamento do organismo que provoca uma menstruação retrógrada. “O sangue menstrual, em vez de sair todo pela vagina, pode fluir pelas trompas e as células do endométrio se implantarem no ovário, cavidade pélvica, reto, bexiga e outros órgãos”, afirma.

“O que acontece de fato é que existe uma imunidade da mulher que faz com que essas células não se desenvolvam. Não existe uma causa bem definida para o aparecimento do endométrio, mas que há uma falha no sistema imunológico que permite a replicação dessas células. Sabe-se que há essa menstruação retrógrada, mas pode ter, além da falha do sistema imune, questões multifatoriais, como alimentação, atividade física inadequada, aspecto genético de mãe ou irmãs que tiveram a endometriose. Então são causas ainda não muito bem definidas”, informa ela.

Ao contrário do que muitos acreditam, a dor pélvica, inclusive na região lombar, não é o único sintoma da endometriose, existem também a dor acentuada no período menstrual e a dor durante a relação sexual. Muitas mulheres que apresentam dor na relação sexual sentem vergonha de procurar um ginecologista e por isso não conseguem ter o diagnóstico precoce da doença.

“A mulher vai ao médico por não suportar a dor intensa durante o período menstrual ou não conseguir engravidar e quando investiga descobre a endometriose. O diagnóstico da doença se dá por conta das queixas da paciente, pelo exame ginecológico, pela ultrassonografia, que vai ajudar se tiver algum tumor no ovário (emdometrioma), e também pela ressonância magnética. A ressonância consegue visualizar melhor se há focos de endométrio no abdômen”, fala a professora da Afya Jaboatão.

Para o tratamento da endometriose pode-se fazer uso de anticoncepcional para tentar fazer com que o ovário não funcione, não haja produção hormonal e os focos sejam mantidos inertes, melhorando a dor pélvica. Em algumas situações, pode-se tentar uma menopausa medicamentosa, que é como se a mulher entrasse na menopausa para que o ovário não funcione e os focos não fiquem ativos.

“Nos casos de infertilidade é muito comum tentar uma menopausa artificial com medicação para que haja a regressão dos focos de endometriose e futuramente fazer uma indução de ovulação. Mesmo assim, caso a mulher não consiga engravidar, pode fazer uma fertilização in vitro. Isso acontece por que 40% em média das mulheres que têm endometriose não conseguem engravidar”, diz a ginecologista e professora da Afya Jaboatão, Helaine Rosenthal.

“Em último caso pode-se tentar uma cirurgia minimamente invasiva por videolaparoscopia com cauterização dos focos ativos e nos casos mais graves pode ser necessária uma histerectomia. Lembrando que a gestação cura a endometriose no período gestacional ou a cura irá ocorrer apenas na menopausa quando cessa a ação hormonal”, completa a ginecologista. 

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