Arquivos Economia - Página 214 De 411 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

"O Brasil sempre foi um exportador de soluções e produtos"

Clímaco Feitosa é empreendedor de tecnologia e inovação e CTIO do iLand Group. Nesta entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas para a coluna do Iperid, ele fala sobre as oportunidades das empresas pernambucanas participarem do mercado internacional e analisa o momento do setor de tecnologia durante a pandemia. Você é um empreendedor na área de tecnologia e inovação. Como foi o desempenho desse amplo setor durante a pandemia? Historicamente, sempre houve gatilhos para promover a inovação. Desde que o mundo é mundo, não minimizando o momento, há aqueles que choram e há os que vendem lenços. Nesta pandemia, não foi diferente; o principal C-level tomador de decisão, não foi o CIO, CEO, CTO – Foi a Covid-19. Joseph Schumpeter (1883-1950) , economista e cientista político austríaco, por considerar as inovações como motores do crescimento econômico, defendia que a concorrência aguça o desejo do empreendedor de buscar novas formas de incrementar a tecnologia, novas maneiras de fazer negócios e outros tipos de vantagens competitivas que podem incrementar as margens de lucros e foi da necessidade gerada pela pandemia, que o setor cresceu exponencialmente. Mesmo antes da pandemia, houve negócios que simplesmente “morreram” por não terem se atentado às mudanças impostas pelo mercado. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) liberou um relatório preocupante sobre o percentual de sobrevivência de empresas no Brasil: de cada 4 (quatro) empresas abertas, 1 (uma) fecha antes de completar 2(dois) anos de existência no mercado; sem citar os motivos óbvios que geram esta alta mortalidade, o modo como alguns empresários conduzem seus negócios, aceleram a ida para o limbo empresarial, ou seja, falta a vontade de mudar, de inovar. Quem faz as mesmas coisas, sempre terá os mesmos resultados. A inovação distingue um líder de um seguidor! Há muitos anos falamos do potencial e do crescimento da área de TI. E temos em Pernambuco a experiência do Porto Digital. Frente à aceleração da transformação digital, na sua opinião, qual o espaço que esse setor deve ocupar na economia pernambucana nos próximos anos? O Porto Digital é uma região geográfica que abriga um Parque Tecnológico que surgiu a partir da necessidade de criar uma nova agenda para a economia do Estado de Pernambuco. Se analisarmos bem, estamos vivendo novamente um momento como o que gerou o PD. Há uma necessidade urgente de Transformação Digital nos negócios e essa necessidade passa, especificamente, por empresas de base tecnológica. Muitas empresas e pessoas se viram em uma realidade totalmente alheia ao seu controle e, literalmente, quem não havia se preparado (ao menos o mínimo), passou ou está passando (e fatalmente passará) por maus momentos. A transformação Digital, surgiu à Forceps! A tecnologia, quando bem aplicada, transforma negócios e é dessa transformação que estamos falando. A ideia de Trazer o futuro para o presente para construir o futuro do futuro faz cada vez mais sentido. Ou seja, a produtividade aliada a tecnologia, aumenta a amplitude dos negócios. E é sob esta égide que devemos erguer nossa estratégia. Ainda há tempo de reagir! O mundo que entregamos, não será o mesmo que receberemos quando tudo isto passar. Portanto, repensem suas estratégias, refaçam seus planejamentos, ajustem em tempo de execução e lembrem-se: Situações extremas, requerem medidas extremas. "Não é a mais forte das espécies que sobrevive, nem a mais inteligente, mas a que melhor responde às mudanças" – Charles Darwin Você é atualmente curador da Coalizão Digital Regional de Pernambuco. Qual a atuação desta organização? Quais os objetivos dela? Pernambuco sempre teve uma verve inovadora. A frase Pernambuco falando para o mundo, não surgiu por acaso – há mais de 100 anos, a primeira transmissão de Rádio do Brasil, era feita aqui! E foi a partir dessa máxima, que construímos os alicerces para que nosso Estado, tivesse destaque nas áreas de tecnologia e inovação, sempre. A Coalizão Digital Regional Pernambuco, faz parte do ecossistema Brasil 5.0 que se constitui em um projeto de interesse Nacional suprapartidário, acima dos interesses dos partidos políticos; e pro bono, caracterizado como uma atividade não remunerada, voluntária e principalmente solidária, que tem como propósito, consolidar os fundamentos que habilitem o Brasil a exercer a Inovação e Protagonismo na Transformação Digital Global, juntamente com os países líderes no tema, através de uma jornada que potencialize o ciclo virtuoso do empoderamento e da produtividade da Pessoa 5.0, competitividade do Negócio 5.0, efetividade do Governo 5.0, o fomento da Economia 5.0, e a construção da Sociedade 5.0 com Qualidade de Vida, Inclusão e Sustentabilidade: Econômica, Social e Ambiental. Neste âmbito, foram criadas as Coalizões Digitais Regionais, que são regidas pelo SinCDR – Sistema Nacional de Coalizões Digitais Regionais, com o propósito de operacionalizar os 23 Fundamentos do Brasil 5.0, aprimorar e monitorar a implantação da E-Digital: Estratégia Brasileira para a Transformação Digital, priorizando a Educação e Capacitação Profissional. Para tal, três objetivos permanentes foram definidos: Promover a capacitação e o empoderamento das Pessoas, para atuarem em projetos de Inovação e Transformação Digital de Processos e Modelos de Negócio, Promover ações para o desenvolvimento da Economia Digital privilegiando a Qualidade de Vida das Pessoas de forma Inclusiva e Sustentável, Aprimorar e monitorar a implantação da E-Digital: Estratégia Brasileira para a Transformação Digital: Ciclo 2018-2021: Identificar os ajustes necessários a serem contemplados na revisão da E-Digital para o período de 2022 a 2025, contemplando a EGD – Estratégia de Governo Digital, os requisitos da OCDE, e Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil, decreto 10.531 de 26/10/2020. Para maiores informações, o site http://www.brasil50.org.br está à disposição de todos. Você é hoje o CTIO da iLand. Quais são os principais serviços ou produtos oferecidos atualmente pela iLand? A iLand é uma empresa Pernambucana com 20 anos de existência, com sede em Recife e uma filial em Maceió, além de ter duas operações internacionais, uma em Madrid, Espanha e outra em Tampa, Flórida. Atendemos o mercado corporativo, com soluções em TI customizadas para as necessidades de cada cliente, sempre buscando soluções inovadoras com a expertise dos melhores provedores de tecnologia

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Endividamento das famílias pernambucanas chega a nível mais elevado em 10 anos

Da Fecomércio-PE No mês de maio de 2021, 80,1% das famílias pernambucanas se declararam endividadas, segundo os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC/CNC). Esse é o nível mais elevado de famílias endividadas observado no estado de Pernambuco, após julho de 2011. Desde que começou a ser medida, em janeiro de 2010, a série histórica da PEIC havia registrado cinco vezes um patamar acima de 80%: maio de 2010 (81,3%); agosto de 2010 (92,5%); março de 2011 (81,4%); maio de 2011 (80,7%); julho de 2011 (81,3%). O percentual de famílias com contas em atraso também continuou subindo em maio de 2021 e alcançou 31,9% – contra 28,0% em dezembro de 2020 –, assim como o percentual de famílias que se declaram sem condições de pagar dívidas em atraso, que chegou a 13,2% em maio – face aos 11,3% registrados no final de 2020. Nestes casos, os percentuais não se encontram tão mais elevados quanto os observados no segundo semestre do ano passado, mas é importante ressaltar que o papel do auxílio emergencial, durante nove meses, foi essencial para os resultados em 2020, por prover uma fonte de renda com a qual as famílias conseguiram quitar parte de suas dívidas. Segundo estimativas da CNC, o auxílio emergencial teve impacto positivo sobre o varejo no ano passado, sendo muito relevante em meio à pandemia, mas também foi importante para o pagamento de dívidas atrasadas. Em 2021, o aporte do auxílio será menor e por menos tempo, consequentemente, com impacto inferior sobre a renda disponível. Só para o varejo, a entidade estima que o impacto do auxílio emergencial em 2021 será oito vezes menor que o observado no ano anterior. Cabe ressaltar também que a conjuntura econômica observada entre 2010 e 2011 e que levou ao alto percentual de famílias com dívidas era bem diferente da atual. Naqueles anos, a expansão de políticas de crédito e de investimento, como medidas de mitigação da crise financeira internacional, fomentava o aquecimento do mercado interno, favorecia a geração de emprego e renda e impulsionava o consumo das famílias. Na crise atual, causada pela pandemia do novo coronavírus, a expansão do endividamento está relacionada às dificuldades no mercado de trabalho – devido às paralizações, redução das jornadas e demissões –, bem como ao aumento de preços, sobretudo de alimentos e energia elétrica, que pesam principalmente sobre o orçamento das famílias de renda mais baixa. Sobre o perfil do endividamento, ressalta-se que entre as famílias endividadas 5,6% têm dívidas que comprometem o orçamento por até 3 meses, 41,4% delas têm dívidas que perdurarão entre 3 e 6 meses, 23,1% delas têm dívidas que deverão comprometer a renda por 6 meses a 1 ano e quase ¼ (24,2%) delas têm dívidas que se prolongam por mais de 1 ano – outros 5,6% não souberam responder. O tempo médio de comprometimento da renda com as dívidas, ficou em 7,3 meses, ou seja, um prazo que se estende até o final de 2021. No que se refere ao grau de comprometimento da renda, 55,4% das famílias endividadas se encontram com percentuais entre 11% e 50% da sua renda comprometida com dívidas. O levantamento da CNC estima que a parcela média da renda familiar comprometida, em maio, foi de 28,6%. Ou seja, quase um terço da renda das famílias pernambucanas. Esse valor, entretanto, é menor que o registrado pelo Brasil, segundo a mesma pesquisa, o qual alcançou 30,1% em maio. Entre os tipos de dívidas mencionadas, destaca-se novamente o avanço do endividamento por cartão de crédito, citado por 96,1% das famílias endividadas em abril e por 96,7% em maio. O carnê, é o segundo tipo mais citado, e apresentou um avanço significativo, de 22,8% em abril para 26,6% em maio. A participação do crédito pessoal entre as famílias endividadas também evolui em maio com relação a abril, saindo de 5,8% para 6,4%. Movimento contrário foi observado com relação ao financiamento de veículos, que foi citado por 6,3% das famílias endividadas em abril e caiu para 5,6% e maio. Pernambuco: Tipo de dívidas declaradas (valores em % do total de famílias endividadas) - Abril/2021 e Maio/2021 Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio-PE. O somatório das categorias excede 100%, pois a pergunta permite múltipla resposta.

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Prefeitura do Recife abre inscrições do CredPop hoje (1º) com mais mil vagas

Da Prefeitura do Recife Sabe aquele momento em que parece que você não tem saída e surge um apoio? É assim que muitos beneficiados do programa Crédito Popular do Recife (CredPop Recife) estão enxergando a iniciativa da Prefeitura do Recife, que abre hoje (1º), ao meio-dia, novo lote de pré-cadastro. As inscrições podem ser feitas na plataforma do Conecta Recife e serão disponibilizadas mais mil novas vagas. O programa oferece crédito de até R$ 3 mil para pequenos empreendedores com negócios instalados na capital pernambucana. As prioridades do programa CredPop Recife são as mulheres, os jovens, os negros e as pessoas com deficiência. Para se inscrever, esses grupos devem informar um documento de identificação e comprovante de endereço do negócio, que ateste ser instalado no Recife. As pessoas com deficiência ainda devem apresentar um laudo médico que ateste a condição. Desde o lançamento, em março desse ano, quase 4 mil pessoas se inscreveram no CredPop Recife em busca de linhas de créditos de até R$ 3 mil, com condições facilitadas para pagamento. Do total inscrito, 2.224 pessoas são mulheres (56,88%) e 1.668 são homens (42,66%). A maioria dos solicitantes (2.733 pessoas) estão na faixa etária de 30 e 59 anos, seguida por 931 jovens de 18 a 29 anos e 216 idosos. Os bairros que mais solicitaram empréstimos são: Ibura (139), Iputinga (120), Cohab/Ibura de Cima (111), Várzea (111), Boa Viagem (95), Vasco da Gama (91), Santo Amaro (87), Cordeiro (83), Imbiribeira (77) e Casa Amarela (75). O Crédito Popular do Recife foi um dos compromissos assumidos pelo prefeito João Campos e é um instrumento de promoção e inclusão produtiva, incentivando a geração de emprego e renda para empreendedores individuais, formais ou informais, microempresas, empresas de pequeno porte e cooperativas, através da concessão de microcrédito de até R$ 3 mil. A meta da Prefeitura do Recife é realizar uma média de 10 mil operações de crédito por ano, totalizando 40 mil ao longo dos próximos quatro anos. Para 2021, o município destinará um orçamento de cerca de 16 milhões para o programa, com recursos oriundos do Tesouro Municipal. CONDIÇÕES FACILITADAS – Os beneficiários do CredPop Recife poderão contrair empréstimos de até R$ 3 mil e quitar os débitos em até 12 parcelas, com uma taxa de juros simbólica de 0,99% ao mês. O diferencial é que, quem pagar em dia todas as 11 primeiras parcelas, a 12ª ficará por conta da Prefeitura. Outro diferencial é que o programa não tem restrições a quem esteja negativado em serviços de proteção ao crédito. Após o recebimento do empréstimo, o favorecido terá quatro meses de carência para iniciar o pagamento das prestações.

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Exportações do Agronegócio batem recorde dos últimos 8 anos

As exportações do agronegócio pernambucano alcançaram a marca de US$ 147,5 milhões no acumulado de janeiro a abril de 2021, o que corresponde a um crescimento de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse é um novo recorde em relação aos primeiros quadrimestres dos últimos oito anos, segundo análise da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe). Os principais produtos exportados nesses quatro primeiros meses foram o açúcar (US$ 70,5 milhões), álcool (US$ 13,9 milhões), mangas (US$ 24,4 milhões), uvas (US$ 16,5 milhões) e sucos (US$ 5,3 milhões). Esses cinco itens representaram 88,5 % da pauta exportadora do agro pernambucano, no período. Segundo o presidente da Faepe, Pio Guerra, mais uma vez a cana-de-açúcar fortalece a economia estadual. “Com um câmbio atrativo e mercado favorável, a cadeia canavieira pôde mostrar sua eficiência, diversificando seus países compradores”, destacou. Sobre a fruticultura, o presidente avaliou que, mesmo com números positivos, a atividade terá - como é habitual, um desempenho ainda mais expressivo nos próximos quadrimestres. Destinos das exportações Os principais compradores do açúcar pernambucano foram países da África e do Oriente Médio, destacando-se Senegal (US$ 21,6 milhões) e Líbano (US$ 9,6 milhões). Enquanto que a maior parcela do álcool comercializado seguiu para o México (US$ 3,1 milhões) e para Colômbia (US$ 2,6 milhões). Na fruticultura, também podemos observar diferenças de destinos entre os produtos. As vendas para Espanha (US$ 10,8 milhões) e Holanda (US$ 9 milhões) representaram 81% do valor obtido com as exportações de manga. Já a uva teve como forte comprador os Estados Unidos (US$ 10,9 milhões). A análise da Federação é baseada em dados dos órgãos oficiais do governo.

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"Dá para aplacar a fome e ganhar muito dinheiro com a biodiversidade brasileira"

Num momento em que se discute os caminhos para Pernambuco e o Brasil saírem dessa crise sanitária e econômica, a química de produtos naturais Cláudia Sampaio Lima aponta o uso racional e sustentável da biodiversidade brasileira como solução. Cláudia, que é professora da UFPE, alerta que existe um mundo de oportunidades em bionegócios que podem beneficiar de pequenos produtores às grandes indústrias, mantendo a floresta em pé. Para isso é necessária a união da sociedade, da academia e do governo. E é com essa filosofia que o ITCBio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis) foi criado. Nesta conversa com Cláudia Santos, Cláudia Lima que é diretora do instituto, fala dos projetos da entidade, analisa os gargalos da inovação no País, cuja iniciativa privada não costuma investir em pesquisa, e aponta saídas com a bioeconomia. Na sua opinião quais os principais gargalos para o desenvolvimento da inovação no Brasil e, especialmente, em Pernambuco? No Brasil temos um problema muito sério de comunicação entre universidades e empresas. Fora do País, quem investe em inovação é a iniciativa privada. Tive a oportunidade de conhecer alguns centros de pesquisas, tanto na Europa quanto nos EUA, e o que observei é que a inovação é financiada pelas empresas que precisam se colocar no mercado e lançar novos produtos. E quem é que pode colocar as empresas à frente do mercado? São as universidades, são as cabeças pensantes que trabalham fazendo pesquisa básica, mas também pesquisa aplicada. Existe uma preocupação dos governos no exterior de também incentivar a pesquisa pública. Mas no Brasil, o que acontece é que o governo financia tudo: pesquisas básica e aplicada. Por que São Paulo tem um nível de comportamento empreendedor mais arrojado que as outras cidades brasileiras? É porque lá as universidades são financiadas pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), existe um polo industrial muito forte e uma parte dos impostos das empresas vão para essa fundação, para as universidades, para financiar projetos de pesquisa. Ou seja: impostos são revertidos em ciência e inovação. O que impede uma maior participação da iniciativa privada nos investimentos de ciência e pesquisa e da academia em atuar com inovação com as empresas? Professor universitário tem a mania de achar que a sua pesquisa é a coisa mais importante do universo. Eles pensam algo como: “quem tiver interesse que venha até a mim porque eu tenho vários artigos publicados em revistas nacionais e internacionais”. Só que a comunicação dessa forma não funciona. Por outro lado, as empresas têm muita pressa, não financiam pesquisa básica, eles querem a solução pronta, não entendem que existem pesquisas que estão patenteadas, que levaram 15 anos, com muita gente trabalhando. É aquela história de tentativa e erro, tentativa e acerto. E, muitas vezes, a pesquisa leva 15 anos porque os recursos são minguados, não há como pagar uma equipe. Por que outros países do Brics, como a Índia, Rússia, China, desenvolveram vacinas contr a Covid e o Brasil, não? Ouvi uma frase, já conhecida, que me bateu muito forte esta semana: brasileiro tem síndrome de vira-lata. Não valorizamos o trabalho local. Será que o Brasil não tem condições de desenvolver a vacina? Ele tem e já tinha há muito tempo. E por que o Brasil não estava fabricando vacina e o IFA (insumo farmacêutico ativo)? Por falta de incentivos. Fazia-se o feijão com arroz, e muito bem- -feito, porque erradicamos muitas doenças com vacinas do Instituto Butantan, da Fiocruz. Veja, eu tenho mestrado e doutorado em farmácia, faço palestras há muito tempo sobre insumos naturais nas quais sempre digo: se houvesse um bloqueio internacional, o País iria morrer doente. O que é o ITCbio? O instituto foi concebido dentro da UFPE, com trabalhos multidisciplinares. Todavia, não foi muito bem na universidade porque um grupo de professores ficou incomodado com essa situação de a pesquisa ser levada para a sociedade. Eu digo para meus alunos: “temos a obrigação de devolver para a sociedade os investimentos que ela fez em nós porque o meu salário e a universidade de vocês quem paga é a sociedade”. Como a gente pode retribuir, ao menos, minimamente, esse investimento? É fazendo ciência de qualidade e levando para a sociedade. Com esse pensamento, aprovamos dois grandes projetos com a Sudene, envolvemos num deles mais de 60 pessoas e atuamos em três Estados – Pernambuco, Bahia e Piauí – com projetos colaborativos. Foi a partir deles que nasceu o ITCbio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis). Focamos em bioeconomia. A proposta do ITCbio é atender a sociedade, sem discriminações, desde agricultores familiares que precisam de um apoio em inovação até grandes indústrias. A sociedade é quem precisa de ciência, tecnologia e inovação e a partir dessa demanda, o ITCbio busca, com especialistas das universidades e dos institutos de pesquisas, ferramentas para resolver os problemas demandados. Sempre digo que ao se reunirem três ou quatro pessoas de áreas distintas para analisar um mesmo problema, cada uma terá um toque diferente. Se você consegue trabalhar de forma colaborativa, ouvindo todos os parceiros, você consegue uma solução muito mais ampla. A essência da bioeconomia é utilizar ferramentas científicas tecnológicas para apoiar cadeias produtivas sustentáveis, desde o básico, a produção do alimento, do bioinsumo até o consumidor final, passando pelas empresas. Você poderia falar um pouco dos projetos que desenvolvem? Temos uma diversidade grande de projetos. Vou falar de um simples, mas que promoveu uma diferença para a sociedade: o Jequiá Sustentável. O Jequiá é uma área do Recife que tem a única torre intacta de atracação do Zepelim do mundo. Existem três comunidades com vulnerabilidade socioeconômica muito alta que habitam o entorno do parque, que tem um conteúdo histórico fabuloso, mas, por não ter investimento, parecia um local abandonado. O que as pessoas fazem com um terreno que parece abandonado? Normalmente jogam lixo. Fizemos um trabalho nas comunidades e instauramos hortas suspensas de espécies orgânicas e medicinais junto com a Secretaria de Meio Ambiente do Recife. Elas eram suspensas porque, dessa forma, ficam protegidas de animais, e o

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Setor de Construção Civil cresce em 2021 e gera milhares de empregos

A evolução do emprego formal na construção civil, com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foi de 106 mil no fim de 2020. Já superou 113 mil em março deste ano, mantendo boas perspectivas para todo primeiro semestre. Este é um dos setores que mais empregam no País. O setor participa com 6% do PIB (Produto Interno Bruto), podendo atingir participação superior a esta taxa neste ano. Em abril, utilizando os dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), foi registrada forte e importante reversão nos índices de confiança e de expectativas dos empresários que estavam apresentando valores negativos. Fazendo um recorte local, a Rio Ave também está com boas perspectivas. A construtora pernambucana tem conseguido manter os atuais contratados e tem planos de gerar novos postos de trabalho, até final do ano. A expectativa é incrementar o quadro de pessoal em 40% para tocar as obras atuais e executar os novos projetos, previstos até o final do ano. Atualmente, estão sendo erguidos três residenciais em Boa Viagem. Do residencial Terraço Jaqueira, que acaba de ser lançado na Zona Norte, a Rio Ave já vendeu 65% das unidades. Além disso, o crescente interesse das famílias em adquirir um imóvel maior e com mais funcionalidades, o surgimento de novas necessidades para o lar – residir e trabalhar – e também a redução da taxa básica de juros têm ajudado a alavancar o setor. "Somos sempre cautelosos quanto ao volume de lançamentos e temos prezado pelos melhores terrenos e por entregar os melhores produtos. Estamos pautados nos resultados atingidos e confiantes com a movimentação do mercado", disse a diretora de mercado da empresa, Carolina Tigre. Em 2020, a empresa registrou recorde de vendas na história do grupo pernambucano. Os números do Valor Geral de Vendas (VGV) do ano passaram dos R$ 160 milhões. . . Pernambuco Construtora anuncia lançamento do Candeias Prince Beach Home A Pernambuco Construtora volta para um dos bairros mais valorizados da Região Metropolitana com um lançamento: o Candeias Prince Beach Home, um projeto que foi planejado para o estilo de vida praiano, de acordar e correr no calçadão, depois curtir o mar e o sol e finalizar o dia na piscina, curtindo os espaços de lazer como continuação da praia em casa. A novidade, com lançamento programado para este mês, terá unidades com preço a partir de R$ 430.000,00. “Candeias é um bairro com os qual temos uma forte relação, inclusive já entregamos empreendimentos incríveis na vizinhança, como o Piedade Prince e o Acqua Prince, em Piedade, e o Porto Prince, na beira mar de Candeias. Os três foram sucesso de vendas já no lançamento”, explica Mariana Wanderley, diretora-executiva da Pernambuco Construtora. O Candeias Prince terá duas torres de 21 andares com 3 apartamentos por andar, totalizando 126 unidades, com metragem 66,75m². A área total do terreno é de 2.610m². . . Senado aprova prorrogação de isenção no IR para venda de imóvel (Da Agência Brasil) O Senado Federal aprovou uma proposta de prorrogação da isenção do pagamento de Imposto sobre a Renda relativo ao ganho de capital nos casos de compra de imóvel residencial com o dinheiro da venda de outro imóvel residencial. Para obter essa isenção, o intervalo entre a venda de um imóvel e a compra de outro não poderá exceder a data de 31 de dezembro de 2021. Essa isenção, originalmente de 180 dias, já existe e o objetivo é prorrogá-la enquanto persiste a pandemia de covid-19 no Brasil. A ideia é estimular o setor imobiliário e contribuir para que o valor da venda de um imóvel seja usado para a compra de outro, mantendo o setor aquecido, sobretudo em um período de crise econômica. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados.

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Loja colaborativa com temática infantil chega a Boa Viagem

A Baby Collab reúne mais de 40 marcas pernambucanas e abre as portas a partir de 1 de junho com todo tipo de roupa e acessórios para os pequenos. Decoração e artesanato também estarão à venda no espaçoque fica na Rua Coronel Benedito Chaves, 182, no coração de Boa Viagem. As empresas dividem o espaço e mesclam as últimas tendências do mercado com peças e acessórios clássicos. Com abertura marcada para o próximo dia 1º de junho (terça-feira), a loja funcionará de segunda a sexta das 10h às 19h e no sábado das 10h às 17h, respeitando os protocolos de higiene e limite de público. A reunião das empresas é resultado da feira Baby Bazar, que ocorre há vários anos em diversos shoppings da Região Metropolitana do Recife.  "A Baby Collab segue a tendência de mercado que já era forte antes da pandemia de loja colaborativa, e nesse momento de crise, vem para fortalecer ainda mais os pequenos e médios negócios, já que uma venda pode puxar a outra", afirma Gabriel Maroja, diretor do evento e um dos idealizadores do espaço. Estão em exposição moda infantil, moda baby, acessórios, calçados, decoração, mobília e artesanato. Os preços seguem o conceito da feira Baby Bazar, com ofertas e promoções todas as semanas. Informações pelo whatsapp: 81 9776-5603.

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430 Gradi chega ao Recife com a tradicional receita napoletana

A pizzaria paulista 430 Gradi inaugurou uma filial em Boa Viagem para trazer ao público pernambuano a tradicional pizza napoletana. A marca é uma das seis do País que estão certificadas com o selo da AVPN – Associazione Verace Pizza Napoletana – criada em 1984, em Nápoles. A unidade pernambucana, a segunda do Nordeste, fica na Avenida Ernesto de Paula Santos 887, em Boa Viagem. A marca foi eleita entre as 50 TOP pizzarias napoletanas do mundo fora da Itália. O espaço em Boa Viagem é rústico, porém moderno e autêntico. Do salão, dá para observar o forno e a preparação das pizzas. Também há a possibilidade de comer numa área externa ou no balcão. A proposta do empresário Almir Batista, que apostou na unidade em Recife, é que as pessoas não parem apenas para comer. "Podem chegar aqui para apreciar a receita napolenata e tomar um drink ou um vinho. A música ambiente da Rádio Gradi também proporciona essa experiência", diz. A casa vai oferecer drinks, vinhos e cervejas, como a parceira Debron, além de outros rótulos. Durante o período de restrições em Pernambuco, a pizzaria vai funcionar até às 20h. A data de início do delivery será divulgada em breve. A tradicional receita, que é produzida há alguns séculos na cidade italiana, prevê um preparo da massa aberto com as mãos, sem o auxílio de um rolo, um longo tempo de fermentação e tendo como ingredientes apenas água, farinha italiana e fermento biológico. A Gradi usa a farinha do tipo 00, diretamente da Itália. O tempo no forno não pode passar de 90 segundos. A unidade Recife tem um cardápio que segue o padrão da 430 Gradi de Jundiaí, com uma extensa variedade de sabores que é possível ser conferida no instagram @430gradi.recife

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Chamor Kombuchas chega ao mercado pernambucano

De olho no consumo dos pernambucanos da bebida milenar Kombucha, o empresário Breno Pessoa e a sua sócia, a psicóloga e neurofisiologista, Lis Normandia lançaram a marca de Chamor Kombuchas com cinco opções de sabores: tangerina; morango; maçã, hibisco, cravo e canela, limão com gengibre e de maracujá, manga e cúrcuma. De sabor parecido com uma cidra espumante de maçã, seu consumo traz benefícios para a saúde, segundo os empreendedores. De acordo com Breno Pessoa, a ideia de comercializar o produto surgiu depois de consumir durante algum tempo a kombucha e sentir seus benefícios no corpo e, então resolveu unir o útil ao agradável, investindo no negócio e se associando a Lis Normandia que elabora o produto de forma artesanal, há mais de 20 anos e garante os mais de setenta benefícios que a bebida proporciona. "Consumir Kombuchas é investir na sua saúde e bem-estar, principalmente nesse período de pandemia em que as pessoas precisam fortalecer o sistema imunológico e foi pensando nisso que resolvi investir no negócio", destacou o empresário e advogado, Breno Pessoa. Elaborada a partir do chá verde e das frutas, ela é adoçada com açúcar cristal, mas também pode ser adoçada com melaço de cana ou açúcar demerara. Sua forma de preparo é parecida com a do iogurte caseiro e do Kefir, mas é utilizado o chá verde ao invés do leite como ingrediente fundamental. Outras ervas e outras iguarias adicionais, como chás de hibisco, mate, suco de frutas e gengibre também podem ser utilizadas para chegar a um sabor mais agradável ao paladar.  

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Impactos socioeconômicos da pandemia no país foram maiores que em outros, diz pesquisa

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre os impactos socioeconômicos ocasionados pelos altos índices de mortes e desemprego, durante o primeiro ano de pandemia da Covid-19, trouxe à tona dados alarmantes. Neste panorama, o Brasil foi o mais afetado no comparativo com demais países, os quais também tiveram os números da pandemia analisados. Os economistas do Ipea compararam os dados coletados pela Organização Mundial de Saúde e também pela Organização Internacional do Trabalho. Na pesquisa, a equipe observou que, proporcionalmente, o quantitativo de mortes registrado foi 89,3% superior, em comparação a outros 178 países. O índice de pessoas desocupadas, ou seja, que perderam o emprego em 2020, foi maior que os 84,1% registrados em 63 países, segundo os dados da Organização Internacional do Trabalho. “São dados preocupantes, pois significa que entre os 179 países com algum registro de morte por Covid-19 em 2020, de acordo com a OMS, o Brasil aparece com a 20ª maior proporção de sua população vitimada, colocando-o na lista dos mais atingidos do mundo em perdas de vidas e de emprego. Considerando que mais de 90% do total de empresas são representadas pelos pequenos negócios, que também são responsáveis por pelo menos 52% dos empregos formais no Brasil, é possível entender o estrago que a pandemia causou e vem causando na economia local”, afirma Werson Kaval, professor de MBA e Pós-Graduação nas áreas de Empreendedorismo, Inovação, Planejamento Estratégico e Gestão de Negócios/Startup’s do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE). Desemprego elevado Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que desde que a pandemia do novo Coronavírus chegou ao Brasil, em torno de 716.000 empresas fecharam as portas, principalmente ao se verificar que estas empresas não tinham estratégicas planejadas e preparadas para enfrentar uma Transformação Digital, que foi o melhor, e talvez o único caminho, para se manter no mercado. “A queda da atividade econômica levou à necessidade de criação de estímulos econômicos e programas assistenciais para reduzir os efeitos da pandemia, elevando o nível de endividamento do país. Em contrapartida, foram abertos mais de 2,6 milhões de MEI’s (microempreendedores individuais), em 2020, o que reafirma a força e importância dos pequenos negócios para o país, além de serem um dos pilares da retomada após o fim da Pandemia do Covid-19”, destaca o professor.

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