Endividamento Atinge Mais De 425 Mil Famílias No Recife Em Julho - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Endividamento atinge mais de 425 mil famílias no Recife em julho

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Cartão de crédito lidera dívidas; comprometimento da renda chega a quase 30%

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e analisada localmente pela Fecomércio-PE, mostra que 80,4% das famílias recifenses estavam endividadas em julho de 2025 — o equivalente a 425 mil lares. O índice mantém estabilidade frente a junho (80,7%) e registra leve alta em relação a julho de 2024 (79,2%). O cartão de crédito segue como principal responsável, citado por 93,1% dos endividados. Entre eles, 24,9% (131 mil famílias) estão com contas em atraso, e 13,5% (71 mil) afirmam não ter condições de quitá-las.

O estudo aponta que 64,5% dos entrevistados comprometem entre 11% e 50% do orçamento familiar com dívidas, resultando em uma média de 29,6% da renda comprometida. Além disso, 29% das famílias afirmam estar endividadas há mais de um ano, com tempo médio de endividamento de 7,8 meses. No caso da inadimplência, 41,9% das contas em atraso já ultrapassam 90 dias, e a média de atraso é de 60 dias, fator que pode reduzir o consumo no segundo semestre, especialmente no setor de bens duráveis.

Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, o levantamento é fundamental para compreender e acompanhar o comportamento financeiro das famílias. “A pesquisa de endividamento e inadimplência é um instrumento que a Fecomércio disponibiliza para entender a dinâmica de consumo das famílias relacionadas ao crédito, monitorar o comprometimento da renda e a evolução das dívidas, além de oferecer subsídios para decisões no comércio e na formulação de políticas de apoio ao consumidor”, ressaltou.

Já Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, destacou que “entre os lares com rendimento de até dez salários mínimos, 81,5% estão endividados, sendo 33,4% com dívidas em atraso e 59,4% afirmam não ter condições de quitá-las. Isso mostra que o orçamento dessas famílias continua pressionado, mesmo diante dos avanços no mercado de trabalho, conforme indicam os dados mais recentes do Caged”.

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