*Houldine Nascimento
O time do Sport segue letárgico, à espera do iminente rebaixamento à Série B. A troca do comando técnico pouco surtiu efeito no ânimo dos atletas rubro-negros. Os jogadores, visivelmente entregues, apenas assistiram em campo ao massacre promovido pelo Atlético Mineiro, no estádio Independência, no domingo (30). Milton Mendes nada pôde fazer diante da apatia de seus comandados.
O Galo aplicou uma imponente goleada de 5 a 2, com erros bizarros do sistema defensivo pernambucano. Em especial o do quarto gol, numa inexplicável falha de comunicação entre Magrão e Durval, que acabou expulso no primeiro tempo. Mas o pior ainda está por vir ao Sport.
Além da provável queda, o Rubro-negro terá de lidar com uma redução drástica de receita em 2019. Sem falar nas renegociações de dívidas feitas pela atual gestão que, certamente, manterão o clube em apuros para saldar a folha salarial de jogadores e demais funcionários.
Com o chamado "efeito Vasco" de anos anteriores – quando uma equipe de grande porte caía, mas continuava com uma boa verba à disposição, proporcionando um abismo financeiro –, qualquer clube que esteve na Série A em 2018 e for rebaixado vai receber somente R$ 6 milhões oriundos das cotas de TV. Assim, dos R$ 35 milhões, o Sport deve contar no próximo ano com pouco mais de 1/6 do que recebia.
O Leão também segue fora da Copa do Nordeste por decisão do presidente Arnaldo Barros em 2017. O dinheiro da competição regional ajudaria a aliviar a barra do Sport. Uma coisa é certa: o próximo presidente eleito pegará um clube ainda mais endividado.
*Houldine Nascimento é jornalista