Endividamento Recifense Segue Alto Em Setembro - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Endividamento recifense segue alto em setembro

Revista Algomais

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com recorte local da Fecomércio-PE, apontou que 79,8% das famílias recifenses estavam endividadas em setembro de 2025. O índice registrou pequena queda em relação ao mês anterior (80%) e ao mesmo período de 2024 (82%). Entre os endividados, 25,7% apresentam contas em atraso, e 14% afirmam que não terão condições de pagar suas dívidas nos próximos meses.

O levantamento mostra que o cartão de crédito permanece como principal fonte de dívida, citado por 89,5% das famílias, seguido de carnês de loja (27,7%) e financiamento de automóveis (7%). O comprometimento médio da renda familiar com dívidas alcançou 29,2%, enquanto o tempo médio de atraso nas contas foi de 64 dias. A maior parte das famílias mantém dívidas por cerca de oito meses, e aproximadamente um terço possui compromissos superiores a um ano.

Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, os resultados refletem o cenário atual do consumo: “A Fecomércio acompanha com atenção o comportamento do consumidor, pois ele é espelho da dinâmica do comércio e dos serviços. Embora haja uma leve melhora nos indicadores, a taxa de juros ainda elevada restringe o acesso ao crédito e inibe o consumo. Nosso papel é continuar orientando e apoiando o setor produtivo para que manter os bons resultados”, afirmou.

O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, acrescenta que fatores econômicos influenciam o comportamento financeiro das famílias: “O saldo positivo de 12 mil empregos formais em agosto, segundo o Caged, tem contribuído para a manutenção da renda e para o pagamento de dívidas. Ainda assim, a taxa Selic elevada mantém o crédito caro, principalmente para financiamentos de imóveis e automóveis, o que reduz a capacidade de reendividamento e impõe um comportamento mais prudente nas decisões de consumo”, explicou.

Deixe seu comentário

Assine nossa Newsletter

No ononno ono ononononono ononono onononononononononnon