Arquivos Economia - Página 20 De 392 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Porto de Suape lança pedra fundamental do novo Terminal de Contêineres

Investimento de R$ 1,6 bilhão vai gerar 300 empregos diretos e reduzir emissões de carbono O Governo de Pernambuco e o Ministério de Portos e Aeroportos lançaram, nesta sexta-feira (22), a pedra fundamental do primeiro terminal de contêineres 100% eletrificado da América Latina, no Porto de Suape. O empreendimento, a ser instalado pela APM Terminals, do conglomerado dinamarquês Maersk, contará com um investimento de R$ 1,6 bilhão e será um marco em sustentabilidade portuária. Além de movimentar 400 mil TEUs anualmente em sua primeira fase, o terminal poderá alcançar até 1,3 milhão de TEUs no futuro. Com previsão de ocupação de cerca de 50 hectares, o terminal utilizará apenas motores elétricos para movimentação de cargas, eliminando o uso de óleo diesel e reduzindo a pegada de carbono do Porto de Suape. "É uma mudança de jogo importante. Vamos receber navios que vão usar combustíveis do futuro e dentro do próprio terminal tudo será movido a motores elétricos", afirmou Guilherme Cavalcanti, secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco. O empreendimento vai gerar cerca de 300 empregos diretos e 2 mil indiretos, consolidando Pernambuco como um polo logístico estratégico para o Brasil e o mundo. Leonardo Levy, diretor de investimentos da APM Terminals para as Américas, destacou o potencial da região: "Ao investir em Suape, investimos no crescimento de Pernambuco e do seu povo. Com a expansão que teremos no porto, Pernambuco se posiciona como um grande parceiro da rede logística do Brasil". A prefeita de Ipojuca, Célia Sales, anunciou incentivos fiscais para viabilizar o projeto, com descontos de 50% no IPTU e 60% no ISSQN até 2033, somando R$ 144,5 milhões em benefícios fiscais. O terminal reforça o compromisso do Porto de Suape com a inovação e a sustentabilidade, fortalecendo sua posição como hub logístico do nordeste.

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Licitação para duplicação da BR-232 é anunciada em Pernambuco

Projeto abrange 264,9 km entre São Caetano e Serra Talhada, com início previsto para 2026 O Governo de Pernambuco anunciou, nesta sexta-feira (22), a abertura de licitação para os projetos de duplicação e restauração da BR-232, no trecho entre os municípios de São Caetano, no Agreste, e Serra Talhada, no Sertão. Os editais serão publicados no Diário Oficial do Estado neste sábado (23). O projeto faz parte do PE na estrada, maior programa de infraestrutura rodoviária já realizado no estado, com um investimento total de R$ 5,1 bilhões. O projeto será executado em dois lotes. O primeiro abrangerá 108,9 quilômetros entre São Caetano e Arcoverde, enquanto o segundo contemplará 156 quilômetros entre Arcoverde e Serra Talhada. A previsão é de que os projetos sejam concluídos em até dez meses, permitindo que as obras comecem no primeiro semestre de 2026. Além de melhorar a mobilidade, a duplicação da BR-232 trará benefícios para as cadeias produtivas, otimizando a eficiência logística e promovendo o desenvolvimento regional. Segundo o secretário de mobilidade e infraestrutura, Diogo Bezerra, "o principal é ter um norte para onde queremos caminhar. Por muito tempo, a falta de projetos estruturais impactou de forma negativa o desenvolvimento do estado. Com o projeto em mãos, nós iremos buscar recursos e fazer essa grande entrega para a população". Os editais completos estarão disponíveis no Diário Oficial do Estado.

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A interiorização da educação superior e o impacto sobre a economia sertaneja

*Por Geraldo Eugênio A expansão do ensino médio e superior para o interior do País aconteceu em 2004 no primeiro mandato do presidente Lula e é um movimento digno de admiração. Em todo o País foram abertas 14 universidades federais, mais de 120 campi, e centenas de campi dos institutos federais que passaram a oferecer ensino de nível médio e superior. Raros são os países que em pouco mais de uma década ampliaram a oferta de vagas à sua juventude, como o Brasil. A interiorização da educação superior, porém, foi questionada por alguns. Vamos então analisar cada uma das críticas: 1 - Estudantes do interior não seriam tecnicamente preparados para ingressarem em uma universidade. Com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), ocorreu uma mudança no acesso à universidade. Apesar dos alunos que ingressavam estarem mais qualificados, por terem obtido melhores notas, o diferencial é a motivação. Para a maioria dos jovens do interior entrar numa universidade pública era o sonho que os pais e toda a família alcançaram através dele. Na metade do curso os estudantes do interior das áreas agrárias, em particular, estão tão bem ou mais bem qualificados do que os jovens da capital. Há também exemplos edificantes do desempenho de jovens médicos quando expostos à seleção para residentes em escolas e hospitais exigentes. 2 - Haveria uma superoferta de profissionais formados não passíveis de absorção pelo mercado. O fato é que com a economia dos municípios do interior, mesmo os mais longínquos, estando aquecida, a demanda por pessoas qualificadas aumentou e o aproveitamento dos egressos em áreas como comércio, administração, economia, contabilidade, sistemas de informação tem permitido dizer que a procura seja superior à oferta. As escolas têm feito a sua parte em incentivar a aproximação entre a academia e os empresários e, de forma especial, a inserção do jovem na empresa como estagiário, trainee ou bolsista. 3 - Faltaria qualificação técnica às novas escolas, uma vez que a região não contava com professores pós-graduados e os formados em grandes centros não estariam dispostos a ocupar as vagas abertas. Os investimentos em treinamento de jovens pesquisadores e professores foi intenso nas últimas décadas, permitindo o preenchimento das vagas em qualquer modalidade por profissionais qualificados. Apesar da taxa de fixação ainda ser menor do que se espera, centenas de jovens professores têm o semiárido como sua opção de vida afetiva, profissional e familiar. 4 - A infraestrutura das cidades não comportaria uma expansão acelerada com o número de colaboradores e alunos que demandariam por habitações, escolas, hospitais, comércio, comunicação, logística. A primeira vez que estive em Serra Talhada foi em 1977. A rodoviária do Recife era no Cais de Santa Rita. A empresa que opera a linha desde então era a Progresso, com seus ônibus Mercedes Benz, com o motor na traseira, emitindo calor e ruído. Ao chegar em Serra, onde não existia terminal rodoviário, o ponto de parada era um bar. A cidade tinha poucas opções de restaurante, de comércio e o telefone era algo tão escasso que aqueles que trabalhavam aqui, mas eram de outras cidades usavam o posto telefônico, que contava com o bom atendimento de duas irmãs sempre amáveis e educadas. O lazer semanal era a missa na igreja matriz seguindo-se dos desfiles das jovens a mostrar a beleza e o que tinham de melhor em termos de moda. Aos jovens ainda não comprometidos cabia sentar-se em uma mesa do Morumbi ou de uma barraca em frente à atual agência do Banco do Brasil e esperar um sinal que lhe autorizasse estabelecer um contato e, em sendo bem-sucedido, iniciar um namoro. Hoje, há um consenso entre o povo de Serra Talhada que a instalação da UFRPE-UAST atraiu novos investimentos em educação, dinamizou o mercado imobiliário, demandou novos serviços, um comércio dinâmico, restaurantes, bares, clínicas, hospitais e, em menos de 20 anos, o que e vê é uma cidade que oferece um padrão de vida que não deixa nada a desejar das grandes cidades ou da capital. Com a expansão das escolas, universidades e institutos praticamente consolidada, surge um problema positivo que é a inserção dos egressos no mercado de trabalho. O desafio é cultivar a esperança de jovens que chegaram à universidade, que agora necessitam do suporte de agentes bancários, instituições de fomento, associações de classe e da própria escola para torná-los jovens empresários e empreendedores capazes de acelerar o desenvolvimento regional. O fato é que a educação faz e fará de modo ainda mais intenso a diferença entre o que significa uma região estagnada e outra próspera. *Geraldo Eugenio é professor titular da UFRPE-UAST (Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada).

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Serviços no Brasil avançam, mas Pernambuco registra queda em setembro

Volume de serviços no estado aponta retração, enquanto índice nacional segue em alta Em setembro de 2024, o volume de serviços no Brasil apresentou crescimento de 1% em comparação ao mês anterior, mantendo o avanço observado em períodos anteriores. Em comparação a maio, o aumento foi de 1,7%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE. Esse resultado sinaliza uma retomada no setor, que vinha de uma ligeira queda de 0,4% em agosto. No entanto, o setor em Pernambuco enfrentou um cenário oposto, registrando um declínio de 1% em relação a agosto, impactando o crescimento acumulado anual. O turismo, componente significativo para o setor de serviços, também teve resultados mistos em setembro. O índice de atividades turísticas no Brasil cresceu 0,5%, com o Rio de Janeiro se destacando devido a grandes eventos, como um festival musical. No entanto, em Pernambuco, o turismo mostrou retração de 2% em relação ao mês anterior, embora acumule alta de 3,1% no ano. Esse desempenho reforça o desafio para o setor turístico estadual de sustentar o crescimento em meio a variações mensais. Óticas Diniz amplia presença em Pernambuco com nova unidade em Olinda A Óticas Diniz, maior rede de óticas com capital 100% nacional e mais de mil unidades no Brasil, inaugurou uma nova loja no Mix Matheus Peixinhos, localizado na avenida Presidente Kennedy, nº 3092, no bairro de Peixinhos, Pernambuco. Esta abertura fortalece a presença da marca na região e marca o início da gestão de Thiago Falcão à frente da unidade, profissional com duas décadas de experiência no setor óptico. O mercado de saúde, beleza e bem-estar, que inclui o segmento óptico, apresentou um crescimento expressivo em 2024, alcançando mais de R$ 14 bilhões em faturamento no primeiro trimestre, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Este avanço representa um aumento de 24,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, destacando a força e o potencial do setor no país. Sodiê Doces inaugura primeira loja em Caruaru e expande presença no Nordeste A Sodiê Doces, maior rede de bolos artesanais do Brasil, inaugurou sua primeira loja em Pernambuco, na cidade de Caruaru, no dia 8 de novembro. Localizada na Avenida Professor José Leão. Com essa abertura, a franquia fortalece sua atuação no Nordeste, onde já conta com 14 lojas em estados como Alagoas, Bahia e Ceará. Com um ambiente acolhedor e design moderno, a nova loja oferece um cardápio com mais de 80 sabores de bolos, além de doces, salgados e bebidas exclusivas. “Estamos felizes em fazer parte da Sodiê Doces, trazendo produtos de alta qualidade para a cidade”, comenta o proprietário Humberto Moura. A loja funcionará de segunda a sábado, das 10h às 19h, e aos domingos e feriados, das 10h às 15h. iFood e Sebrae/PE promovem evento para fortalecer pequenos negócios no Recife O evento "iFood Empreenda Recife", promovido pelo iFood em parceria com o Sebrae/PE, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Recife e a Abrasel/PE, reuniu pequenos e médios empreendedores do setor de alimentação na segunda-feira (11/11). Realizado na sede do Sebrae, na Ilha do Retiro, o encontro contou com palestras de especialistas e autoridades, incluindo Guilherme Paiva, head de Políticas Públicas do iFood, e a secretária Joana Portela Florencio, abordando temas como a regulamentação do trabalho por plataformas digitais e estratégias para otimizar os negócios. Guilherme Paiva destacou o impacto do iFood em Pernambuco, onde há 11 mil estabelecimentos parceiros, sendo 7 mil MEIs. Leonardo Carolino, gerente do Sebrae para a Região Metropolitana do Recife, afirmou que o evento foi fundamental para debater políticas públicas que promovam um ambiente favorável ao desenvolvimento dos pequenos negócios, essenciais para a economia local. Aeroporto de Petrolina espera alta de passageiros no feriado da Proclamação da República Para o feriado prolongado da Proclamação da República, entre 15 e 18 de novembro, o Aeroporto de Petrolina, administrado pela CCR Aeroportos, estima receber mais de 4.600 passageiros. Com a expectativa de 36 pousos e decolagens, a movimentação será intensa, e o terminal está preparado após reformas que ampliaram o conforto e a oferta de serviços, segundo Jamerson Vasconcelos, gerente do aeroporto.  “O Aeroporto de Petrolina está preparado para receber todos que passarem pelos nossos portões. A reforma entregue esse ano trouxe um terminal mais moderno e confortável, ampliou o leque de pontos comerciais e tornou a estadia ainda mais confortável para os viajantes. Seguimos trabalhando intensamente para que os passageiros embarquem e desembarquem com tranquilidade no sertão pernambucano”, afirma o gerente.

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SUMMIT Petrolina: evento impulsiona energias renováveis com oportunidades de negócios e networking

Encontro reúne investidores, especialistas e empresários para fortalecer o setor no Vale do São Francisco No dia 21 de novembro, Petrolina será palco do SUMMIT 2024, evento promovido pela Associação Pernambucana de Energias Renováveis (APERENOVÁVEIS). Com o Brasil em destaque global na transição energética, o evento acontecerá no Hotel Nobile Suítes Del Rio, das 14h às 21h, e contará com palestras, rodadas comerciais e momentos de networking, consolidando o Vale do São Francisco como referência no setor de energias renováveis. A programação trará palestrantes renomados, incluindo o engenheiro Vinicius Ayrão, especialista em sistemas fotovoltaicos e membro de várias comissões técnicas nacionais. Outro destaque será o advogado Lucas Pimentel, especialista em Direito de Energia e Regulatório, e Thiago Chinen, engenheiro da Canadian Solar e referência em soluções de armazenamento energético. A agenda reforça a importância de práticas inovadoras para a ampliação e eficiência da energia renovável no Brasil, que se comprometeu a aumentar significativamente sua capacidade até 2030. De acordo com Rudinei Miranda, presidente da APERENOVÁVEIS, o evento é "uma oportunidade de acesso às estratégias e conexões que vão transformar o futuro da energia". Miranda destaca o compromisso assumido pelo Brasil durante a COP 28 de triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030, uma meta crucial frente às mudanças climáticas. ServiçoEvento: SUMMIT PetrolinaData: 21 de novembro de 2024Horário: 14h às 21hLocal: Hotel Nobile Suítes Del Rio, Petrolina, PEInscrições: https://aperenovaveis.com.br/summit-2024/ (lote promocional até 17/11)Valor: R$ 100 a R$ 200

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Cenário atual de Pernambuco na internacionalização

*Por João Canto O Estado de Pernambuco tem uma importância histórica tanto em nível regional quanto nacional que não pode ser negada. Desde os primeiros períodos da economia brasileira, Pernambuco se destacou como um dos principais centros econômicos do país, o que o confere características de um estado cuja economia é dinâmica e diversificada em suas atividades. Ao longo de várias décadas, a econômica de Pernambuco apresentava resultados estatísticos que refletiam sua característica importadora. Ou seja, recorrentemente, as importações eram superiores às exportações, o que ilustrava que a economia local estava mais propensa a consumir materiais e produtos importados. Esta característica foi invertida a partir de 2014, conforme apresenta o gráfico abaixo. É possível verificar que o volume financeiro de exportações ultrapassou o volume de importações, se mantendo desde então. Atualmente, podemos considerar que Pernambuco se tornou um estado exportador, uma vez que as estatísticas apontam este perfil na ultima década. Figura – Formatação pelo Autor. Dados: Comexstat No histórico de Pernambuco, um dos grandes motivadores desta inversão da dinâmica de internacionalização é o inicio do polo automotivo em Goiana. O inicio da produção e exportação de veículos aumentou muito o volume financeiro das exportações em função do valor agregado dos carros, contribuindo fortemente na mudança radical da pauta exportadora. As empresas da cadeia automotiva já existente – e as que se instalaram ao longo da década – também contribuem fortemente no resultado. Outros setores produtivos também contribuem de forma importante na pauta exportadora, como produtos derivados de petróleo, químicos, vidros, baterias automotivas, cerâmicas, alimentos, frutas, entre outros além do açúcar – que já consta historicamente na pauta. Figura - Comexstat - https://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis/5/26 Um outro aspecto estatístico importante é a diminuição da participação no comercio exterior, iniciada em 2023. Segundo os dados do Comexstat / Quantum das Exportações, Pernambuco vem apresentando diminuição das exportações. No gráfico abaixo, fica clara a curva em movimento de baixa. Figura - Comexstat, Quantum das Exportações - https://balanca.economia.gov.br/balanca/IPQ/uf_mes.html Vários aspectos que incentivam as empresas a exportarem podem incluir o acesso a novos mercados, permitindo que as empresas ampliem sua base de clientes e potencializem suas vendas. Isso é especialmente relevante para negócios que podem saturar rapidamente o mercado interno, pois a exportação oferece oportunidades de crescimento em regiões e países diferentes. Outro fator importante é a diversificação de riscos; ao operar em mercados internacionais, as empresas podem reduzir sua dependência da economia local, minimizando o impacto de crises econômicas regionais. Além disso, a competição em mercados externos estimula as empresas a melhorar constantemente seus produtos e processos, aumentando a competitividade geral e promovendo inovação. Essa pressão pode levar a investimentos em pesquisa e desenvolvimento, resultando em produtos mais qualificados, não somente internamente na empresa exportadora como também na cadeia de fornecedores, melhorando todo um universo econômico ligado ao produto final. Outro aspecto relevante é a possibilidade de economias de escala, que permitem a redução de custos unitários com o aumento da produção. Isso não apenas melhora a margem de lucro, mas também possibilita que as empresas ofereçam preços mais competitivos no mercado internacional. Por fim, a exportação contribui significativamente para a valorização da marca, elevando sua reputação no cenário global e promovendo a fidelização de clientes, o que pode resultar em parcerias de longo prazo e um fluxo contínuo de receita. Nos últimos anos, o tema de exportação tem permeado várias das pautas governamentais e associativas, fomentando que as empresas busquem se internacionalizar. Os incentivos governamentais, como subsídios e programas de apoio ao comércio exterior, também são fundamentais, pois oferecem recursos e informações que facilitam o acesso a mercados internacionais. Esses fatores, combinados ou não, fazem da exportação uma estratégia atraente e essencial para o crescimento sustentável das empresas. PERNAMBUCO: MEIs e MPE Exportadoras: Segundo dados do levantamento da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX/MDIC (https://balanca.economia.gov.br/balanca/outras/porte/relatorio_porte.html), atualizado em 2024, apontam que a participação de MEI, micro e pequenas empresas nas exportações brasileiras representou um total de 41% do totais de empresas, contabilizando um total de 11.456 dos 28.524 de CNPJs exportadores. Em Pernambuco, no mesmo ano, a participação foi de 31%. Importante comentar que, em relação aos estados da Bahia, Ceará, e Paraíba, Pernambuco possui a menor participação de MEIs e MPEs nas exportações. O gráfico abaixo ilustra a diferença entre os estados, inclusive em relação à média nacional. Figura – Formatação pelo Autor. Dados: https://balanca.economia.gov.br/balanca/outras/porte/relatorio_porte.html Figura - Formatação pelo Autor. Dados: https://balanca.economia.gov.br/balanca/outras/porte/relatorio_porte.html Nota-se uma curva ascendente a partir de 2019, refletindo um movimento de crescimento na quantidade de empresas deste porte no quantitativo de exportadores em cada um dos estados apresentados. Em 2023, Pernambuco apresentou uma redução de 2% na participação de MEI e MPEs exportadores em relação ao ano anterior. *João Canto é vice-presidente do Iperid

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Administrar conflitos: uma realidade da liderança

Um dos principais papéis da liderança é, sem sombra de dúvida, administrar os diversos conflitos que surgem no dia a dia das empresas, já que quando não administrados adequadamente podem impactar diretamente no desempenho dos profissionais, no clima de trabalho e nos resultados empresariais. Com frequência, os líderes relatam dificuldade de lidar com essas situações e demandam, muitas vezes, soluções mágicas para eliminá-las. É preciso compreender que o conflito é inerente à vida, inclusive, das empresas e é um grande indutor de transformações e mudanças, portanto, não é possível eliminá-lo mas, sim, administrá-lo como matéria-prima da ação de qualquer liderança. Apesar de ser vital para o crescimento da empresa, lidar com conflitos gera muito desconforto e, em algumas situações, até sofrimento. Isso porque temos a fantasia de um ideal de harmonia impossível de ser alcançado e o entendimento equivocado de que conflitos significam brigas, por isso frequentemente as pessoas reagem com preconceito, negando ou tentando evitar. Esses comportamentos funcionam como uma espécie de mecanismos defensivos para se proteger. Porém, não tratar ou evitar situações de discordância, confronto de ideias e divergências não favorece o trabalho do líder, pelo contrário, tende à criação de sintomas (que são reações deslocadas dos conflitos) que surgem como atitudes de acomodação, desmotivação, falta de cuidado com a atividade desenvolvida, irritação, entre tantos outros, que podem gerar um descrédito em relação ao líder e maiores demandas de retrabalho, além de tensão no ambiente de trabalho. Mas, afinal, como o líder pode administrar essas situações? Primeiro, entender que qualquer coisa pode ser objeto de conflito (espaços físicos, atribuições confusas, estilos e competências diferentes, recursos etc.) e é a forma como cada um vivencia subjetivamente as situações que fará o conflito ser mais intenso ou não. Depois, admitir que há o conflito sem dramas ou omissões e criar um espaço seguro para que os envolvidos possam falar de suas percepções sem receio de serem punidos. Nesses momentos, o líder precisa ter disponibilidade para escutar, abertura para o diálogo e reforçar com todos a importância de tratar a situação de modo facilitador (sem acusações, afrontas ou desrespeito). É papel da liderança compreender adequadamente a natureza do conflito, o que está em jogo e procurar ser imparcial para facilitar a condução da situação na busca por soluções possíveis para a realidade da empresa, alinhadas às definições institucionais e que, de preferência, sejam construídas em conjunto. Quando o líder tornar uma prática tratar os conflitos e administrá-los bem junto à sua equipe, o resultado é sempre positivo, como uma maior maturidade do grupo, criação de vínculos de confiança, ampliação da autonomia dos envolvidos, além de um clima de trabalho mais saudável. *Carolina Holanda é sócia da TGI Consultoria

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"A eficiência na gestão municipal e capacitação na captação de recursos são fundamentais"

Presidente da Amupe e prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, fala dos desafios dos gestores municipais diante das consequências da Reforma Tributária e da reoneração da alíquota da Previdência Social. Também informa as iniciativas da associação para auxiliá-los nessas questões e nas ações que visam contribuir com a qualidade da gestão e com a obtenção de investimentos. Os municípios pernambucanos e brasileiros enfrentam uma série de desafios de gestão e de orçamento, conforme ex plicou Marcello Gouveia, presidente da Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco) e prefeito de Paudalho. Entre as preocupações que estão no radar das prefeituras, ele destacou a discussão da reforma tributária e as reonerações previdenciá rias, que impactam diretamente as finanças municipais e de mandam ajustes nas estratégias de arrecadação e gestão. Para enfrentar esses obstáculos, ele considera que é fundamental fortalecer o movimento municipalista brasileiro, bem como a própria capacitação dos gestores e de suas equipes, preparando-os para lidar com as complexidades fiscais e legais que afetam o trabalho das prefeituras. Além de discutir esses desafios, em entrevista ao repórter Rafael Dantas, o prefeito apresentou iniciativas da Amupe voltadas para o fortalecimento das administrações locais. A entidade também está implantando um setor de captação de recursos e planeja um núcleo de engenharia, que deve funcionar já no começo de 2025, para auxiliar municípios menores em obras de infraestrutura. Com essas iniciativas, a entidade busca não só otimizar a gestão pública, mas também ampliar o acesso a novas fontes de financiamento para atender às demandas da população. Nesta semana, em Gravatá, Gouveia espera receber aproximadamente 150 prefeitos, recém-eleitos ou reeleitos no Seminário Novos Gestores, nos dias 11 e 12. Diante dos 185 municípios pernambucanos, a adesão esperada ao evento, focado em capacitação, supera os 80% de representatividade dos gestores que estarão à frente das prefeituras do Estado a partir de janeiro de 2025. Hoje, o que o senhor apontaria como o maior desafio para a gestão dos municípios? O maior desafio ainda é a Reforma Tributária. Ela vai nortear os rumos do Brasil nos próximos 20 anos. Neste momento, a CNM (Confederação Nacional dos Municípios) e a Amupe estão de olho principalmente nos movimentos da aprovação das leis complementares da reforma. Outra preocupação central é a questão previdenciária. Ela permanece como um dos grandes de desafios, pois foi aprovado entre o ano passado e este ano a desoneração, mas também terá reoneração. É preciso aumentar a arrecadação dos municípios para conseguir pagar o acréscimo das reonerações nas previdências do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Outro desafio é para a capacitação e formação dos novos quadros e de gestores municipais para dar continuidade ao trabalho das prefeituras que estão encerrando seus ciclos. Como o senhor mencionou, algumas das bandeiras dos prefeitos são as dívidas previdenciárias e a desoneração da folha de pagamento dos municípios. Houve avanços e retrocessos nesse debate acerca das alíquotas pedidas pelos prefeitos. Como estão essas questões atualmente? A alíquota do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para os municípios caiu de 20% para 8%. Mas ela será reonerada a partir de 2025 de forma gradual. No ano que vem será 12%. Depois, em 2026, ela vai subir para 16%. A partir de 2027, essa alíquota vai retornar aos 20%. Então, será uma reoneração da contribuição previdenciária distribuída nos próximos anos. Isso é um grande desafio para os municípios. Neste ano tivemos uma melhor condição nas arrecadações relativas ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e um aumento do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) que nos deu condição de gerirmos as prefeituras de uma maneira mais equilibrada. Mas, os municípios precisam encontrar formas de aumentar as suas arrecadações para dar continuidade ao trabalho dos prefeitos atuais, atendendo às demandas da população que afetam diretamente na qualidade de vida dos municípios. O Seminário Novos Gestores, da Amupe, que acontecerá nesta semana, tem como um dos objetivos capacitar o prefeito e a sua equipe. Quais são as demandas que eles enfrentam na gestão e que requerem capacitação? A capacitação é necessária em todos aspectos. Um exemplo: muitos prefeitos têm origem na iniciativa privada, como é o meu caso. Eu vim do ramo da construção civil. Quando chegamos na prefeitura, temos boa vontade, sabemos o que queremos fazer na gestão, mas temos que enfrentar amarras legais sobre o que pode ser feito e como precisa ser feito. Então, é importante desenvolver essas capacitações em diversas áreas, de forma até transversal. O gestor precisa estar preparado para gerir a saúde, a educação, compreender a Lei de Responsabilidade Fiscal, são muitos temas. Então é importante ter uma visão geral da gestão municipal. Além de contribuir para a capacitação, que resultados vocês esperam obter com a realização desse congresso com os prefeitos? Há estimativa de quantas pessoas estarão presentes? O nosso principal foco nesse evento é formação e capacitação, bem como o fortalecimento do movimento municipalista. Este ano, é um momento de apresentar a Amupe aos novos gestores que foram recém-eleitos. Nossa expectativa é receber 150 prefeitos. A Amupe é uma instituição que se aproxima de cinco décadas de atuação no Estado. Quais os serviços ou apoios que ela oferece aos municípios? O principal serviço da Amupe é representar os municípios em causas que eles não conseguem enfrentar sozinhos. Pautas em que é preciso uma ação coletiva. Por isso, a Amupe, em Pernambuco, e a CNM, no País, trabalham em causas junto ao Congresso Nacional, ao Governo do Estado, ou mesmo aos órgãos de controle. É uma atuação representativa dos gestores municipais. Embora representem todos os municípios, é uma atuação que tem um foco maior nas pequenas cidades? Atendemos aos pequenos e médios municípios mas as conquistas que buscamos atendem a todos, como foi o exemplo da redistribuição do ICMS em Pernambuco, que atendeu os maiores e menores. A conta que foi proposta é feita pela arrecadação per capita. Isso foi um pleito que partiu da Amupe. Nenhum município sozinho lutando obteria êxito. Essa representatividade é nesse sentido. É nesse sentido que estamos também no Congresso Nacional,

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Pequenos negócios, porém exportadores: mercado internacional no horizonte

Apesar das barreiras para levar seus produtos e serviços para o exterior, na última década mais empresas pernambucanas de pequeno porte começaram a atuar no mercado internacional *Por Rafael Dantas Já imaginou circular em Buenos Aires em um veículo fabricado em Goiana, comprar uma frutinha num supermercado norte- -americano que foi colhida em Petrolina ou mesmo encontrar uma toalha de mesa confeccionada em Salgadinho em uma loja portuguesa? Mesmo com uma economia ainda um tanto fechada, Pernambuco, desde 2014, exporta mais do que importa. Embora o maior volume e faturamento envolvido nesses números seja das grandes empresas, há um movimento para estimular os pequenos negócios a também acessarem o mercado global. Direto da pequena cidade de Salgadinho, no Agreste Pernambucano, que tem menos de 6 mil habitantes, Letícia Martins comemora a primeira exportação da CoopMulheres (Cooperativa de Costura Bordado e Confecção de Salgadinho). Com a marca Fios de Ouro, lençóis, guardanapos, toalhas e fronhas atravessaram o Oceano Atlântico para entrar na vitrine de uma loja portuguesa. As peças bordadas chegaram a ser expostas também em Paris. “Fizemos a primeira exportação neste ano. Nossa expectativa é de fazer mais. Conseguimos enviar nossos produtos a partir de uma consultoria e da parceria com outra empresa. Não tem como comparar o mercado. Além do faturamento, é uma venda importante para que essas mulheres sintam a importância do bordado delas saindo do interior do Estado”, afirmou Letícia, que é presidente da cooperativa que reúne 20 cooperadas e gera serviço para aproximadamente 30 bordadeiras. A entrada das peças bordadas no mercado português permite a venda dos produtos por uma margem bem maior que a praticada em Pernambuco, além de representar um portfólio importante para a CoopMulheres. “Tivemos uma pequena mostra em Paris, em um desfile, dos nossos produtos. Nossa ideia agora é de expansão, ganhar o mercado de hoteis de luxo com os produtos de cama, mesa e banho, além de acessar lojas de artesanato que valorizam a cultura brasileira”, conta Letícia. De acordo com dados da Secex/MDIC (Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), os MEIs, micro e pequenas empresas pernambucanas representam em 2024 quase um terço (31%) do total de corporações que fazem exportações no Estado. Apesar de percentualmente ser um número relevante, a verdade é que a minoria dos negócios locais conseguem ultrapassar as fronteiras, especialmente quando comparados a outros estados da região e à média nacional. “Neste mesmo ano, 2024, a participação de MEI, micro e pequenas empresas nas exportações brasileiras representou 41% do total de empresas, contabilizando 11.456 dos 28.524 CNPJs exportadores. Importante comentar que, em relação aos Estados da Bahia, Ceará, e Paraíba, Pernambuco possui a menor participação de MEIs e MPEs nas exportações”, compara João Canto, vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia). Os números são também da Secex/MDIC. Apesar disso, a tendência dos últimos anos foi de avanço. Em 2023, último ano fechado, 91 empresas desse porte (MEIs, micro e pequenas) do Estado faziam exportações. Em 2019, antes da pandemia, apenas 50 dessas empresas tiveram a experiência de levar seus produtos made in Pernambuco para fora do País. Entre 2018 e 2023, a tendência, portanto, foi de aumento da participação dos pequenos negócios. “Nota-se uma curva ascendente a partir de 2019, refletindo um movimento de crescimento na quantidade MEI, micro e pequenas empresas no quantitativo de exportadores”, afirmou João Canto. A única exceção nesse período foi justamente entre os anos de 2022 e 2023, quando a presença de empresas desse porte nas exportações teve uma oscilação negativa de 2%. A falta de cultura exportadora e as dimensões do mercado nacional são alguns dos fatores que justificam que as empresas locais tenham menos ambição de chegar ao consumidor internacional. “O que se percebe é que os pequenos negócios não têm uma cultura exportadora. Eles entendem que as exportações são mais para grandes empresas, não veem o mercado externo como uma oportunidade, mas é uma excelente oportunidade para vários segmentos”, avalia Jussara Siqueira, analista do Sebrae-PE. O que também acaba desestimulando investir no mercado internacional é o fato de o próprio Brasil oferecer enormes possibilidades de consumo interno. “Normalmente, esses pequenos produtores quando querem estar além de Pernambuco acabam comercializando para outros Estados do Nordeste ou mesmo outras regiões dentro do País. Isso contribui para que a cultura exportadora não seja tão buscada”. Para quem já atravessou as fronteiras, vencer as barreiras burocráticas de acesso aos principais mercados do mundo é um dos fatores relevantes. “As pequenas empresas locais enfrentam várias barreiras para exportar, incluindo o conhecimento limitado sobre os processos de exportação e os requisitos legais, o que torna difícil a adaptação às normas internacionais”, afirma a coordenadora do CIN (Centro Internacional de Negócios) da FIEPE (Federação das Indústrias de Pernambuco) Sthefany Miyeko. Além disso, a própria exigência de padrões de produção e certificações entra no pacote de desafios a serem superados para quem deseja ver seus produtos saindo do Brasil. “Essas empresas têm acesso restrito a financiamentos e apoio financeiro, o que compromete os investimentos necessários para adequar seus produtos aos padrões exigidos por mercados externos. Essa adequação a normas e certificações internacionais exige investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Por fim, os altos custos logísticos impactam diretamente a competitividade dos produtos no exterior, tornando mais difícil competir em mercados distantes”, reforça Sthefany Miyeko. O diretor de gestão estratégica do NTCPE (Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco), Wamberto Barbosa, afirma que o Brasil tem uma grande participação na importação no seu setor, mas a exportação ainda é muito pequena. “Essas empresas historicamente encontram obstáculos em acessar o mercado exportador por questões de dificuldade de logística, gestão, infraestrutura e capital para investimento”. Ele destacou ainda que as legislações do setor têm elevado as exigências para acessar o mercado internacional. “Isso, sem dúvida, é mais um desafio para o mercado brasileiro”. BENEFÍCIOS INTERNOS E POTENCIALIDADES O primeiro benefício mais óbvio para quem consegue exportar é aumentar o faturamento, especialmente conquistando maiores margens de lucro se

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Pernambuco consolida balança comercial positiva, mas registra queda nas exportações

Setor automotivo e produtos derivados ainda lideram exportações, enquanto Argentina se torna principal destino *Por Rafael Dantas Pernambuco está prestes a completar uma década com uma balança comercial positiva. As operações da Stellantis e dos sistemistas do pólo automotivo são fundamentais nesse cenário.  “No histórico de Pernambuco, um dos grandes motivadores desta inversão da dinâmica de internacionalização é o inicio do polo automotivo em Goiana. O início da produção e exportação de veículos aumentou muito o volume financeiro das exportações em função do valor agregado dos carros, contribuindo fortemente na mudança radical da pauta exportadora”, destacou João Canto. Além da exportação de automóveis, outros protagonistas dessa pauta exportadora são os produtos derivados de petróleo, químicos, vidros, baterias automotivas, cerâmicas, alimentos, frutas, entre outros, além do tradicional açúcar. No entanto, as exportações no Estado após atingirem o pico em 2022 estão em queda desde então. Apesar disso, o saldo comercial segue positivo, devido a uma queda também nas importações. “As importações vêm caindo desde 2022, de fato. Entre 2023 e 2022, a queda foi de 11%. Em 2024, o dado projetado em relação a 2023 é de uma nova baixa de 8,7%”, afirmou João Canto, vice-presidente do Iperid. Entre 2016 e 2023, houve um aumento também do número de players entre as  médias e grandes empresas no Estado. “Houve um leve crescimento, de 181 empresas em 2016 para 203 em 2023. Embora o crescimento seja menos expressivo que nas pequenas empresas, ele reflete uma possível expansão industrial”, afirma a coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEPE, Sthefany Miyeko. Mesmo com um número total de exportadores no Estado de aproximadamente 300 empresas, Urbano Nóbrega, da Agência Condepe-Fidem destaca que o volume de negócios está concentrado em pouquíssimos setores. “Os principais itens da nossa pauta são os óleos combustíveis, os veículos passageiros, açúcar e melaços, além das frutas. Nesses quatro grupos de produtos estão mais de 70% das nossas exportações”. Outra mudança recente no cenário de exportações de Pernambuco é no destino. Até o ano passado, Singapura era o País que mais recebia os produtos do Estado. Porém, em 2024 a liderança volta ser da Argentina. Uma curiosidade da experiência pernambucana nas exportações é sobre a China. O gigante asiático, que é o principal destino da maioria dos produtos brasileiros e líder de muitos estados, aparece em 2024 apenas como o 15° destino dos produtos made in Pernambuco. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina as colunas Pernambuco Antigamente e Gente & Negócios (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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