O envelhecimento é um processo natural que altera diversos aspectos na saúde do ser humano, mas nos últimos anos, as mudanças no estilo de vida têm revelado uma tendência preocupante: o envelhecimento dentário precoce. O problema é caracterizado pelo desgaste acelerado dos dentes, levando a perdas dentárias que afetam a qualidade de vida de muitas pessoas. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgados em 2019 apontam que 33% dos brasileiros, a partir de 18 anos de idade, já usam algum tipo de prótese dentária e que 8,9% já perderam todos os dentes.
Entre os hábitos que levam ao envelhecimento dos dentes de forma precoce estão o jejum intermitente, o consumo de bebidas ácidas em jejum, o consumo excessivo de bebidas gaseificantes, o uso de antidepressivos, os distúrbios do sono, a bulimia, o refluxo gástrico e o bruxismo, que podem ter relação com o estresse e ansiedade. “A longo prazo, esses fatores alteram o pH da cavidade oral provocando a desmineralização do esmalte e consequentemente, o enfraquecimento dos dentes, chegando até à perda dentária. Os sinais mais comuns são o escurecimento dentário, amarelamento dos dentes, alteração na margem da gengiva, lesões e perda da estrutura dentária devido a trincas e fraturas”, aponta a especialista em endodontia e reabilitação oral Joseane Vaz, sócia da CIEB Implantar.
Para retardar o envelhecimento dentário, bons hábitos de higiene bucal são essenciais, como escovação adequada, o uso indispensável do fio dental diariamente, raspagem de língua e as idas periódicas ao dentista para realizar a profilaxia dental, uma limpeza mais profunda para eliminar placas bacterianas e tártaro. Pessoas que já têm histórico de problemas como o apertamento dentário e o bruxismo, que provoca o ranger dos dentes, também precisam tratar o problema adequadamente para evitar o agravo de desgaste e fratura no esmalte dentário.
Para além dos hábitos saudáveis de higiene oral, a implantodontista e cirurgiã bucomaxilofacial Taciana Abreu, doutora bucomaxilofacial pela Universidade de Pernambuco (UPE), chama a atenção para a prevenção de trincas e fraturas em pessoas que praticam atividades físicas de alto impacto, como crossfit, musculação e fisiculturismo.
“Temos visto um aumento de casos de perdas dentárias em pacientes na faixa dos 20, 30 anos praticantes dessas modalidades. Eles tendem a realizar forças musculares excessivas que levam a um apertamento dentário involuntário. Esse atrito pode levar a lesões e fraturas nos dentes e perda do elemento dentário. O uso de protetores bucais ajuda a proteger os dentes durante os exercícios. Eles são confeccionados sob medida nos consultórios odontológicos. Uma medida simples como esta pode preservar a saúde dos dentes. Após a perda dentária, a única solução são os implantes e próteses dentárias”, destaca a cirurgiã bucomaxilofacial Taciana Abreu, sócia da CIEB Implantar.
As especialistas Joseane Vaz e Taciana Abreu alertam para a importância de fazer uma reabilitação oral o mais breve possível nos casos de perda de dentes. “Intervenções precoces com implantes e próteses dentárias garantem que o paciente mantenha a integridade da estrutura facial e de bem-estar. A ausência de dentes pode levar a problemas como a reabsorção óssea, deslocamento dos dentes adjacentes, dificuldades na mastigação e na fala, além de impactos negativos na autoestima do paciente”, destacam as dentistas Joseane Vaz e Taciana Abreu, sócias da CIEB Implantar.
