Arquivos Economia - Página 144 De 395 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Tempest: setor financeiro é o que mais investe em cibersegurança no Brasil

Em parceria com o DataFolha, levantamento foi realizado com gestores, líderes e técnicos responsáveis pela área de segurança digital de 172 empresas (Da Tempest) De acordo com a 3° Pesquisa Tempest de Cibersegurança, as empresas do setor financeiro são as que mais investem em cibersegurança no Brasil. Em parceria com o DataFolha, o levantamento foi realizado com gestores, líderes e técnicos responsáveis ou que participam da gestão de cibersegurança ou da Segurança da Informação de empresas de pequeno, médio e grande porte. Contemplando um universo de 172 empresas, o objetivo é entender qual a importância e atual fase da cibersegurança nas empresas brasileiras, analisando questões relacionadas a orçamento, estrutura organizacional, presença de CISO nos conselhos, entre outras. A média orçamentária do setor financeiro ultrapassa os R$1.8 milhão anual, ao contrário de empresas de outros segmentos, que investem em média R$ 747 mil. Outro ponto identificado é que Cyber e TI têm orçamentos independentes em 15% das organizações, e entre grandes empresas financeiras, com mais de 500 colaboradores, o percentual é de 23%. Em um terço das organizações de setores que não são o financeiro, o orçamento de cyber representa entre 10% e 15% do de TI. De acordo com a pesquisa, 20% das empresas do segmento financeiro possuem mais de cinco posições executivas dedicadas à Segurança da Informação; além disso, 69% das empresas desse setor já possuem cadência e frequência estabelecida da pauta de cyber nos conselhos administrativos e/ou comitês executivos, com frequência trimestral de relatório. Dentre as empresas de outros segmentos, 46% possuem uma única posição executiva e 47% levam as pautas de cyber aos conselhos de forma frequente “Com exceção do segmento financeiro e das empresas de maior porte, a pesquisa mostra que ainda há espaço para que lideranças do alto escalão aumentem seus conhecimentos sobre a complexidade do tema. A resposta passa por um processo de autodeterminação de um modelo de segurança para entender sua dependência de tecnologia, quais são suas joias da coroa e, nesse sentido, quais os perfis (operacional, tático, estratégico) que irão atender à segurança desta estrutura”, afirma Lincoln Mattos, CEO da Tempest. Orçamento de Cibersegurança Para 65% dos entrevistados, os desafios orçamentários são a principal barreira da área de segurança digital de maneira geral. No setor financeiro, orçamento é um desafio para 46% das empresas, no entanto, o principal desafio neste setor diz respeito à falta de alinhamento e/ou envolvimento da cibersegurança em projetos desde o seu início (60%). Por outro lado, os orçamentos em cibersegurança devem voltar a crescer no pós-pandemia. Em 2022, haverá expansão de verbas em 69% das empresas, enquanto no ano anterior o percentual foi de 44%. “É um sinal de maturidade o fato de as empresas continuarem investindo em cibersegurança mesmo após o susto inicial da transformação digital forçada devido aos novos modelos de trabalho”, analisa Lincoln Mattos. A pesquisa detectou que as ameaças cibernéticas estão entre os principais riscos ao negócio, apontamento feito por 64% dos gestores de cyber de todos os segmentos consultados. Essa posição está alinhada com a percepção de outros atores econômicos, conforme aponta a pesquisa The Global Risks Report 2022, do Fórum Econômico Mundial. No quesito “riscos tecnológicos” aos negócios, as falhas de cibersegurança aparecem como a principal ameaça. Metodologia de pesquisa A 3° Pesquisa Tempest de Cibersegurança é uma pesquisa quantitativa, com técnica híbrida. Contou com abordagem online através do envio de convite por email para o auto-preenchimento pelo respondente, em duas versões de questionário, e abordagem telefônica via CATI com base em questionário estruturado reduzido em relação às versões online. O estudo usou a referência do IBGE que é empregada para a classificação das indústrias, onde médias empresas são definidas pela faixa de 100 a 499 colaboradores e grandes as com mais 500. Para as pequenas empresas, a faixa foi adaptada para de 50 a 99 empregados e foram selecionadas dentre as microempresas e empresas de pequeno porte as que possuem entre 20 a 49 pessoas. A margem de erro é de 7,5 pontos percentuais para o total da amostra, considerando um intervalo de confiança de 95%.

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Endividamento dos pernambucanos recua no final do primeiro semestre

A Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), visando traçar um perfil do endividamento, acompanhando o nível de comprometimento dos consumidores com dívidas e sua percepção em relação à sua capacidade de pagamento. Segundo recorte local feito pela Fecomércio-PE, o percentual de famílias com dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) apresentou o terceiro mês em queda no estado de Pernambuco, saindo de 83,0% em março, para 82,8% em abril, 80,8% em maio e, finalmente, 78,6% em junho. Ou seja, uma redução total de 4,4 pontos percentuais (p.p.). O resultado de junho também recuou em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o percentual chegou a 79,6%, que foi o maior percentual da série histórica para esse mês. Configurando o quadro de endividamento em junho, observa-se 17,9% das famílias se declarando muito endividadas, percentual que era de 19,3% em maio. Já as famílias que declaram não possuir dívidas comprometendo o orçamento mensal passou de 19,2% em maio para 21,4% em junho. Os percentuais de famílias que se declararam moderadamente endividadas, bem como daquelas que se consideram pouco endividadas, por sua vez, reduziram levemente, ficando em 33,8% e 26,9%, respectivamente. Pernambuco: Proporção de famílias segundo a dimensão do endividamento (% em relação ao total de famílias) - junho/2021, maio/2022 e junho/2022 Fonte: CNC. Entre as famílias endividadas, o tempo médio de comprometimento com as dívidas e a parcela média da renda comprometida com as dívidas ficaram estáveis na passagem de maio para junho, encerrando o semestre, respectivamente, 7,8 meses e 30,1%. Ou seja, trata-se de um horizonte de aproximadamente 8 meses para quitação de compromissos financeiros – ultrapassando então o ano de 2022 – que se aproximam do montante de um terço do orçamento familiar. Os resultados da PEIC em junho também apontaram, mais uma vez, redução no percentual de famílias que declaram possuir contas em atraso. Em março, a proporção era de 33,3%, caindo para 32,0 em abril, depois 30,2% em maio e, finalmente, 28,4% em junho. Com isso, verifica-se uma redução de 4,9 p.p. Já o percentual de famílias sem condições de pagar as contas em atraso também seguiu recuando em junho, mas com uma velocidade menor em relação aos outros dois indicadores: era de 17,3% em março e chegou a 14,9% em junho (-2,4 p.p.). Pernambuco: Percentual de famílias, segundo as situações de endividamento (valores em % do total de famílias) – janeiro/2021 a junho/2022 Fonte: CNC. A evolução observada na PEIC-PE ao longo do segundo trimestre sugere que a queda no percentual de famílias endividadas tem estreita relação com o esforço daquelas com contas em atraso em quitar esses débitos. Esse movimento, segundo a CNC, vem sendo possível em função do avanço do mercado de trabalho formal no segundo trimestre e também às medidas de suporte à renda, como o aumento do valor do programa Auxílio Brasil em relação ao Bolsa Família, bem como a liberação dos saques extraordinários do FGTS, cujo calendário completo foi realizado até junho. Com isso, as famílias vêm priorizando quitar os débitos em atraso, além de reduzir a demanda pelo crédito livre, o que vem levando o cartão de crédito e o cheque especial a registrarem queda na citação dos componentes da dívida entre as famílias. Em junho de 2021, 95,4% das famílias citavam o cartão de crédito, percentual que caiu para 91,4 em junho de 2022. No caso do cheque especial, a evolução foi de 13,5% para 8,6%. Pernambuco: Proporção de famílias envidadas segundo o tipo de dívidas (% em relação ao total de famílias endividadas) – junho/2021 e junho/2022 Fonte: CNC.

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Mas afinal, o que é Inteligência Artificial?

*Por Rafael Toscano Essa é uma pergunta recorrente quando somos apresentados a esse vasto mundo dentro do universo da tecnologia, entenda em 3 passos. Como podemos definir a IA? Para respondermos essa pergunta, é necessário dar um passo para trás, voltando nossa atenção para a definição de inteligência. Será que alguém duvidaria que um simpático cachorrinho seria dotado de grande inteligência? (e de fofura). Provavelmente não! Os cachorros, assim como diversas espécies do reino animal, têm grande capacidade de aprender, adaptando-se às diversas situações em que são expostos, tanto na natureza selvagem, quanto na sala da sua casa, ao aprender um novo truque. De forma bastante resumida, podemos estabelecer o conceito de que Inteligência Artificial é a capacidade de um computador aprender e se adaptar para realizar tarefas comumente associadas aos seres inteligentes. De forma mais aprofundada, se você perguntar sobre inteligência artificial a um pesquisador(a) de IA, ele(a) dirá que é um conjunto de algoritmos que podem produzir resultados sem precisar ser explicitamente instruído para isso. É a simulação da inteligência natural em máquinas que são programadas para aprender e imitar as ações dos humanos. Qual é o objetivo da Inteligência Artificial? Do ponto de vista técnico, o objetivo da Inteligência Artificial é auxiliar as capacidades humanas, sobretudo, nos ajudar a tomar decisões complexas com impactos de longo prazo. Já numa visão mais filosófica, a Inteligência Artificial tem o potencial de ajudar os humanos a viver vidas mais significativas, mitigando o trabalho árduo e maçante, em benefício de uma nova fase de nossa humanidade. Atualmente, o propósito da Inteligência Artificial é compartilhado e aplicado por diferentes ferramentas e técnicas que inventamos no último milênio, como um meio que melhoraria tais ferramentas e técnicas existentes. Entretanto, a Inteligência Artificial também apresenta um viés de produto final, uma criação que de forma autônoma inventaria as ferramentas e serviços inovadores que teriam o poder de mudar a forma como conduzimos nossas vidas. Esperançosamente, contribuindo na eliminação de conflitos, desigualdades e o sofrimento humano. Entretanto, ainda estamos muito longe desses tipos de resultados. De forma aplicada, a Inteligência Artificial está sendo usada principalmente pelas corporações para melhorar a eficiência de seus processos, automatizar tarefas que exigem muitos recursos, bem como nas tarefas de previsões de negócios com base em dados concretos. Quais são as vantagens do uso da Inteligência Artificial? Não há dúvida de que a IA representa um avanço tecnológico que tornou e ainda tem potencial para tornar a nossa vida melhor. Desde recomendações de música, marketing social, geolocalização em mapas de tempo real, mobile banking até prevenção de fraudes, a IA e outras tecnologias já assumiram o controle. Vamos então destacar de forma geral e sumária quais seriam as principais vantagens do uso de IA: Redução significativa do erro humano;Disponibilidade de 24×7;Ajuda no trabalho árduo e repetitivo;Assistência digital personalizada para cada tipo de atividade;Decisões tomadas em frações de segundo;Processo decisório totalmente segregado dos aspectos emocionais;Grande capacidade como meio de melhoria de ferramentas já existentes. Desse vasto mundo desconhecido da IA, restam algumas certezas. Entre elas, a de que o espaço conhecido por nós é bem menor do que o que ainda temos a conhecer. E aí, a IA já bateu na sua porta hoje? Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

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Aumenta confiança do empresário pernambucano

(Da Fecomércio-PE) A confiança dos empresários do varejo variou positivamente em junho, configurando o segundo mês seguido de alta. Mesmo com os reflexos do clima sobre o cotidiano dos consumidores e estabelecimentos comerciais da RMR – que tem um grande peso sobre a atividade no estado – durante o mês de junho, os gestores e empresários do setor seguiram apontando um sentimento de confiança para o segundo semestre do ano. Segundo recorte local da pesquisa feito pelo Instituto Fecomércio - PE, em junho o ICEC avançou 5,4% em relação a maio, chegando a 117,5 pontos. Esse é o maior patamar alcançado pelo índice desde o início da pandemia, em março de 2020, quando recuou de 126,1 (abril/2020) para 123,9 pontos. É a primeira vez desde março de 2020 que todos os componentes do ICEC se encontram acima de 100 pontos, patamar que expressa satisfação ou otimismo entre os empresários. Pernambuco: evolução dos componentes do ICEC (valores em pontos) - jan/2020 a jun/2022 Fonte: CNC. Além disso, essa visão ocorre nos dois universos de empresas avaliados pela pesquisa da CNC: até 50 funcionários e 50 ou mais funcionários. Na comparação anual, com junho de 2021, o ICEC teve alta de 37,3%, com grande influência do subíndice que avalia a situação atual (ICAEC) em relação ao observado no mesmo período do ano anterior, que chegou ao patamar de 54,3 pontos em junho do ano passado e agora ultrapassou pela primeira vez os 100 pontos em junho deste ano. A avaliação quanto às expectativas para os próximos meses segue registrando o melhor desempenho entre os componentes do ICEC, tendo alcançado 146,3 pontos em junho. Com relação às intenções de investimento, estoques e contratação para os próximos meses, aumentou de 46,5% para 53,8% a parcela de empresários que pretendem realizar investimentos no negócio ao longo dos próximos três meses. Essa perspectiva é corroborada pela parcela de empresários que demonstram intenção de aumentar o quadro de funcionários no mesmo período (de 68,8% em maio 71,2% em junho). Pernambuco: empresários do comércio segundo as intenções para a contratação, investimento e estoque nos próximos três meses - junho/2021, maio/2022 e junho/2022 Intenções Jun/21 Mai/22 Jun/22 Contratação de Funcionários Aumentar muito o quadro 6,0 4,0 2,8 Aumentar um pouco o quadro 37,2 64,8 68,4 Reduzir um pouco o quadro 45,7 26,0 23,1 Reduzir muito o quadro 11,1 5,2 5,7 Nível de Investimento Muito maior 5,3 6,7 10,5 Um pouco maior 21,8 39,8 43,3 Um pouco menor 36,0 39,8 35,0 Muito menor 36,9 13,7 11,2 Situação Atual dos Estoques Adequada 55,4 67,7 65,5 Acima da adequada 30,8 22,8 23,2 Abaixo do adequada 13,8 9,0 10,9 Não sabe/respondeu 0,0 0,4 0,4 Fonte: CNC.

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Como a inteligência artificial afeta o seu trabalho?

Entenda em 5 passos que estão mudando o mercado dos profissionais de diversas áreas *Por Rafael Toscano Inteligência Artificial (IA) ainda é algo distante para a maioria de nós. O tema costuma chegar ao nosso conhecimento através de filmes em que algo muito errado acontece com uma inteligência suprema que foge do controle, ou ainda através de robôs futuristas exterminadores implacáveis que soltam bordões em espanhol. Entretanto, essa visão de Inteligência Artificial já não corresponde mais à realidade. De fato, há diversas questões em relação ao emprego da IA de forma ética e segura, mas a tecnologia está mais presente em nosso cotidiano do que podemos imaginar. É algo inovador e que vai modificar as relações de trabalho, trazendo à tona as características que nos destacam enquanto humanos. IA NÃO É ALGO NOVO Um primeiro ponto a ser esclarecido é que a IA não é algo novo. Desde a década de 1950 que os cientistas propuseram suas bases teóricas e os primeiros algoritmos. Dos primeiros modelos para cá, o que realmente mudou foi a popularização e o vertiginoso aumento de poder computacional das máquinas (desde sua geladeira ao supercomputador mais complexo). Por conseguinte, o poder computacional solidificou as bases para que a IA fosse de fato aplicada no mundo. IA É FEITA DE PADRÕES Inteligência Artificial pode até parecer extremamente complicado, mas não é nada mais do que um conjunto de técnicas que permitem a inferência de padrões em um conjunto de dados. Dessa forma, as máquinas podem aprender com a experiência, ajustando-se às novas entradas de dados para que executem tarefas. Basicamente, é um programa de computador que pode se comportar de forma flexível e adaptativa para executar coisas normalmente feitas por um humano. Isso inclui desde a emulação de sentidos humanos como ver, falar e ouvir, além de tarefas mais complexas, como realizar trabalhos mecânicos avançados ou ainda diagnosticar pacientes, por exemplo. A grande vantagem da IA é que os computadores podem analisar grandes conjuntos de dados com muita eficiência num intervalo de tempo extremamente curto, muito mais rápido do que nós, frágeis seres de carne e ossos. IA JÁ ESTÁ EM TODA PARTE Existe uma grande probabilidade de você estar lendo esse texto por recomendação do seu navegador, através da inferência dos seus padrões de busca e interesses nos últimos tempos. Isso porque a IA está inserida em cada centímetro da internet, nos aplicativos do seu smartphone, no seu aplicativo de streaming. Se você está recebendo atendimento on-line, existe uma probabilidade de 85% de você estar diante de um rôbo ou chatbot, ao invés de uma pessoa. Se estás procurando emprego, saiba que você já está previamente recrutado ou desqualificado para uma infinidade de vagas, só pelo fato de ter disponibilizado dados na grande rede de computadores. De forma invasiva ou sutil, a IA já está completamente inserida no nosso dia a dia, é um fato inegável e sem volta. IA JÁ MUDOU E VAI MUDAR AINDA MAIS AS RELAÇÕES DE TRABALHO/EMPREGO Desde a primeira revolução industrial, não faltaram tensões na relação entre inovação tecnológica e emprego. Em um período de introdução mais intensa de novas máquinas, equipamentos e formas de produção, observou-se uma drástica diminuição da geração de empregos e grande revolta por parte dos que perderam suas funções. Hoje pode até parecer absurdo, mas não foram raros os casos de destruição e queima de equipamentos, como os teares de manufatura de tecidos. Nesta turbulenta passagem de século, com o advento da globalização financeira, crescente desregulação dos mercados e rápidas transformações tecnológicas, novas tensões foram geradas ou tensões antigas ganharam ainda mais força, e com a revolução trazida pela IA não seria diferente. Há de se convir que ao mesmo tempo que o emprego da IA tem o poder de destruir nichos, produtos, modelos econômicos e empregos, também possui grande capacidade de criar novas demandas e necessidades. Por conseguinte, atividades econômicas e novos tipos de empregos, agora mais especializados e menos mecânicos. IA PRECISA DAS HUMANIDADES A Inteligência Artificial é de fato algo fantástico, mas possui severas limitações. É inconteste que a IA está melhorando a forma como lidamos com problemas complexos, mas é igualmente verdade que a IA ainda falha naquilo que nos diferencia enquanto humanos, as nossas humanidades. Se tomamos por exemplo, as atividades de um agente de vendas. Este profissional provavelmente gasta muito do seu precioso tempo realizando tarefas que seriam melhores executadas por máquinas, tais quais: prospecção de clientes potenciais, envio de e-mails, atualização de informações em tempo real, geração de relatórios, etc. Restando para este vendedor todo um material emocional e criativo, a construção de relacionamentos e o desenvolvimento das humanidades. Em suma, sem sombra de dúvidas, as habilidades técnicas permanecerão em voga no futuro do trabalho, mas, pelo emprego da IA, em muitos casos isso será papel secundário em relação às habilidades pessoais e outras humanidades que nos diferenciam criticamente das máquinas. Criatividade, inteligência emocional, comunicação, e colaboração serão as habilidades do futuro, em paralelo com as benécias do emprego da IA. Finalmente fica o alerta (e a oportunidade) trazido pela reflexão do comediante e educador Murilo Gun: “Se você trabalha como uma máquina, provavelmente você pode ser substituído por uma”. Aproveitemos então o emprego da IA para nos aproximar ainda mais das nossas humanidades. Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

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Aumenta presença de empresários brasileiros nos Estados Unidos

Redução de restrições em relação à covid, oportunidades de green card e incentivos fiscais são fatores de atração para novos negócios Cada vez mais empresários e empreendedores brasileiros estão fazendo as malas para dar adeus ao Brasil e começar uma nova vida nos Estados Unidos. De acordo com dados da agência americana de incentivo a novos negócios (USAID) mais de 1.400 companhias e startups foram fundadas ou adquiridas por brasileiros desde 2016. De pequenas lojas, franquia de restaurantes, escritórios imobiliários e até filiais de multinacionais, a presença dos empresários do Brasil na Terra do Tio Sam nunca foi tão marcante. O êxodo de empreendedores brasileiros para a América não chega a ser uma novidade, mas impressiona pelos números atuais. Segundo Câmara Americana de Comércio (American Chamber), somente na Flórida, estado americano com a maior quantidade de imigrantes do Brasil, foram registradas novas patentes para mais de 800 produtos e empresas brasileiras desde 2020. Academias de artes marciais, salões de beleza, bares especializados em culinária brasileira e comércio de roupas estão entre os negócios mais frequentes e, quase sempre, mais rentáveis.  A redução de restrições no país em relação à pandemia também pode ser um sinal de esperança para novos negócios, possibilitando mais abertura. Apesar da exigência da apresentação do comprovante de vacinação para visitantes turistas ou que vão fazer negócio, desde o último domingo (12), já passou a ser liberada a entrada para cidadãos americanos sem a necessidade de apresentar o teste de covid 19. “Não faltam incentivos do governo americano para atrair empreendedores brasileiros; ao começar pelo maior deles: o green card, que concede direito a residência legal nos Estados Unidos. Somente neste ano fiscal, o Serviço de Cidadania e imigração (USCIS) disponibilizou 300 mil vistos de imigrantes e categorias específicas de green card para estrangeiros qualificados por suas carreiras, emprego ou que desejam investir e levar seus negócios para o país” observou Marcelo Gondim, advogado de imigração que atende milhares de clientes brasileiros em processos de green card.  Ainda de acordo com Marcelo: “o mais importante para o empresário interessado nos Estados Unidos é desenvolver um bom plano de negócios, que crie empregos e seja benéfico para o mercado de trabalho e economia americana, justificando assim porque a Imigração poderia lhe conceder um green card”.  Mas além do green card, existem outros fatores nos EUA que seduzem os empresários brasileiros. Dependendo da área onde a sede da empresa for estabelecida, podem ser concedidas isenções de impostos estaduais e até federais. O país também abriga diversas agências não-governamentais e associações de comércio que estimulam novos negócios, concedendo empréstimos e, dependendo do caso, fornecendo incentivo financeiro e parcerias diretas.   “Os empresários brasileiros encontram nos EUA a possibilidade de viver em um país que oferece mais segurança, qualidade de vida, oportunidade de gerar receita em moeda forte, leis de trabalho desburocratizadas e impostos mais justos; uma realidade bem mais recompensadora do que aquela que vivem no Brasil. Sem dúvidas, a presença do empreendedorismo e das empresas brasileiras irá se intensificar ainda mais nos próximos anos” – concluiu Marcelo Gondim, que também é fundador da Gondim Law Corp, escritório de direito imigratório localizado em Los Angeles, Califórnia.  Nos últimos 10 anos, (2012 a 2022), aproximadamente 14 mil vistos de imigrantes (green card) ou de trabalho temporário nos EUA foram emitidos para pessoas nascidas ou residentes em Pernambuco. O Estado nordestino é a sexta região do Brasil que mais envia imigrantes legais para os EUA, sendo superado somente por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Brasília e Rio Grande do Sul.

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Banco Central projeta crescimento de 1,7% do PIB para 2022

Previsão anterior, divulgada em março, era de 1% (Da Agência Brasil) O Banco Central (BC) projetou, para 2022, alta de 1,7% do Produto Interno bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A previsão anterior, divulgada em março, era de um crescimento de 1%. A revisão foi apresentada hoje (23) pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Abry Guillen, em coletiva de imprensa que contou com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto. O anúncio foi uma prévia do relatório trimestral de inflação, adiado para o dia 30, devido à greve de servidores do órgão. De acordo com nota do BC, há expectativa de “arrefecimento da atividade no segundo semestre” em decorrência dos “os efeitos cumulativos do aperto monetário; da persistência de choques de oferta; e das antecipações governamentais às famílias para o primeiro semestre”. Guillen cita como principais componentes da demanda doméstica a alta no consumo das famílias e o recuo dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF). InflaçãoO BC aumentou as projeções para a inflação nos próximos três anos. Para 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado passou dos 6,3%, previstos em março, para 8,8%, nesta projeção de junho. O centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano está em 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2023, ano em que a meta está em 3,25%, o BC projeta inflação de 4%, ante aos 3,1% divulgados em março. Já para 2024, ano em que a meta definida pelo CMN está em 3%, as projeções passaram de 2,3% para 2,7%. CredibilidadePerguntado se a credibilidade do sistema de metas de inflação poderia ser afetada, em meio ao cenário de incertezas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse trabalhar também com uma “meta secundária de suavização, olhando um pouco o balanço de tudo que fizemos e o balanço de riscos que existe hoje, e como isso influencia as decisões futuras”. “Temos comunicado que estamos perseguindo um número ao redor. E temos dito que não é 4%. É menos de 4% [em 2023]. Obviamente, todas relações de trocas entre alta de juros e suavização do ciclo – entendendo onde a taxa de juros tem de chegar e entendendo também as relações de troca entre o ritmo de subida e a taxa terminal, e quanto a taxa tem de ficar no nível terminal – tudo é levado em consideração”, argumentou. “O horizonte relevante é 2023, e o ao redor da meta é abaixo de 4%. Claro que caso chegue a 4% teremos de atuar, mas uma variação de + 0,1 ou +0,2, para um lado ou outro nesse ambiente de incerteza, não tem um valor esperado tão positivo. É mais claro delinear uma estratégia, olhar um prazo de horizonte relevante e delinear uma estratégia”, completou. Matéria alterada, às 15h50, no quarto parágrafo para esclarecer informação sobre os investimentos.

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Em busca de diversidade no mercado de trabalho

Segundo pesquisa recente, 33% das empresas no Brasil não contratariam pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia No mês em que se destaca a conscientização e se reforça a importância do respeito e da promoção de equidade social e profissional de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais, assexuais, etc, o mercado de trabalho brasileiro ainda encontra resistência para diversificar o seus quadros. De acordo com pesquisa divulgada em 2021, Center for Talent Innovation, 33% das empresas no Brasil não contratariam pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia. E os números não param por ai: 41% dos funcionários LGBTQIA+ entrevistados pela pesquisa afirmam que já sofreram algum tipo de discriminação em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero  dentro do ambiente de trabalho. A pesquisa Santo Caos, também do ano passado, mostra que 61% dos funcionários desse grupo no Brasil preferem esconder de colegas e gestores a sua orientação sexual por receio de represálias e possíveis demissões. Segundo o advogado Lucas Freitas, do escritório Renato Melquiades Advocacia, as empresas devem entender que um time de colaboradores diverso faz bem para o ambiente de trabalho. “A empresa que estimula a diversidade entre seus colaboradores obtêm resultados excepcionais, sobretudo pela criação de um clima organizacional mais cooperativo, respeitoso e estimulante, o que favorece o aumento da criatividade organizacional. Em outros termos, quanto mais diversificada a equipe, maior o número de ideias autênticas e criativas apresentadas para as questões relevantes da empresa”. Já na questão de discriminação dentro do ambiente, a lei é clara. Freitas explica que o colaborador que se sentir discriminado pode procurar os seus direitos. “Caso haja comprovação de eventual discriminação no do meio ambiente de trabalho por prática de dirigente ou outro representante da empresa, ela poderá ser condenada, pelo Poder Judiciário, ao pagamento de indenização por danos morais, de acordo com os preceitos da CLT. Eventual omissão da empresa, já que possui dever legal de coibir qualquer discriminação no ambiente de trabalho, também pode ensejar indenização por danos extrapatrimoniais aos empregados discriminados”, pontuou.

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Aneel reajusta bandeiras tarifárias em até 64%

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o novo reajuste das bandeiras tarifárias, que incidem na conta de luz em caso de escassez hídrica ou qualquer fator que aumente o custo de produção de eletricidade. Os aumentos irão de 3,2% a 63,7%, dependendo do tipo da bandeira. Os aumentos não encarecerão as contas de luz porque, desde abril, a bandeira tarifária está verde, quando não ocorre cobrança adicional. Os valores entrarão em vigor em 1º de julho e serão revisados em meados de 2023. Segundo a Aneel, a alta reflete a inflação e o maior custo com as usinas termelétricas em 2022, acionadas em momentos de crise hídrica. Confira os novos valores das bandeiras tarifárias: Bandeira verde: sem cobrança adicional;Bandeira amarela: +59,5%, de R$ 18,74 para R$ 29,89 por megawatt-hora (MWh);Bandeira vermelha patamar 1: +63,7%, de R$ 39,71 para R$ 65 por megawatt-hora (MWh);Bandeira vermelha patamar 2: +3,2%, de R$ 94,92 para R$ 97,95 por megawatt-hora (MWh). Desde 16 de abril, vigora no Brasil a bandeira verde, quando foi antecipado o fim da bandeira de escassez hídrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a bandeira verde será mantida até dezembro, por causa da recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano.

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Cris Rosenbaum feira

Feira na Rosenbaum aporta em Pernambuco em julho

Consolidada nacionalmente, a Feira na Rosenbaum traz para o público pernambucano o melhor do design autoral do Brasil e acontece no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda  A Feira na Rosenbaum aporta em Pernambuco em julho e em novo local, o charmoso Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda. Cris Rosenbaum assina a curadoria e o arquiteto Diogo Viana a produção local do evento, que vai reunir artistas e artesãos, desde comunidades criativas tradicionais até designers independentes de todo o país para expor “a alma brasileira”. Os amantes das criações autorais com identidade singular já podem se agendar, a Feira na Rosenbaum acontece nos dias 1°, 02 e 03 de julho. “Esse ano optamos pelo Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, um lugar incrível que foi totalmente requalificado e transformado em um grande centro de arte e cultura. É um espaço de 6 mil m2, uma área perfeita e confortável para expositores e visitantes”, revela Cris Rosenbaum.  A Feira na Rosenbaum é um encontro que recebe desde comunidades criativas tradicionais do Brasil a artistas e designers contemporâneos. Tudo isso em uma atmosfera de casa aberta, com música, sons, cheiros e cenários. Durante os três dias, o encontro contará também com apresentações musicais da cena local e projetos de gastronomia, disponíveis aos visitantes.  Em formato de plataforma criativa, a Feira na Rosenbaum leva ao público criações autorais que ajudam a contar e promover a rica diversidade cultural, em uma atmosfera multissensorial, que inclui uma narrativa visual, sabores, música, cheiros, cenários e encontros. São objetos, jóias e acessórios, roupas, mercearia, além de cheiros e aromas. “Minha curadoria passa pela identidade dos trabalhos, o que eles têm para contar. Na Feira as pessoas podem encontrar artistas e designers que venho conhecendo ao longo desse tempo, e também parcerias frutos dos encontros proporcionados por esse movimento, que são, para mim, o maior motivo de celebração dentro dessa rede que conseguimos criar juntos", explica a curadora. Com DNA para o apoio e promoção de comunidades criativas tradicionais, por meio do Instituto Socioambiental (ISA), o projeto completa 10 anos em 2022, com edições  especiais em outras grandes importantes cidades brasileiras, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, Recife e Florianópolis, além das tradicionais edições da Feira na Rosenbaum em São Paulo. 

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