Arquivos Economia - Página 372 De 412 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Produção de petróleo e gás natural em março

A produção total de petróleo e gás da Petrobras em março, incluindo líquidos de gás natural (LGN), foi de 2,66 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo 2,56 milhões de barris produzidos no Brasil e 99 mil barris no exterior. A produção total operada da companhia (parcela própria e dos parceiros) foi de 3,31 milhões de barris de óleo equivalente, sendo 3,17 milhões no Brasil. No país, a produção média de petróleo foi de 2,07 milhões de barris por dia, volume 0,8% inferior ao de fevereiro, devido, principalmente, à manutenção de equipamentos no FPSO Cidade de Angra dos Reis, localizado no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. A produção de gás natural, excluído o volume liquefeito, foi de 78,1 milhões de m³/d, 2,9% abaixo do mês anterior, devido, principalmente, à parada para manutenção da plataforma de Peroá, localizada na Bacia do Espírito Santo e intervenções na plataforma de Mexilhão, localizada na Bacia de Santos. No exterior, a produção de petróleo foi de 61 mil barris por dia e a produção de gás natural foi de 6,4 milhões de m³/d, ambas em linha com o mês anterior

Produção de petróleo e gás natural em março Read More »

Ministro mantém em 3% previsão de crescimento para o Brasil este ano

A previsão oficial de que a economia brasileira crescerá 3% este ano e em 2019 está mantida, disse ontem (19) o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Ele classificou de normais os indicadores recentes, que saíram abaixo do esperado, dizendo que, em determinadas fases do ciclo de recuperação, é esperado que alguns resultados venham aquém do previsto. “O Brasil saiu da recessão. Estamos no caminho do crescimento. Todos os segmentos estão crescendo, inclusive os investimentos, como em bens de capital [máquinas e equipamentos usados na produção]. Temos também inflação sob controle e patamar de juros menor que a gente nunca viu. O importante é a tendência”, declarou o ministro, que participa de reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, em entrevista cujo áudio foi fornecido pela assessoria da pasta. Eduardo Guardia, no entanto, não descartou a possibilidade de o governo rever as estimativas caso seja necessário. Ele voltou a defender a necessidade de o governo prosseguir com as reformas estruturais para elevar o crescimento potencial – o quanto o país cresce sem a interferência de fatores externos – do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) brasileiro. Segundo o ministro, a economia só poderá crescer mais e de forma sustentável com a reforma da Previdência, a reforma tributária, as concessões na área de infraestrutura e a capitalização da Eletrobras e os leilões de exploração da camada pré-sal. De acordo com ele, caso o país consiga levar adiante essas medidas, o PIB potencial subiria de 2,5% para “algo entre 3,5% a 4%”. Oficialmente, os ministérios da Fazenda e do Planejamento projetam crescimento de 3% para o PIB em 2018 e 2019, 2,4% em 2020 e 2,3% em 2021. Para este ano, as estimativas estão mais otimistas que as do mercado. Segundo o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras feita semanalmente pelo Banco Central, os analistas apostam em crescimento de 2,76% para 2018, contra previsão de 2,9% no início de março. Entre as principais reformas que precisam ser feitas para elevar o PIB potencial brasileiro, Guardia citou a da Previdência, a tributária, os projetos de concessões na área de infraestrutura e os processos de atração de investimento (como a capitalização da Eletrobras e leilões para exploração do pré-sal pela Petrobras), que seriam a prioridade para este ano. Reforma tributária O ministro afirmou que a proposta que simplifica o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) deve ir ao Congresso no início de maio. Ele disse que o governo está empenhado em enviar, ainda este ano, outra proposta para simplificar o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mesmo este sendo um ano eleitoral. “A relação com o Congresso é boa e são temas de interesse do país. Haverá espaço para dialogar”, destacou. Pela manhã, Guardia participou de uma reunião com ministros das Finanças de outros países sobre a Venezuela. Segundo o ministro, os participantes mostraram preocupação com a economia e a situação humanitária do país vizinho. Ele disse que é preciso continuar acompanhando a evolução do cenário. (Agência Brasil)

Ministro mantém em 3% previsão de crescimento para o Brasil este ano Read More »

Anatel aprova redução na tarifa de telefonia fixa da Telefônica

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem (19) redução nos preços cobrados da telefonia fixa da Telefônica em 2,65%. Os novos valores serão cobrados a partir do dia 1º de maio e valerão para o estado de São Paulo, onde a empresa é concessionária. Com isso, a partir do próximo mês, a assinatura residencial cairá para R$ 24,22, contra os R$ 24,88 (sem imposto) atualmente cobrados. A assinatura não residencial passará de R$ 41,64 para R$ 40,54 e a assinatura tronco (PABX para grandes empresas) cairá de R$ 42,20 para R$ 41,09. Já a assinatura das linhas classe especial, o chamado telefone popular, voltado para usuários de baixa renda, passará de R$ 7,81 para R$ 7,60. Segundo a Anatel, a redução deve-se ao compartilhamento dos ganhos da fusão entre as empresas Vivo e GVT no ano de 2016. A Anatel decidiu também que a Nextel deve ainda pagar cerca de R$ 22 milhões pela adaptação das autorizações das faixas de frequência detidas pela empresa, além do já pago. "As faixas que originalmente eram destinadas ao Serviço Móvel Especializado, trunking, passaram para o Serviço Móvel Pessoal, telefonia celular. A autorização para a adaptação foi dada pela Anatel há dois anos", informou a assessoria. (Agência Brasil)

Anatel aprova redução na tarifa de telefonia fixa da Telefônica Read More »

E&E: BNDES amplia participação do Nordeste nos investimentos

O Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado se reuniu hoje (19/04) para ouvir o chefe do Departamento Regional Nordeste do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caio Ramos. A palestra tratou sobre o planejamento estratégico do banco no horizonte de 2035, com foco no Nordeste, destacando inclusive os investimentos em Pernambuco. Na apresentação, Caio Ramos ressaltou que apesar da redução de investimentos nos anos de maior severidade da recente crise econômica, a participação da região Nordeste nos desembolsos do banco estão em crescimento. No período entre 2007 e 2017, os desembolsos para Região Nordeste somam R$ 190,2 bilhões. O montante representa 13,3% do total desembolsado pelo BNDES, mas o percentual aumentou nos últimos anos, chegando a 20% em 2017. "O Nordeste é um dos lugares que podemos fazer investimentos e ter um retorno mais rápido, pois há uma deficiência de infraestrutura grande na região. Há espaço para ter investimento bem aplicado e retorno rápido. É a região que cresceu acima da média ao longo dos últimos anos e o banco ajudou isso a acontecer", explica Caio Ramos. PESQUISA. Ao final da palestra, o sócio da TGI Ricardo de Almeida apresentou o resultado parcial da pesquisa Empresas & Empresários. Até agora os setores com mais respondentes são de Educação, Saúde e Bem-Estar (24%) e de serviços modernos (24%). Para responder a pesquisa basta acessar o link: algomais.com/pesquisa Os melhores cases empresariais de superação da crise econômica serão reconhecidos pelo prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco. Na próxima edição da Revista Algomais você poderá ler a cobertura completa do evento. Acesse o álbum de fotos do evento:  

E&E: BNDES amplia participação do Nordeste nos investimentos Read More »

Prévia da Confiança da Indústria recua em abril

A prévia da Sondagem da Indústria sinaliza queda de 0,7 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em abril, em relação a março. Com isso, o indicador recuou para 101 pontos, depois de ter fechado março em 101,7 pontos. Os dados fazem parte da Sondagem da Indústria de Transformação, cuja prévia do mês foi divulgada hoje (19), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Eles indicam, porém, que, sob a métrica de médias móveis trimestrais, o Índice de Confiança da Indústria deve manter no fechamento do mês a tendência de alta iniciada no segundo semestre do ano passado, ao avançar 0,5 ponto, indo para 101 pontos. Segundo a FGV, a queda da confiança decorreria “da atenuação das expectativas do setor para os meses seguintes”. Após duas altas consecutivas, o Índice de Expectativas (IE) cairia 1,6 ponto em abril, para 101,2 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) permaneceria relativamente estável ao subir apenas 0,1 ponto no fechamento do mês, indo a 100,7 pontos. O resultado preliminar de abril indica também estabilidade do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) em 76,1%, neste caso, o maior desde os 76,6% de maio de 2015. Para a prévia de abril de 2018, foram consultadas 794 empresas entre os dias 2 e 18 deste mês. O resultado da pesquisa será divulgado na próxima quinta-feira (26). (Agência Brasil)

Prévia da Confiança da Indústria recua em abril Read More »

Contratação de empresas para limpar o nome quase triplica em um ano

De olho nos cerca de 62 milhões de inadimplentes no país, muitas empresas prometem limpar o nome de consumidores ávidos para recuperar crédito no mercado e retirar seus CPFs das listas de negativados. Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra aumento do número de inadimplentes que afirmam já ter procurado empresas na tentativa de limpar o nome: a quantidade de pessoas que afirmaram já ter contratado essas empresas aumentou 16 pontos percentuais este ano (25%) em comparação com 2017 (9%). Cerca de 14% dos entrevistados afirmaram ter contratado o serviço e tiveram a situação resolvida – um aumento de 10 p.p. em relação ao ano passado (4%); e 11% não tiveram o nome limpo ― um aumento de 5 p.p. dos casos sem solução, na comparação com 2017 (6%). Dentre os que contrataram e não tiveram seu nome limpo, 39% receberam parte do dinheiro de volta, 31% receberam todo o dinheiro e 30% não foram restituídos em nada. Os principais motivos para contratar a empresa foram para garantir que o nome fosse realmente limpo (24%), receber ajuda nas negociações (19%) e evitar constrangimentos com os credores (19%). O valor pago para limpar o nome foi, em média, de R$ 375,21, sendo que 45% pagaram um valor antecipado fixo e 37% um valor antecipado com percentual sobre o valor da dívida. A maior parte dos entrevistados (53%) considera que valeu a pena pagar pelo serviço, pois conseguiram limpar o nome. Outros 31%, no entanto, acharam não valeu a pena, porque ficou muito mais caro do que se tivessem resolvido sozinho direto com a empresa credora. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a contratação de empresa para limpar o nome nem sempre é a opção mais vantajosa. “O devedor pode negociar bons acordos diretamente com os credores, conseguindo melhores condições para liquidar a dívida e colocar as contas em ordem, sem precisar pagar nada pela intermediação”, comenta. 57% acreditam que conseguiriam ter quitado a dívida sem precisar contratar o serviço Oito em cada dez consumidores (78%) ficaram satisfeitos com o serviço de negociação da dívida. Segundo os contratantes, a expectativa foi atendida para 44% dos entrevistados e superada em 34% dos casos. Para 22%, as empresas não conseguiram um bom acordo. Antes de ir atrás de empresas para limpar nome, muitos inadimplentes tentaram resolver o problema diretamente com o credor. Mais da metade dos entrevistados (65%) afirmou ter tentado negociar a dívida com os credores antes de contratar uma empresa. Em contrapartida, 21% não tentaram um acordo antes de investir no serviço. Do total de entrevistados que utilizaram o serviço, 57% acreditam que conseguiriam ter quitado a dívida sem precisar contratar o serviço. De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, contratar uma empresa para limpar o nome deve ser a última opção. “Se o consumidor tem dinheiro disponível para contratar esse tipo de empresa, recomenda-se que, em vez disso, negocie diretamente com o credor e ofereça uma entrada à vista para tentar um desconto no valor da dívida ou redução do número de parcelas. Frequentemente, um intermediário faz pouca diferença e ainda cria uma nova despesa para quem já está endividado”, afirma. 50% disseram que as empresas prometeram limpar o nome, mesmo sem que a dívida fosse paga Parte significativa dos entrevistados teve medo de cair em golpes no momento da contratação: do total, 61% ficaram com receio de serem enganados pelas empresas. Outro destaque é a quantidade de entrevistados que afirma ter recebido a promessa de ter o nome limpo sem precisar pagar a dívida: 50% disseram que as empresas prometeram limpar o nome, mesmo sem o pagamento da pendência. “O consumidor deve ficar atento a golpes e fraudes. Muitas empresas se apresentam como facilitadores e prometem operar verdadeiros milagres, garantindo descontos de mais de 80% no valor da dívida ou eliminar o CPF do consumidor dos cadastros de negativados sem que a pessoa sequer pague a dívida”, alerta Vignoli. “É importante ter cautela quando são oferecidos descontos, prazos e condições de pagamento fora da realidade do mercado. Não existe fórmula mágica da mesma forma como não dá para limpar o nome sem pagar a dívida.” 43% dos contratantes conheceram as empresas na internet Diferentemente do ano passado, quando a indicação de amigos e parentes teve uma influência significativa na decisão de contratar uma empresa para limpar o nome, os devedores este ano foram, em sua grande maioria, atraídos por anúncios na internet. Cerca de 43% dos consumidores encontraram as empresas de forma online, enquanto 15% receberam a indicação de conhecidos ― apresentando queda de 17 p.p. em comparação ao ano passado (31%).

Contratação de empresas para limpar o nome quase triplica em um ano Read More »

FMI eleva projeção de crescimento do Brasil para 2,3% em 2018

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento do Brasil para 2,3% em 2018 e 2,5% em 2019. As projeções fazem parte do relatório Panorama da Economia Mundial, publicado ontem (17), e representam 0,4 ponto percentual a mais do que as do último relatório, que havia sido publicado em janeiro. Os números foram impulsionados pelo aumento do investimento e do consumo privado no país. Para 2017, no entanto, o fundo revisou para baixo o crescimento do país para 1%. O último relatório mostrava crescimento de 1,1%. Ao comentar a recuperação dos gastos e do investimento no Brasil, o conselheiro econômico e diretor do Departamento de Pesquisas do FMI, Maurice Obstfeld, destacou que a recuperação econômica do Brasil superou as expectativas. " A dinâmica de crescimento aumentou para patamares maiores do que esperávamos. Isso também foi ajudado pelo fato de que a inflação muito baixa no ano passado abriu espaço para que o Banco Central baixasse as taxas de juros e apoiasse a economia”, disse. Inflação O relatório também destaca os patamares historicamente baixos da inflação brasileira e o afrouxamento da política monetária no país, que favoreceu a retomada da atividade econômica. Segundo o FMI, a inflação deve ficar na faixa de 3% a 4% em 2018, mas pode subir no médio prazo à medida que os preços das commodities (produtos primários) voltarem a subir. Ainda assim, deve ficar a taxas muito abaixo da média da década passada. O fundo aponta que melhoras na política monetária parecem ter diminuído as expectativas inflacionárias no Brasil e na Índia. Por outro lado, destaca que em países como Argentina e Turquia, a inflação continua acima das metas dos respectivos bancos centrais. Comércio Segundo o FMI, o comércio global teve grande recuperação em 2017, depois de dois anos de desempenho fraco, crescendo 4,9% em termos reais. A retomada foi mais pronunciada em mercados emergentes e em economias em desenvolvimento, resultado de mais investimento nas economias exportadoras de commodities e da recuperação do investimento em economias avançadas e da demanda doméstica em geral. No Brasil, isso se refletiu na retomada das importações, depois de o país ter vivido em 2015 e em 2016 a queda do preço de commodities. Segundo o FMI, as recessões profundas nesses anos na Rússia e no Brasil tiveram origem nessa queda e também em outros “problemas idiossincráticos”. Gastos públicos O Fundo afirma que reduzir barreiras tarifárias e não tarifárias ao comércio vai ajudar a melhorar a eficiência e aumentar o crescimento da produtividade no Brasil. Além disso, o documento avalia que aumentar a atratividade do programa de concessões de infraestrutura do governo também pode ajudar a ampliar investimentos privados e preencher lacunas de infraestrutura no país. O relatório também destaca o papel de programas de transferência de renda no Brasil e no México para a diminuição da desigualdade. No documento, o FMI diz que reformas como a da Previdência no Brasil são prioridade para garantir que as despesas públicas estejam de acordo com a lei que limita os gastos do governo e para a sustentabilidade fiscal de longo prazo, mas afirma que incertezas políticas decorrentes de eleições podem dificultar a implementação desse tipo de reforma. Além disso, o relatório afirma que governança fraca e corrupção em larga escala também podem comprometer a confiança e o apoio popular para reformas, o que prejudica a atividade econômica. Crescimento global Segundo o FMI, o crescimento mundial subiu para 3,8% em 2017, sobretudo por causa da retomada do comércio global. Essa retomada é consequência da recuperação do investimento nas economias avançadas, do crescimento forte e contínuo nos países emergentes da Ásia, da notável alta nos emergentes europeus e de sinais de recuperação em muitas economias exportadores de commodities. O crescimento global deve chegar a 3,9% neste ano e no próximo, acima das projeções do relatório de outubro do ano passado. Os países que mais contribuíram para a aceleração foram os da zona do euro, o Japão, a China e os Estados Unidos – todas economias que cresceram acima das suas expectativas no último ano –, bem como os países exportadores de commodities. (Agência Brasil)

FMI eleva projeção de crescimento do Brasil para 2,3% em 2018 Read More »

Oito em cada dez brasileiros não se preparam para aposentadoria

O Brasil está envelhecendo rapidamente. Em anos recentes, a população de idosos está ganhando participação cada vez mais significativa em relação aos mais jovens. Embora a expectativa de vida tenha aumentado nas últimas décadas, a grande maioria dos brasileiros não se planeja, no presente, para garantir sua tranquilidade financeira quando for preciso ou desejar parar de trabalhar. A pesquisa O Preparo para Aposentadoria no Brasil, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica que oito em cada dez brasileiros (78%) admitem que não estão se preparando para a hora de se aposentar enquanto apenas 19% dos não-aposentados têm se preparado, percentual que aumenta para 25% entre os homens, 26% entre os mais velhos e 30% nas classes A e B. A estimativa levantada pelo SPC Brasil é de que cerca de 104,7 milhões de adultos acima de 18 anos ainda não aposentados não se preparam para esta fase da vida. “Entre 2005 e 2015, de acordo com o IBGE, a fatia de pessoas com idade entre 0 e 14 anos decresceu de 26,5% para 21,0% do total de habitantes do país; no mesmo período, o percentual daqueles com mais de 60 anos passou de 9,8% para 14,3%. Estima-se que a parcela dos mais velhos possa dobrar nos próximos 24 anos”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. Entre os principais motivos que levaram a se planejar para a aposentadoria estão o hábito de planejar a vida a longo prazo (35%) e o exemplo de pessoas que não se prepararam e por isso tiveram problemas financeiros após a aposentadoria (29%). Orçamento apertado é principal justificativa para não se preparar Entre os que não se preparam para a aposentadoria, 47% afirmam que não sobra dinheiro no orçamento e 22% que estão desempregados. Outros 19% já começaram a guardar dinheiro com esse objetivo, porém não conseguiram continuar devido a problemas financeiros e 15% têm outros planos e prioridades. Já entre os que começaram a se preparar, mas pararam de guardar dinheiro, os principais motivos foram os problemas financeiros (36%), desemprego (35%) e imprevistos pessoais e/ou familiares (29%). Entre estes entrevistados, 22% ainda têm o dinheiro, enquanto 77% já não têm mais – o dinheiro foi utilizado principalmente para pagamento de dívidas (52%), tratamento de saúde (17%) e compras (13%). A maioria dos que pararam de guardar dinheiro para a aposentadoria pretende voltar (92%), no entanto, 52% ainda não tem uma data definida para isso. Para parte dos entrevistados que têm outros planos que não englobam reserva para aposentadoria, 56% priorizam a compra da casa própria, 44% os estudos e 27% a compra de um carro. 77% possuem meta de guardar dinheiro para a aposentadoria. Média do valor reservado é de R$ 371 A pesquisa identificou os meios mais comuns para se preparar para a aposentadoria. São eles a aplicação em poupança (39%), INSS pago pela empresa (30%) e INSS pago por conta própria (23%). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, não é nada promissor o fato de que milhões de brasileiros estejam envelhecendo sem planejar o futuro ou pensar em como irão manter-se. “Estamos vivendo um período de transição, e mesmo com a Reforma da Previdência parada no Congresso no momento, é muito provável que as regras sejam alteradas num futuro próximo, já que o sistema previdenciário, hoje, corre o risco de entrar em colapso em pouco tempo. Em qualquer cenário, depender apenas do INSS não é recomendável. O ideal é pensar em uma combinação entre a previdência pública, que é vitalícia, e uma preparação por conta própria, que comece cedo e seja constante ao longo dos anos”, alerta Kawauti. Entre os que se preparam para a aposentadoria, 87% afirmam possuir o hábito de fazer reserva financeira para outras finalidades além da aposentadoria, sendo que 49% têm dinheiro guardado para imprevistos e 29% para fazer viagens. Sete em cada dez entrevistados (77%) afirmam ter uma meta de guardar dinheiro para a aposentadoria. Entre eles, 91% estão conseguindo manter essa meta de reservar uma quantia todo mês. Já entre os que poupam dinheiro para aposentadoria de forma ativa, 69% guardam dinheiro mensalmente, 18% a cada 2 ou 3 meses e 5% aproximadamente 3 vezes ao ano – já 6% não têm frequência certa. Em média, o valor reservado, independentemente da frequência de reserva, é de R$ 371,38. Atualmente, o valor médio total aplicado e destinado a aposentadoria é de R$ 20.726,76. Segundo o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, a regularidade é um fator fundamental na formação da reserva para a aposentadoria: “Independente do valor que a pessoa pode guardar, o efeito dessa ação será notado no longo prazo, e somente a constância permitirá que a pessoa consiga juntar um valor significativo. A reserva financeira, então, precisa ser planejada e ter um hábito mensal. O importante é definir um valor, fazer as contas e ver se a quantia economizada será suficiente para atingir o valor da aposentadoria pretendido pela pessoa no futuro”. Cerca de 28% dizem saber qual o valor que terão disponível ao se aposentar e 33% acreditam que o valor que está economizando será suficiente para a aposentadoria no futuro. Quatro em cada dez (43%) consideram que o valor que poupam para a aposentadoria aumentou nos últimos dois anos, 41% que ele permaneceu o mesmo e apenas 10% que ele diminuiu. Brasileiros pretendem se aposentar aos 61 anos De acordo com o levantamento, a idade média em que os entrevistados começaram a poupar para a aposentadoria é 28 anos. Em média, os entrevistados pretendem parar de trabalhar e se aposentar aos 61 anos, entretanto, outros 21% pretendem continuar trabalhando de forma integral ou parcial, principalmente porque querem se manter ativos (60%) ou por gostarem do seu trabalho (18%). Já entre os que pretendem parar de trabalhar quando se aposentarem, 60% pretendem ter um período de transição até a aposentadoria. As principais atividades planejadas para o período da aposentadoria são viajar

Oito em cada dez brasileiros não se preparam para aposentadoria Read More »

Indicador de confiança do consumidor fica estável em março e registra 42,2 pontos

O Indicador de Confiança do Consumidor (ICC), que mensura a percepção do brasileiro com a economia e com as próprias condições financeiras ficou praticamente estável no último mês de março ao apresentar 42,2 pontos. Em igual mês do ano passado, o índice se encontrava em 42,3 pontos na escala e em fevereiro de 2018, estava em 42,8 pontos. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), sendo que a escala do indicador varia de zero a 100 e resultados acima de 50 pontos demonstram um predomínio da percepção de otimismo. Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a economia brasileira vem dando sinais de melhora, mas apesar dessa evolução, a mudança no cenário é lenta e insuficiente para recolocar o país no nível de atividade anterior à crise. “A recuperação da atividade econômica existe e está consolidada, mas o ritmo de melhora é gradual e, por enquanto, não se reflete de forma imediata no dia a dia do consumidor. Com a melhora dos níveis de renda, emprego e inadimplência, a recuperação fará com que a confiança do consumidor apresente resultados mais expressivos”, explica o presidente. O Indicador de Confiança é composto pelo Subindicador de Expectativas, que passou de 54,5 pontos em março do ano passado para 53,3 pontos em março deste ano, e pelo Subindicador de Condições Atuais, que registrou 31,1 pontos neste último mês de março ante 30,1 pontos em igual mês de 2017. Pela metodologia do indicador, os resultados só demonstram uma prevalência de otimismo caso estejam acima de 50,0 pontos. 76% dos brasileiros acreditam que a economia está mal e apenas 9% estão satisfeitos com própria vida financeira De acordo com o levantamento, 76% dos consumidores avaliam negativamente as condições atuais da economia brasileira. Para 21%, o desempenho é regular e para apenas 2% o cenário é positivo. Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, a principal explicação é o desemprego elevado, citado por 63% dos entrevistados. Em seguida, aparecem o aumento dos preços (56%) – embora a inflação esteja em queda -, altas taxas de juros (40%) e queda do consumo (21%). Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o número de consumidores insatisfeitos é menor do que quando se avalia a economia do Brasil como um todo, mas ainda assim é elevado. De acordo com a sondagem, quatro em cada dez (39%) brasileiros consideram a atual situação financeira como ruim ou péssima. Outros 51% consideram regular e um percentual menor, de apenas 9%, avalia como boa. O levantamento ainda revela que 60% dos brasileiros que trabalham têm algum receio de serem demitidos, sendo que 27% classificam esse risco como baixo, 24% avaliam como médio e 8% avaliam como alto. Os que não demonstraram medo de perderem o emprego somam 40% dos consumidores ouvidos. Mesmo com inflação controlada, custo de vida ainda pesa para 50% dos brasileiros O elevado custo de vida é o fator mais negativo para os consumidores que classificam a vida financeira como ruim, apontadas por 49% deles. Os entrevistados mencionam também o desemprego (39%), a queda da renda familiar (28%) e o fato de terem lidado com algum imprevisto que desorganizou as finanças (14%). Outros dados do levantamento sugerem que apesar de a inflação se encontrar em processo de desaceleração, o custo de vida ainda é o problema que mais tem pesado (50%) sobre as finanças dos brasileiros, opção que fica à frente do endividamento (17%), desemprego (16%) e queda dos rendimentos (11%). Os preços elevados são sentidos principalmente nos postos de gasolina (87%) e nos supermercados (83%). “Essa percepção de avanço dos preços se explica pelo fato de que no auge da crise os preços cresceram de forma sucessiva. Então, essa é a memória mais recente do brasileiro que acaba neutralizando a percepção de que hoje os preços crescem menos do que anteriormente”, explica a economista. Outro dado é que, considerando a parcela minoritária de consumidores que enxergam a sua vida financeira de forma positiva, 49% atribuem esse fato ao controle que fazem do seu orçamento. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a constatação revela a importância de colocar a organização financeira como prioridade, sobretudo em um momento de crise como o atual. “O dado reforça a importância do controle dos gastos, algo que nem sempre é devidamente praticado. Muitos consumidores negligenciam a prática do controle orçamentário e evitam colocar, na ponta do lápis, o valor dos seus ganhos e dos seus gastos. Isso pode estar na raiz do endividamento, da inadimplência, além de constituir, no longo prazo, um impedimento à realização de sonhos”, afirma. Otimistas com a economia do país somam apenas 16%, mas 55% acreditam que vida financeira vai melhorar A sondagem também procurou saber o que os brasileiros esperam do futuro da economia do Brasil para os próximos seis meses e descobriu que 40% estão declaradamente pessimistas. Quando essa avaliação se restringe a vida financeira, no entanto, o volume de pessimistas cai para apenas 10%. Os otimistas com a economia são apenas 16% da amostra, ao passo que para a vida financeira, o percentual sobe para 55% dos entrevistados. Para justificar a percepção majoritariamente pessimista com os próximos seis meses da economia, os escândalos políticos ganham protagonismo: quatro em cada dez desses entrevistados (59%) citam a corrupção como a principal razão da descrença. Para 39%, o motivo do pessimismo é o desemprego que ainda continua elevado. Há ainda 32% que alegam discordar das medidas econômicas que vem sendo tomadas pelo atual governo. A maior parte dos otimistas, contudo, não sabe explicar a razão desse sentimento, seja no campo do orçamento pessoal (43%) ou da economia do país (55%). Ainda com relação ao otimismo com a economia, 18% disseram ter a percepção de que a população está mais satisfeita do que há alguns meses e 12% sentem que as pessoas aos poucos estão voltando a consumir. Do lado da vida financeira, 28% veem chances de conseguir um

Indicador de confiança do consumidor fica estável em março e registra 42,2 pontos Read More »

Navegar é preciso, mas viver também é preciso

O mundo digital nos leva cada vez mais a ficar conectados. Do e-mail, passando pelas redes sociais, até a troca de mensagens, ninguém vive ou trabalha hoje em dia sem estar em rede. É um ponto sem retorno, dizem alguns especialistas. Contudo, esse novo comportamento tem causado problemas sérios. Um estudo feito em 2014 revelou que 420 milhões de pessoas, cerca de 6% da população mundial, podem estar viciadas em internet. Segundo outro estudo, feito pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, um alto grau de conexão conduz a uma perda progressiva de controle e ao aumento do desconforto emocional. Os indivíduos que gastam horas excessivas na internet tendem a utilizá-la como meio primário de aliviar a tensão. Normalmente, apresentam perda do sono por causa do incitamento causado pela estimulação psicológica e desenvolvem problemas em suas relações interpessoais, entre outras consequências. No sentido contrário do aumento da conexão, tem surgido movimentos que estão estudando esse fenômeno. Uma deles é o time well spent (tempo bem empregado, em tradução livre), que pretende “libertar a mente dos usuários do sequestro de tempo promovido pelas novas tecnologias. Criado por um ex-funcionário do Google, Tristan Harris, o movimento propõe que os fabricantes de celular substituam o clique no ícone dos aplicativos pela necessidade de digitar o seu nome, fazendo com o usuário leve a se questionar a real necessidade de usá-lo naquele momento. Outro movimento que levanta a bandeira da desconexão é slowmedia. Criado por um grupo de jornalistas alemães, um dos princípios propostos é a realização de uma tarefa por vez. Inspirado no slowfood, que defende uma maior concentração na hora das refeições, o movimento também defende o consumo de uma mídia por vez, priorizando o foco e a atenção. Independentemente de movimentos, a nossa mente pede a desconexão. Algumas atitudes práticas podem ajudar nessa direção, sem impedir o acesso à tecnologia e ao uso das facilidades que ela trouxe à vida moderna: 1. Área de trabalho estratégica – Somente instalar aplicativos essenciais no celular e deixar visível na tela aqueles que tragam informação relevante. Os demais devem ser desinstalados e ficar fora do alcance fácil da nossa visão. 2. Menos notificações – Retirar, por exemplo, as notificações das redes sociais e dos aplicativos de mensagens, como o Whastapp, diminui a ansiedade pelas verificações frequentes do celular. A inversão desse processo, deixando de ser avisado para ir em busca da informação, permite dar maior atenção ao trabalho e às relações interpessoais. 3. Blocos de desconexão – Criar períodos ao longo do dia sem o uso do celular. Principalmente em atividades corriqueiras. Não levar o aparelho ao supermercado, deixá-lo em casa para caminhar ou fazer exercícios, não usar próximo da hora de dormir e mantê-lo desligado durante o sono são algumas atitudes simples de desconexão.

Navegar é preciso, mas viver também é preciso Read More »