Estudo epidemiológico feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em colaboração com a Universidade de Harvard, indica que pelo menos 15 mil casos de câncer presentes no Brasil atualmente poderiam ser evitados com redução do excesso de peso e da obesidade. E, até 2025, este número pode chegar a 29 mil.
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Para Ricardo Nakai, educador físico e diretor de Marketing da Akmos, empresa de saúde, nutrição e bem-estar, a obesidade está crescendo muito rápido. “Precisamos começar a nos exercitar o quanto antes. Sei que com a correria do dia-a-dia é difícil encontrar espaço para a prática de atividade física, mas temos formatos que se encaixam para quem tem pouco tempo livre”.
O formato indicado é o HIIT (High Intensity Interval Training), que é um treino intervalado de alta intensidade. Além da grande perda de calorias, esta prática proporciona ganho de condicionamento cardiorrespiratório e pode retardar o envelhecimento. É por causa de todos esses benefícios que Nakai constata: “Os treinamentos precisam estar na nossa rotina porque trazem grandes ganhos para a nossa saúde. Doze minutos é mais fácil de adicionar ao nosso dia a dia”.
Alimentação
Porém, não basta acrescentar atividade, também é preciso cuidar da alimentação. O nutricionista formado pela USP, Lucas Oliveira, afirma que o cardápio precisa ser variado, além de evitar os ultraprocessados. “Nós precisamos aliar a alimentação ao gosto da pessoa para diminuir a tendência à desistência”, destaca.
As gorduras insaturadas são uma das principais aliadas para balancear a alimentação. Alimentos como azeite, abacate e oleaginosas são exemplos que contribuem no processo de emagrecimento. Os suplementos alimentares também ajudam no processo, e são indicados para quem não consegue ter todos os nutrientes necessários no dia-a-dia.
Um problema para a dieta são os ultraprocessados que, além de calóricos, podem ter excesso de gordura, açúcar, sódio, entre outras substâncias nocivas à saúde. “Esses alimentos estão, com certeza, na lista para evitar. Principalmente porque estão ligados ao aparecimento de doenças, como as cardíacas e, até mesmo, o câncer”, reforça Oliveira.