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Digitalização dos processos produtivos atingirá 21,8% das empresas em 10 anos

A digitalização do processo produtivo industrial deve atingir 21,8% das empresas brasileiras em uma década, mostra pesquisa, divulgada hoje (12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Atualmente, o percentual é de 1,6%. A sondagem, que faz parte do Projeto Indústria 2027, avalia a expectativa de 759 grandes e médias indústrias brasileiras e multinacionais em relação à adoção de tecnologias 4.0. O projeto é uma iniciativa da CNI e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para a CNI, a atualização da mão de obra será um desafio. Os números referem-se ao nível mais elevado de conexão da produção – Geração 4 –, com “tecnologias da informação e comunicação (TIC) integradas, fábricas conectadas e processos inteligentes, com capacidade de subsidiar gestores com informações para tomada de decisão”. A pesquisa estabeleceu classificações de quatro gerações de tecnologias digitais para o desenvolvimento da sondagem. O primeiro nível refere-se a produção pontual de TICs, a segunda geração envolve automação flexível com o uso de TICs sem integração ou parcialmente integradas e a terceira consiste no uso de tecnologias integradas e conectadas em todas as áreas. “Passaremos os próximos dez anos em um processo de transformação industrial muito intenso, com as empresas, de fato, buscando trazer essa tecnologia disruptiva e implementando essas práticas dentro do seu modo de produção”, avaliou Paulo Mól, superintendente nacional do IEL. Ele avalia que essas transformações tecnológicas servirão para aumentar a produtividade, reduzindo o custo de produção e tornando as empresas brasileiras mais competitivas. De acordo com os pesquisadores, a indústria 4.0 é também conhecida como a quarta revolução industrial. “[Ela] resulta do uso integrado de tecnologias avançadas da automação, do controle e da tecnologia da inovação em processos de manufatura”. Tais mudanças envolvem questões como o uso de robótica, de novos materiais, de biotecnologia, de armazenamento de energia, big data, entre outros. A expectativa dos empresários é de que os estágios 3 e 4 de uso de tecnologia avancem na próxima década. O nível 3 passará de 20,5% para 36,9%. Os demais níveis recuariam, abrindo espaço para empresas mais conectadas. Atualmente, o estudo indica que 77,8% das empresas brasileiras ainda estão nas gerações tecnológicas 1 e 2. O maior percentual, em dez anos, estaria concentrado nos níveis 3 e 4, com 58,7% das indústrias. A pesquisa avaliou ainda como as tecnologias 4.0 influenciarão as áreas de relacionamento com fornecedores, desenvolvimento de produto, gestão da produção, relacionamento com clientes e gestão de negócios. No relacionamento com fornecedores, por exemplo, 77,3% dos entrevistados disseram que a probabilidade é alta ou muito alta de as tecnologias digitais serem dominantes nessa relação. Entre os desafios para alcançar essa expectativa expressa pelos empresários, Mól destaca a questão da mão de obra qualificada. “Quando eu falo que o Brasil deve passar por uma transformação industrial muito forte, como os dados estão mostrando, isso vai reequerer um país muito apto para ser parceiro nessas transformações”, disse o superintendente. Ele lembra a necessidade de parcerias com universidades e de políticas públicas de incentivo à indústria. (Agência Brasil)

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Comércio deve contratar mais de 74 mil trabalhadores temporários, estima CNC

O comércio deve contratar 74,1 mil trabalhadores temporários neste final de ano, segundo projeção divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Natal deverá movimentar R$ 34,9 bilhões, um aumento de 5,2% em relação ao ano passado, a maior variação desde 2013. A projeção anterior divulgada pela CNC era de crescimento de 4,8%, mas foi revisada porque, segundo a confederação, o cenário de inflação baixa, queda de juros e retomada do emprego nos últimos meses deve melhorar os resultados do setor este ano. “O cenário para o comércio está bastante positivo para o curto prazo. O comércio interrompe dois anos de queda”, disse o economista-chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes. De acordo com o economista, a revisão para cima da perspectiva de vendas para o Natal também levou em conta o efeito do pagamento do décimo terceiro salário e não apenas da demanda. Este ano, por causa da crise econômica no país, os varejistas adiaram a temporada de oferta de vagas, que geralmente ocorre entre setembro e novembro, para dezembro. As expectativas, no entanto, são positivas, e a taxa de efetivação dos temporários deve crescer para 30%. Em 2015 e 2016, apenas 15% dos trabalhadores temporários foram efetivados após o Natal. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro deverão concentrar 47% das contratações. O salário médio de admissão deverá ter aumento real de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando R$ 1.185. O maior pagamento deve ser oferecido no ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.430), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.392). No entanto, estes segmentos devem responder por apenas 2% do total de vagas oferecidas para a temporada. Em relação às vendas, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 11,8 bilhões), lojas de vestuário (R$ 9 bilhões) e de artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,1 bilhões) deverão responder por 74% do faturamento das vendas natalinas deste ano. Em termos relativos, o maior aumento nas vendas deverá ocorrer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 17,8% na comparação com 2016. Em termos relativos, o maior aumento nas vendas deverá ocorrer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 17,8% na comparação com 2016. Segundo Bentes, o crescimento das vendas neste setor reflete “um importante da suavização das prestações”, por causa da queda de juros. “Com a renda relativamente estabilizada e aumento do emprego, encaixar prestação no orçamento em 2017 ficou menos difícil do que nos últimos dois anos”. O economista da CNC ressaltou que as expectativas de crescimento este ano caminham no mesmo sentido das demais datas comemorativas do varejo. “E todas as datas, desde a Páscoa, têm fechado com leve alta depois de dois anos de fortes quedas. E no varejo do Natal deste ano, deve acontecer isso também”.

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Economistas destacam em 2017 inflação e taxas de juros mais baixas

A menor inflação acumulada desde 1998 e a menor taxa básica de juros (Selic) desde o início da série histórica, em 1986, foram alguns dos destaques econômicos da última semana. Segundo economistas, os números mostram que o país está começando a sair da crise. Eles alertam, que a recuperação ainda é lenta e que é preciso ter cautela e adotar medidas para que essa janela de oportunidade não se feche. “A gente pode ser otimista ou pessimista. Se somos pessimistas, dizemos que está tão ruim que qualquer pequena melhora é muito boa e, se somos otimistas, dizemos que o país está crescendo e temos sinais que dão suporte, são pontos de vista. Para mim, está crescendo, sim, devagar, porque partimos de uma base muito baixa”, diz o professor Marcos Melo, que leciona finanças na Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec-DF. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgada na sexta-feira (8), registrou acumulado de 2,5% de janeiro a novembro, o menor resultado para ese período desde 1998, quando a taxa ficou em 1,32%. Na última quarta-feira (6), o Banco Central anunciou a redução da Selic de 7,5% ao ano para 7% ao ano. Com a redução, a taxa atinge o menor nível desde o início da série histórica do Banco Central. “Acho que sim, há recuperação. O Brasil chegou ao fundo do poço, na maior recessão da história, que começou no segundo semestre de 2014 [e foi] até o final de 2016. Agora há uma recuperação, lenta, mas recuperação”, concorda o pesquisador Marcel Balassiano, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Balassiano ressalta que parte da redução da inflação deve-se à crise. “Em um período de crise, as pessoas ficam com menos dinheiro, há mais pessoas desempregadas, compra-se menos, e o preço não sobe tanto.” Mesmo que a causa seja, em parte, a recessão, Melo afirma que o país tem de aproveitar esse momento. “Com a inflação controlada, abre-se a possibilidade para o Banco Central diminuir a taxa de juros. Isso permitirá um aumento da atividade econômica. Empresas têm maiores possibilidades de fazer investimentos, e isso significa abertura de vagas de trabalho, que aumentam o consumo e fazem a roda girar”, diz Melo. Percepção da população Os especialistas concordam que os indicadores apontam melhoras. No entanto, são mudanças graduais, ainda são sentidas pela população, em geral. “Uma coisa é a percepção da população, e outra é a realidade. A realidade mostra que, aos poucos, [a recuperação] está chegando para as famílias, para as pessoas em geral. Mas não significa que cada um dos brasileiros tenha melhora na qualidade de vida”, ressalta Melo. “É um processo lento e discrepante entre setores e até mesmo entre as regiões do país. Algumas estão se recuperando mais rapidamente e outras, encolhendo.” Para Balassiano, a taxa de desemprego, que afeta diretamente a população, está em um nível muito alto, o que faz com que os indicadores ainda não sejam amplamente percebidos. O desemprego é sempre o último a “sair da crise”,, explica. “O desemprego está diminuindo lentamente, ainda vai ser demorado. Fica difícil falar que está diminuindo, quando temos milhões de desempregados [12,7 milhões]. A taxa de emprego informal está crescendo mais que o formal, o que é normal em períodos de crise”, diz. “Para a população, o emprego é a variável mais importante”. Essa situação ainda deve se manter. Conforme projeções do Ibre/FGV, o ano de 2017 deve fechar com 12,1% de desempregados. A média, ao longo do ano, deve ficar em 12,8%. No ano que vem, a média deverá ser de 12,4%, levemente inferior, e o ano deve fechar com taxa de desemprego de 11,5%. Medidas são necessárias Apesar de apontarem para melhorias, os números também mostram que é preciso cautela, observa o economista Fábio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Preços de produtos e serviços como energia e gás continuam subindo, e isso pode voltar a impactar nos demais produtos, aumentando os custos. “Sempre que energia, butijão de gás, combustível aumentam, isso acaba se espalhando para outros preços”, afirma. Segundo o economista, nos últimos 12 meses, esses itens, chamados de preço administrado, tiveram aumento de 7,8%, enquanto os demais de preços livres, como roupas e alimentos, registraram alta de 1,2%. “É preciso que o governo consiga calibrar melhor para o ano que vem esses reajustes, que consiga equilibrar suas contas para não precisar de taxas de juro reais tão elevadas. A inflação está em 2,5% e a taxa de juro real, em 4,5%. É muito alto. E sabemos que o calcanhar de Aquiles é a Previdência”, acrescenta Bentes. “Temos uma janela de oportunidade, é preciso preservar esse cenário para o ano que vem, dar sustentabilidade para não chegar à inflação absurda de 2015 [que foi de 10,67%].” (Agência Brasil)

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Constantino Júnior: “Vamos fazer um choque de gestão”

*Por Houldine Nascimento A partir desta terça-feira (12), o Santa Cruz Futebol Clube tem um novo presidente. O nome, no entanto, é velho conhecido da torcida: Constantino Novais da Silva Barbosa Júnior, 38 anos. Representante da situação, “Tininho”, como é chamado pelos mais íntimos e pela massa coral, venceu a eleição na terça passada (5), obtendo 812 dos 1.252 votos válidos (64,8%), e terá a missão de comandar o clube no triênio 2018-2020. O economista tem como maior meta organizar a parte financeira do clube. Desde 2011, quando passou a integrar o cotidiano do Santa como dirigente, Constantino Júnior tem vivenciado o drama das finanças do Tricolor. Muito disso em razão de incontáveis dívidas trabalhistas de gestões passadas. A falta de pagamento de ações na Justiça do Trabalho acarreta ao clube o bloqueio das cotas de TV. Como consequência, os funcionários sofrem com constantes atrasos salariais. O reflexo dessa triste situação pôde ser visto nos dois rebaixamentos seguidos: em 2016, quando caiu da Série A para a Segunda Divisão no Campeonato Brasileiro, e 2017, no retorno à Série C após dez anos. Antes mesmo de assumir a presidência, Constantino já procurou a Justiça do Trabalho para uma repactuação dos débitos, almejando uma temporada melhor no próximo ano. Ele também esteve à frente da contratação de um diretor de futebol remunerado (Fred Gomes) e do novo técnico (Júnior Rocha, ex-Luverdense). Apesar dos dois últimos anos difíceis, que ocasionaram um desgaste junto à torcida, Tininho construiu uma trajetória com mais triunfos do que de fracassos: teve participação direta em três acessos e sete títulos do Santa Cruz, com destaque para a volta à elite nacional em 2015 e a conquista da Copa do Nordeste, maior título da história Coral, em 2016. Nesta entrevista exclusiva, Constantino Júnior fala sobre os principais desafios de sua gestão, como pretende unir as diversas correntes e aumentar o quadro de sócios do clube. Você esteve perto de deixar o Santa este ano, mas desistiu e foi disputar as eleições. O que o fez mudar de ideia? CONSTANTINO: Com a impossibilidade de o ex-presidente Antônio Luiz Neto disputar o pleito, fui convocado por lideranças do clube. Foi quase uma ‘intimação’. Eles pediram para que eu tocasse a candidatura. Isso me fez repensar e aceitar esse desafio. Tive apenas sete dias para fazer a campanha. Foi uma situação inesperada e agora é abraçar a causa, atendendo a confiança elevada de acreditarem no meu nome. Durante o processo eleitoral, você chegou a ressaltar que pela primeira vez na história do Santa, três chapas concorreram ao pleito. Isso evidencia, de certa forma, uma divisão no clube. Você vai atrás dos opositores para tentar uma união? CONSTANTINO: O Santa Cruz precisa do apoio de todos. Ninguém pode administrar o clube achando que pode abrir mão de um ou outro tricolor. Essa gestão vai ser aberta, de convergir forças, formar novos dirigentes também. Claro que pensamos em trazer essas pessoas que amam o Santa para dentro. Assim, vamos trabalhar mais e poder estancar as dificuldades enfrentadas. Sua trajetória no clube é bastante vitoriosa: foram cinco títulos estaduais, uma Série C e a conquista da Copa do Nordeste. No entanto, o segundo semestre de 2016 e o ano de 2017 foram ruins e a torcida está bastante machucada com o momento do clube. O que você pretende fazer para melhorar sua imagem? CONSTANTINO: Trabalhar muito. A gente sabe que muita coisa aconteceu, não foi pelo futebol, mas por uma dificuldade de recursos. Agora é diferente. Primeiro, é organizar a casa. Depois que isso for feito, os títulos serão consequência. Não podemos buscar um título a qualquer custo e deixar o clube desequilibrado. Precisamos atacar essa dificuldade financeira, encarar essa dívida e em seguida deixar o time organizado. Quantos sócios o Santa Cruz tem e existe um plano para aumentar o número de associados? CONSTANTINO: São aproximadamente 6,5 mil sócios em dia. Claro que o Santa Cruz tem um potencial bem maior do que isso. Vamos trabalhar duro para não ficar dependendo só do resultado de campo. É um trabalho para fidelizar, mostrar as vantagens e fazer um plano arrojado para captação e manutenção de sócios. Estamos predispostos a isso aí e esperamos em pouco tempo implantar o plano, tomando como base experiências de outros clubes do Brasil que têm um número elevado de sócios. Vimos constantes atrasos de salários dos funcionários em 2017. O que fazer para mudar esse quadro no próximo ano? CONSTANTINO: Vamos fazer um choque de gestão para poder equacionar e deixar o clube do tamanho que ele pode ter nesse momento, numa readequação à Série C. Dar uma enxugada nos departamentos do clube e ter condições de manter uma situação em que possamos honrar os compromissos. O planejamento para 2018 já começou com a definição de alguns nomes no futebol do Santa. Existe a pretensão de montar um colegiado para comandar o futebol? CONSTANTINO: Exato. [O colegiado] será formado pelo executivo de futebol e quatro dirigentes da casa. Essa é a formatação e vamos trabalhar em cima disso. Sobre cotas de TV: como está a situação do Santa? Existe um acerto com a Rede Globo para 2019? CONSTANTINO: Haverá um novo modelo no Campeonato Brasileiro a partir de 2019 e o Santa tem de estar nas divisões superiores para poder fazer jus a essas cotas. É um sistema diferenciado. Vamos aguardar para ver como vai funcionar. Ainda há muita especulação. Nesse novo modelo, todo clube que cair de divisão não terá aquela proteção de antes. Não digo que será mais igualitário, mas é menos perverso por assim dizer. *Houldine Nascimento é jornalista e colaborador do site da Revista Algomais

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Retomada econômica e descolamento da política em 2018

Retomada do crescimento e descolamento entre política e economia. Essa é a perspectiva para o Brasil em 2018, de acordo com a maioria dos analistas entrevistados pela Algomais nesta edição especial. A conjuntura atípica da trajetória recente do País – dirigido por uma classe política que toca uma agenda de reformas de interesse do mercado ao mesmo tempo que tem uma taxa histórica de rejeição popular - é acompanhada por várias mudanças nos rumos do mundo. A China se fortalece como liderança internacional e os Estados Unidos atravessam uma a gestão contraditória do presidente Donald Trump. Um cenário que somado à acelerada revolução digital – ou da economia 4.0 – indica os passos das grandes transformações que estão em curso e que impactam os rumos de Pernambuco e do Recife. Após anos em recessão e uma tímida recuperação econômica em 2017, a expectativa do Banco Central para 2018 é de um crescimento do PIB de 2,2% para o País. Para o Ipea a projeção é de 2,6%. A inflação reduzida e a volta dos investimentos, mesmo num ritmo lento, compõem uma conjuntura econômica favorável ao Governo Federal. “O Brasil está vivendo uma retomada do ciclo econômico, saindo do fundo do poço. A curva da economia está se afastando da política”, avalia o consultor Francisco Cunha. Ele foi um dos palestrantes da Agenda 2018, evento organizado pela Algomais e pela TGI, que abordou as perspectivas para o próximo ano e que reuniu lideranças empresariais de Pernambuco. Apesar dos bons ventos que sopram na economia, Michel Temer continua em meio a um vendaval de problemas. Os projetos de reformas impopulares, o desemprego em alta e a marca da corrupção o transformaram no presidente mais rejeitado da história (73% de avaliação ruim ou péssima, segundo o Datafolha). “A tendência política para 2018 será a sarneyzação do Governo Temer”, afirma o consultor, em referência ao final do mandato do ex-presidente José Sarney. Esse é um cenário de continuação enfraquecida do governo até o final do mandato. Porém, mesmo diante da baixa taxa de aprovação, a recuperação econômica é um fator que fará esse governo jogar um papel relevante nas eleições presidenciais, segundo Francisco Cunha. “A economia é sempre uma protagonista importante nas decisões eleitorais. O País caiu de elevador e está subindo de escadas. Mas a mudança na realidade econômica fará esse governo, mesmo impopular, ter um papel importante no pleito eleitoral”. Já o economista Mauro Rochlin, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da PUC-RJ, avalia de forma positiva o trabalho da equipe econômica, mas acredita que ela não teve ajuda do presidente. “A luta que Temer trava para se manter no poder levou o governo a ser muito mais generoso em termos de liberação de recursos para os parlamentares. Para se defender das denúncias, o governo atendeu demandas políticas em detrimento da política econômica”, criticou Rochlin. A recuperação industrial mais forte em 2018 é uma das apostas de Rochlin, que sugere uma taxa superior a dois dígitos em alguns segmentos, como na produção de bens de consumo. “A indústria é um setor estratégico, pois cria empregos qualificados e demanda muito da área de serviços. É um crescimento que reverbera pelo resto da economia”. Apesar de elogiar a recuperação que o setor já alcançou em 2017, ele ressalva que o desempenho ainda está distante dos níveis de 2014. De um modo geral, Rochlin estima que a recuperação econômica para 2018 se dará numa velocidade baixa. “A recessão ficou para trás. Mas a retomada está sendo lenta por algumas questões que permanecem em aberto, especialmente a fiscal, que foi o epicentro da crise. Acredito que esse fator serviria como um farol para o setor privado voltar a investir. Diante de um quadro fiscal problemático, investimentos se postergam”. Avaliação semelhante é feita por Carlos da Costa, diretor de crédito, tecnologia da informação, planejamento e pesquisa do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo ele, o volume dos investimentos esperados para o País nos próximos anos ainda é muito reduzido. “A indústria, que já chegou a investir uma média de R$ 200 bilhões ao ano, chegando até a R$ 230 bilhões, não deverá ultrapassar seus investimentos em R$ 120 bilhões para 2018. O País está se recuperando, num processo ainda lento, mas não crescendo. Só há crescimento quando se amplia a capacidade de produção. Mas, ainda estamos numa situação reprimida”. Ele revela que as estimativas para os investimentos em infraestrutura também são reduzidos. Nos cálculos do banco, nos próximos anos (entre 2018 e 2020) o investimento nessa área será de R$ 100 bilhões por ano no País, enquanto que a média estava sendo de R$ 160 bilhões antes da crise. Sem a reversão desse cenário, Costa indica que o País esteja caindo na chamada "armadilha da renda média". Ele explica que vários países, em seu primeiro processo de crescimento, alcançam a industrialização e sua população deixa de ser analfabeta, atingindo uma renda média. No entanto, para dar um passo seguinte de desenvolvimento são necessárias outras estratégias. “É preciso se tornar protagonista do mundo em alguns cenários para se transformar num País de renda alta. O Brasil perdeu a capacidade hoje de liderar algumas agendas de desenvolvimento no mundo e, portanto, de atrair empresas modernas, desenvolver gente no que há de mais avançado no cenário internacional”, analisa Costa. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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10 concursos com salários de até R$ 9,5 mil em Pernambuco

Seis novos editais de concursos e seleções públicas foram lançados recentemente em Pernambuco, outros quatro permanecem com inscrições abertas. As novidades são para os concursos de professores da UFRPE e da UFPE (essa tem dois editais, sendo um para professores temporários), além das Prefeituras de Caruaru, São Bento do Una e Agrestina. Confira abaixo a lista com as vagas, salários e informações sobre inscrições: UFRPE Vagas: 32 Oportunidades: Professores no Campus Recife e no Campus Cabo de Santo Agostinho. Inscrições: Até o dia 15 de janeiro, pelo site: www.concurso.ufrpe.br Salários: Entre R$ 5.208,93 e R$ 9.585,67 Confira o edital: UFRPE UFPE Vagas: 89 Oportunidades: Professores das áreas de Engenharia Civil, Eletrotécnica Geral, Circuitos Elétricos, Sistemas Embarcados, Engenharia Naval, Mecatrônica, Energia, Tecnologia de Equipamentos, Projetos, Materiais e Fabricação, Geologia, Engenharia de Produção, Oceanografia Biológica, Comunicação Social, Dança e Pedagogia, Design, Teoria da Literatura, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Projeto de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo, Física, Física Experimental, entre outras. Inscrições: Até o dia 8 de março de 2018 Salários: Entre R$ 2.777,15 e R$ 9.585,67 Confira o edital: UFPE - Edital 88/2017 LEIA TAMBÉM UFPE - Substituto Presencia e EaD Vagas: 69 Oportunidades: Professores nas áreas de projeto de arquitetura, Urbanismo e Paisagismo, Planejamento Urbano e Regional, Educação Física, Saúde do Adulto e do Idoso, Educação em Saúde, Fisioterapia cardiovascular e Pulmonar, Fonoaudiologia Clínica, Puericultura, Mastologia, Obstetrícia, Radiologia, Criação Publicitária, Produção de Conteúdo para rádio e TV, Design de Produto, Espanhol, Libras, Francês, Musicologia, Instrumento de Teclas, Orientação Educacional, Políticas Educacionais e Gestão Escolar, História, Ensino de Artes, Metodologia do Ensino de Geografia, Química Geral, entre outras várias disciplinas. Inscrições: Até o dia 13 de dezembro, diretamente nas secretarias dos núcleos com vagas abertas. Salários: Entre R$ 2.425,37 e R$ 5.742,14 Confira o edital: UFPE Edital 91/2017 Prefeitura de Caruaru Vagas: 75 Oportunidades: Para para as funções de Controle Interno, Auditoria, Fiscalização, Auditoria e Legalização de Tributos Municipais, Planejamento, Orçamento e Gestão e Gestão Administrativa; e para apoio à auditoria e fiscalização. Inscrições: Até o dia 29 de dezembro pelo site selecoes.caruaru.pe.gov.br Salários: Entre R$ 2 mil e R$ 3,5 mil Confira o edital: Prefeitura de Caruaru Prefeitura de Agrestina Vagas: 124 Oportunidades: Para os seguintes profissionais: advogado/procurador adjunto, assistente social, auditor de controle interno, professor de língua portuguesa, professor de educação física, professor de inglês, professor de história, professor de geografia, professor de matemática e professor de ciências. O concurso possui também oportunidades para profissionais de ensino médio e básico. Inscrições: Até o dia 10 de janeiro, no site: www.funvapi.com.br Salários: R$ 2.068,92 Confira o edital: Prefeitura de Agrestina Prefeitura de São Bento do Una Vagas: 150 Oportunidades: Para professores da educação infantil e ensino fundamental em diversos segmentos. Inscrições: Até o dia 18 de dezembro. Os candidatos poderão fazer a inscrição na sede da Prefeitura (Praça Historiador Adalberto Paiva, nº 01, Centro, no 2º andar – Sala da Secretaria Municipal de Educação) ou por email, com os documentos previstos no edital anexados para o endereço eletrônico: processoseletivo2018@saobentodouna.pe.gov.br Salários: R$ 9,59 hora/aula Confira o edital: Edital de São Bento do Una Prefeitura de Aliança Vagas: 216 Oportunidades: Agente Comunitário de Saúde; Agente de Combate às Endemias; Assistente Social; Atendente de Consultório Dentário; Auxiliar Administrativo; Bioquímico; Educador Físico; Eletricista; Enfermeiro Plantonista; Enfermeiro; Engenheiro Agrônomo; Farmacêutico; Fiscal de Obras; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Clínico Geral Plantonista; Médico PSF; Médico Pediatra; Médico Psiquiatra; Nutricionista; Nutricionista (Ambulatorial); Odontólogo; Professor de Letras/Libras; Professor de Português; Professor de Educação Física; Pedagogo; Psicólogo; Técnico de Enfermagem; Técnico em Farmácia; Técnico em Laboratório; Técnico Agrícola; entre outros. Inscrições: Até 1° de janeiro de 2018 no site: www.consulpam.com.br Salários: Entre R$ 12,83 por hora/aula até R$ 8 mil mensal. Confira o edital: Prefeitura Municipal de Aliança Prefeitura de Jurema Vagas: 116 Oportunidades: Assistente Social, Assistente Administrativo, Agente Comunitário de Saúde, Bioquímico/Biomédico,  Enfermeiro, Eletricista, Educador Alimentar, Farmacêutico, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Fiscal, Médico Anestesista, Médico Cardiologista Ambulatorista, Médico Cirurgião, Médico Clínico Geral Ambulatorial, Médico Clínico Geral Plantonista, Médico Dermatologista, Médico Endoscopista, Médico Geriatra, Médico Gineco-Obstreta Ambulatorista, Médico Oftalmologista, Médico Ortopedista, Médico Pediatra Ambulatorista, Médico USF, Médico Veterinário, Nutricionista, Odontólogo de USF, Psicólogo, terapeuta Ocupacional, Técnico em Agrícola, Técnico em Enfermagem de USF, Técnico em Enfermagem Hospitalar, Técnico em Laboratório, professor de diversos níveis e disciplinas, entre outros. Inscrições: Até o dia 13 de dezembro por meio do site www.funvapi.com.br Salários: Até R$ 3 mil Confira o edital: Prefeitura de Jurema Prefeitura de Brejão Vagas: 115 Oportunidades: Assistente Social,  Auxiliar de Controle Interno, Auxiliar de Sala de Educação Infantil, Auxiliar de Serviços Educacionais, Cuidador Educacional, Eletricista, Enfermeiro, Enfermeiro do PSF, Fiscal de Tributos, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo Escolar, Nutricionista Escolar, Odontólogo do PSF, professores em diversos níveis, Psicólogo, entre outros. Inscrições: Até o dia 28 de dezembro no site www.advise.net.br (a partir do dia 10 de novembro) Salários: Até R$ 3 mil Confira o edital: Seleção pública para Prefeitura de Brejão Prefeitura de Triunfo Vagas: 7 Oportunidades: Médico e médico plantonista Inscrições: Até o dia 12 de dezembro, no Salão Nobre da Prefeitura de Triunfo (Av. José Veríssimo dos Santos n° 365, Guanabara). Salários: Até R$ 7 mil Confira o edital: Prefeitura Municipal de Triunfo LEIA TAMBÉM

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Copom reduz juros básicos para 7% ao ano, o menor nível da história

Pela décima vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu ontem (6) a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, de 7,5% ao ano para 7% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. Com a redução, a Selic atinge o menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, anteriormente o nível mais baixo da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia. Apesar do corte, o Banco Central está afrouxando menos a política monetária. De abril a setembro, o Copom havia reduzido a Selic em 1 ponto percentual. O ritmo de corte caiu para 0,75 ponto em outubro e 0,5 ponto na reunião de hoje. Em nota, o BC informou que a inflação está se comportando como o esperado e indicou que pode continuar a cortar os juros básicos na próxima reunião do Copom, no fim de janeiro. “Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma nova redução moderada na magnitude de flexibilização monetária. Essa visão para a próxima reunião é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores. Para frente, o Comitê entende que o atual estágio do ciclo recomenda cautela na condução da política monetária”. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,42% em outubro. Nos 12 meses terminados em outubro, o índice acumula 2,7%, abaixo do piso da meta de inflação, que é de 3%. Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para este ano, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano nem ficar abaixo de 3%. Inflação No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerrará 2017 em 3,2%. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,03%, mesmo com os aumentos recentes nos preços dos combustíveis. Até agosto do ano passado, o impacto de preços administrados, como a elevação de tarifas públicas; e o de alimentos como feijão e leite contribuiu para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. De lá para cá, no entanto, a inflação começou a cair por causa da recessão econômica e da queda do dólar. Crédito mais barato A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de 0,89% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2017. A estimativa está superior à do último Relatório de Inflação, divulgado em setembro, no qual o BC projetava expansão da economia de 0,7% este ano. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

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54% dos consumidores querem reduzir os gastos em dezembro, aponta indicador do SPC Brasil e CNDL

De acordo com os dados do Indicador de Propensão ao Consumo calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 54% dos consumidores manifestaram a intenção de reduzir seus gastos neste mês de dezembro, enquanto 36% planejam mantê-los no mesmo patamar. Os que vão aumentar os gastos representam apenas 6% da amostra. Entre quem vai desembolsar menos nas compras, 25% mencionam os altos preços, 15% o endividamento, 12% culpam o desemprego e 11% justificam a queda na renda mensal. O fato de estarem sempre economizando como hábito foi citado por 25% dos consumidores entrevistados. Excluindo os itens de supermercado, os produtos que os consumidores planejam adquirir ao longo de dezembro são em sua maioria roupas, calçados e acessórios (26%), remédios (20%), recarga para celular pré-pago (12%), perfumes e cosméticos (11%), eletrônicos (8%), viagens (8%) e brinquedos (8%). De acordo com o levantamento, apenas 18% dos consumidores brasileiros estão com as contas no azul em novembro - ou seja, com sobra de recursos para consumir ou fazer investimentos. A maior parte (41%) admite estar no zero a zero, sem sobra e nem falta de dinheiro, enquanto 36% encontram-se no vermelho e não conseguem pagar todas as contas. Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a renda extra de final de ano pode ajudar a aliviar esse quadro. “O pagamento de décimo terceiro pode aliviar a situação do consumidor, mas vale lembrar que se trata de um aumento de renda temporário. Uma vez restaurado o equilíbrio do orçamento, o consumidor precisa manter o controle dos gastos, estabelecendo prioridades e fazendo ajustes quando necessário”, afirma. “É uma tarefa constante, que exige disciplina, mas que faz diferença no bem-estar financeiro do consumidor.” Cartão de crédito foi utilizado por 36% dos brasileiros em outubro, média dos gastos foi de R$ 1.065 Em outubro, o Indicador de Uso do Crédito, que mensura a utilização das principais modalidades e mapeia os gastos e itens mais comprados via crédito pelo consumidor brasileiro, marcou 26,5 pontos, resultado próximo da média observada ao longo do ano, que é de 26,8 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior o número de usuários e de frequência do uso das modalidades. De acordo com o levantamento, seis em cada dez (59%) consumidores brasileiros não utilizaram nenhuma modalidade de crédito no mês de outubro, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito. O restante (41%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (36%), crediário (13%) e o cheque especial (7%) foram as modalidades mais usadas em outubro. Há ainda, 4% de consumidores que recorreram à empréstimos e 3% que buscaram financiamentos. Quatro em cada dez (41%) usuários de cartão de crédito aumentaram o valor da fatura no último mês de outubro. Para 31%, o valor se manteve estável frente aos meses anteriores, enquanto somente 23% notaram uma diminuição no total a ser pago na fatura. Considerando os entrevistados que se lembram do valor do último mês, a média dos gastos foi de R$ 1.065. Os itens de primeira necessidade como alimentos em supermercados (61%) e remédios (45%) foram os mais adquiridos por meio do cartão de crédito. Gastos com bares e restaurantes (34%), combustível (31%), roupas e calçados (28%) e recarga para celular (16%) ocupam as demais posições do ranking. 23% dos brasileiros tiveram crédito negado em outubro De acordo com o levantamento, quase a metade (50%) dos brasileiros consultados considera que atualmente está difícil conseguir empréstimo ou financiamento no mercado. Apenas 14% consideram a contratação fácil. Ao tentar fazer uma compra parcelada em estabelecimentos comerciais, 23% dos consumidores tiveram o crédito negado em outubro, sendo que 9% estavam com o CPF negativado e 8% falta de comprovação de renda ou não tinham renda suficiente para adquirir o bem pretendido. A sondagem mostra ainda que, considerando os consumidores que possuem empréstimos e financiamentos atualmente, 28% admitem ter havido atrasos ao longo do contrato e 23% disseram estar, no momento, com parcelas pendentes de pagamento, o que totaliza aproximadamente 51% de consumidores com dificuldades para honrar esse tipo de compromissos. “O cenário de recessão intensificou o cuidado das instituições financeiras no momento de conceder crédito, dificultando seu acesso pelo consumidor. Com desemprego elevado, muitos nem conseguem comprovar renda. Com a retomada gradual da economia, a expectativa é de que esse quadro comece a se reverter aos poucos”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, alguns cuidados devem ser observados na hora de contratar um empréstimo ou financiamento. “Se o empréstimo não visa a cobrir uma necessidade emergencial, pode ser o caso de esperar mais um pouco para tomá-lo. Convém analisar a real necessidade de assumir um compromisso que, muitas vezes, só acaba depois de anos”, explica Pellizzaro Junior.

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PIB do agronegócio deve fechar ano em queda, mas com boa perspectiva para 2018

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve fechar 2017 com queda de 2% em relação ao ano passado, segundo dados apresentados ontem (5) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Até agosto, segundo a entidade, a queda acumulada no setor era de 2,6%, mas deve apresentar uma leve melhora nos dados dos últimos meses do ano. Apesar da retração, a participação do PIB do setor na soma de todas as riquezas do país em 2017 (PIB nacional) deverá ser de 23%. Para 2018, a CNA prevê recuperação do PIB do agronegócio, que poderá subir de 0,5% a 1%, dependendo do cenário político, das condições macroeconômicas e do mercado agrícola internacional. Segundo o presidente da CNA, João Martins, os resultados dependem de condições como a dissolução da incerteza política interna e a demonstração de que o agronegócio brasileiro é moderno e que tem assegurada a eficiência no âmbito da vigilância sanitária. “A prioridade número um é começar a trabalhar para transformar esse país no maior produtor, o maior exportador de produtos lácteos. Segundo: cada dia mais interferir para que a defesa sanitária desse país esteja à altura do que o produtor precisa e espera”, avaliou. Martins disse que a queda do PIB do agronegócio este ano era esperada por causas das consequências das operações Carne Fraca e Carne Fria, da Polícia Federal, chamadas pela CNA de “crises artificiais”. PIB da agropecuária Os dados do PIB do agronegócio consideram toda a cadeia do setor (produção agrícola, insumos, agroindústria e serviços). Já o PIB da agropecuária, que leva em conta apenas os resultados “dentro da porteira”, vai encerrar 2017 com alta de 11%, e, segundo a CNA, “deverá ser o setor com maior crescimento na economia ao longo deste ano”. “Embora os preços agropecuários tenham sido pressionados, a boa safra permitiu que o resultado dentro da porteira apresentasse crescimento do indicador macroeconômico que mede a produção. O setor da pecuária, mesmo tendo se beneficiado dos preços atrativos de grãos para a alimentação animal, sofreu com baixo consumo, fruto do desemprego e queda na renda população”, avaliou a entidade no balanço apresentado nesta terça-feira. Safras Entre os produtos agrícolas que tiveram resultados positivos este ano, o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, destacou o algodão, com uma safra de 939 mil hectares que permitiu que os estoques internos fossem quase dobrados, passando de 195 para 395 mil toneladas. “Foi o único produto que teve um incremento bom de produção e preço, resultado da alta demanda por esse produto e o bom desenvolvimento dos cachos na Bahia, dando um ótimo nível de qualidade da fibra.” O aumento no consumo foi de 4,5% (30 mil toneladas). Em todos os estados, a receita gerada pelo algodão foi superior ao custo operacional, segundo a CNA. Lucchi também destacou o desempenho de outros produtos, como o café colinon, por exemplo, que conseguiu recuperar a piora do ano passado, ocasionada por um clima que não deu tréguas. Ele enfatizou que, no caso da cana-de-açúcar, que apresentou queda de 1,3% na produção e elevação de 17,7% no preço, a CNA conseguiu contornar parcialmente os efeitos da renovação dos canaviais por meio de uma linha de financiamento específica. “Isso prejudicou não só esse ano, como, provavelmente, 2018”, avaliou o superintendente. O trigo, junto com o leite, ficou em desvantagem por "várias políticas que tiram a competitividade do produtor brasileiro", segundo Lucchi, como o custo do valor de produção. “Quando a gente compara os valores dos defensivos agrícolas com os da Argentina, Uruguai e Paraguai, os do Brasil chegam a ser 80% superiores aos desses países”, comparou. Emprego no campo Os números da CNA também mostram que, de janeiro a outubro deste ano, o setor agrícola foi responsável pela criação de 93 mil vagas de emprego, a maior expansão do indicador no campo nos últimos cinco anos. Na comparação com o mesmo período de 2016, a alta foi de 84%, segundo a CNA, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). (Agência Brasil)

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Indústria cresce 5,3% em outubro, maior taxa desde abril de 2013

A produção industrial brasileira fechou o mês de outubro deste ano com crescimento de 5,3% em relação a outubro do ano passado, registrando a sexta taxa consecutiva de crescimento nesta base de comparação. Foi a taxa mais elevada nesta base de comparação desde os 9,8% de abril de 2013. Os veículos automotores, reboques e carrocerias foram a atividade que mais influenciou a alta. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil, divulgada hoje (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a setembro deste ano, o crescimento da indústria em outubro foi de 0,2%, o segundo resultado positivo consecutivo na série livre de influências sazonais. Nos últimos dois meses, a alta acumulada é de 0,6%. Com o resultado de outubro, a indústria tem alta acumulada em 2017 de 1,9%, em comparação com primeiros dez meses do ano passado. Já o acumulado nos últimos doze meses avançou 1,5%. Foi o segundo resultado positivo consecutivo para o acumulado dos últimos doze meses e o mais elevado desde os 2,1% de março de 2014. Apesar da relativa estabilidade entre setembro e outubro, o crescimento de 0,2% se deu de forma disseminada, com aumento da produção em 15 das 24 atividades pesquisadas. Em setembro, apesar do crescimento revisado de 0,3%, a expansão se deu em apenas oito das atividades pesquisadas. Categorias econômicas Em outubro, houve taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas. O grupo bens de consumo semi e não-duráveis cresceu 2% e registrou a expansão mais acentuada em outubro, interrompendo dois meses consecutivos de queda na produção - período em que acumulou redução de 2,8%. A categoria bens de capital teve crescimento de 1,1% e manteve o comportamento positivo iniciado em abril, período em que acumulou alta de 11,6%. Já o setor de bens de consumo duráveis recuou 2% e o de bens intermediários teve redução de 0,8%. No caso de bens de consumo duráveis, foi interrompida uma série de de três altas consecutivas, período em que acumulou ganho de 9,7%. Já o crescimento de bens intermediários eliminou o avanço de 0,7% verificado em setembro. Ramos de atividades O avanço de 15 dos 24 ramos de atividades pesquisados tem como destaque as influências positivas verificadas em farmoquímicos e farmacêuticos, que chegou a crescer 20,3%; e bebidas, com 4,8%. Ambos revertem os resultados negativos registrados no mês anterior: -19,7% e -0,7% respectivamente. Também contribuíram positivamente a confecção de artigos de vestuário e acessórios (4,3%), a metalurgia (1,6%), as máquinas e equipamentos (1,3%) e os artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (3,8%). (Agência Brasil)

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