* Paulo Caldas
A escrita de Ana Pottes neste “Nem tudo são flores, mas… elas existem” guarda o requinte dos cristais por amor lapidados; expressa frases exatas, sem perder doçura mesmo à rigidez de verbos ásperos: é como estar triste, contudo feliz.
Há empatia entre versos e personagens, como na estrofe derradeira do poema “Sina”…” Diviso ao longe tua sombra corro ansiando proteção, acolhes minh’alma que anda à solta e seguimos na mesma direção”.
No correr da leitura, metáforas e símiles se completam na estética e contemplam atores concebidos em melodias de amores e dores, vindas no dorso do acaso por ruas, bares e becos.
Aqui as flores existem para sempre, ornam cenários encantados, exalam aromas delicados e brotam do afago entre letras apaixonadas.
A publicação traz a foto de capa de AJ fontes, concepção visual de Bel Caldas e revisão Fernanda Caldas. Impressão tem o selo da Facform gráfica.
*Paulo Caldas é Escritor