Arquivos Economia - Página 133 De 395 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Tempest Talks 2022 tem como tema central a Resiliência na Cibersegurança

A Tempest, maior empresa especializada em cibersegurança do Brasil, realizará no dia 27 de outubro, das 8h às 13h, o Tempest Talks 2022, que tem como tema central a Cibersegurança: uma questão de resiliência. Em formato online e gratuito, o evento contará com profissionais renomados da área de cibersegurança de empresas nacionais e internacionais, divididos em dois palcos simultâneos: CyberTech e CyberBusiness. A palestra de abertura será Ciber e Futuro: como as inovações tecnológicas estão impactando nossa visão sobre a segurança, conduzida Daniel Moczydlower, presidente e CEO da Embraer X, e Lincoln Mattos, CEO e sócio fundador da Tempest, que irão discutir sobre a alta tecnologia aplicada à mobilidade urbana, partindo da experiência de desenvolvimento do eVTOL pela EmbraerX. O Palco CyberTech contará com as seguintes palestras: Resiliência CyberEmocional, com Anchises Moraes, Líder de Threat Intelligence do C6 Bank; Técnicas mais usadas para bypass de biometria, com Gabriel Glisson, analista sr. de segurança da informação do AllowMe; Ciberesiliência de redes de automação e sistemas industriais, com Vitor Sena, CISO da Gerdau; e Ataques Adversariais: Comprometendo Sistemas Baseados em Machine Learning, com Paulo Freitas, Pesquisador de Segurança Tempest. A primeira palestra do Palco CyberBusiness discutirá as Cadeia de Suprimentos de TI e a Cibersegurança, com Claudia Wong, Business Information Security Officer da Natura & CO; em sequência será apresentado o Case Einstein: ‘Enfrentando o desconhecido e transformando a segurança cibernética na saúde', com Diego Mariano, CISO Hospital Israelita Albert Einstein; Cibersegurança e sua conexão ao mapa de riscos, com Álvaro Teófilo, Head de riscos operacionais e controles internos do Santander Brasil;  Seguros Cibenérticos: qual seu grau de eficácia na proteção de dados das corporações e do seus clientes?, com Mariana Ortiz, advogada, Especialista em Gestão de Segurança Cibernética Partner na GRC Solutions. O painel de encerramento tem como tema 6 passos concretos para aumentar a resiliência das organizações, com Gustavo Barros, VP Plataformas & TI da TOTVS, Claudia Wong, Business Information Security Officer da Natura & CO, e Alex Amorim, Head of IT Security da Claro Brasil com moderação de Lincoln Mattos, CEO e sócio fundador da Tempest. Para se inscrever, acesse o site. Serviço ●       Tempest Talks 2022 ●       27.10 – 8 às 13h ●       Inscrições pelo site ●       Transmissão Via Youtube

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Inscrições para concurso da Copergás abrem hoje (20)

As inscrições para o concurso público da Copergás (Companhia Pernambucana de Gás) abrem hoje (20), às 10h, e seguem até as 14h do dia 24 de novembro. O processo deve ser realizado exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico www.concursosfcc.com.br, da Fundação Carlos Chagas, instituição que é a banca organizadora da seleção. Os cargos são para nível superior, com remuneração de R$ 7.597,44 a R$ 10.081,57, e nível médio, com remuneração de R$ 4.933,52. Três vagas são para preenchimento imediato. Os outros candidatos classificados formarão um Cadastro Reserva (CR). As taxas de inscrição são de R$ 75 para os cargos de ensino médio e de R$ 95 para os de formação superior. O lançamento acontece no ano em que a Copergás completa 30 anos de existência, marcados por conquistas que a consolidam como uma das principais empresas brasileiras do setor. Em setembro, o Prêmio Melhores e Maiores, da revista Exame, classificou a Copergás como a 7ª empresa do País e a 1ª do Nordeste, na categoria Energia. “Estamos em ritmo constante de crescimento, e precisamos nos preparar para a expansão que planejamos para os próximos anos e para os desafios que o mercado de gás natural nos coloca”, disse o presidente da Companhia, André Campos. “A formação de um quadro de profissionais capacitado é parte essencial dessa preparação para o futuro”. A Copergás teve em 2021 faturamento de R$ 2,1 bilhões, valor 56% superior ao do ano anterior, e lucro líquido de R$ 195 milhões. A previsão de investimentos da empresa para o período 2022-2026 é de cerca de R$ 400 milhões. Provas O edital, com todos os detalhes do concurso, pode ser acessado no site da Copergás (https://novo.copergas.com.br/informacoes/concursos-publicos/concurso-publico-2022-2023/) e no www.concursosfcc.com.br, da Fundação Carlos Chagas. Os candidatos se submeterão a duas provas, de caráter classificatório e eliminatório: uma de conhecimentos gerais e a outra de conhecimentos específicos, ambas compostas de questões de múltipla escolha. O exame está previsto para ocorrer em 5 de fevereiro de 2023, no período da manhã (para os cargos de nível médio) e à tarde (para os de nível superior), no Recife, em locais a serem anunciados posteriormente. A divulgação do gabarito e das questões das provas acontecerá em 06/02/2023, dia seguinte ao exame, a partir das 17h. Em 31 de março de 2023 será publicado o edital com a homologação do resultado final.

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Novos empreendimentos injetarão R$ 99,9 milhões em Pernambuco e irão abrir 613 novas vagas

(Da Adepe) Projeções foram anunciadas na tarde desta quarta-feira (19/10) na Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e contabilizam empreendimentos beneficiados pelo Prodepe e Proind A indústria pernambucana ganhará reforços neste terceiro trimestre. Foram anunciados, na tarde desta quarta-feira (19/10), investimentos que serão aplicados por empresas que deverão implantar ou ampliar suas atividades em Pernambuco beneficiadas por programas estaduais de incentivos fiscais. Estão sendo previstos investimentos de R$ 99,9 milhões com a projeção de 613 empregos diretos por meio de 27 empresas beneficiadas pelo Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) e pelo Programa de Estímulo à Indústria do Estado (Proind). Os anúncios foram realizados na 120ª Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), realizada na sede da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). “Nossa política de atração de investimentos que vai do litoral ao sertão é fruto dos esforços do Governo de Pernambuco por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, da Adepe, e da Secretaria da Fazenda do Estado. Seguimos no propósito de ampliar e descentralizar a produção industrial do Estado”, comenta o presidente da Agência, Roberto Abreu e Lima. Entre os empreendimentos com maiores investimentos na RMR estão: Salmeron Energia Renovável, Indústria Brasileira de Lonas (Lonax), Epitácio Pescados, Charrua Alimentos, Marmorart, DLW Indústria e Comércio, Indústria Comércio e Serviços JGE, VNM Sucatas e Tintas Beta. Já no interior do estado, destacam-se Combrita Indústria de Artefatos de Concreto (Petrolina), Hoxnor Embalagens (Petrolina), Indústria de Aço Pontual (Caruaru), LP Fabricação de Especiarias (Garanhuns), Nordeste Indústria e Beneficiamento de Trigo (Bezerros), Unicaixas (Bezerros), Agro Indústria Vitória (Vitória de Santo Antão), Vascofel Comércio de Ferragens (Caruaru), Galpão Temper Indústria de Vidros (Vitória de Santo Antão), 4Tex Indústria (Caruaru) e Alecon (Glória do Goitá). EMPRESAS DE IMPORTAÇÃOOutro grupo de incentivos para 14 projetos de importação receberam parecer favorável. Os projetos estão localizados na RMR. As importações anuais previstas chegam a R$ 647 milhões. Entre as empresas com projetos de importação aprovados estão Basf Poliretanos, Comercial Casa dos Frios, D&A Decoração e Ambientação, DLW Indústria e Comércio, Garra Atacadista e WMS Supermercados do Brasil. CENTRAIS DE DISTRIBUIÇÃOAs 12 Centrais de Distribuição incentivadas neste Condic estão espalhadas na RMR e uma em Caruaru. As aprovações irão gerar R$ 245 milhões entre compras e transferências anuais previstas. Entre elas, estão: Astra S.A., Dismap - Produtos para a Saúde, Esposende, Goldmedic e Macena Material de Construção. DESTAQUES DA 120ª REUNIÃO DO CONDIC• 27 projetos industriais (Prodepe e Proind), 14 projetos de importação e 12 projetos de centrais de distribuição;• Total de investimentos (indústrias): R$ 99.988.168,49, sendo R$ 54,5 na RMR e R$ 45,4 no interior;• Total de empregos: 613, sendo 360 na RMR e 253 no interior;• Municípios contemplados (13): Belo Jardim, Bezerros, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Garanhuns, Jaboatão dos Guararapes, Paudalho, Petrolina, Vitória de Santo Antão, Abreu e Lima, São Lourenço da Mata, Olinda e Glória do Goitá;

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10 anos do polo automotivo: Prefeito de Goiana fala dos desafios do município

Eduardo Honório foi eleito em 2020 como prefeito de Goiana, cidade da mata norte que recebeu há 10 anos as primeiras obras das fábricas do polo automotivo. Antes, ele foi vice-prefeito do município na gestão de Osvaldo Rabelo Filho (entre 2017 e 2020). Após ouvir os moradores da cidade, sobre os avanços e problemas enfrentados nesse marco de uma década do polo, e analisar os dados de crescimento econômico e de arrecadação do município, enviamos um conjunto de questionamentos ao executivo municipal. As respostas do prefeito foram enviadas via assessoria de imprensa. Qual a sua avaliação do impacto da chegada do polo automotivo na cidade? Que aspectos positivos e negativos o Sr destacaria? A vinda do Polo Automotivo foi um grande marco não só para Goiana, mas para o Brasil e para todas as cidades da região a qual Goiana está inserida como centro econômico, e tem raio de influência que ultrapassa a divisa dos estados Pernambuco-Paraíba. É um grande desafio preparar Goiana para a população que vive em sua sede e distritos, provendo cada vez mais infraestrutura e qualidade de vida à altura do investimento recebido. Goiana é privilegiada nos aspectos naturais, por estar situada em uma planície, ter vasto território e estar cercada por bacias hidrográficas. Sob o ponto de vista de localização geográfica, encontra-se em posição estratégica em relação às questões logísticas e de oferta de mão de obra. Como aspecto positivo, fica a oportunidade e a missão dada ao poder público de orquestrar ações, programas e projetos, baseados em estudos atuais tendo em vista a transição na dinâmica econômica do município, antes canavieiro e agora fabril, e desenvolver os pontos necessários à promoção e melhoria da prestação de serviços de saúde e educação, de lazer, segurança, infraestrutura e planejamento urbano. O município de Goiana teve um crescimento muito significativo nas receitas após a chegada desse polo, em especial após o início das operações da fábrica. De acordo com a Condepe-Fidem, a receita do município saltou de R$ 146,096,784.33 em 2013 para R$ 594,145,914.34 no ano passado. Quanto desse aumento de arrecadação o município tem conseguido investir? E quais as prioridades de investimentos ao longo dos últimos anos? De acordo com a Lei 2490/2021, que dispõe sobre o Plano Plurianual 2022-2025, estão previstos investimentos da ordem de R$600.000.000,00, para os programas, ações, projetos e obras em saúde, educação, políticas sociais, serviços públicos, obras de infraestrutura e construção de equipamentos públicos, de lazer, urbanismo, acesso a moradia, segurança e mobilidade urbana, com destaque para 02 UPAs e 06 creches (03 delas já concluídas). A prioridade é ampliar a demanda de serviços prestados na área de saúde, a exemplo da criação do Centro de Referência em Saúde da Mulher, a entrega de unidades de saúde reformadas na sede e distritos, proporcionando a prestação de serviços de saúde de forma igualitária e descentralizada a todos os cidadãos. A entrega de espaços públicos de convivência, promovendo lazer e melhor qualidade de vida, a pavimentação de vias, infraestrutura viária e iluminação pública. As ações no âmbito da educação com a estruturação do ensino no município desde a educação infantil ao ensino superior e sobretudo a qualificação profissional e a inserção dos jovens e adultos do mercado de trabalho. Durante nossa visita à cidade, muitos moradores e comerciantes se queixaram da inflação imobiliária que a cidade viveu, que é algo bem recorrente diante da chegada de um investimento desse porte. O poder municipal tem feito algum tipo de ação de incentivo à moradia popular para proteger as populações mais carentes? Há alguma preocupação do poder público com a ocupação irregular de novas áreas nas periferias da cidade, devido à pressão do crescimento populacional e da inflação imobiliária? Pela primeira vez, em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco, Goiana estará titulando cerca de 450 famílias ainda no ano de 2022, através do programa Moradia Legal, promovendo a cidadania e garantindo o direito à moradia digna. Existem outros Núcleos Urbanos Informais Consolidados a serem contemplados com o Programa, que ganhará autonomia na municipalidade. Para o ano de 2023, estão previstas a elaboração dos principais planos setoriais que norteiam as ações estratégicas. A atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano que trará um diagnóstico de todo território, reavaliando o zoneamento das áreas urbanas e rurais, criando e ampliando na necessidade, zonas de interesse social, que certamente servirão de base para a temática Habitação, tão urgente, importante e necessária não só para Goiana, mas também para os grandes centros urbanos.Outros planos importantes estão no escopo, como o Plano de Mobilidade, Plano de Preservação do Patrimônio Histórico e Planos Ambientais que subsidiarão estudos específicos relacionados as áreas de risco (e ocupação irregular dessas áreas), degradação do meio ambiente e recursos naturais. Uma outra preocupação levantada na visita que fizemos à cidade foi em relação à população de pescadores. Eles percebem a importância da fábrica para a cidade, mas tem a sensação de que o desenvolvimento não chegou para eles. Eles se queixam que por algum problema ambiental há uma queda na pesca e que a retirada de alguns feriados ao longo do ano também reduziu a demanda. Há alguma política sendo desenhada para esse público? O que a prefeitura pode fazer para contribuir para o maior desenvolvimento dessa atividade que ainda é a fonte de renda de muita gente na região? O primeiro passo para a construção de uma política pública é o diagnóstico da situação no setor social que irá ser beneficiado pela ação. Tal situação acontece hoje com a pesca no município de Goiana, o banco de dados da Secretaria de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente não acompanhava o estado em que se encontra a pesca no nosso município. Goiana é uma das poucas cidades no Brasil que possuem quatro colônias dentro do seu território (Z-03 em Ponta de Pedras, Z-17 em Tejucupapo, Z-15 em Atapuz e Z-14 no Baldo do Rio), contendo assim uma população pesqueira com mais de 5 mil pessoas vivendo diretamente da pesca, sem contar a população que vive

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Mês da Carreira discute tecnologia aplicada no mercado de trabalho

Quais serão as capacitações em alta no futuro? Como as empresas retêm talentos em um cenário de médio e longo prazos? Essas são algumas das questões que serão levantadas no “Mês da Carreira”, evento on-line e gratuito promovido pela Wyden, que acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de outubro. Com o tema: “A tecnologia no mercado de trabalho já não é mais uma tendência, é uma realidade”, a sexta edição do encontro tem como objetivo conectar universitários a profissionais com sólida atuação no mercado de trabalho, e que podem, pela sua experiência, auxiliá-los no que se refere ao impacto da tecnologia nos recrutamentos de seleção e nas áreas da saúde, jurídica, industrial, de entretenimento e esporte, dentre outras. O evento também conta com um painel do LinkedIn, em que os especialistas da rede social vão abordar os avanços da tecnologia nos processos seletivos. Os debates e palestras contarão ainda com grandes nomes mercado, como Rock In Rio, Red Bull e M.Dias Branco, além da presença de Juliana Ribeiro, diretora de ticketing do Rock In Rio, que promete contar um pouco sobre o THE TOWN. Com transmissão pelo YouTube, a programação contempla três dias de palestras, todas abertas ao público. Os encontros acontecerão no período da manhã e da tarde, às 11h, 13h e 17 horas. Ao todo, serão mais de 14 horas de conteúdo e, nesta edição, os participantes ainda poderão concorrer a um Iphone e cursos de inglês patrocinados pela The Easy English Fórmula, além de uma cadeira gamer cedida pelo Elements. Confira a programação completa e inscreva-se pelo link: https://www.carreirasedu.com.br/mes-da-carreira2022

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10 anos do polo automotivo: Virada histórica na pauta de exportações

*Por Rafael Dantas Há uma década, quando apenas começaram as obras do polo automotivo, quem liderava as exportações do Estado era o tradicional setor açucareiro. Em pouco tempo, os veículos, fabricados em Goiana, e os óleos combustíveis, produzidos em Suape, se tornaram os principais produtos made in PE a atravessar as fronteiras do País. Uma transição histórica que reposicionou Pernambuco no mercado global, passando a integrar duas cadeias produtivas de valor agregado mais elevado. Apenas um ano após o início da operação da fábrica da Stellantis, em 2015, os veículos já deixaram bem atrás a exportação de açúcar. De acordo com levantamento da TACTIC - Inteligência de Mercado, em 2016, o setor foi responsável por exportar em valores o total de US$ 304,4 milhões. Neste ano, a liderança foi dos combustíveis, que alcançou o patamar de US$ 342,9 milhões, enquanto que o setor de açúcar alcançou US$ 132,8 milhões. “Em 2012, os automóveis representavam apenas 0,04% das exportações de Pernambuco. No mesmo ano, os principais segmentos da nossa pauta eram embarcações (produzidas pelos estaleiros) e açúcar, representando 30% e 25%, respectivamente. Apenas em 2016, a exportação de automóveis atingiu uma participação robusta, representando 21,5%. Nesse ano, é possível verificar a saída do açúcar (9%) como principal produto exportado”, afirmou João Canto, sócio-fundador da TACTIC e diretor-executivo do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia). O auge do volume financeiro das exportações da montadora foi em 2017. Mesmo com a redução das vendas para o exterior nos anos seguintes, o setor segue se revezando entre primeiro e segundo lugar na pauta pernambucana. “Em 2017, atingiu o pico de US$ 736,5 milhões exportados, representando pouco mais de 37% da pauta exportadora. Naquele ano, os automóveis passam a assumir a liderança, seguido de combustíveis minerais (18%) e plásticos (12%). Importante apontar que entre 2012 e 2017, o crescimento das exportações de Pernambuco foi de 48,9%”, declarou Francisco Mendonça, sócio-fundador da TACTIC. A partir de 2018, as exportações de automóveis tiveram uma queda, mas o setor se manteve atrás apenas dos combustíveis minerais (conforme o gráfico abaixo). Um dos fatores que motivou o impulso da exportação de combustíveis foi a política de preços da Petrobrás, que elevou o valor do produto, além do próprio cenário internacional. “As circunstâncias atuais da economia são muito complexas, recém-saídas do pior período da pandemia e com a guerra no Leste Europeu. O efeito chicote, após a demanda de consumo reprimida pela crise econômica e pela Covid-19, aumentou muito o preço do produto”, afirmou Werson Kaval, economista e professor do Departamento de Pós-Graduação em Gestão de Negócios do Unit- -PE (Centro Universitário Tiradentes). Sobre a queda nas exportações do polo automotivo entre 2017 e 2020, o consultor Mauricio Laranjeira, CEO da Continentes Consultoria, explica que uma das causas foi a crise na vizinha Argentina, principal destino dos veículos fabricados em Goiana. O desarranjo na economia dos hermanos fez a empresa apostar em outros países para levar seus produtos. “O principal motivo que impactou a exportação de automóveis, não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil, foi a crise argentina. Como o país era o principal destino das nossas vendas, os números foram impactados, e a indústria começou um trabalho de diversificação de mercados, e passou a exportar para outros países, tais como o México, Colômbia, Chile, Peru, entre outros. Fora o fator Argentina, em 2020 tivemos o grande impacto da pandemia na indústria, com a falta de componentes e de mercado, além do fantasma da falta de competitividade que ronda as exportações brasileiras de produtos industrializados”, declarou Laranjeira. De acordo com Mateus Marchioro, plant manager da Stellantis, entre 12% e 15% do total de veículos produzidos em Goiana são destinados às exportações. A empresa vem operando com sua capacidade máxima atualmente, um volume de mil carros por dia. Além do seu papel nas exportações, o polo automotivo é também líder nas importações, mesmo tendo 75% dos seus fornecedores nacionais. “O polo automotivo é o maior importador de Pernambuco, adquirindo as partes e acessórios para a montagem dos veículos num valor aproximado de US$ 1,7 bilhão, representando em torno de 25% das importações do Estado. Goiana se beneficiou da dinamização resultante da instalação da montadora e de suas sistemistas na região e se tornou o segundo município pernambucano em exportações e importações”, afirmou Carlos Fontes, coordenador do Centro Internacional de Negócios da Fiepe (Federação das Indústrias de Pernambuco). IMPACTOS DA TRANSIÇÃO Quando os protagonistas pernambucanos no mercado global mudam, há um efeito interno também no cenário de internacionalização da nossa economia. Na avaliação de Fontes, a liderança dessas novas cadeias produtivas sofisticou a infraestrutura local, estimulou as atividades do segundo setor e atraiu novos players de outros países. “Os reflexos da instalação de uma empresa do porte da Stellantis para a indústria pernambucana ocorrem com uma maior dinamização do parque industrial do Estado, havendo uma melhoria e adequação da infraestrutura portuária para movimentação de cargas, bem como atração de outros empreendimentos complementares, gerando mais investimento na economia e tornando o ambiente econômico mais atrativo para outros grupos internacionais”. Além das mudanças promovidas no Estado, Maurício Laranjeira ressalta que a transição dos líderes da comercialização internacional ampliou o leque de países com os quais o Estado tradicionalmente compra ou vende. “Refletiu nos países com os quais mantemos relações comerciais, com o surgimento de novas nações como destino ou origem das nossas vendas e nossas compras, bem como com o aumento do comércio com países com os quais já tínhamos algum relacionamento comercial, mas cujos números aumentaram bastante devido aos automóveis, como é o caso das importações da Itália e do Japão”. Singapura, que é o principal mercado dos combustíveis de Suape, lidera como destino da maioria das exportações pernambucanas. Na sequência, entre os cinco primeiros lugares, estão países da América Latina que recebem veículos do polo automotivo, como Argentina, México e Chile. “Nos primeiros sete meses de 2022, exportamos cerca de US$ 270 milhões em automóveis, cerca de 18% do nosso total de US$ 1,5 bilhão

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Tirolesa em Calhetas Guga Matos

Pesquisa aponta liderança de Pernambuco no volume das atividades turísticas no Nordeste

A Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE, aponta que Pernambuco assume a liderança na Região Nordeste na média do volume das atividades turísticas de janeiro a agosto de 2022. Entre os estados nordestinos que participam do levantamento, Pernambuco registrou 112,6 pontos, à frente da Bahia (104,0) e do Ceará (99,7). Nacionalmente, Pernambuco ocupa a terceira posição atrás apenas de Goiás (121,6) e Minas Gerais (115,5). A secretária de Turismo e Lazer de Pernambuco, Milu Megale, destaca ainda que o índice é superior à média nacional, que ficou em 92,8. “Os resultados comprovam que Pernambuco vive a plena recuperação de suas atividades turísticas, o que se reflete na geração de emprego e renda para as famílias pernambucanas. Estamos atentos aos índices, pois são importantes indicadores, que corroboram o caminho que seguimos, investindo na interiorização do turismo, na infraestrutura e na capacitação profissional para continuar recebendo bem os visitantes por todo Estado”, afirma. O IBGE apontou, ainda, no comparativo do mês de julho a agosto, a estabilidade das atividades turísticas, com índice de 1,2% de aumento. Nesse cenário e acompanhando a tendência nacional, Pernambuco cresceu 1%, sendo o único Estado do Nordeste que obteve crescimento positivo, uma vez que a Bahia registrou – 1,1% e o Ceará decaiu – 4,9%. O segmento do turismo segue se desenvolvendo com fôlego, gerando oportunidades de emprego e aquecendo a economia de todo o Estado, que se reflete em um PIB de 3.9%

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Uma década do polo automotivo de Goiana

Quais as mudanças e o que não mudou na cidade que recebeu um dos maiores investimentos industriais de Pernambuco no século? A Algomais inicia hoje a série de reportagens Uma década da chegada do polo automotivo. O projeto teve apoio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da Meta Journalism Project, em parceria com o International Center for Journalists (ICFJ). *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com) Há 10 anos, o solo que por séculos foi destinado ao plantio da cana-de- -açúcar passou receber as obras de um conjunto de fábricas que em pouco tempo estariam produzindo veículos com tecnologia de última geração. Encabeçada pela Stellantis (fusão da Fiat Chrysler com a montadora PSA Group), o polo automotivo emprega mais de 13 mil pessoas, promovendo uma série de transformações em Goiana. Com um investimento bilionário, o empreendimento impactou também um cinturão de cidades vizinhas e mexeu até na balança comercial de Pernambuco. Os primeiros veículos só saíram da linha de produção há sete anos, mas as mudanças na economia e na rotina local começaram desde que os primeiros tijolos foram erguidos. A virada de chave da secular atividade agrícola praticada na região para dar lugar a um dos parques industriais mais avançados do mundo teve como um dos principais efeitos a mudança da perspectiva profissional dos jovens. Além da chegada de um grande player internacional, o município assistiu ao encerramento de duas grandes empregadoras do setor agro, as usinas Maravilha (no final de 2011) e Santa Tereza (2017), além da fábrica de Cimento Nassau (2017), essas duas últimas pertencentes ao Grupo João Santos. Uma mudança brusca de cenário que abriu caminho para a transição da matriz de empregos e da oferta de profissionais. Hoje, 85% dos trabalhadores que atuam na Stellantis são mão de obra local, de Goiana e de cidades vizinhas, como Igarassu e Itambé. Muitos filhos de pequenos comerciantes, agricultores ou pescadores passaram a integrar a linha de produção da empresa ou dos sistemistas, que fornecem peças e equipamentos. O polo emprega ainda profissionais das capitais do Recife e de João Pessoa. Weslley Vasconcelos (foto abaixo), 25 anos, é um dos jovens que aproveitou a oportunidade de ter uma multinacional na região para dar seus primeiros passos profissionais. Morador de Igarassu, município que fica a 30 quilômetros do polo, ele entrou aos 18 anos na fábrica. Em sete anos, foram sete promoções até sua posição atual de supervisão de logística. “Meu pai sempre trabalhou em indústrias, mas nunca teve formação. Minha mãe era camareira de um hotel. Eu saí do ensino médio direto para a planta e nesses anos eu só pude crescer. Fiz uma faculdade de administração. Sou a primeira pessoa da família com ensino superior. Hoje faço a gestão de 73 pessoas, sendo 80% delas daqui da região”, afirmou Weslley, que agora participa de um programa de desenvolvimento de jovens talentos da empresa para prepará-lo para os próximos passos na multinacional. Como morador da região, ele comenta que percebeu uma transformação forte principalmente em Goiana. “Tudo mudou na Mata Norte. Vemos hoje uma nova Goiana, com muito investimento em comércio, valorização das moradias, novos hotéis na região. Estamos num processo de transformação da capacitação também. Antigamente tudo era voltado para o setor agrícola, hoje está se voltando para a área industrial e automobilística. Há muito interesse dos jovens em investir neles mesmos, de se qualificarem para as oportunidades de emprego no polo”. Junia Morais, 21 anos, teve a oportunidade de viver uma experiência profissional no setor industrial e retornou para Goiana. Com formação técnica na área de segurança do trabalho, ela atuou em uma terceirizada do polo por um ano e três meses, antes de dar passos profissionais para fora do Estado. “Isso foi bom, me abriu um leque de oportunidades e networking. Surgiu uma oportunidade de trabalhar na Heineken em São Paulo, onde passei um tempo. Mas voltei agora para tentar um trabalho próximo de casa, da família. A principal mudança na cidade foi a movimentação, o comércio mudou bastante, temos hoje oportunidade de fazer novos cursos. Trouxe oportunidade para os goianenses”. A chegada do polo automotivo e de outros grandes empreendimentos, como a CBVP (Companhia Brasileira de Vidros Planos) e, em menor escala, a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados), gerou empregos industriais e um efeito renda para o comércio e serviços que ampliou muito o estoque de vagas na cidade. Em 2011, último ano antes do início das obras de construção civil, eram 12.766 mil postos de trabalho registrados em Goiana. O dado mais atualizado, da Relação Anual de Informações Sociais, elaborado pela Agência Condepe-Fidem, no ano de 2020, foi de 21.733. Mesmo considerando a crise econômica, que se arrastou no Brasil a partir de 2015, o fechamento de grandes empregadores da região e a pandemia, o aumento no período foi de 70,2%. “Chegamos numa região onde não havia uma cultura automotiva. A região da cana-de-açúcar se abriu para o novo, com muita vontade de aprender e de crescer. Trabalhamos muito o desenvolvimento das pessoas para estabelecermos essa cultura automotiva, que é muito singular dentro da indústria. Hoje estamos em uma fase de consolidação, porque é um conhecimento que conseguimos formar. A gente tem a planta, mas é um polo que envolve diversas pessoas, outros produtos e tecnologias que compõem o carro. Os nossos produtos mostram a força da transformação que foi feita na região”, afirma Mateus Marchioro, o plant manager na Stellantis Goiana. Essa consolidação do polo, em paralelo às outras novas atividades que chegaram ao município, fizeram o PIB de Goiana crescer de R$ 1,2 bilhão em 2012 para R$ 10.2 bilhões em 2019. O crescimento registrado do primeiro ano das obras da fábrica em 2012 para 2019, que é o último ano com dados fechados do PIB municipal pelo IBGE, foi de 754%. “Em 2010, a participação da indústria da Mata Norte representava 4,4% do PIB industrial de Pernambuco. Em 2019, ela pulou para 19,1%. A região passou a participar com quase um quinto do valor agregado industrial. Hoje

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Endividamento das famílias pernambucanas voltou a crescer

Segundo o recorte local realizado pela Fecomércio-PE, no mês de setembro o percentual de famílias que se declaram endividadas no estado de Pernambuco chegou a 81,9%, registrando uma variação de 0,4 ponto percentual com relação a agosto e 3,9 pontos percentuais em relação a setembro de 2021. Com o resultado de setembro, o indicador gradualmente se aproxima do patamar registrado no mês de abril, quando chegou a 82,8%, um dos maiores percentuais da série histórica iniciada pela CNC em 2010. O percentual de famílias com contas em atraso, por sua vez, oscilou de 27,1% para 27,9%, voltando a crescer após cinco meses consecutivos em trajetória de queda. Já o percentual de famílias que se declaram sem condições de quitar as contas em atraso ficou praticamente estável em relação ao mês de agosto, registrando 13,3% em setembro contra 13,2% no mês anterior. Pernambuco: Percentual de famílias, segundo as situações de endividamento (valores em % do total de famílias) – setembro/2021 a setembro/2022 Fonte: CNC. O cartão de crédito segue como principal vetor das dívidas, sendo citado por 93,6% das famílias que se declaram endividadas. O que observa nesse momento é que mesmo com a retomada do mercado de trabalho formal e com a desaceleração da inflação nos últimos três meses, o nível de endividamento continua impactando a renda das famílias e o desempenho do comércio local. Um dos fatores para isso é que a perda do poder de compras acaba forçando o aumento do uso de crédito para manutenção do consumo e os juros elevados é um impeditivo para que as famílias consigam alguma condição de negociação das dívidas em atraso. Outro ponto é que embora o mercado de trabalho melhore, a recolocação no emprego ainda está acontecendo com um salário médio mais baixo, especialmente no setor de serviços e via ocupações informais. Nos próximos meses, considerando o momento de comemorações de fim de ano, a tendência é de que o percentual de famílias endividadas continue em patamar elevado. Por outro lado, os recursos adicionais como o 13° salário e o aumento momentâneo da renda com os auxílios até o final de ano tendem a segurar um pouco o nível de inadimplência.

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