Endividamento das famílias recua, mas cautela com gastos cresce - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Endividamento das famílias recua, mas cautela com gastos cresce

Pesquisa da CNC aponta redução no número de endividados, enquanto consumidores adotam hábitos mais conservadores

O número de famílias endividadas no Brasil registrou queda em janeiro, alcançando 76,1%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice representa uma redução de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e de 2 pontos na comparação com janeiro de 2024. Apesar da melhora, a pesquisa indica que os brasileiros estão mais cautelosos com o consumo e menos propensos a contrair novas dívidas.

Agenda TGI

Embora a inadimplência tenha registrado uma leve queda pela primeira vez desde julho de 2024, 12,7% das famílias ainda não conseguem pagar suas dívidas. O cartão de crédito segue como o principal vilão, utilizado por 83,9% dos endividados. Entre as famílias que ganham até três salários mínimos, o percentual de endividamento aumentou, e 18,4% não têm condições de quitar seus débitos. A CNC projeta que o endividamento voltará a crescer a partir de março, podendo atingir 77,5% até o final do ano.

A professora Danieli Silveira é um exemplo dessa mudança de comportamento. Após enfrentar dificuldades financeiras devido ao desemprego, ela reavaliou seus hábitos e passou a priorizar compras à vista. “É assim que estou me policiando e conscientizando que o consumo saudável é a melhor saída”, afirma. Já o técnico em logística Cesar (nome fictício) enfrenta dificuldades para quitar as dívidas acumuladas após sua esposa, enfermeira, se afastar do trabalho para tratamento de câncer. Ele busca renegociar os juros no Procon para aliviar a situação: “Vou ser sincero, estou mais preocupado com a saúde mental da minha esposa e da família em geral.”

Deixe seu comentário

Assine nossa Newsletter

No ononno ono ononononono ononono onononononononononnon