Arquivos Economia - Página 43 De 424 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Recife Chuvas

É a economia... e o meio ambiente: a inevitável conexão com as mudanças climáticas

Eventos extremos, como as chuvas da semana passada, mostram que a resiliência urbana e políticas ambientais são essenciais para o desenvolvimento econômico Todo final de ano fazemos matérias de perspectivas econômicas para analisar o que vem pela frente. Para um dos especialistas nacionais que entrevistei, perguntei sobre os possíveis impactos das mudanças climáticas na economia. Ele sugeriu que eu entrevistasse um ambientalista. Ele falava de PIB, inflação, desemprego… não de meio ambiente. Além de todos os transtornos e até vítimas, as chuvas desta semana, mais uma vez, fecharam comércios, cancelaram aulas e deixaram casas inundadas e vários bairros sem energia. Vidas perdidas, patrimônios destruídos e cidades paradas esperando a chuva parar. Mais uma demonstração de que não dá para falar de economia sem tratar de meio ambiente. Os investimentos para tornar as cidades mais resilientes não são baixos. Em uma região com tantas famílias vivendo às margens dos rios e nos morros, a necessidade de políticas robustas de moradia ganham outra dimensão. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO RECIFE NO EVENTO DA FIEPE O novo secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, Carlos Andrade Lima, é um dos convidados da mesa de abertura do IV Seminário Brasil de Economia. O seminário, que acontece na próxima quarta-feira (12.02), é promovido pela Fiepe e o Conselho Regional de Economia de Pernambuco. Em 2024, o Recife foi responsável pela criação de um a cada três empregos com carteira assinada em Pernambuco. O número ratifica a posição da capital como principal cidade geradora de empregos formais do Estado. INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS EM JABOATÃO DOS GUARARAPES A Direcional Engenharia expande sua presença em Jaboatão dos Guararapes com o lançamento dos empreendimentos Viva Vida Jardim Botânico e Direcional Conquista Jaboatão, que integram os programas Minha Casa, Minha Vida e Morar Bem Pernambuco. Os projetos somam 720 unidades habitacionais e incluem infraestrutura de lazer completa, além de obras de contrapartida social, como pavimentação de ruas e melhorias no abastecimento de água. “Com o lançamento de dois empreendimentos em Jaboatão dos Guararapes, reforçamos nossa atuação estratégica em uma cidade onde temos alcançado resultados expressivos”, afirma Renato Bezerra, superintendente comercial e de incorporação da Direcional em Pernambuco. NISSIN LANÇA PRODUTO DE OLHO NO MERCADO DO NORDESTE A Nissin Foods amplia sua conexão com o público do Norte e Nordeste ao lançar o Nissin Lámen sabor Cuscuz com Calabresa, um tributo à culinária regional. Com embalagem assinada pelo xilogravurista J. Borges, o produto não só celebra um dos pratos mais emblemáticos do Nordeste, mas também reforça a estratégia da empresa de valorizar a cultura local. “O cuscuz é uma verdadeira paixão no Nordeste, e trazer essa combinação em um lámen é nossa forma de celebrar a energia, os sabores e as histórias dessa terra tão vibrante”, afirma Danielle Ximenes, gerente da marca. A empresa, que é líder no segmento de macarrão instantâneo, possui uma das suas fábricas em Pernambuco, na cidade de Glória de Goitá. A outra unidade fica no interior de São Paulo. SETOR DE BARES E RESTAURANTES BATE RECORDE DE EMPREGOS EM 2024 NO PAÍS O setor de alimentação fora do lar criou 230 mil novas vagas em 2024, atingindo 5,74 milhões de trabalhadores, o maior número da série histórica iniciada em 2016, segundo a PNAD do IBGE. Com um crescimento de 4,2%, bem acima da média nacional de 0,8%, bares e restaurantes reforçam sua importância para o mercado de trabalho. Além disso, o salário médio no setor subiu 5,8%, chegando a R$ 2.190. Para que esse crescimento continue, empresários defendem medidas como a desoneração da folha de pagamento e o fortalecimento do trabalho intermitente.

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Cezar Andrade economista

Confiança do empresário industrial cresce em Pernambuco, mas cenário ainda exige cautela

ICEI sobe 0,8 ponto em janeiro, sinalizando otimismo moderado diante de desafios econômicos. O economista da FIEPE, Cézar Andrade, destaca a necessidade de medidas que impulsionem a chegada de novos investimentos. Foto: Divulgação O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) em Pernambuco registrou leve alta de 0,8 ponto percentual em janeiro, atingindo 52,5 pontos. O avanço reflete um otimismo moderado, mas o índice permanece 3,2 pontos abaixo do mesmo período de 2024, demonstrando que a confiança ainda não se recuperou totalmente. O resultado estadual contrasta com o cenário nacional, onde o ICEI caiu para 49,1 pontos, indicando desconfiança no setor industrial brasileiro. Apesar do crescimento no estado, a percepção das condições atuais do mercado segue preocupante. O Índice de Condições Atuais caiu 2,2 pontos em janeiro, chegando a 48,2 pontos, abaixo da linha dos 50 pontos, o que reflete um ambiente de maior cautela e incerteza. Segundo o economista da FIEPE, Cézar Andrade, "enquanto a confiança geral apresenta leve melhora e as expectativas para o futuro indicam otimismo moderado, a percepção das condições atuais segue negativa. Diante desse panorama, torna-se essencial a adoção de medidas que impulsionem a economia, estimulem investimentos e promovam um ambiente de negócios mais favorável para a indústria". Por outro lado, o Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários no futuro, subiu 1,6 ponto, alcançando 53,9 pontos. Apesar de um otimismo renovado para os próximos meses, o indicador ainda está 3,8 pontos abaixo do registrado em janeiro de 2024, sugerindo que as perspectivas de crescimento são cautelosas. Enquanto isso, no Brasil, o índice sofreu leve queda de 0,4 ponto, ficando em 51,5 pontos, ainda acima da linha divisória da confiança.

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divida endividamento

Endividamento das famílias recua, mas cautela com gastos cresce

Pesquisa da CNC aponta redução no número de endividados, enquanto consumidores adotam hábitos mais conservadores O número de famílias endividadas no Brasil registrou queda em janeiro, alcançando 76,1%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice representa uma redução de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e de 2 pontos na comparação com janeiro de 2024. Apesar da melhora, a pesquisa indica que os brasileiros estão mais cautelosos com o consumo e menos propensos a contrair novas dívidas. Embora a inadimplência tenha registrado uma leve queda pela primeira vez desde julho de 2024, 12,7% das famílias ainda não conseguem pagar suas dívidas. O cartão de crédito segue como o principal vilão, utilizado por 83,9% dos endividados. Entre as famílias que ganham até três salários mínimos, o percentual de endividamento aumentou, e 18,4% não têm condições de quitar seus débitos. A CNC projeta que o endividamento voltará a crescer a partir de março, podendo atingir 77,5% até o final do ano. A professora Danieli Silveira é um exemplo dessa mudança de comportamento. Após enfrentar dificuldades financeiras devido ao desemprego, ela reavaliou seus hábitos e passou a priorizar compras à vista. “É assim que estou me policiando e conscientizando que o consumo saudável é a melhor saída”, afirma. Já o técnico em logística Cesar (nome fictício) enfrenta dificuldades para quitar as dívidas acumuladas após sua esposa, enfermeira, se afastar do trabalho para tratamento de câncer. Ele busca renegociar os juros no Procon para aliviar a situação: “Vou ser sincero, estou mais preocupado com a saúde mental da minha esposa e da família em geral.”

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Ao centro aparecem seis copos com bebidas em um momento de brinde

Setor de bares e restaurantes projeta alta no faturamento durante o Carnaval

A pesquisa mais recente da Abrasel em Pernambuco aponta que 69% dos bares e restaurantes do estado esperam crescimento nas vendas durante o Carnaval de 2025, impulsionados pelo aumento da programação festiva e maior fluxo de turistas. A capital, o litoral e o interior devem sentir os efeitos positivos da movimentação, beneficiando estabelecimentos de diferentes regiões. Apesar do otimismo, desafios como inflação e endividamento ainda preocupam o setor, com 40% das empresas relatando dívidas em atraso. Mesmo assim, os empresários seguem confiantes, investindo em cardápios especiais, reforço nas equipes e horários estendidos para atender à alta demanda da folia. Travelex anuncia Joint Venture para assumir a operação da Europa Câmbio A Travelex Confidence anunciou a criação de uma Joint Venture para assumir a operação da corretora Europa Câmbio, incorporando suas 21 unidades às mais de 120 lojas já existentes da empresa. Com isso, a marca expande sua presença para estados como Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Espírito Santo, fortalecendo sua liderança no setor de câmbio em 145 pontos de venda. Todas as lojas da Europa Câmbio passarão a oferecer o portfólio completo de serviços da Travelex Confidence, incluindo transferências internacionais, compra e venda de moedas estrangeiras, cartões pré-pagos e conta global. A Europa Câmbio que nasceu em 1995 em Pernambuco e tem entre os sócios, além do grupo B&T, o pernambucano Paulo Victor Pereira e Edísio Neto. Fórum AMP de Qualificação Técnica integra a programação do Festival PREAMP 2025 O Festival PREAMP 2025 promove, nesta segunda-feira (10), o Fórum AMP de Qualificação Técnica no Museu Cais do Sertão, no Recife. Com entrada gratuita, o evento oferece palestras e debates voltados à capacitação de profissionais da cultura, abordando temas como inteligência artificial na produção musical e os desafios das plataformas de streaming para artistas. O fórum busca fomentar o conhecimento e promover a troca de experiências entre artistas, produtores e técnicos culturais. Durante o evento, serão discutidos temas relevantes para o mercado da economia criativa, com a participação de representantes do Ministério da Cultura, Fundarpe e Secretaria de Cultura de Pernambuco, além de especialistas do setor. O Fórum AMP é parte da programação da 22ª edição do Festival PREAMP, que ocorre de 10 a 22 de fevereiro no Cais do Alfândega, no Bairro do Recife, com apoio da Prefeitura do Recife e outras entidades culturais. Afya avança no Mais Médicos 3 e busca expandir atuação em Pernambuco A Afya, maior hub de educação médica do Brasil, foi classificada para a segunda fase do Programa Mais Médicos 3 e busca autorização para abrir um curso de Medicina em Catende, Pernambuco. Com presença consolidada no estado, a instituição já opera a Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão. O processo seletivo segue para avaliação final, com desfecho previsto para 30 de maio. "A chegada de um curso de Medicina representa não apenas uma nova oportunidade educacional, mas também econômico e um avanço para toda a estrutura de saúde da região”, avalia Luiz Cláudio Pereira, diretor acadêmico de graduação da Afya. Inscrições abertas para o Selo Empresa Verde 2025 Empresas pernambucanas que adotam práticas sustentáveis podem se inscrever, a partir desta sexta (7), no Selo Empresa Verde, concedido pela Jucepe em parceria com órgãos estaduais. A certificação, agora baseada nos critérios ambientais, sociais e de governança (ASG), reconhece negócios comprometidos com a sustentabilidade. O prazo para inscrição é até 30 de março e a premiação ocorrerá em junho. Além do reconhecimento, as empresas certificadas terão benefícios como acesso facilitado a crédito e vantagem em processos licitatórios. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail seloverde@jucepe.pe.gov.br.

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Cesta básica sobe nas capitais e custa ao menos 40% do salário mínimo

Aumento é anotado em 13 das 17 cidades pesquisadas Da Agência Brasil, com informações adicionais do Dieese Levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou aumento no custo da cesta básica em janeiro deste ano em 13 das 17 cidades pesquisadas. A maior alta foi em Salvador (6,22%), seguida por Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). As quatro cidades onde houve redução no valor global dos itens foram Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%). O levantamento – realizado desde 2005 - é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No Recife, o aumento foi de 1,76%, em relação ao mês de dezembro. Na comparação com janeiro do ano anterior, o valor da cesta básica do Recife subiu 8,76%. A cesta básica mais cara foi cotada em São Paulo, onde os alimentos que a compõem custam R$ 851,82, 60% do salário mínimo oficial (R$ 1.518). No Recife, a cesta básica custou em janeiro R$ 598,72, segundo o estudo. Em janeiro, segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15. Estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024, dado mais atual disponível. Valores A comparação, segundo o Dieese, é possível "com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência". Em janeiro de 2024, deveria ter ficado em R$ 6.723,41 ou 4,76 vezes o valor vigente. A inflação dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, valor próximo ao aumento indicado. As cidades do sul e sudeste estão entre as mais caras cotadas. Em Florianópolis, o valor médio da cesta básica foi de R$ 808,75, no Rio de Janeiro R$ 802,88, e, em Porto Alegre, R$ 770,63. Custo Curitiba, com R$ 743,69, Vitória com 735,31 e Belo Horizonte com R$ 717,51 completam o setor, mas foram superadas por Campo Grande (R$ 764,24), Goiânia (R$ 756,92) e Brasília (R$ 756,03). As capitais do Norte e Nordeste pesquisadas têm custos abaixo da metade do valor do salário mínimo. Em Fortaleza a cesta básica custou em média R$ 700,44, em Belém R$ 697,81, em Natal R$ 634,11, em Salvador R$ 620,23, em João Pessoa R$ 618,64, no Recife R$ 598,72 e em Aracaju R$ 571,43. A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café em pó, que subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses; o tomate, que aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período, mas teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas; e o pão francês, que aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses, o que se atribui a uma "menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado". O reajuste poderia ter sido maior, porém, foi contido por itens como a batata, que diminuiu em todas as capitais no último ano, o leite integral, que, apesar do reajuste durante o ano, teve queda em 12 cidades em dezembro, e o arroz agulhinha e o feijão preto, que têm caído de preço nos últimos meses por conta de aumento na oferta.

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Vista aérea diurna da BR 232 - em Pernambuco, com dezenas de carros

A BR-232 e o futuro econômico de Pernambuco

Dentre vários condicionantes, o desenvolvimento regional assenta-se sobre duas propostas: educação e logística. Em se tratando do primeiro tema, vários documentos, matérias e crônicas têm registrado a importância ímpar da expansão do ensino técnico e superior ocorrido a partir de 2004, quando dezenas de universidades, mais de 100 campi foram abertos no interior do Brasil, destacando-se a região Nordeste. No caso de Pernambuco a presença dos institutos e universidades federais, somando-se à interiorização da UPE (Universidade de Pernambuco) e seguindo-se das escolas e faculdades privadas, permitiu que a juventude que mora fora da região metropolitana tivesse acesso ao ensino superior. Há alguns desafios a serem pontuados em uma outra oportunidade. Debruçando-se um pouco sobre o mapa de Pernambuco, há de se considerar que um grupo de grandes e médios municípios se encontram à sua margem, iniciando-se pelo Recife, Moreno, Vitória de Santo Antão, Pombos, Gravatá, Bezerros, Caruaru, São Caetano, Tacaimbó, Belo Jardim, Sanharó, Pesqueira, Arcoverde, Custódia, Serra Talhada, Salgueiro e Parnamirim. Este traçado, desde o início do Século 19, conforme é tão bem documentado pelo engenheiro Maurício Pina em seu livro BR-232 – Um Caminho de Engenharia e História, representa a rota preferencial entre o leste-oeste do Estado. Também não é difícil verificar que nesta relação encontram-se várias cidades com população superior a 80 mil habitantes e que representam polos dinâmicos da economia regional, destacando-se a capital, Vitória de Santo Antão, Gravatá, Caruaru, Belo Jardim, Pesqueira, Arcoverde, Serra Talhada e Salgueiro. O surpreendente é ver que são poucas as lideranças que têm levantado de forma sistemática e consistente a urgência da duplicação desta rodovia como condição sine qua non para o desenvolvimento pernambucano. Para a maioria dos gestores das instituições públicas, normalmente sediadas no Recife, há de se considerar que não tenham a real dimensão do que representa o Estado e por isso facilmente se veem envolvidos em outras questões que, apesar de importantes, não se assemelham a essa. Entretanto, em se tratando de gestores municipais e das bancadas estaduais e federais, é algo pouco compreensível. Será que essas lideranças não trafegam nessa rodovia? Considerando que os aeroportos do interior estão instalados em Caruaru, Serra Talhada, Araripina e Petrolina, é quase certo que venham ao Recife ou tenham que ir a Brasília quase todas as semanas. Em dias normais, o tráfego para quem se desloca pelo Sertão é congestionado em vários trechos, tornando-se um exercício de paciência entre Arcoverde e São Caetano, quando se encontra o segmento duplicado da rodovia. Neste sentido é incompreensível não haver um movimento arco-íris, congregando as lideranças, independente de partidos ou ideologia para lutar por esta causa. GOVERNAR É ELEGER PRIORIDADES, FUNDAMENTALMENTE Nos últimos meses voltou à discussão a duplicação da rodovia no trecho entre São Caetano e Serra Talhada, havendo o governo estadual destinando algo ao redor de R$ 50 milhões para o projeto técnico. Lembrando que, no governo anterior, havia sido aberta a licitação visando o projeto entre São Caetano e Custódia, não saindo do ponto inicial, ao que consta. Aguarda-se pela apresentação do projeto para que se possam iniciar as negociações com o Governo Federal, que mantém a jurisdição sobre a estrada, de forma a que se destine os recursos para a obra em si. Apesar dos anúncios, fogos, rojões e outdoors, o fato é que essa é uma tarefa que exigirá foco, esforço e meios. Colocar o projeto na pasta e partir para Brasília faz parte do manual, mas seria importante contar com os deputados e senadores de Pernambuco abraçando a ideia e destinando ao menos as emendas de bancada de um ano como contrapartida coletiva à obra, o mesmo podendo se esperar dos gestores das cidades diretamente ligadas ao seu traçado. DA HIPÓTESE AO FATO A obra de Maurício Pina é rica em detalhes e comenta o esforço de um número expressivo de políticos e engenheiros pernambucanos e até do exterior que esteve envolvido no planejamento, construção e financiamento dessa obra, destacando alguns como o engenheiro Abdias de Carvalho que, com toda a justiça, empresta seu nome à avenida pela qual se inicia a rodovia no Recife, passando por governantes como Nilo Coelho e Jarbas Vasconcelos. A decisão do governador Jarbas em destinar parte substancial da privatização da Celpe para duplicar o trecho da BR-232, compreendido entre o Recife e São Caetano, foi a mais importante decisão estratégica tomada por um governante de Pernambuco nos últimos 30 anos. Pois bem, que todos estejam juntos em um movimento que transforme a hipótese em fato e que se estabeleça um plano de médio prazo que vise à ligação Recife-Araripina e Recife-Petrolina com estradas duplicadas, com anéis viários, onde se fizerem necessários, e as obras complementares de pontes, viadutos e vias paralelas, demandadas. Aguarda-se também a conclusão da ferrovia Transnordestina. Uma outra luta não menos árdua, mas que fica para outra hora. No momento, que se trabalhe na duplicação do que existe e está em uso permanente, a BR-232. *Por Geraldo Eugênio, professor da UFRPE em Serra Talhada

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Indústria brasileira cresce 3,1% em 2024, mas enfrenta desafios no fim do ano

Expansão foi a terceira maior em 15 anos, impulsionada pelo emprego e renda, mas juros altos frearam o setor no último trimestre A produção industrial brasileira encerrou 2024 com crescimento de 3,1% em relação ao ano anterior, conforme a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. Esse resultado foi o terceiro maior dos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2010 (10,2%) e 2021 (3,9%). O desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento do emprego, da renda e do consumo das famílias. No entanto, a indústria ainda opera 15,6% abaixo do pico registrado em maio de 2011. Apesar do crescimento anual expressivo, a produção industrial registrou quedas sucessivas nos últimos três meses do ano. Em dezembro, houve retração de 0,3%, acumulando perda de 1,2% no trimestre. Segundo o IBGE, a desaceleração foi impactada pela elevação da taxa Selic, que subiu de 10,5% para 13,25% no segundo semestre, além da valorização do dólar e do aumento da inflação, que fechou o ano em 4,83%. “A confiança de empresários e consumidores foi afetada pelo aperto monetário e pelos custos mais altos”, explica André Macedo, gerente da pesquisa. A expansão de 2024 foi disseminada entre diferentes segmentos, com crescimento nas quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 25 ramos industriais pesquisados. O setor de bens de consumo duráveis e os intermediários tiveram destaque, beneficiados pela maior massa salarial e pela ampliação do crédito no primeiro semestre. No entanto, o cenário mudou nos últimos meses do ano, com a alta dos juros reduzindo a demanda e impactando investimentos na indústria. O futuro do setor dependerá da política econômica e da trajetória da Selic. Se os juros começarem a cair em 2025, a indústria pode recuperar o fôlego. Enquanto isso, o setor segue cauteloso, equilibrando crescimento e desafios estruturais.

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ICEC Fecomercio PE

Consumo das famílias cresce no Recife, mas empresários enfrentam desafios

Confiança dos consumidores sobe com renda e emprego, enquanto varejo sente impacto da Selic e dos custos operacionais O Índice de Consumo das Famílias (ICF) no Recife iniciou 2025 em alta, impulsionado pela recuperação da renda, controle da inadimplência e aumento do emprego formal. De acordo com a Fecomércio-PE, os consumidores estão mais confiantes para gastar, favorecendo setores como supermercados e farmácias. Apesar do avanço, a informalidade e a inflação ainda são desafios para o cenário econômico ao longo do ano. Por outro lado, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) apresentou queda de 3,4% em janeiro, refletindo a incerteza econômica. A alta da taxa Selic, a valorização do dólar e o aumento dos combustíveis pressionaram os custos operacionais, levando empresários a reduzir investimentos e contratações. “O aumento da taxa Selic encarece o crédito tanto para consumidores quanto para as empresas, reduzindo a disposição para novos investimentos e, consequentemente, o ritmo da atividade econômica”, destaca Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE. O impacto desse cenário já pode ser observado no mercado de trabalho, com uma redução de 2,8% na expectativa de contratações e um recuo de 2,5% nos investimentos das empresas. Além disso, a confiança na economia brasileira caiu 7%, enquanto a percepção do comércio teve retração de 8,2%, indicando uma postura mais cautelosa dos empresários. O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, reforça a resiliência do setor comercial, apesar dos desafios. “Os empresários estão atentos às oscilações do mercado, mas é importante destacar que o comércio tem uma capacidade de adaptação muito forte. A expectativa é que uma futura redução da inflação e possíveis ajustes na política econômica tragam um alívio ao setor nos próximos meses”, afirma. A Fecomércio-PE segue monitorando o mercado por meio de pesquisas econômicas e sondagens setoriais, auxiliando empresários e consumidores a tomarem decisões estratégicas diante do atual cenário econômico.

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Morada da Paz Paulista

Setor de death care cresce e Morada da Paz amplia atuação em Pernambuco

Empresa registra aumento de 6% no estado O mercado de death care no Brasil, que envolve serviços funerários e suporte às famílias enlutadas, movimenta anualmente cerca de R$ 13 bilhões. Impulsionado pela busca por soluções personalizadas e acessíveis, o setor vem registrando expansão expressiva. Em Pernambuco, o Grupo Morada apresentou crescimento de 6% entre janeiro e novembro de 2024, reforçando sua liderança na região. Entre os serviços que impulsionaram esse avanço está a Assistência Funeral Morada da Paz Essencial, que registrou um aumento de 27% nas adesões no estado. “Nos últimos anos, temos observado um crescimento significativo na procura pelos serviços funerários e cemiteriais do Morada da Paz em Pernambuco. Esse aumento reflete a conscientização da população sobre a importância do planejamento funerário e, principalmente, a confiança no atendimento de excelência que oferecemos, consolidando nossa posição como referência no setor”, destaca Jarlyson Rocha, gerente comercial do Grupo Morada. A empresa também investe em alternativas sustentáveis, como urnas biodegradáveis e processos que reduzem impactos ambientais, atendendo à demanda crescente por práticas ecológicas no setor. Outro diferencial é a ampliação dos serviços voltados para animais de estimação, oferecidos pelo Morada da Paz Pet. “Registramos um aumento expressivo na procura pelos serviços funerários pet em relação ao mesmo período do ano anterior, o que evidencia o papel dos pets como membros da família. Nosso compromisso é oferecer um atendimento acolhedor e respeitoso, buscando amenizar a dor da perda com cuidado e empatia”, acrescenta Jarlyson.

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Expansão dos Data Centers exige investimento e qualificação

O setor de data centers no Brasil está em plena expansão, mas enfrenta desafios como a necessidade de investimentos em infraestrutura e a qualificação de profissionais. “A perspectiva para o mercado de data centers no Brasil é de crescimento acelerado, com a previsão de triplicar a capacidade instalada atual até 2029, o que representará um investimento de aproximadamente R$ 100 bilhões”, afirmou Renan Lima Alves, presidente da ABDC (Associação Brasileira de Data Centers). O executivo destaca que “o data center é a espinha dorsal da transformação digital” e ressalta a importância de políticas públicas para impulsionar o segmento. Segundo ele, a regulamentação adequada e incentivos podem atrair novos players e fortalecer o ecossistema digital do País. Pernambuco recentemente teve o anúncio da Um Telecom de um investimento de R$ 300 milhões. Além da infraestrutura, a formação de mão de obra qualificada é um ponto crítico para acompanhar o crescimento do setor. Para entender o potencial desse mercado, em que Pernambuco está entrando, publicamos uma entrevista com Renan Lima no site: algomais.com/renanlima Fiepe e Corecon-PE promovem debate sobre economia em 2025 A Fiepe e o Corecon-PE (Conselho Regional de Economia de Pernambuco) promovem, no dia 12 de fevereiro, das 14h às 18h, o evento Perspectivas e Desafios para as Economias Brasileira e Pernambucana em 2025. O encontro, que acontecerá na sede da Fiepe, reunirá especialistas para discutir os rumos da economia, com participação do economista Jorge Jatobá, que analisará o cenário nacional, e do secretário executivo de Atração de Investimentos de Pernambuco, Maurício Laranjeira, que abordará os desafios e oportunidades do Estado. O evento é gratuito e aberto ao público, com inscrições pelo link: Sympla. PERNAMBUCO SEDIARÁ CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA Entre os dias 12 e 16 de maio, o Recife receberá a 19ª edição da CBA 19 (Conferência Internacional sobre Adaptação Comunitária às Mudanças Climáticas), tornando-se a primeira localidade da América Latina a sediar o evento. Organizada pelo IIED (International Institute for Environment and Development), em parceria com o Governo de Pernambuco e o ICS (Instituto Clima e Sociedade), a conferência reunirá especialistas e lideranças globais para debater soluções inovadoras de adaptação climática. NOVA DIRETORIA DO CRA-PE TOMA POSSE E ANUNCIA AÇÕES PARA FORTALECER A CATEGORIA O CRA-PE (Conselho Regional de Administração de Pernambuco) realizou na semana passada, a cerimônia de posse da nova diretoria para o biênio 2025/2026, coincidindo com as comemorações pelos 60 anos da regulamentação da profissão de administrador no Brasil. Mychel Paes Barreto assumiu a presidência, com Jefferson Araújo como vice, e anunciou iniciativas como a criação de mais de 10 Comissões Especiais para atender áreas como gestão pública, ESG e transformação digital, além da nomeação de representantes em instituições de ensino superior do interior do Estado. VENDA DE MOTOS CRESCE EM PERNAMBUCO E ATINGE MAIOR ALTA EM 10 ANOS Pernambuco registrou um aumento de 6,5% na frota de motocicletas em 2024, o maior crescimento em uma década. A alta foi impulsionada pelo uso de motos para delivery e transporte de passageiros, além do crédito facilitado que ampliou o acesso ao financiamento. O Sicredi destacou que a demanda por crédito para aquisição de motos tem crescido.

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