Entrevista com Ângela Soci: “Tai Chi Chuan pode ofertar uma vida mais saudável”

Conversamos com a professora Angela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura Oriental (SBTCCCO). Em passagem pelo Recife para participar do Seminário de Tai Chi Chuan da Família Yang entre os dias 30 de março e 1º de abril, na capital pernambucana, ela fala sobre a disseminação da arte marcial no País e comenta sobre seus benefícios para a saúde.

 

Uma novidade anunciada no evento é que a partir desta sexta feira (06/04), a Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan no Recife começará a ofertar aulas gratuitas de Tai Chi Chuan da família Yang no Centro esportivo Santos Dumont. Os encontros serão às sextas-feiras (15h30) e aos domingos (8h30). Mais informações: (81) 98504-3768.

Como está a disseminação do Tai Chi Chuan no Brasil?

Para mim é uma coisa muito boa que está acontecendo na atualidade. Minha escola faz 40 anos neste ano. Passamos por diversas fases. A abertura do mundo com a comunicação faz que as pessoas começam a absorver coisas de outros lugares. O que é muito positivo. A entrada da medicina chinesa no Brasil é uma coisa extremamente importante também. E a adesão que o Tai Chi Chuan tem alcançado na população brasileira vem do entendimento de que as artes milenares podem ser muito boas para o corpo, mente e espírito das pessoas. Isso está acontecendo hoje. Recentemente, tem também a questão do acesso à comunicação e informação mais facilidade. Todos já viram alguém praticar Tai Chi Chuan, ou já ouviram falar. E também pode pesquisar em várias fontes da internet. Antigamente as coisas eram mais restritas, hoje o mundo está mais fácil para ter acesso as coisas.

Após terem o contato inicial com o Tai Chi Chuan, como é o processo de continuidade da prática dessa arte marcial pelos brasileiros?

Aqui no Brasil temos avançado também é na consistência dos praticantes. Muitas pessoas chegam prontas, já sabem o que estão querendo e vem em busca dos benefícios que o Tai Chi Chuan pode ofertar, que é uma vida mais saudável, um corpo robusto, as energias do corpo equilibradas, a mente tranquila e as emoções em paz. Este momento que o Brasil vive acerca do desenvolvimento e difusão do Tai Chi Chuan é bastante positivo.

Como o Tai Chi Chuan contribui para a melhor sociabilidade dos seus praticantes?

O Tai Chi Chuan segue um método para que as pessoas possam conviver e fazer amigos. Praticamos em conjunto. As pessoas se apaixonam pela arte e encontram amigos que acabam perdurando por muito tempo na vida deles. 

A prática é de fácil adaptação para a terceira idade?

Sem dúvida. Acabou sendo um primeiro viés, ofertado num primeiro momento no Ocidente. As pessoas viam os chineses praticando nas praças chinesas, é algo difundido principalmente entre os idosos. Mas é uma prática positiva para todas as idades.

Como é a atuação da associação para difundir essa arte? Há contato com as universidades e instituições chinesas no Brasil?

Desde 1978, a Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan tem aberto centros de difusão em vários estados. Nosso contato se dá com instituições como a Universidade de São Paulo, com a qual temos um convênio e fazemos um curso de pós-graduação em nível de especialização. Nosso projeto é ampliar isso para o Brasil todo. Nesse momento temos pouco contato com as universidades chinesas. Aqui mesmo no Recife temos um contato com o Centro de Confúcio, em Brasília temos uma afinidade também. E temos um relacionamento amigável e muito importante com os praticantes do estilo do mestre Pai Lin, que são nossos amigos e acompanhamos mutuamente os programas desenvolvidos no Tai Chi Chuan.

Como está a Sociedade de Tai Chi Chuan no Recife?

Está sendo liderada pelo professor André Silva e tem crescido. Acredito que a procura pelo Tai Chi Chuan aqui é crescente. Sinto pelo seminário que há muitas pessoas interessadas, muitas inclusive vindo de outros estados do Nordeste, que é fundamental. Esperamos um bom desempenho no futuro. Minha vinda para cá tem esse objetivo. A ideia é agregar, fortalecer e dar motivação. Há uma série de projetos, de dar aulas em praças e parques. E tem acontecido coisas muito bonitas em nome da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan.


Ângela Soci é discípula direta do mestre chinês Yang Jun, na linhagem do Tai Chi Chuan da Família Yang. Além de dirigir a SBTCCO, ela também é diretora do Yang Cheng Fu Tai Chi Chuan Center de São Paulo.

O Estilo Yang de Tai Chi Chuan, praticado pela professora Ângela Soci e difundido pela associação, originou-se com o mestre Yang Luchan (1789-1872), sendo o mais conhecido atualmente no mundo. No Recife, o núcleo da Associação Chin Woo Martial Arts Institute é coordenado no Recife pelo professor André Silva, que é membro da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura Oriental e Yang Family Tai Chi Chuan.

 

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