Feira valoriza o artesanato têxtil de mulheres pernambucanas - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Feira valoriza o artesanato têxtil de mulheres pernambucanas

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Primeira edição reúne mais de 20 artesãs e destaca o impacto cultural e econômico do artesanato têxtil, com programação voltada à tradição e inovação. Foto: Laís Domingues

De 20 a 22 de dezembro, Olinda recebe a 1ª Feira Mulheres que Tecem Pernambuco - Fios que Conectam e Transformam, no Mercado Eufrásio Barbosa. O evento, com entrada gratuita, reunirá 20 artesãs de diversas regiões do estado, celebrando o protagonismo feminino no artesanato têxtil. Homenageando dona Albanita Lima de Oliveira, renomada bordadeira de estandartes carnavalescos, a feira combina exposição, oficinas e rodas de conversa, promovendo reflexões sobre o impacto cultural e econômico do setor.

A programação inclui mesas de debate sobre políticas públicas, pedagogias culturais e a relação entre moda e arte têxtil, além de oficinas de renda renascença, bordado, crochê e tapeçaria. “Queremos consolidar este evento como um marco no artesanato têxtil do Nordeste, promovendo socialização, comercialização e reflexões sobre o fazer criativo dessas mulheres,” destaca Rose Lima, produtora executiva do evento. A artesã Risolange Rodrigues, participante e oficineira, ressalta a importância da segmentação têxtil: “Isso amplia a visibilidade e a compreensão sobre esse universo.”

Além das atividades, será lançada a terceira edição da pesquisa Mulheres que Tecem Pernambuco, que desde 2017 mapeia iniciativas no setor. A nova edição focou na Região Metropolitana do Recife, documentando trabalhos inovadores em tingimento, estamparia, patchwork, fuxico e macramê, além de técnicas como bordado em estandartes. “Mapeamos 16 mulheres e suas histórias, valorizando tradições e inovações,” explica Clara Nogueira, coordenadora da pesquisa e da feira.

Com apoio de entidades como o Funcultura Geral, o evento demonstra como o artesanato têxtil combina tradição e inovação, transformando-se em vetor cultural e econômico. A feira busca dar visibilidade às histórias das artesãs, enquanto promove a integração entre público, saberes e produtos.

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