Arquivos Economia - Página 176 De 407 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Serviços crescem 2,5% em Pernambuco após três meses seguidos de queda

Do IBGE Pernambuco teve alta de 2,5% no volume de serviços em novembro de 2021 na comparação com o mês anterior, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada ontem (13) pelo IBGE. É o quarto melhor índice do Brasil, atrás apenas de São Paulo (4%), Santa Catarina (3,7%) e Sergipe (3%). O resultado também interrompe uma sequência de três meses seguidos de queda no setor. No Brasil, o resultado foi ligeiramente inferior ao do estado: 2,4%. Na comparação entre novembro de 2021 e o mesmo período do ano anterior, Pernambuco teve alta de 9% no volume de serviços, abaixo da média nacional, de 10%. Já a variação acumulada no ano foi de 10,5%, ligeiramente inferior à média brasileira (10,9%). Na variação acumulada de 12 meses, a tendência foi semelhante: a alta de Pernambuco foi de 9,1%, menor do que a nacional, de 9,5%. Entre as atividades de serviços abrangidas pela PMS, os Serviços prestados às famílias tiveram a maior expansão em novembro de 2021 em comparação ao mesmo período do ano anterior, com alta de 25,7%. O segmento inclui, por exemplo, hotéis, bares, academias e salões de beleza, negócios mais dependentes do atendimento presencial. O setor é o que tem resultados mais expressivos desde o último mês de abril, por conta do avanço da vacinação contra a covid-19. Os Serviços profissionais, administrativos e complementares subiram 14%, enquanto os Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio avançaram 10,9%. Já os Serviços de informação e comunicação tiveram alta de 5,4%. Apenas a categoria Outros serviços, que inclui a compra, venda e aluguel de imóveis, atividades de apoio à agricultura, à pecuária e gestão de resíduos sólidos, teve queda (-21,7%). Quando se compara a variação acumulada em novembro de 2021 com o mesmo período do ano anterior, os Serviços prestados às famílias também estiveram na frente, com 43,7%, mas os Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio passaram para o segundo lugar, com avanço de 10,3%. Serviços profissionais, administrativos e complementares (9,2%), Serviços de informação e comunicação (3,2%) e Outros serviços (0,4%) completam a lista. A mesma ordem das atividades de serviços se repete na variação acumulada de 12 meses, com Serviços prestados às famílias (34,2%) na frente, seguido pelos Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (9,2%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (9%), Serviços de informação e comunicação (2,5%) e Outros serviços (0,8%). Na contramão do Brasil, índice de atividades turísticas em Pernambuco registra queda de 1,1% O índice de volume de atividades turísticas em Pernambuco sofreu queda de 1,1% em novembro de 2021 na comparação com o mês anterior. É o menor percentual entre as 12 localidades pesquisadas, empatado com o Espírito Santo. Mais dois estados tiveram índices negativos: Bahia (-0,4%) e Santa Catarina (-0,2%). O Brasil, por outro lado, registrou alta de 4,2%. Quando se compara novembro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, Pernambuco está em oitavo lugar entre os estados pesquisados, com aumento de 24,4% nas atividades turísticas de janeiro a novembro de 2021. O resultado é ligeiramente inferior ao nacional, que registrou alta de 25,5%. Os outros dois estados nordestinos pesquisados, Bahia e Ceará, tiveram avanço superior, de 44,5% e 28,1%, respectivamente. No entanto, na variação acumulada do ano, Pernambuco ficou na segunda posição, com 42,7%, atrás apenas da Bahia (49,3%). O índice do Brasil, por sua vez, subiu 21,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, as duas primeiras posições se repetem, tendo a Bahia na liderança, com 39,4% e Pernambuco em segundo lugar, com alta de 33,9%. No Brasil, o aumento foi de 13,9%.

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Aumenta aposta no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Nordeste

Empreender em meio a pandemia é um grande desafio, mesmo em um dos mercados que mais cresce como o setor de HPPC (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), cuja demanda cresceu 73% em um ano. Não é a toa que o Brasil tem se destacado atingindo um faturamento de 29,62 bilhões de dólares nos últimos cinco anos, de acordo com dados da Euromonitor. “Com a pandemia vieram as restrições, o medo, a apreensão e a desconfiança. Porém, as pessoas perceberam que precisavam investir em si mesmas e, com isso, surgiram diversas alternativas com os protocolos de segurança. Com a flexibilização, o mercado de beleza precisou unir forças para movimentar negócios e estimular marcas, empresas, empreendedores e profissionais locais”, comenta a executiva Bruna Miranda, diretora da pernambucana Autonor Empreendimentos, empresa responsável pela organização de importante eventos voltados ao setor. Com isso, o segmento registrou aumento médio de 10% ao mês ao longo do segundo semestre de 2021 e, de acordo com previsão da Goldstein Research, espera-se que o setor tenha uma taxa de incremento até 2023 mesmo em meio a pandemia. E, consequentemente, muitas pessoas almejam apostar, inclusive no Nordeste, como a Korban Professional, Tyrrel Professional e a Dejavu Professional que estão reforçando negócios na região. “Percebemos que novas empresas e empresas de peso estão apostando na região com foco na expansão de negócios, acreditando jos profissionais que já estão ou nas muitas pessoas que almejam atuar no mercado de beleza e estética. Isso reforça o posicionamento do setor e do Nordeste neste cenário”, destaca Bruna, que dirige o Outlet da Beleza e a Hairnor – Feira da Beleza. Apesar do cenário desafiador nos últimos dois anos para o mercado de beleza, que engloba salões, barbearias, clínicas de estética, esmalterias e spas, a retomada dos negócios realmente tem deixado empresários e marcas empolgadas e, por isso, estão se adequando a novas realidades para atender profissionais com atendimentos presenciais restritos e residenciais. “Nosso cliente atualmente precisa se virar para atender a nova demanda que é o público que deseja passar menos tempo em salão ou fazer o tratamento em asa e, por isso, foi essencial para nós da DEJAVU criar linhas de tratamento para essas circunstâncias”, esclarece Cátia Cardoso, fundadora da empresa gaúcha que despontou pela primeira vez na Hairnor realizada em novembro de 2021, no Centro de Convenções de Pernambuco. Para isso, a empresária apostou em um mix completo de tratamento marcado pelo conceito de glamour para um público que busca produtos com uma pegada mais internacional com tecnologia de alto desempenho, cuidado aos fios e perfume. “Esse consumidor final está em busca dos melhores cuidados e também de uma experiência sensorial em um produto de durabilidade. Por isso, temos todo o composto em tratamento para quem deseja trabalhar mechas no cabelo (com descolorante como o Super Blanc) e quem precisa deixa-lo mais saudável (com cronograma em casa), que atuam em menos tempo e não mexem na estrutura dos fios”, enfatiza Cátia. Desta forma, o mercado está se ajustando ao reaquecimento e se adaptando para conseguir atender as novas demandas do público direto e do consumidor final. E, consequentemente, essas novas soluções e movimentação trazem novas perspectivas para toda cadeia produtiva que envolve indústrias, revendedoras, distribuidoras e profissionais como barbeiros, cabeleireiras, esteticistas e manicures. “Tudo isso contribui para a geração de negócios e incremento de todo o setor que, depois de um ano de estagnação do mercado na pandemia, pode criar expectativas fortes de recuperação”, diz Bruna Miranda, que comemora, neste sentido, o sucesso da última edição da Hairnor. Depois de um hiato de um ano, a Hairnor 2021 chegou com um mix assertivo de possibilidades para os profissionais, empresários e visitantes e o resultado foi bastante positivo para todos. Com 300 expositores, a 11ª Feira da Beleza do Nordeste reuniu milhares de pessoas e proporcionou a oportunidade para cerca de 150 caravanas de diversas cidades de Pernambuco e estados como Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e até Maranhão e Piauí. Articulada com apoio de parceiros como o Sebrae, esses profissionais puderam conferir a variedade de lançamentos e a ampla programação de atividades de orientação e dicas aos participantes e visitantes do evento. Em contrapartida, estimulou o volume de negócios na casa dos R$ 25 milhões e a geração de 4500 empregos diretos e indiretos. “A feira foi muito positiva para um retorno de pandemia, uma vez que caiu em pleno feriado. E, por isso, já há muita gente confirmando e aumentando espaço de estande para esta edição de 2022, além daqueles expositores que optaram por voltar com força total apenas este ano”, frisa Bruna. Agora, as movimentações já estão sendo feitas para a feira ocupar todo o pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco, juntamente com o mezanino, entre 04 a 06 de junho de 2022.

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Menos de 30% dos veículos de Pernambuco contam com algum tipo de seguro

O mercado de seguros, com exceção dos seguros de Saúde e DPVAT, registrou um crescimento de 41,1% em 2021 com relação a 2020. O equivalente a uma arrecadação de R$ 24,7 bilhões. O período de comparação foram os meses de maio dos dois anos. Os dados são da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg). De acordo com a análise mensal realizada pela entidade, intitulada Conjuntura CNseg nº 49, de julho de 2021, o seguro Automóvel, responsável por mais de 40% do segmento, avançou 14,1% no mês de maio, sobre o mesmo mês do ano anterior (2020). No acumulado do ano, a arrecadação do seguro Automóvel avançou 5,8%. De acordo com o Ministério de Infraestrutura, a frota nacional estava formada por 109.342.158 veículos de diferentes tipos, até maio. Já no último levantamento feito em outubro, este número passou dos 110 milhões. Em Pernambuco, a frota é de aproximadamente 3,4 milhões de veículos. Porém, segundo várias pesquisas, menos de 30% dos veículos que circulam no país contam com algum tipo de cobertura. No cenário atual, as possibilidades de crescimento do mercado de seguros para veículos são enormes, visto que quase 70% desses veículos sem cobertura são veículos que podem ser segurados. Diante deste cenário, garantir uma boa cobertura para o veículo deve ser tão importante quanto pagar outras despesas de começo de ano. É o seguro de carro que garante ao motorista mais segurança em casos de furto, roubo, colisões, pneus furados, vidros quebrados, reboque, entre outros. De acordo com a diretora da Parvi Corretora, Maria Carmelita, as empresas precisam oferecer boas condições e segurança para os clientes. “Além do seguro para automóveis, nós ainda oferecemos seguros para a residência do cliente e seguro de vida. Prestamos atendimento especializado 24h, diversidade de produtos e uma rede de fornecedores para não deixar o nosso assegurado na mão na hora em que ele mais precisar”, disse. Um público que sempre é beneficiado quando contrata um seguro para auto é o feminino e os idosos. As seguradoras traçam perfis de menor incidência de sinistros e já constataram que mulheres e idosos têm uma frequência menor de acionamento do seguro tornando a apólice mais barata. Confira seis motivos para começar o ano contratando um seguro Automóvel: Incluir o seguro no planejamento financeiro anual - No fim do ano é comum que os consumidores façam o seu planejamento financeiro do ano seguinte. Afinal, logo no início desse novo ciclo há uma série de contas para pagar. Seguro de vida, materiais escolares, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), viagem de férias, IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores); Garantir segurança para todos da família - Com o uso maior do veículo no período das férias, também aumentam as chances de sinistros: acidentes, pane elétrica, pneu furado e outros. Por isso é tão interessante começar o ano com um seguro auto; Estar precavido contra prejuízos em casos de acidentes - Acidentes de trânsito podem acontecer e gerar prejuízos. Com o seguro auto o consumidor conta com o auxílio da seguradora. Na hora de contratar o seguro, é bom verificar o tipo de cobertura que ele oferece. Geralmente, os planos protegem o veículo contra colisão, capotamento e aquaplanagem. Também é possível contratar proteção contra acidentes naturais, como deslizamentos de terra e enchentes; Roubos e furtos - No fim e começo de ano, é comum que as pessoas se distraiam. Isso devido ao clima de festividades e bem-estar que o Natal e Ano Novo trazem. Essa distração, porém, também favorece furtos e roubos — o que torna, mais uma vez, uma ótima opção a contratação de um seguro auto; Danos a terceiros - Quando um motorista é culpado pela colisão, é direito do outro ter seus danos ressarcidos. Se o dono do carro culpado pela batida é segurado, a seguradora arca com os prejuízos de ambos. Para isso, é preciso que o indivíduo conte com a chamada cobertura de Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos (RCF-V). Quando o carro não é segurado, ou se não possui a RCF-V, o motorista culpado precisa tirar os valores do próprio bolso; Assistência 24 horas - Ao contratar a assistência 24h de um seguro de carro, o usuário pode contar com os mais diferentes auxílios para o seu veículo. Como no caso de pane seca, pane elétrica, problemas mecânicos ou o estouro do pneu. Muitas seguradoras também oferecem carro reserva, evitando que o consumidor fique “a pé”. Mas é importante, na assinatura da apólice, consultar o corretor para tirar todas as dúvidas, principalmente, em situações em que o assegurado precise acionar o seguro e pagar do próprio bolso para depois ser reembolsado pela seguradora.

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Início de ano: gastos adicionais devem ser administrados para não prejudicar orçamento 

Férias e matrículas escolares, seguros, despesas acumuladas de Fim de Ano e tributos como IPTU, IPVA e DPVAT são algumas das situações que geram gastos adicionais para o início de ano. Apesar de conhecidos, esses fatores podem prejudicar o orçamento familiar, principalmente se somados ao aumento da percepção na intenção de consumo dos pernambucanos, avaliado pela Fecomércio-PE, em dezembro. Saber administrar esses momentos é o primeiro passo para uma saúde financeira saudável.  A criação de um hábito de consumo programado é um importante fator para controlar e organizar o orçamento no início do ano. “É possível transformar a nossa relação com o dinheiro através da educação financeira. Somos bombardeados com um consumo compulsivo e isso não significa que é para ficar sem comprar, pelo contrário. Conseguimos identificar o que é um desejo real quando organizamos as ideias e colocamos essas despesas em um plano geral” explica Sandra Bradley, gerente de Captação da Sicredi Recife.  No entanto, a grande maioria dos brasileiros, 97%, diz ter dificuldade em lidar com o próprio dinheiro e quase metade da população, 49%, evita até mesmo pensar nas finanças para não ficar triste, segundo estudo realizado em parceria com o instituto de pesquisa Datafolha, que ouviu mais de dois mil brasileiros em todo o pais. Esses números mostram como a educação financeira se faz necessária no país, para além dos gastos excessivos de início de ano.  A dica para começar a administrar bem as finanças é anotar tudo, seja em uma caderneta ou em um documento digital, permitindo a visualização das receitas e despesas no orçamento. A partir dessa informação é possível definir um valor, que deve ser depositado mês a mês, para a criação de uma reserva de emergência.  “Dinheiro não é para investir ou guardar apenas quando está sobrando. Salvar um pedacinho do salário é bom para criar o hábito de se planejar. É uma forma de mudar nossa relação com o tabu da saúde financeira estável e saudável. Estudos mostram que o ideal é ter uma reserva de emergência de 6 a 12 salários ou do nosso custo fixo”, informa Sandra.  As reservas financeiras são, antes de tudo, importantes para gastos imprevistos e planejamentos de itens ou serviços de alto valor. Desta forma, os gastos de início de ano já devem estar incluídos no orçamento do primeiro trimestre, gerando uma compensação na redução do consumo durante o período.

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Inflação do Grande Recife em 2021 foi de 10,42%, quase o dobro de 2020

Do IBGE O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana do Recife teve alta de 1,05% em dezembro, acelerando levemente em comparação a novembro, quando a variação positiva foi de 1,02%. Este foi o segundo resultado mais alto para o mês entre as 16 localidades pesquisadas, atrás apenas de Rio Branco (AC). O Grande Recife, por outro lado, teve inflação superior à do Brasil (0,73%) no período. Os dados foram divulgados nesta terça (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já no acumulado de todo o ano de 2021, a inflação da Região Metropolitana do Recife ocupa a oitava posição na lista das capitais e regiões metropolitanas pesquisadas, com 10,42%, percentual superior ao nacional (10,06%). No acumulado de 2020, a inflação para o Grande Recife havia sido de 5,66%, enquanto, no Brasil, o IPCA também havia sido menor, de 4,52%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, todos tiveram alta em dezembro de 2021 na RMR. O maior avanço ficou, pela primeira vez no ano, com o segmento de Vestuário (3,09%), seguido pelos Artigos de residência (2,6%), saúde e cuidados pessoais (1,52%) e despesas pessoais (1%). No entanto, grupos que pressionaram a inflação em outros meses desta vez tiveram altas inferiores a 1%. Foi o caso da Habitação, que subiu 0,95%. Comunicação teve alta de 0,83%, acompanhada pelos Transportes (0,67%), Alimentação e bebidas (0,65%) e Educação (0,2%). Já no acumulado do ano, os Transportes dispararam na frente, com alta de 21,86% entre janeiro e dezembro de 2021, impulsionada pelos seguidos reajustes no preço dos combustíveis. Habitação, pressionada pelo gás de cozinha e pela bandeira vermelha na energia elétrica residencial, ficou em segundo lugar, com 13,18%. Os Artigos de residência (11,28%) estão na terceira posição do ranking, acima do índice geral de inflação para o período. Dentro desse grupo, os videogames, os refrigeradores e as TVs tiveram os maiores reajustes, devido ao aumento da demanda, à escassez de matéria-prima para componentes eletrônicos em todo o mundo e à variação cambial. A lista fica completa com Alimentação e bebidas (9,22%), Vestuário (8,86%), Despesas pessoais (5,8%), Saúde e cuidados pessoais (3,82%), Educação (3,57%) e Comunicação (2,23%). O produto ou serviço que teve aumento mais expressivo no IPCA da Região Metropolitana do Recife em dezembro de 2021 foi a cebola (36,42%), seguido pelo óleo diesel (15,08%). As duas mercadorias também ocuparam a mesma posição no mês anterior. Na sequência, estão duas frutas: a laranja-pera (13,2%) e o mamão (9,2%), junto com os perfumes (8,61%), a maçã (8,43%), o seguro voluntário de veículo (8,08%), o café moído (7,84%) e o transporte por aplicativo (7,46%). Os brinquedos registraram avanço de 6,43% e completam a lista de dez itens com maior alta. No acumulado de todo o ano de 2021, o produto com maior reajuste de preço no Grande Recife foi o café moído (58,02%). Em seguida, estão o óleo diesel (49,91%), etanol (49,04%) e a gasolina (46,09%). Os combustíveis em geral tiveram uma forte alta ao longo dos últimos 12 meses, de 46,29%. O açúcar cristal (34,49%), a macaxeira (34,25%), a margarina (34,09%) e o fubá de milho (33,74%) também tiveram aumento considerável. O gás de botijão ocupa a décima posição no ranking, com aumento de 31,18% de janeiro a dezembro de 2021. Já os produtos/serviços com maiores reduções no preço em dezembro de 2021 estão ligados ao grupo de alimentação e bebidas. A maior retração ficou por conta da batata-inglesa (-6,78%), o tomate (-4,51%), o coentro (-4,25%) e o arroz (-4,19%). O segmento outras bebidas alcóolicas, que inclui, por exemplo, o vinho, teve retração de 3,41% no mês, além do leite longa vida (-3,36%), do alho (-3,3%) e da farinha de arroz (-3,25%). Quando se considera o acumulado de 2021, a maior queda de preço foi verificada na uva (-23,54%), seguida pelo arroz (16,28%), pela maçã (-12,02%), pelos cereais, leguminosas e oleaginosas em geral (-9,17%), além da batata-inglesa (-8,63%), da carne de porco (-8,56) e do coentro (-8,36%). SOBRE O IPCA Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de outubro a 29 de novembro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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Governo abre licitação para a concessão do Centro de Convenções de Pernambuco

Da Secretaria de Turismo de Pernambuco O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) e da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), publicou ontem (11), no Diário Oficial do Estado, edital do processo licitatório para a concessão do Centro de Convenções de Pernambuco - Cecon. A concessão prevê que sejam elaborados e executados projetos necessários à administração, operação, manutenção, exploração comercial e modernização do equipamento por um prazo de 35 anos. Com a finalidade de desenvolvimento da infraestrutura turística de Pernambuco, é prevista a exploração da área interna e externa do Cecon, com adoção de medidas de sustentabilidade, acessibilidade, modernização predial e requalificação. O contrato inclui a presença obrigatória de fornecedores locais na lista de prestadores de serviços a ser constituída pelo futuro concessionário para interessados em realizar eventos no Cecon. “Pernambuco, especialmente o Recife, já dispõe de grande vocação para o turismo de negócios, sendo líder do Nordeste neste segmento. Com a concessão, o equipamento será modernizado, além de gerido de forma mais competitiva, fomentando o setor, gerando emprego e renda para o Estado”, pontua o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. “Trata-se de uma concessão de uso, onde a Empetur, como Concedente, exigirá o cumprimento de obrigações e metas do Concessionário em prol do desenvolvimento do turismo de negócios, além da melhoria do equipamento sem investimento de recursos públicos”, comenta o presidente da Empetur, Antonio Neves Baptista. O projeto de concessão desenvolvido pelo Programa de Parcerias Estratégicas, vinculado à Seplag, para a implantação do projeto, aponta uma série de vantagens a partir da mobilização de investimentos e recursos privados. “Haverá ganhos de eficiência decorrentes da implementação de processos de manutenção e operação pela futura concessionária. O contrato determina os objetivos que se pretende atingir e atribui a cada um os riscos e obrigações dos envolvidos. Com a concessão, o privado trará novos mecanismos de fomento e promoção em busca da maior utilização do equipamento, proporcionando ganhos diretos para o Estado em termos de turismo e compartilhamento de receitas com o setor público”, explica o secretário executivo de Parcerias e Estratégias, Marcelo Bruto. Entre as intervenções que devem ser realizadas, estão a implantação de uma usina fotovoltaica e iniciativas relacionadas à eficiência energética e hídrica; a preparação da área para receber eventos externos; a implantação de divisórias articuladas para possibilitar até três eventos simultâneos e implantação de novas salas multiuso e de eventos híbridos, com implementação de tecnologias. Também estão previstas revisão geral e modernização das instalações prediais, a revitalização do acesso principal ao Cecon, a implantação de uma área de alimentação e a modernização do mobiliário e da sinalização do equipamento. A sessão pública da concessão será realizada de maneira inovadora. Pela primeira vez o Estado de Pernambuco fará na B3, em São Paulo, no dia 28 de março próximo, com outorga onerosa inicial de aproximadamente R$ 4,7 milhões, além de outorga variável de 5% incidente sobre o faturamento obtido pelo concessionário - valores que serão repassados à Empetur -, que oscila de acordo com o atendimento dos indicadores de desempenho previstos no negócio. Ou seja, vence a licitação a maior oferta de preço. Está previsto investimento inicial de R$ 28,7 milhões nos primeiros 36 meses da concessão, com projeção financeira de R$ 541 milhões na operação em 35 anos. Poderão participar da licitação empresas nacionais ou internacionais que atendam aos requisitos de qualificação especificados no edital, que está disponível nas páginas eletrônicas www.licitacoes.pe.gov.br e www.setur.pe.gov.br/web/setur/empetur1. Outras informações: (81) 3182-8249.

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Shopping da RMR promovem ações de desconto durante o mês de janeiro

No Camará Shopping, a terceira edição do Saldão de Verão já está atraindo os consumidores. No mall, as lojas estão com promoções de até 70% em diversos produtos. De acordo com a gerente de Marketing, Ângela Rodrigues, a expectativa é aumentar o fluxo de clientes em cerca de 12%. José Carlos Poroca, superintendente do mall, demonstra confiança no aumento das vendas para este ano. "As vendas das operações do Camará, em 2022, serão maiores em relação aos anos de 2021 e 2020. Essa é a nossa expectativa", informou o gestor. No último trimeste de 2021, o centro de compras recebeu seis novas operações. Além disso, existe a prospecção para a captação de um mix mais amplo neste ano. "Hoje, empregamos diretamente mais de 1.000 pessoas. Trouxemos várias marcas importantes, temos a agência da Caixa que atende clientes de todas as faixas, estamos ampliando a oferta de serviços (já temos lotérica, clínicas, cartório, caixas eletrônicos) e pretendemos fortalecer o mix com operações dos mais variados segmentos", concluiu Poroca. Além do Camará, o Shopping Costa Dourada também está promovendo o tradicional Liquida Verão entre os dias 14 e 20 de janeiro. A ação conta com produtos com até 70% de desconto em diversos segmentos. Para os pais em busca de material escolar, as lojas contam com promoções especiais com o objetivo de atender a demanda de início de semestre letivo. Além disso, há baixa de preços nos itens de moda, beleza, alimentação e mais. Já no centro do Recife, o Shopping Boa Vista reúne descontos que possibilitam que o consumidor adquira um produto por até metade do preço. No mall, marcas como a Melissa, Boticário, Loja Cristine, entre outras, contam com reajustes nas vitrines de até 60%. Além das vitrines, os consumidores também podem acompanhar as promoções nas redes sociais do centro de compras. No Recife Outlet, em Moreno, os estoques para o início de 2022 foram reforçados. No local, mais de 70 lojas, com marcas nacionais e internacionais como Diesel, Guess, Levis, Tommy Hilfiger, Calvin Klein, Kipling, Aramis, Crocs, Hering, entre outras, irão oferecer descontos que vão de 20% a 70% neste mês de janeiro.

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Setor solar atraiu investimentos de R$ 21,8 bilhões em 2021

Da Absolar Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) aponta que 2021 foi um ano de novos recordes para o setor solar fotovoltaico no Brasil. O segmento atraiu mais de R$ 21,8 bilhões em investimentos em 2021, incluindo as grandes usinas e os sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O resultado representa um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2020 no País. De acordo com a entidade, os investimentos de 2021 criaram mais de 153 mil novos empregos no Brasil, espalhados por todas as regiões do território nacional. Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 66,3 bilhões em negócios e gerou mais de 390 mil postos de trabalho. Em 2021, as contratações cresceram 65% em relação aos empregos acumulados até o final de 2020 no País. Em termos de capacidade de geração de energia elétrica limpa e renovável, o Brasil possui atualmente 13 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte (geração centralizada) com os médios e pequenos sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos (geração distribuída), o que já representa quase a mesma potência instalada na usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e segunda maior do planeta. Segundo a ABSOLAR, o País saltou de 7,9 GW ao final de 2020 para 13 GW ao final de 2021, crescimento de 65%, mesmo em meio a um ano desafiador de pandemia global. Em 2021, o mercado solar fotovoltaico proporcionou mais de R$ 5,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, acréscimo de 52% em relação ao total arrecadado até o final de 2020 no País. No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 4,6 gigawatts (GW) de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 2,4% da matriz elétrica do País. Em 2021, a solar continuou sendo uma das fontes mais competitivas entre as fontes renováveis nos Leilões de Energia Nova, com preços-médios abaixo dos US$ 30,90/MWh. Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam R$ 23,9 bilhões. No segmento de geração distribuída, são 8,4 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 42,4 bilhões em investimentos, R$ 10,6 bilhões em arrecadação e mais de 251 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento. O Brasil possui mais de 720 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade a cerca de 900 mil unidades consumidoras. Ela está presente em todos os Estados brasileiros, sendo os 5 maiores em potência instalada, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina. Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa, agora, o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. A fonte solar já ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros fósseis, que representam 9,1 GW da matriz elétrica brasileira. “Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado solar ainda pequeno e muito aquém de seu potencial. Há mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém menos de 1% faz uso do sol para produzir eletricidade”, afirma Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR. Segundo o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil, inclusive ajudando na retomada sustentável da economia, por ser a fonte renovável que mais gera emprego e renda no mundo. “A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País. O setor solar fotovoltaico trabalha para acelerar a expansão renovável da matriz elétrica brasileira, a preços competitivos. Somos a fonte renovável mais barata do Brasil e ajudaremos o País a crescer com cada vez mais competitividade e sustentabilidade”, aponta Sauaia.

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Mercado financeiro volta a diminuir previsão de crescimento em 2022

Da Agência Brasil O mercado financeiro diminuiu mais uma vez a previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano. As projeções constam do segundo boletim Focus de 2022, que aponta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,28%, ante os 0,36% projetado na primeira semana do ano. O boletim, divulgado pelo Banco Central (BC), reúne a projeção do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Na última semana de 2021, a previsão do mercado era de um crescimento de 0,42% e, há quatro semanas, a previsão era de 0,50%. O mercado também reduziu a previsão de crescimento do PIB - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - para 2023, de 1,8% para 1,7%. Há quatro semanas, a projeção era de crescimento de 1,9%. Em 2024, a projeção do mercado financeiro se manteve estável em relação à semana anterior, com expansão do PIB em 2%. No boletim divulgado hoje, o mercado manteve em 4,5% a previsão do PIB para o ano de 2021. Há quatro semanas, a previsão era de um crescimento de 4,71%, em 2021. Para 2022, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação das duas últimas semanas, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficando em 5,03%. Já para 2023, o mercado reduziu a expectativa de inflação para 3,36%, ante os 3,41% da semana passada. Em 2024, a previsão é mesma da semana passada com inflação em 3%. Para 2021, a previsão para o IPCA, considerado a inflação oficial do país, também variou para baixo, de 10,01% para 9,99%. É a quinta redução depois de 35 semanas consecutivas de alta da projeção. Selic e câmbio A previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2022, aumentou em relação ao projetado na semana passada, passando de 11,5% para 11,75% ao ano, no boletim divulgado hoje. Atualmente a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), está em 9,25% ao ano. Para a próxima reunião do órgão, em fevereiro, o Copom já sinalizou que deve elevar a taxa em 1,5 ponto percentual. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 8% ao ano, a mesma previsão da semana passada. E para o fim de 2024, a previsão é de Selic em 7% ao ano, projeção que repete a da semana anterior. A expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 também se manteve igual ao projetado na semana passada, ficando em R$ 5,60. Já para os próximos dois anos, a projeção do mercado é de alta no câmbio. Para 2023, a previsão da cotação do dólar subiu de R$ 5,40 para R$ 5,45. Para 2024, a projeção passou de R$ 5,30 para R$ 5,39. (Da Agência Brasil)

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Vencer o medo será o grande desafio de 2022

Desemprego em massa, aceleração da inflação, dólar em ascensão, previsão de recessão, déficit público crescente, ameaça de nova onda da pandemia, agravamento da desigualdade educacional, aumento da pobreza e da fome. Esses são apenas alguns elementos do cenário para o próximo ano. Se tudo isso não bastasse, ainda teremos eleições em clima ideológico desagregador, transformando 2022 em mais um ano decisivo para o futuro do Brasil. Já vivemos outras situações como a que se desenha para 2022. Em 1989, a disputa eleitoral Collor-Lula dividiu o Brasil. Em 1990, ocorreu o chamado “confisco”, quando cerca de 80% do dinheiro em contas bancárias foi retido como proposta de conter a inflação. Em 1992, foi a vez do processo de desgaste e, em seguida, do impeachment de Collor, que deixou o Brasil em compasso de espera por quase 12 meses. Em 2002, o medo voltou sob a expectativa da vitória de Lula (PT) nas eleições contra Serra (PSDB). A principal ameaça era a descontinuidade do Plano Real. O temor não se concretizou, mas gerou um ambiente de incerteza por todos os lados. Mais recentemente, tivemos o embate Dilma-Aécio, em 2014, seguido pelo impeachment de Dilma, em 2016, que provocou uma recessão nos anos seguintes. Em 2018, a eleição de Bolsonaro criou um clima permanente de “guerra ideológica” e, desde 2020, vivemos uma pandemia que matou mais de 615 mil pessoas. A questão é que viver sob o medo altera nossa forma de pensar e agir. O psicólogo William Von Hippel, autor do livro A Evolução Improvável (Editora Harper Collins, 2018), mostra que a dose certa de medo preserva a vida e estimula a busca por soluções inteligentes. Por outro lado, quando em excesso e de forma sistemática, nos deixa mais sujeitos à procrastinação das decisões, à paralisação da evolução e, principalmente, à manipulação. Sob o domínio do medo, a tendência é adiarmos nossas decisões. Somos tomados pelo clima do “tudo vai dar errado”. Desde sair de casa, para não contrair o coronavírus, até diminuir o consumo, pelo temor da perda do emprego. Esse comportamento atinge diretamente a economia: menor consumo leva ao baixo crescimento, que não gera emprego, diminui a renda e aumenta a pobreza. Um círculo vicioso difícil de ser quebrado em um ambiente de dúvidas. Mais grave que a procrastinação, o medo também leva à paralisação. Temas importantes que afetam o futuro são, com frequência, postos de lado, tanto no plano do indivíduo quanto no coletivo. Deixamos de construir o futuro para pensar apenas na sobrevivência do presente. Um exemplo é a paralisação de reformas — política, administrativa, tributária — no Congresso Nacional. Prisioneiros do medo da não renovação dos mandatos, os políticos atropelam o debate das pautas importantes para o Brasil com medidas e negociações eleitoreiras. Juntas, a procrastinação e a paralisação nos fazem ter a sensação de que estamos indo em direção ao caos. De que nada avança e que precisamos de ações firmes e imediatas para nos tirar dessa situação. Aí entra outra consequência de viver sob o medo: a porta aberta à manipulação. Nesse momento, estamos mais propensos a aceitar transgressões morais e legais em nome da “salvação”. De uma maneira geral, tais medidas — que em situação normal não seriam colocadas à mesa, nem mesmo aceitas — se tornam uma opção tentadora. Isso nos leva, mais uma vez, a priorizar o curto prazo e não enxergar as verdadeiras ações. Os nazistas, por exemplo, usaram a falsa ameaça de invasão pela Rússia e a grave crise econômica para corromper a democracia alemã e transformá-la em ditadura, que ocasionou a Segunda Guerra Mundial. Aqui no Brasil, em 1937 e em 1964, foi a manipulação política do medo da falsa Intentona Comunista e do apoio da União Soviética à Cuba que resultou no Estado Novo e no Golpe Militar, respectivamente. Para não repetirmos o lado negativo da nossa história, chegou a hora de permitir que nosso racional entre em ação para ajudar a definir o futuro. Como apontado por William Von Hippel, não devemos nos abater pelo cenário de incertezas e dar espaço à procrastinação, à paralisação, à manipulação. Devemos usar o medo na medida certa para estimular nossa capacidade de compreender, aprender e criar o futuro desejado. Até porque, como a história também mostrou, o medo passa e a vida continua.

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