Dor crônica afeta 30% dos brasileiros e custa mais de R$ 7,3 bi aos planos de saúde - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Dor crônica afeta 30% dos brasileiros e custa mais de R$ 7,3 bi aos planos de saúde

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A dor crônica é considerada um grande problema de saúde, com diferentes taxas de prevalência em todo o mundo. No Brasil, pelo menos 30% dos adultos sentem dor de forma crônica (aquela que persiste por mais de 30 dias). Isso faz com que mais recursos de saúde sejam consumidos. É o que mostra um estudo com 97.983 beneficiários de planos de saúde, que analisou o impacto econômico da dor crônica nos planos de saúde, realizado pela CAPESESP (Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde), entidade filiada à UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde).

Os custos anuais e uso de cuidados de saúde foram analisados e comparados com os custos e uso de indivíduos que não relataram dor. De uma amostra com 2.188 indivíduos, 20,6% relataram dor há mais de 30 dias. A média de idade dos entrevistados que mencionaram o incômodo é de 53,4 anos, sendo 60,1% do sexo feminino e 39,9% masculino. Do total, 43,9% informaram ter dor nas costas, 16,2% dor no membro inferior, 14,9% cefaleia, 9,6% dor abdominal, 8,1% dor no membro superior e 7,3% em outras regiões.

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O resultado obtido apontou que no grupo que sofre de dor crônica, a utilização do plano de saúde para consultas e exames foi maior do que sem indivíduos com dor crônica: o gasto anual foi de mais de R$ 5,4 milhões, contra R$ 4,9 milhões em pacientes que não apresentam dor. Considerando a prevalência estimada e o custo incremental, extrapolando para todo o sistema de saúde suplementar, o impacto anual da dor crônica seria de R$ 7,3 bilhões.

"O resultado mostra que o impacto econômico da dor crônica é maior do que a maioria das outras condições de saúde, gerando impactos em longo prazo sobre a qualidade de vida do paciente e suas famílias, bem como gastos substanciais com os serviços de saúde", afirma o médico João Paulo dos Reis Neto, vice-presidente da UNIDAS e um dos responsáveis pela condução da pesquisa.

Por isso, a prevenção é sempre a melhor alternativa, tanto para os pacientes quanto para desonerar o sistema de saúde. As principais orientações médicas, neste sentido, são a prática de exercícios físicos, correção postural, fortalecimento muscular, alimentação adequada aliada ao controle do peso e de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

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