Feminicídios caem 50% em agosto em PE - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Feminicídios caem 50% em agosto em PE

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Agosto de 2019 teve menos homicídios em relação a agosto de 2018 e tornou-se o 21º mês consecutivo de redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em Pernambuco. Essa série descendente foi iniciada em dezembro de 2017. Somando os oito primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, a retração das mortes chegou a 21,8%, caindo de 2.913 ocorrências, em 2018, para 2.276, neste ano (diferença de 636 para menos). Com 275 CVLIs, -4,2% em relação a agosto de 2018 (287), o mês passado foi, entre os agostos da série histórica, o menos violento em 5 anos. Ficou acima apenas do oitavo mês de 2014, quando houve 250 crimes contra a vida. Destacaram-se ainda, na análise do mês, a diminuição de 50% nos feminicídios.

No mês passado, houve 3 feminicídios, contra 6 em agosto de 2018. Agosto de 2019 foi, junto com fevereiro deste ano, o mês em que menos mulheres foram mortas pela condição do gênero. No acumulado do ano, a diminuição desse tipo de crime chegou a 22,9%, caindo de 48 registros, entre janeiro e agosto de 2018, para 37 neste ano. Ainda no somatório dos oito primeiros meses de 2019, a redução dos homicídios de mulheres chegou a 19,2% em relação à mesma parcela de tempo do ano anterior: caiu de 167 no ano passado para 135 este ano (diferença de -32 mortes).

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Os estupros também apresentaram redução em agosto. Ao todo, foram 173 ocorrências notificadas no mês passado, contra 231 no de 2018, isto é, -25,11%. No consolidado do ano, a queda é 16,48%, caindo de 1.827, nos oito primeiros meses de 2018, para 1.526, no mesmo período de 2019.

Ainda em agosto, as polícias pernambucanas registraram menos queixas de violência doméstica contra a mulher. Ao todo, foram 3.028 denúncias registradas, no último mês, contra 3.376 notificadas em agosto de 2018, ou seja, declínio de 10,31%.

“A violência contra a mulher costuma ser silenciosa por ocorrer, na maioria das ocasiões, dentro dos lares, praticada por companheiros ou pessoas muito próximas. Cabe ao poder público promover a conscientização e colocar os serviços de proteção mais perto das mulheres. No ano passado, entregamos a nova sede da Delegacia da Mulher do Cabo e inauguramos uma nova unidade em Afogados da Ingazeira, referência para o Pajeú. Vale ressaltar o trabalho da Patrulha Maria da Penha da PMPE, vigiando e cuidando das mulheres com medida protetiva concedida pela Justiça, e das unidades do IML, descentralizadas e regionalizadas desde o ano passado. Perícias e exames, como o sexológico e o traumatológico, têm sido fundamentais para a devida identificação e punição dos agressores. Mas é preciso que a sociedade também se mobilize, ajude a coibir e denunciar. Não dá pra aceitar ou fazer vista grossa. Estatísticas mostram que, sem a intervenção das autoridades, esse tipo de agressor mantém e avança no comportamento violento até chegar ao fato mais dramático, que é o feminicídio", explica o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

SERTÃO LIDERA RANKING DE REDUÇÃO NO MÊS E NO ACUMULADO DO ANO – Com uma retração de 28,21% nos crimes contra a vida, o Sertão manteve a liderança no ranking de redução dos homicídios, caindo de 39 ocorrências, em agosto do ano passado, para 28 neste ano. Em seguida, vêm os municípios da Região Metropolitana (exceto a Capital), com uma queda de 19,19% nos CVLIs. Ao todo, foram 80 mortes contabilizadas no último agosto, contra 99 no mesmo período do ano anterior. Na Zona da Mata, a diminuição foi de 17,86% (de 56 para 46 óbitos). Sempre destaque no recuo dessa modalidade criminosa, o Agreste foi a única região a oscilar para cima no número de mortes em agosto. Um acréscimo de 37,93%, subindo de 58 crimes, no oitavo mês de 2018, para 80 no mês passado.

No consolidado do ano, o Sertão continua mantendo o destaque na redução dos CVLIs. Ao todo, os municípios da região somaram 251 homicídios, entre os meses de janeiro e agosto de 2019, o que representa uma queda de 26,39% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram notificados 341 casos do tipo. Em seguida, vem a Região Metropolitana (exceto a Capital), com um decréscimo de 25%. Ao todo, os municípios da área somaram 663 ocorrências, neste ano, contra 884, nos oito primeiros meses do ano passado. Apesar do aumento registrado no mês passado, o Agreste ainda mantém taxa de retração no consolidado do ano, com 585 crimes contra a vida, -21,69% em relação a 2018, com 747 vítimas. Por fim, a Zona da Mata fecha o ranking, com 21,39% óbitos a menos (de 547 para 430).

CAPITAL – Apesar de apresentar um aumento nos crimes contra a vida no mês de agosto, quando foram contabilizadas 41 ocorrências, número 17,14% maior que o mesmo período do ano passado, quando houve 35 casos, o Recife continua com retração no número de mortes no acumulado do ano. Em todo o ano, foram 348 crimes contra a vida registrados na cidade, -11,68% em relação aos 394 crimes dos oito primeiros meses de 2018.

DE DROGAS LIDERA MOTIVAÇÕES – O tráfico de drogas e demais atividades criminosas continuam sendo as principais motivações de crimes contra a vida no Estado. Dos 2.276 homicídios registrados nos primeiros oitos meses deste ano, 68,91% foram motivados por envolvimento com o tráfico de drogas, acerto de contas ou outras atividades criminais. Em seguida, vieram os conflitos na comunidade, com 387 (17%). Conflitos afetivos e familiares tiveram relação com 85 casos (3,73%). Latrocínios representaram 3,56% e outras motivações, 2,02%.

Já em agosto, das 275 ocorrências, 71,64% tiveram origem no tráfico e outras atividades criminosas. Enquanto isso, os conflitos na comunidade, com 35 casos, foram responsáveis por 12,73%. Conflitos afetivos e familiares tiveram relação com 10 casos (3,64%). Latrocínios representaram 3,27% e outras motivações, 2,18%.

(Do blog do Governo de Pernambuco)

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